segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo!

 

Para o último post do ano, vou pegar emprestado de Mario Quintana um poema fofíssimo, como ele:

cachorromagiagifs10

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela
lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

(extraído de: Nova Antologia Poética, Ed. Globo, p. 118)

gatosmagia3

Desejo a todos os amigos e leitores um feliz 2013, cheio de realizações, felicidade, saúde, paz, amizade, amor e muitas e muitas leituras e viagens fantásticas.

Ano novo

Retrospectiva 2012

 

É, 2012 está em suas últimas horas, o mundo não acabou e é hora de fazer um balanço do ano. Para mim foi um ano de mudança, porque deixei (involuntariamente, mas graças aos sete e aos antigos deuses) meu antigo trabalho e comecei em outra escola, fiz novos amigos, reais e virtuais (entenda-se: os que fiz através do blog) e o blog cresceu. O que me deixa muito feliz e ainda mais animada para continuar.

No total, entre leituras e releituras, foram 56 livros, o que não é nada mal, considerando-se que eu trabalho, estudo e os livros que eu leio tem em média 600 páginas. Ainda restam muitos na estante, e uma resolução (que provavelmente eu não vou cumprir) para 2013 é justamente ler alguns deles.

Não vou enumerar e fazer top dos melhores,porque foram muitos, e não tenho disposição para isso. Também não vou colocar links para as resenhas porque fiz de todos que eu li, portanto se você quiser ler a resenha, basta clicar no nome do autor aí ao lado, nos marcadores. Também vi vários filmes, mas estes eu não listei, portanto não vou comentar aqui. Vou me ater aos livros. então vamos lá, que o post vai ser longo.

Li:

  1. The lost hero ( O herói perdido) – Rick Riordan;
  2. The son of Neptune ( O filho de Netuno) – Rick Riordan;
  3. Doomsday key – James Rollins;
  4. Chosen (Escolhida) – P.C e Kristin Cast;
  5. Indomada – P.C. e Kristin Cast;
  6. Caçada – P. C. e Kristin Cast;
  7. Tentada – P.C. e Kristin Cast;
  8. Queimada – P. C. e Kristin Cast;
  9. Despertada – P. C. e Kristin Cast;
  10. Destinada – P. C. e Kristin Cast;
  11. Silêncio – Becca Fitzpatrick;
  12. Sharpe´s Tiger (O tigre de Sharpe) – Bernard Cornwell;
  13. The hunger games (Jogos Vorazes) – Suzanne Collins;
  14. Catching fire (Em chamas) – Suzanne Collins;
  15. Mockingjay (A esperança) – Suzanne Collins;
  16. A invenção de Hugo Cabret – Bryan Selznick;
  17. Estrela da Noite – Alyson Noel;
  18. Infinito – Alyson Noel;
  19. Amante Sombrio – J. R. Ward;
  20. Amante Eterno – J. R. Ward;
  21. Amante Desperto – J. R. Ward;
  22. O trono do sol – S. L. Farrell;
  23. A menina que não sabia ler – John Harding;
  24. Cidade dos Ossos – Cassandra Clare;
  25. Cidade de Cinzas – Cassandra Clare;
  26. Cidade de Vidro – Cassandra Clare;
  27. City of Fallen Angels (Cidade dos Anjos Caídos) – Cassandra Clare;
  28. The serpent´s shadow (A sombra da serpente) – Rick Riordan;
  29. Abraham Lincoln – vampire hunter (A.L caçador de vampiros) – Seth Grahame Green;
  30. O prisioneiro do céu – Carlos Ruiz Zafón;
  31. Marina – Carlos Ruiz Zafón;
  32. The mark of Athena (A marca de Atena) – Rick Riordan;
  33. Winter of the world (Inverno do Mundo) – Ken Follett;
  34. The casual vacancy (Morte Súbita) – J. K. Rowling;
  35. The name of the wind (O nome do vento) – Patrick Rothfuss;
  36. The wise man´s fear (O temor do sábio) – Patrick Rothfuss;
  37. Morte dos reis – Bernard Cornwell.

Reli:

  1. Marcada – P. C. e Kristin Cast;
  2. Traída – P. C. e Kristin Cast;
  3. Rainha da tempestade – Marin Zimmer Bradley;
  4. O arqueiro – Bernard Cornwell;
  5. O andarilho – Bernard Cornwell;
  6. O herege – Bernard Cornwell;
  7. Vampire Academy – Richelle Mead;
  8. Frostbite – Richelle Mead;
  9. Shadow kiss – Richelle Mead;
  10. Blood promise – Richelle Mead;
  11. Spirit Bound – Richelle Mead;
  12. Last sacrifice – Richelle Mead;
  13. Game os thrones (A guerra dos tronos) – George R. R. Martin;
  14. A clash of kings (A fúria dos reis) – George R. R. Martin;
  15. A storm of swords (A tormenta das espadas) – George R. R. Martin;
  16. A feast for crows (O festim dos corvos) – George R. R. Martin;
  17. A dance with dragons (A dança dos dragões) – George R. R. Martin;
  18. O hobbit – J. R. R. Tolkien;
  19. O trílio negro – Marion Zimmer Bradley.

Alguns se destacaram. Amei de todo coração a trilogia Jogos Vorazes, que com certeza é bem mais complexa do que uma simples história juvenil (aliás, detesto esses rótulos. E com certeza aqui essa classificação não se aplica) e O nome do vento e O temor do sábio. Estes em dúvida foram os que mais me surpreenderam e que eu mais gostei, junto com a coleção Os heróis do Olimpo e a coleção Os Instrumentos Mortais.

Descobri qual A invenção de Hugo Cabret, e me apaixonei. Também gostei muito de O trono do sol e A menina que não sabia ler. E Marina e O prisioneiro do Céu. Já estava apaixonada por Sharpe antes mesmo de ler O tigre de Sharpe, só porque quem deu vida a ele foi Sean Bean. Morte Súbita, da goddess Rowling me mostrou um lado machadiano dela, e a saga de Uthred de Bebbanburg continua envolvente com Morte de Reis. E o relato da Segunda Guerra Mundial de Inverno do Mundo faz com que a gente se apaixone ainda mais pelas cinca famílas em sua saga através do século XX. Todos esses livros ganharam entre 9 e 10 na minha lista. E ainda me surpreendi ao me apaixonar de novo pelos personagens de As Crônicas do Gelo e do Fogo e O hobbit.

Claro que houve também decepções. As série A irmandade da Adaga Negra e Os Imortais foram uma decepção só. Ambas começaram bem, com muito potencial, mas falharam por um motivo ou outro, que não vou falar novamente. E outros eu gostei, mas não foram extraordinários.

Enfim, esse foi o meu ano literário. Superei o número de livros do ano passado, mas acima de tudo,me diverti e viajei muito, para muitos lugares diferentes, este ano que passou.  Este é o penúltimo post do ano. Ainda resta um, que vou postar daqui a pouco, então, vou ficar por aqui.

Beijos e até logo!

domingo, 30 de dezembro de 2012

Branca de Neve e o Caçador

 

Snow WhiteApesar de adorar histórias que subvertam os contos de fadas, há um motivo porque eu não fui ver esse filme no cinema. E se você pensou Kristen Stewart, acertou.

A história começa com o nascimento de Branca de Neve, e o desejo da rainha sua mãe para que a filha fosse forte como a rosa que teimou em florescer em pleno inverno. Logo a menina cresce, mas a rainha sua mãe morre e o pai logo arranja alguém para tomar seu lugar. Esse alguém é Ravenna (a lindíssima Charlize Theron. Sério, colega, não podia ter deixado um pouquinho para nós mortais, não?). Ravenna então mata o rei em seu leito de núpcias, tranca Branca nas masmorras do castelo e começa um reinado de terror e destruição. A única esperança do reino é Branca, que consegue fugir, claro.

Snow White 2

É aí que entra em cena o Caçador (Chris Hemsworth, pode me caçar à vontade, querido), um viúvo bêbado que topa a empreitada pela promessa de reaver sua amada esposa. Ele parte em busca de Branca, sem saber quem ela é, mas quando percebe que a promessa de Ravenna e seu irmã pra lá de esquisito (Sam Spruell) não vai dar em nada, passa a ajudar a garota. Claro que o fato de ela ser linda (e tenho que reconhecer que apesar de achar Kristen Stewart muito sem sal nesse filme ela está linda) ajuda muito.

Snow White appleDaí pra frente, eles contam com a ajuda de muitas pessoas, e anões e outros seres fantásticos. Entre os anões, destacam-se Muir, seu líder e cego (Bob Hoskins, irreconhecível, mas não menos brilhante), Beith (Ian McShane, o Waleran de Os Pilares da Terra e o Barba Negra de Piratas do Caribe 4, e pra variar muito bem no papel) e Gort (Ray Winstone, também ótimo e engraçadinho). E há os humanos e destes eu destaco William, amigo de infância de Branca e feito pela fofura Sam Claflin (o Richard de Os Pilares da Terra e, ironicamente, também está em Piratas do Caribe 4, também muito bem no papel). Esqueci de mencionar que todos os anões estão praticamente irreconhecíveis, o trabalho de caracterização está muito bom.

Huntsman

A fotografia também é belíssima, os efeitos especiais para envelhecer Charlize Theron perfeitos e o figurino também é caprichado. O elenco, como eu já mencionei, é ótimo, e quando confrontada com Chris Hemsworth, Ian McShane, Sam Claflin  e cia, deixa patente como Kristen Stewart é uma atriz medíocre. E, sabendo do escândalo que se desenvolveu depois do lançamento do filme, envolvendo ela e o diretor, a gente começa a se perguntar como uma atriz sem expressão nenhuma, insípida e insossa, consegue papéis tão bons. Emilia Clarke teria feito uma Branca muito mais bonita e muito mais convincente. Sério, o discurso dela encorajando o povo a levantar armas contra Ravenna é lamentável, não convence ninguém. Uma pena, porque a história é legal, e o resto do elenco segura bem. Especialmente Charlize Theron, linda e diva, brilha como Ravenna.

Ravenna

Uma coisa que eu achei desnecessária foi o triângulo amoroso (e sem química nenhuma, aliás) entre Branca, William e o Caçador. O pobre William fica sobrando ali, um personagem desnecessário (não que eu esteja reclamando de ele estar presente. Só faz embelezar o filme ;P). Esqueci de mencionar que nesse filme ele é arqueiro (olha aí, excelente candidato ao Nick Hook Smiley piscando), portanto, já gamei.

William

A trilha sonora também é muito boa, contando inclusive com Breath of life, de Florence and the machine (que, me desculpem, eu sei que o vídeo é de Game of Thrones, mas ela fica muuuuiiiiito melhor assim), mas também com melodias delicadas, bem próprias de contos de fadas. E como não pode deixar de ser, aí vai o trailer pra você ter um gostinho (de Chris Hemsworth. Sério, pode vir me caçar Smiley mostrando a língua):

sábado, 29 de dezembro de 2012

Faixa a faixa – Lifehouse – No name face

 

Lifehouse no name faceEsse é um CD muito especial para mim, porque foi por causa dele que eu me apaixonei irrevogavelmente pelo Lifehouse. Eu até ia fazer o post sobre ele mês passado,mas quando minha irmã chegou em casa com essa raridade nas mãos, eu já estava com metade do Live - The distance to here pronto. E esse posts me dão um pouquinho de trabalho por causa dos links para cada uma das faixas, então não quis jogar fora metade do trabalho. Então resolvi deixar este para este mês.

No name face é o primeiro álbum do Lifehouse, lançado em 31 de outubro de 2000, e daquela época, só ficou mesmo Jason. No baixo estava Sergio Andrade e na bateria Diff. E o grande break deles veio com a sorte de colocar duas músicas deste CD em Smallville, uma delas, que eu falo daqui a pouco, logo no final do primeiro episódio. E foi por isso que eu conheci o Lifehouse, por causa da série.

Mas vamos deixar de enrolação e partir logo para as faixas. Aumente o volume e aproveite!

1. Hanging by a moment: começa calminha,praticamente só a voz de Jason, mas depois fica mais pop, com uma batida gostosa e que me dá vontade de pular toda vez que eu escuto. Talvez vocês conheçam, mas sinceramente eu não me lembro dela tocando por aqui. Desculpem a qualidade do vídeo,mas foi o único que eu achei:

2. Sick cycle carousel: adoro essa música, a letra reflete o que se passa na minha cabeça muitas vezes. Adoro a guitarra nessa faixa, o vocal mais enérgico de Jason, e a bateria mais marcada:

3. Unknown: outra faixa com solos de guitarra e batida da bateria marcada, mas acrescentada dos teclados. E mais uma vez Jason mostra que não só é um músico talentoso como também um ótimo letrista. Adoro o refrão:

I am falling into grace to the unknown
to where you are and faith
makes everybody scared
it's the unknown the don't - know
that keeps me hanging on and on and on to you

4. Somebody else´s song: mais calma, com contribuição da viola, que deixa a música com um ar todo diferente. mas ainda com a guitarra e a bateria bem marcadas, e com um vocal bem diversificado de Jason;

5. Trying: adoro esta baladinha com cordas maravilhosas (no encarte do CD lista como chamberlain, mas eu não sei que raio é isso) e vocal mais suave de Jason, com letra linda. também gosto do piano nela, bem de leve e backing vocals bem harmoniosos;

6. Only one: ADORO! Balada que começa calma, mas com letra bem ácida e que fica mais forte no refrão, que eu também adoro e dá uma suavizada na letra. Adoro como ela alterna altos e baixos e guitarra estridente;

7. Simon: balada delicada sobre bullying que é um das minhas preferidas, e com a qual eu me identifico pra caramba. Não no sentido de me sentir vítima, mas de que alguém passou por isso também. A letra é forte, mas cai direitinho com a delicadeza da melodia. Eu adoro essa parte:

Cause the fearful always preyed upon your confidence,
Did they see the consequence?
They pushed you around?
The arrogant build kingdoms made of the different ones,
Breaking them 'til they've become,
Just another crown,

E novamente a letra mostra o talento de Jason como letrista. Jason escreveu inspirado por um colega de escola;

8. Cling and clatter: guitarra com várias distorções, mas que combinam bem com a música, que tem batida mais pop, e um solo de teclado que eu adoro;

9. Breathing: essa foi uma das músicas que tocou em Smallville, mas não foi a do primeiro episódio (pelo menos, acho que não tocou no primeiro episódio). É uma das minhas preferidas, a letra é linda, principalmente o refrão:

'Cause I am hanging on every word you say
And even if you don't want to speak tonight
That's alright, alright with me
'Cause I want nothing more than to
Sit outside Heaven's door and listen to you breathing
Is where I want to be, yeah...

A melodia também é bonita, adoro quando o Jason sobe no vocal, tudo nela é perfeito. Aí vai o vídeo:

10. Quasimodo: guitarra mais enérgica, também cheia de altos e baixos e mostrando toda a versatilidade de Jason no vocal ela ganha força no refrão;

11. Somewhere in between: depois da força de Quasimodo, uma baladinha bem suave para acalmar, com backing vocals delicados e teclado discreto. Adoro essa parte:

Would you catch me if I fall out of what I fell in
Don't be surprised if I collapse down at your feet again
I don't want to run away from this
I know that I just don't need this

12. Everything: finalmente aquela que tocou quase toda no primeiro episódio de Smallville, então é capaz que vocês conheçam (que só de curiosidade, estreou no Brasil no meu aniversário ;D), e minha all time favourite. Confesso que quando escutei da primeira vez (e isso aconteceu com minha irmã também, que estava baixando a trilha do seriado, lá em 2 mil e pouquinho), no começo não gostei da música, achei muito parada. Mas ainda bem que minha irmã, sei lá eu porque, escutou toda, porque ela vai crescendo aos poucos e ganha muita força. A letra é lindíssima, forte. Adoro o começo do vocal quase sussurrado de Jason, e depois como ele aumenta o tom, e sua voz fica tão forte como a música. Adoro ela toda, mas minha parte preferida é esta:

You calm the storms
And you give me rest
You hold me in your hands
You won't let me fall
You steal my heart
And you take my breath away
Would you take me in
Take me deeper, now
And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better than this

É isso. Espero que vocês gostem desse álbum tanto quanto eu.

Beijos e até o próximo post!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Música do Mês – Song of the Lonely Mountain – Neil Finn

 

The Hobbit OSTDesde que vi O Hobbit - Uma jornada inesperada, que AMEI, aliás (e fui ver de novo!), bastou ouvir essa música nos créditos finais que eu viciei nela. Sempre que ponho para tocar (o que ultimamente tem acontecido todo dia), escuto umas 2,3 vezes.

Vários fatores contribuem para isso. em primeiro lugar,por ser trilha desse filme maravilhoso, e em segundo por ser uma música tipicamente celta, que eu também amo. Ela foi escrita por Neil Finn, especialmente para o filme, basta prestar atenção na letra.

A batida, embora forte, é gostosa, e remete às minas onde os anões fazem sua vida, junto com as batidas metálicas, e também combina com as inúmeras caminhadas dos anões pela Terra Média até a Montanha Solitária. As cordas também são muito bonitas.

Ela começa calma, praticamente só a voz de Neil Finn, mas aos poucos vai ganhando novas nuances. E bate direitinho com o restante da trilha sonora, lindíssima, composta por Howard Shore.

Então, sem mais, eu deixo vocês com o vídeo,, que traz de quebra Misty Mountains, nas vozes de Richard Armitage, Aidan Turner e demais anões:

Beijos e até o próximo post!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Marina – Carlos Ruiz Zafón

 

MarinaNeste livro, Zafón constrói um suspense envolvente em que Barcelona é a cidade-personagem, por onde o estudante de internato Óscar Drai, de 15 anos, passa todo o seu tempo livre, andando pelas ruas e se encantando com a arquitetura de seus casarões. É um desses antigos casarões aparentemente abandonados que chama a atenção de Óscar, que logo se aventura a entrar na casa. Lá dentro, o jovem se encanta com o som de uma belíssima voz e por um relógio de bolso quebrado e muito antigo. Mas ele se assusta com uma inesperada presença na sala de estar e foge, assustado, levando o relógio. Dias depois, ao retornar à casa para devolver o objeto roubado, conhece Marina, a jovem de olhos cinzentos que o leva a um cemitério, onde uma mulher coberta por um manto negro visita uma sepultura sem nome, sempre à mesma data, à mesma hora. Os dois passam então a tentar desvendar o mistério que ronda a mulher do cemitério, passando por palacetes e estufas abandonadas, lutando contra manequins vivos e se defrontando com o mesmo símbolo - uma mariposa negra - diversas vezes, nas mais aventurosas situações por entre os cantos remotos de Barcelona. Tudo isso pelos olhos de Óscar, o menino solitário que se apaixona por Marina e tudo o que a envolve, passando a conviver dia e noite com a falta de eletricidade do casarão, o amigável e doente pai da garota, Germán, o gato Kafka, e a coleção de pinturas espectrais da sala de retratos. Em Marina, o leitor é tragado para dentro de uma investigação cheia de mistérios, conhecendo, a cada capítulo, novas pistas e personagens de uma intrincada história sobre um imigrante de Praga que fez fama e fortuna em Barcelona e teve com sua bela esposa um fim trágico. Ou pelo menos é o que todos imaginam que tenha acontecido, a não ser por Óscar e Marina, que vão correr em busca da verdade - antes de saber que é ela que vai ao encontro deles, como declara um dos complexos personagens do livro.

“Em maio de 1980, desapareci do mundo por uma semana. No espaço de sete dias e sete noites, ninguém soube do meu paradeiro.(…) Na época, não sabia que, cedo ou tarde, o oceano de tempo nos devolve as lembranças que enterramos nele. Quinze anos depois, a memória daquele dia voltou para mim. Vi aquele menino vagando entre as brumas da estação de Francia e o nome de Marina se acendeu de novo como uma feria aberta.

Todos temos um segredo trancado a sete chaves no sótão da alma. Este é o meu.”

Este é um trecho do prólogo de Marina. Já fazia um tempo que eu queria ler esse livro, encontrei uns dias agora, pois sendo fininho, eu sabia que leria rapidinho. E basta ler o prólogo para não querer largar o livro.

A história, contada por Óscar, um garoto de 15 anos, que vive em um internato em Barcelona, gira em torno do mistério de uma figura de preto que visita o cemitério todo último domingo do mês, no mesmo horário. Óscar a conhece por meio de sua amiga Marina, menina da mesma idade, e, como ele, solitária. A partir desse evento, uma história intrincada e macabra se desenrola, pondo as próprias vida de Óscar e Marina em perigo.

Óscar, como eu disse, é solitário, vive num internato e quase não tem contato com sua família. É curioso e sonha em ser arquiteto. É tímido e tem todas as inseguranças próprias de um adolescente descobrindo a vida. Não sabe direito o que sente por Marina, só que encontrou nela uma amiga.

Marina é inteligente, e como Óscar, vê nele um amigo que chega para acabar com sua solidão. Ela é vivaz, tem um senso de humor afiado e fala o que pensa. Mas guarda seus segredos.Marina vive com seu pai Germán em um casarão próximo da escola de Óscar, e vive praticamente trancada em casa desde que sua mãe morreu, pouco tempo após seu nascimento. Germán é um artista, um pintor exatamente, mas não pinta mais desde a morte da esposa. Foi ele que educou Marina, me casa, com aquilo que achava importante. Ambos tem sua vida transformada com a chegada de Óscar.

No dia em que Marina leva Óscar para o cemitério onde eles veem a figura de preto, eles acabam seguindo a figura e encontram um aestufa com a figura de uma borboleta negra no alto, como um logotipo. Esqueci de dizer que a lapide que a tal personagem de preto visita tem essa mesma borboleta, e não tem nome. No meio de manequins que misteriosamente adquirem vida, eles encontram um álbum de fotos, que na pressa de fugir, acabam levando consigo. Esse álbum vai levar os dois à história de Mijail Kolvenik, um homem que imigrou para Barcelona após a guerra sem falar a língua e sem um tostão, mas que de algum modo acabou sendo uma figura importante na cidade. Sua história é trágica e meio macabra, e não vou contar para não estragar o livro.

Marina, como já é característico de Zafón, traz narrativas dentro de narrativas, e todas meio que se conectam. Os detalhes são importantes, e sempre, como um fiel observador, a cidade de Barcelona, brumosa e sombria (nota mental: ir para Barcelona). Ao mesmo tempo que é sombria, a história não perde a poesia, como na definição de cemitério nas palavras de Marina:

“Aqui estão as lembranças de centenas de pessoas, suas vidas, seus sentimentos, suas ilusões, sua ausência, os sonhos que nunca conseguiram realizar, as decepções, os enganos e os amores não correspondidos que envenenaram suas vidas…Tudo isso está aqui, preso para sempre” (p. 25)

Um livro apesar de tudo leve, com toques sobrenaturais e um bom suspense, que como eu disse antes, deixa a gente preso até a última página.

Trilha sonora

Aftermath, novinha em folha do Lifehouse, tem toda a melancolia do livro. Perfect memory, do Remy Zero, é, sem trocadilho, perfeita, bem como My immortal, do Evanescence.

Se você gostou de Marina, pode gostar também de:

  • A Sombra do Vento – Carlos Ruiz Zafón;
  • O jogo do Anjo – Carlos Ruiz Zafón;
  • O prisioneiro do Céu – Carlos Ruiz Zafón;
  • A volta do parafuso – Henry James;
  • A menina que não sabia ler – John Harding;
  • Historias extraordinárias – Edgar Allen Poe.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Citação do Mês

 

Neste mês cheio de magia e sonhos, a citação tem que ser equivalente. Não sei de que livro é, ou mesmo se vem de um livro. Eu peguei na internet há algum tempo, e ela é muito bonita.

Se é bom viver, ainda é melhor sonhar e, o melhor de tudo, despertar.

Antonio Machado y Ruiz

menina sharpei

Beijos e até o próximo post!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O Trílio Negro – Marion Zimmer Bradley

 

O trílio negroTrês mulheres, três grandes escritoras de livros de fantasia, reuniram seus talentos para este tipo especial de literatura e criaram uma história mágica, com todos os ingredientes e personagens que fascinam os admiradores de filmes como Guerra nas estrelas, A lenda, História sem fim e livros como As brumas de Avalon.
Cada escritora desenvolveu a personalidade de uma das três princesas que protagonizaram essa aventura heroica, dando aos leitores uma dimensão real da diferença de temperamentos, e o sentimento da própria história, na qual as três princesas terão de juntar-se a fim de realizar a missão que lhes cabe cumprir.
Tendo como cenário um planeta hipotético – provavelmente ocupado no início por seres humanos – , dois reinos, Labornok e Ruwenda, são adversários há muito tempo. Separados pelas íngremes montanhas Ohagan, os dois reinos contam com a proteção de seus respectivos feiticeiros; Binah, bruxa poderosa, defende Ruwenda com magias sutis, enquanto Orogastus, mago forte e perspicaz, incita o rei Labornok a invadir e dominar Ruwenda.

Este livro, que li varias vezes, mas fazia tempo, na verdade é escrito a seis mãos. Além da mestra Marion Zimmer Bradley, também escreveram Julian May e Andre Norton, todas grandes escritoras de fantasia. Resolvi reler porque o mencionei algumas vezes recentemente, mais precisamente aqui, e em outras postagens também, então pensei em mostrar do que se trata.

Basicamente a história é o que diz na sinopse, mas ainda falta esclarecer que há uma profecia, feita pela Arquimaga Binah, que diz:

Os anos vem e vão rapidamente. O que é alto deve cair, o que é amado perdido, o que é secreto, com o tempo será revelado. Mesmo assim, eu digo que tudo vai acabar bem. Meus dias agora deslizam para o anoitecer, embora eu deva fazer tudo que posso até a chegada da noite total. Essas três pétalas do trílio Vivo, suas filhas, Krain e Kalanthe, tem á sua espera um destino terrível e terríveis tarefas, mas o tempo para isso ainda não chegou. (p. 15)

Essa profecia é feita quando do nascimento das três princesas, mas passam-se muitos anos, e ela fica meio esquecida. Até que os labornokis invadem a pacata Ruwenda, sob o comando do Rei Voltrik e do mago Orogastus. Assim, depois de uma grande tragédia, as três princesas, Haramis, Kadiya e Anigel, são forçadas a partir de seu lar em uma busca de três talismãs mágicos que as ajudarão a derrotar o terrível mago e retomar o trono.

Cada uma das princesas foi escrita por uma escritora diferente, e cada uma delas tem a personalidade marcante e distinta. Haramis é a mais racional, inteligente e mesmo ambiciosa, Tem verdadeira sede de conhecimento, o que a levará a uma aliança perigosa. Mas ao longo de sua jornada, Haramis deixará m pouco a soberba de lado e aprenderá que também precisa de um pouco de humildade. Haramis é cria de Marion Zimmer Bradley.

Kadiya é impulsiva e combativa. Não tem medo de nada e primeiro age para depois pensar. Tem a língua afiada, fala o que lhe vem na cabeça, mas também muda muito durante sua jornada. Kadi é filha de Andre Norton, e lembra um pouco a Arya de As Crônicas do Gelo e do Fogo.

Anigel é doce, no começo é fútil e tem medo de tudo. Só faz chorar e desmaiar. Mas ela é que mais cresce durante sua tarefa. De princesinha avoada e estúpida, ela passa a mulher confiante e determinada. Anigel saiu das mãos hábeis de Julian May. Seus capítulos são os meus preferidos.

Acompanhando cada um das princesas está um uisgo, povo humanoide dos pântanos de Ruwenda, e cada um é uma extensão da personalidade da princesa que serve. Uzum, que acompanha Haramis, é músico e estudioso. Jagun, que segue Kadiya, é caçador, e Immu, que serve Anigel, é a ama das três princesas. Todos os três são extremamente fiéis, e morrem pelas princesas, se preciso for.

Do outro lado, está o mago Orogastus, homem misterioso, ninguém sabe ao certo de onde ele vem, nem como conseguiu seus poderes, que domina habilmente, despertando o medo nos demais. É ambicioso, e um exímio manipulador. É cínico e não mede esforços para conseguir o que quer. Contra com três acólitos, suas Vozes, com quem pode se comunicar por telepatia à distância, e que o servem cegamente. Nas mãos dele, o Rei Voltrik não passa de um fantoche.

Ainda do outro lado está o Príncipe Antar, filho único de Voltrik, mas que não compartilha das ideias do pai, muito menos de Orogastus. Só que Antar é submisso ao pai, pelo menos no início, mas ele também passa por uma mudança no decorrer da história. E ele sim tem a lealdade do exército por talento, não por medo.

A narrativa é dividida basicamente entre as três princesas, mas também há os pontos de vista de Orogastus e do Príncipe Antar. Apesar de ser perceptível a mudança de estilos entre as narradoras, sempre em terceira pessoa, o livro tem uma narrativa fluida, e dá para ler rápido. O ritmo é bom, e a história é envolvente, e cada vez mais torcemos para as princesas. E há também as continuações. Confesso que só li A Senhora do Trílio, da Marion, mas já vi em livrarias O Trílio Dourado, de Andre Norton, que continua a saga de Kadiya (veja a página do livro no skoob) e também O Trílio de Sangue, de Julian May (confira a página do livro no skoob). E também de Julian May, O Trílio Celeste (veja a página do livro no skoob).

Trilha sonora

Now we are free, de Hans Zimmer e tema de Gladiador cai muito bem. Também Return to innocence, do Enigma, The mummer´s dance e The mystic´s dream, da Loreena McKennitt, Bittersweet, Restless, Utopia e In perfect harmony, todas do Within Temptation e finalmente Ameno e Divano, do Era e Breath of life, do Florence nd the machine.

Se você gostou de O Trílio Negro, pode gostar também de:

  • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley;
  • coleção Darkover – Marion Zimmer Bradley;
  • A Crônica do Matador de Reis – Patrick Rothfuss;
  • As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
  • ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • Trilogia de Tinta – Cornelia Funke;
  • O Hobbit – J.R.R. Tolkien;
  • O Senhor dos Anéis – J.R.R. Tolkien;
  • A dança da Floresta – Juliet Marilier;
  • Stardust – Neil Gaiman.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal!

 

Um post rapidinho, só pra desejar aos leitores, seguidores e amigos e suas famílias um ótimo Natal, repleto de paz, amizade, amor, e muitas coisas gostosas na ceia. E muitos livros de presente também!

 

 

Beijos e até o próximo post!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Morte dos Reis – As Crônicas saxônicas #6 – Bernard Cornwell

 

Morte dos reisO amado rei Alfredo está em seu leito de morte. Vendo os dias do soberano se aproximarem do fim, a nobreza saxônica está inquieta: o herdeiro ao trono, príncipe Eduardo, não tem a mesma popularidade do pai, e seus inimigos são numerosos. Enquanto candidatos à coroa surgem a todo o momento, os vikings, antigos adversários dos saxões, se preparam para aproveitar a instabilidade em Wessex e atacar o reino rival. Mas Alfredo fará de tudo para garantir que a paz que instaurou em seu reino perdure após sua morte. Para isso, ele conta com Uhtred, guerreiro saxão que o serve há anos. A relação de desconfiança e admiração estabelecida entre o rei e o saxão tornou-se ainda mais complexa depois que Uhtred conquistou a filha de Alfredo, Æthelflaed, mulher casada que se tornou sua amante. É vontade do rei que Uhtred jure lealdade a Eduardo, mas o guerreiro tem outros planos: expulsar definitivamente a ameaça viking da Britânia. Sua obstinação o levará a confrontar velhos inimigos e ressuscitar antigas rivalidades. Cada passo em seu caminho parece esconder uma cilada e, para sobreviver a uma das maiores crises do reino de Wessex, Uhtred precisará da ajuda de todos os seus amigos. Porém, em tempos difíceis, a linha entre a lealdade e a traição torna-se cada vez mais tênue.

Com a saúde de Alfredo piorando a cada ia, Wessex fica cada vez mais estável, já que Eduardo, seu herdeiro, não tem a lealdade do exército, e claro que os dinamarqueses se aproveitam disso. A disputa pelo trono de Alfredo é agora o maior empecilho para a unificação da Inglaterra.

Este começa um pouco depois do fim de Terra em chamas, o reino está com uma paz tensa frente aos dinamarqueses, e só perdura enquanto Alfredo está vivo. O que não dura muito, e isso nem consta como spoiler porque o nome do livro já diz tudo. Some-se a isso o fato de Uhtred não ficar lá muito à vontade com a paz, então, claro, ele parte para provocar o inimigo.

Mas, como eu disse, Alfredo morre, e o reino passa então para seu filho Eduardo, que não tem o mesmo carisma que o pai. Sim, Alfredo é muito carola, o que é um ponto fraco dele, mas ele mesmo assim consegue manter a união do exército. Já Eduardo não tem a mesma ousadia de Alfredo, é muito jovem e inseguro e não consegue tomar uma decisão sozinho. Em outras palavras, é um fraco, que não é uma qualidade desejada num rei, e para piorar, seus conselheiros são em sua maioria padres, que não entendem nada de guerra e não querem fazer nada.

O que acontece então é muito parecido com Fúria dos Reis: muita gente se proclamando rei. De um lado Eduardo, e do outro seu tio Aethelred (mas eu sofro com esses nomes), e mais os líderes dinamarqueses, que também não se decidem quem manda mais. O que resulta disso é uma instabilidade incômoda, em que cada um quer fazer o que acha melhor para si.

No meio disso tudo está Uhtred, que jurou fidelidade a Eduardo no leito de morte de Alfredo, e agora fica preso a essa promessa,  adiando mais ainda seu sonho de retomar Bebbanburg. Só que Uhtred sofre pela fraqueza de Eduardo,e se vê encarregado de mover as coisas, para que consiga de uma vez por todas expulsar os dinamarqueses do território inglês e concretizar a visão de Alfredo.

Uhtred está mais inquieto, porém a maturidade agora lhe deu outra perspectiva, e agora ele é um pouco mais cauteloso. Quero dizer, ele pensa antes de agir, mas também sabe que não pode simplesmente ficar parado esperando que as coisas aconteçam. e ele não está sozinho. A seu lado está Aethelflaed, irmã de Eduardo e sua amante (de Uhtred, eu quero dizer. Depois de Jaime e Cersei, a gente tem que tomar cuidado ;D). Ela começa o livro mais ou menos como cativa do pai, que não aprovava seu relacionamento com Uhtred. Mas ela também tem uma incumbência importante, que eu não vou revelar o que é. Basta dizer que Eduardo também não é tão santo assim. E as consequências de seus atos podem ser desastrosas para o futuro da Inglaterra.

Por tudo isso, esse livro é um pouco mais parado, e mais tenso que os outros. Claro que sendo Bernard Cornwell e ainda por cima das Crônicas Saxônicas, não podem deixar de ocorrer as paredes de escudos e os saques aos navios. Mas este gira um pouco mais em torno da política, que confesso que é complicada e eu não entendi muita coisa. Também complica o fato de ter demorado para sair, e eu já tinha esquecido muita coisa dos outros cinco. Mas estava com saudade de Bernie e não estava a fim de reler os outros. Fazer o quê?

Trilha sonora

Não consegui pensar em mais nenhuma, só Stand my ground do Within Temptation.

Se você gostou de Morte dos Reis, pode gostar também de:

  • As Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • A busca do Graal – Bernard Cornwell;
  • coleção Sharpe – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
  • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Top Piriguetagem Literária 2012

 

Fim de ano chegando, e é hora de começar a fazer balanço, listar o melhor e o pior do ano, etc. E pra começar, vamos relembrar o Top Piriguetagem proposto pela Nanda do  Viagem Literária (para ver a lista dela, clique aqui, que eu já tinha feito o ano passado, confira aqui.

Top piriguetagem literária

Primeiro, vamos à definição, pra quem ainda não sabe, segundo a dicionário TOC da Luciana Mara :

De acordo com o dicionário Aureliânus sofre de piriguetismo literário aquele(a) que troca de paixão platônica fictícia toda semana, e usa a expressão 'é meu' quando descreve algum personagem. Este tipo de piriguete usa ou usará óculos e sente frio (característica principal que a diferencia das outras espécies).

Apesar de nossa frivolidade, e de querermos colocar os personagens preferidos all time, só valem dos livros lidos em 2012. MAS, como eu reli alguns, vocês verão que algumas caras da minha lista são repetidas. Vamos lá:

10. Stark, de House of Night;

Stark é o típico bad boy com coração de manteiga, companheiro e incrivelmente sedutor. É protetor também, tem um senso de humor sarcástico delicioso,e, não bastasse ter esse nome altamente sugestivo (vocês vão entender daqui a pouco), é arqueiro. Precisa mais?

9. Donal, de Rainha da Tempestade;

Donal foi a minha primeira paixonite literária. É atencioso, tem um dom super legal de manipular os ventos, e é devotado à sua família.

8. Peeta Malark, de Jogos Vorazes

Peeta

Peeta é muito fofo, a gente só quer dar colinho, é superprotetor e companheiro, e faz de tudo pra proteger Katniss. Lindo!

7. Thomas de Hookton, de A busca do Graal

Se eu sou apaixonada por arqueiros, a culpa é de Thomas. Ele é irônico, daquele tipo de herói bruto, mas ao mesmo tempo carinhoso, e também íntegro e honrado.

6. Jace Wailand, de Os Instrumentos Mortais;

Jace wailand

Jace é guerreiro nato, tem temperamento explosivo e é ultra sarcástico. Mas também sabe ser gentil e meigo com Clary. (mas cá pra nós,podiam ter escolhido um ator mais bonitinho pra fazer ele,não?)

5. Kvothe, de O nome do vento;

Kvothe é inteligente, também sarcástico, amante infalível, e ao mesmo tempo também é inseguro e sabe 7 palavras que fazem uma mulher se apaixonar. Esse herói (ou seria anti-herói?) de cabelos vermelhos não poderia ficar de fora da lista.

4. Gendry, de As Crônicas do Gelo e do Fogo;

Gendry 3

Gendry é protetor, leva as adversidades numa boa, e é tudo isso aí, impossível não se apaixonar, mas a competição é dura, afinal,que é louco de desafiar a Arya?

3. Dimitri Belikov, de Vampire Academy

Sim, eu sei que é repetido, mas como eu disse lá em cima, eu reli essa série esse ano, então não estou quebrando nenhuma regra.

Ben Barnes_thumb

E ainda vale tudo que eu disse no ano passado: moreno, alto, lindo, sexy, manja tudo que é luta, protetor com um sotaque delicioso, e conta muito o fato de que Ben Barnes é quem provavelmente vai dar vida ao personagem nas telas. Ano passado ele estava em primeiro, daqui a pouco explico porque ele caiu duas posições.

2. Robb Stark, de As Crônicas do Gelo e do Fogo

Novamente, carinha linda repetida, mas de novo, reli a série esse ano, então está valendo.

Robb lobinho

Robb subiu muito no meu conceito principalmente devido à atuação excelente de Richard Maddenlicious. Alto, com cabelos castanho-avermelhados, lindos olhos azuis, uma voz rouquinha e um sotaque pra lá de sexy, ele ainda arrisca perder o trono de Rei do Norte por amor. Quem resiste? Por isso tudo, deixou Dimitri para trás.

1. Jon Snow, de As Crônicas do Gelo e do Fogo

Primeiro lugar com louvor, de novo muito devido à delícia Kit Harington.

Jon Snowy Goodness

Outro moreno, alto, com lindos cabelinhos cacheados (e não é todo homem que fica bem assim, mas ele sim),sem contar a barba por fazer, olhos cinzentos e voz rouca, é devotado a seus irmãos, honrado, teimoso, é verdade, mas também ingênuo em tantas coisas que chega a ser fofo. Quanto mais e leio, mais eu me apaixono por ele.

É isso. E vocês, qual a sua lista? Também vale as heroínas!

Beijos e até o próximo post!

domingo, 16 de dezembro de 2012

O Hobbit – Uma jornada inesperada

 

O Hobbit filmeComo eu havia antecipado na resenha do livro, eu, amante que sou de Tolkien, estava louquinha pra ver O Hobbit. E, mais uma vez, Peter Jackson não decepciona, e entrega um filme simplesmente fantástico. Vou tentar o melhora pra tentar transmitir em algumas palavras o que é esse filme.

O filme começa com Bilbo já velhinho, começando a escrever seu livro, para contar a Frodo suas aventuras. Estamos no dia de seu 111º aniversário, e os preparativos para a festa muito antecipada estão à toda. E aqui vemos uma ótima participação de Elijah Wood mais uma vez como Frodo. Adorei esta parte. Ficou linda, e gostei como liga as duas trilogias.

Também gostei que aqui, Bilbo faz um flashback, contando a história da queda dos anões para Smaug. Isto não está no livro, e achei muito bem colocado porque explica algumas coisas. E antes que fãs xiitas saiam xingando as alterações, vamos relembrar que se trata de uma adaptação, não cópia fiel, e Peter Jackson tirou material também de outras fontes para fazer os filmes, como os apêndices de OSDA, e provavelmente de outros manuscritos deixados por Tolkien. Dito isto, eu digo que muita coisa que não está no livro aparece no filme, mas eu particularmente, achei que o resultado foi sensacional, e só fez acrescentar ao resultado final.

Bilbo   anõesVoltando ao filme. Frodo sai para esperar por Gandalf, e o filme regressa 60 anos para o início da jornada de Bilbo. Ele está sentado calmamente curtindo seu cachimbo quando chega Gandalf à procura de alguém para participar de uma aventura. Bilbo, hobbit direito que é, claro que recusa. Mas Gandalf sabe do potencial que este pequeno hobbit pode ter, e por isso o marca de qualquer jeito. E eis que no dia seguinte, do nada, começam a aparecer alguns convidados (cof, cof) na porta de Bilbo e logo sua aconchegante toca (e se eu não falei antes, falo agora: eu queria morar nessa toca. Que coisa mais fofa!) fica cheia de anões barulhentos e bagunceiros.

Depois de momentos de pânico do pobre hobbit, é hora de sentar e discutir os planos. E é neste momento que Bilbo descobre que os anões querem retomar seu lar, e que ele inadvertidamente está escalado como ladrão. E tenho que dizer, ele lendo o contrato é sensacional.

I´m going to have an adventure

E começa a aventura em si. Bilbo inicialmente um fardo, e enfrentando a desconfiança de Thorin, tem que mostrar que faz parte da companhia dos anões. E também tem que superar suas próprias dúvidas. Mas, como Gandal diz: “Hobbits são criaturas incríveis. Pode-se aprender tudo sobre eles em um mês, mas mesmo depois de 100 anos eles ainda surpreedem”. Não tenha dúvidas. Eu pensei nessa frase em determinado momento do filme. E quase chorei nessa hora.

Visualmente, o filme é deslumbrante. Tanto nos cenários naturais da belíssima Nova Zelândia (nota mental: preciso ir pra Terra-Média) como nos cenários criados por computador. Lindos e realistas. Valfenda está ainda mais bela, o Condado ainda mais encantador e, para quem assistiu OSDA, preste atenção que alguns cenários muito familiares reaparecem neste filme. A tecnologia inovadora usada por Peter Jackson (o filme foi filmado em uma velocidade alta, agora não lembro exatamente como) dá ao filme uma definição de imagem absurda, uma nitidez comparável ao blu ray, e eu nem fui ver em 3D, ou na sala XD do Cinemark. ATUALIZAÇÃO! o filme foi rodado em 48 fps (frames per second, ou quadros por segundo). Isso é mais do que o olho humano consegue diferenciar.

GollumO elenco é outra joia do filme. Martin Freeman, que faz Bilbo, brilha. Simplesmente perfeito no papel. Ian McKellen dispensa comentários, e Richard Armitage como Thorin também está fantástico. E Gollum volta como o melhor personagem CGI do universo. Continua sensacional, e o jogo de adivinhas entre ele e Bilbo é uma das melhores cenas do filme. Destaco ainda a cena em que Bilbo, com o anel e pronto para matar Gollum, com a espada na garganta dele, é linda. E explica outra frase de Gandalf: “Foi a pena que parou a espada de Bilbo.”. E foi mesmo. Gollum faz cara de Gato de Botas e juro que fiquei com pena dele também. E neste se repete uma das cenas mais absolutamente perfeitas de OSDA: o debate de Gollum com ele mesmo. E novamente a cena é desconcertante de tão bem feita. Andy Serkis, que dá vida a Gollum, é perfeito.

Trolls

Eu poderia destacar mais muitas outras, como o encontro com os trolls, o debate entre Galadriel (Cate Blanchett mais uma vez maravilhosa no papel), Elrond (de novo Hugo Weaving, e um pouco menos chato que em OSDA) e Saruman (Christopher Lee, de novo arrepiando cm sua voz profunda e assustadora), mas daí contaria o filme todo aqui.

Gandalf   Galadriel   Saruman   Elrond

Vale também destacar a trilha sonora, muitas das músicas lindíssimas de Howard Shore reaproveitadas, mas de cara nova, de OSDA, e a música que toca nos créditos finas, Song of the Lonely Mountain, interpretada por Neil Finn é linda, confira no link. E falando em música, neste há bastante cantoria, um exemplo: Misty Mountains, por Richard Armitage e os anões (e que vozeirão ele tem, hem? Além de ser lindo, veja aqui, ótimo ator ainda canta…be still my heart!). E não posso deixar de mencionar a delicinha Aidan Turner como Kili. Eu mencionei que Kili é arqueiro?

Peter Jackson mescla muito bem humor e ação, o que é esperado, que este tem em dose muito maior que OSDA, o que faz sentido já que O Hobbit é bem menos sombrio que OSDA e quando a gente vê, as três horas de filme já passaram e a gente nem sentiu. Assim, não me resta mais nada a não ser postar o trailer pra deixar aquele gostinho de quero ver:

Beijos e até o próximo post!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O temor do sábio – A crônica do Matador de Reis – Dia 2 – Patrick Rothfuss

 

Wise man´s fearQuando é aconselhado a abandonar seus estudos na Universidade por um período, por causa de sua rivalidade com um membro da nobreza local, Kvothe é obrigado a tentar a vida em outras paragens. Em busca de um patrocinador para sua música, viaja mais de mil quilômetros até Vintas. Lá, é rapidamente envolvido na política da corte. Enquanto tenta cair nas graças de um nobre poderoso, Kvothe usa sua habilidade de arcanista para impedir que ele seja envenenado e lidera um grupo de mercenários pela floresta, a fim de combater um bando de ladrões perigosos. Ao longo do caminho, tem um encontro fantástico com Feluriana, uma criatura encantada à qual nenhum homem jamais pôde resistir ou sobreviver – até agora. Kvothe também conhece um guerreiro ademriano que o leva a sua terra, um lugar de costumes muito diferentes, onde vai aprender a lutar como poucos. Enquanto persiste em sua busca de respostas sobre o Chandriano, o grupo de criaturas demoníacas responsável pela morte de seus pais, Kvothe percebe como a vida pode ser difícil quando um homem se torna uma lenda de seu próprio tempo.

ATENÇÃO! PODE CONTER SPOILERS DO LIVRO ANTERIOR!

Ai meu deus, por onde começar? Pelo começo ,né? Bom, a vida de Kvothe segue como sempre na Universidade, mesmo depois de passar quatro dias sumido no final do primeiro e de ter incendiado a cidade de Trebon. Kvothe já começa a construir sua fama. Mas isso não é suficiente para garantir a matrícula no novo período no Universidade, e como sempre ele tem que se virar nos 30 pra pagar. Só que Kvothe é persistente e continua lá, cada vez mais determinado a aprender o nome do vento.

As amizades com sim e Wil estão mais fortes, a ponto de eles fazerem uma loucura e arriscarem suas próprias permanências na Universidade por causa de Kvothe. Também Fela, lembram dela?, está mais presente e depois de Kvothe salvá-la de um incêndio na oficina, ela se aproxima do ruivo e se mostra uma boa amiga. Ela sente uma certa atração por Kvothe, mas logo quem conquista o coração da moça é Sim. Mesmo porque Kvothe pode se enganar o quanto quiser, mas só tem olhos mesmo para Denna. Falo dela daqui a pouco.

E Kvothe também vai avançando na Universidade, é promovido a Re´lar e começa a ganhar o respeito de seus mestres e de alguns alunos também. Por outro lado, a rivalidade com Ambrose fica mais séria, principalmente depois e Ambrose se meter com Denna. As coisas ficam tão sérias a ponto de Kvothe ser forçado a deixar a Universidade por um tempo, indo atrás de um patrocinador na longínqua Vintas. Certo, o que Kvothe faz é bem sério, mas Ambrose mereceu, mas é de partir o coração ver Kvothe indo embora da Universidade, depois de tudo que fez e sofreu para permanecer lá.

Mas não dá para sentir pena dele por muito tempo, porque ele logo chega ao palácio do Maer, um cara quase como um rei, e cai nas graças do fulano. O Maer é um homem poderoso, mas com uma saúde frágil. E quando Kvothe descobre que ele está sendo envenenado e salva sua vida (não antes de passar por maus bocados), ele ganha a confiança do Maer, que o encarrega mesmo de conquistar sua noiva, Guardem isso, que vai ser importante. E Kvothe também fica encarregado de uma missão tanto perigosa como prestigiosa quando o Maer o manda para o norte para livrar a estrada de alguns bandidos. E esta viagem vai ser crucial na vida de Kvothe.

Durante  a viagem, Kvothe chega muito perto do assassino de seus pais e sua trupe, e também conhece Tempi, um ademriano que o leva para sua terra, onde Kvothe prende as artes de luta pelas quais é famoso. Ademre é uma terra estranha, com costumes muito diferentes, mas apesar de semrpe ser considerado um bárbaro, por seus cabelos vermelhos e por ser um forasteiro, Kvothe até que se adapta bem ao lugar, pelo tempo que passa lá. Claro que nem todo mundo sente simpatia por ele, mas ele se vira.

Também durante a viagem Kvothe conhece Feluriana, uma espécie de fada que enfeitiça os homens, que acabam como reféns de seus desejos e acabam por morrer ou perder sua sanidade. Com Feluriana, Kvothe aprende as artes do amor e é daí que vem sua fama de bom amante (e bota bom nisso). Kvothe, claro, consegue escapar, tanto com sua sanidade como com a vida, mas sai do bosque de Feluriana mudado. Não só pelas proezas que aprendeu, mas de modo geral. Ele não é mais o mesmo Kvothe que entrou lá.

De modo geral, Kvothe amadurece muito neste. Muita coisa acontece com ele, e claro que ele não pode passar por isso incólume. Está mais determinado que nunca na sua bisca pelo Chandrian, mas Kvothe agora está menos impulsivo e faz as coisas depois de pensar um pouco mais. Tanto seu tempo com Feluriana como em Ademre contribuíram para isso. E sua fama começa a crescer também, de forma que ele começa a compreender o que é ser uma lenda viva. E nem sempre isso é bom, ele às vezes se sente incomodado por isso.

Não esqueço de Denna. Depois de passar quatro dias em companhia dela, e conhecer um pouco de suas vulnerabilidades, a relação de Kvothe e Denna está mais complicada. Denna continua com seus mistérios, e ainda esquiva, e Kvothe tem que prosseguir com cuidado para não afugentá-la. Denna, por sua vez, também sente o mesmo que Kvothe, mas também tem medo, é uma situação nova para ela também. Nenhum dos dois sabe como lidar com isso, então sua relação é sempre tensa. E piora depois que, em Severen, eles discutem feio, e Kvothe tem que partir em missão para o Maer, sem aviso. Denna fica magoada, achando que Kvothe é só mais um que a abandona. O que Kvothe sabe muito bem, e isso também tem seu preço sobre ele. Ele sofre por isso também.

O livro ainda se divide em duas partes, o presente, onde Kvothe conta sua história par ao Cronista, e o passado. Mas neste, esse interlúdios são mais espaçados e mais curtos. O que não quer dizer que não são interessantes também. Neste ficamos sabendo que Bast tem um segredo, bem no final. Ainda não está claro, só saberemos no terceiro. Mas já deixa um baita de um gancho para o próximo. E fica claro que há um história paralela neste interlúdio também. O ruim é agora esperar pelo terceiro.

Trilha sonora

Prelude 12/21, do AFI continua sendo a cara de Kvothe. Sombria e misteriosa como ele. Ainda Breath of life, de Florence and the machine, Ameno e Divano, do Era, Silver Strand e Toss the feathers, do The Corrs são perfeitas mesmo para o anterior, porque as duas me lembram vento (não sei como não pensei nelas antes). Também Only one (perfeita para Kvothe/Denna) e Somewhere in between, do meu amado Lifehouse, Feel the quiet river rage, do Live e Secret Smile, do Semisonic.

Se você gostou de O Temor do Sábio, pode gostar também de:

  • ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • As Crônicas do gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • As crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • coleçao Percy Jackson – Rick Riordan;
  • As Crônicas dos Kane  - Rick Riordan;
  • trilogia de Tinta – Cornelia Funke;
  • As Brumas de Avalon – Maruion Zimmer Bradley;
  • O Trílio negro – Marion Zimmer Bradley;
  • O Senhor ds Anéis – J. R. R. Tolkien;
  • O Hobbit – J. R. R. Tolkien;
  • As Fronteiras do Universo – Phillip Pullman.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Amanhecer – parte 2

 

AmanhecerComo o único ser humano que ainda não tinha visto Amanhecer – parte 2, já estava me sentindo meio que um alien. Mas, preferi esperar acalmar e também terminar o semestre para ver. Depois do sofrimento de ver a parte 1, eu na verdade não fazia muita questão de ver mesmo. Mas como vi todos os outros…

Como eu já coloquei, eu fui esperando mais sofrimento, mas no fim até que o filme não decepcionou tanto. Ou melhor, superou as expectativas, que não eram lá muito altas.

A abertura, tenho que dizer, é lindíssima, mostrando a paisagem de Forks no inverno, e as letras dos créditos mudando entre o vermelho e o branco, acompanhado pela belíssima música de Alexandre Desplat. Mas para aí. O começo do filme é só enrolação, não empolga e é maçante. A primeira caçada de Bella, em vez de empolgante, é chata e muito forçada. não por culpa dos roteiristas, mas no livro mesmo, ela já mostra que é uma super vampira novata que consegue controlar sua sede de sangue humano. Hello, né? E o pai de Bella aceita muito fácil, como no livro, aliás, a transformação da filha, mesmo sem saber no que. E mais inquietante ainda, aceita Renesmée com igual facilidade. OI? Mas a cena de Jake se transformando na sua frente até que foi engraçadinha, mesmo servindo só de desculpa pra Taylor Lautner mostrar os abs reforçados (tenho que reconhecer, delícia!).

Bella caçada

Bom, tenho que admitir que ver Bella dando uns sopapos em Jacob (bem merecidos, por sinal) foi bem legal. Aliás, acho esse negócio de imprint tão ridículo e perturbador, não sei como tem gente que pode achar isso romântico.

GarrettComeça a melhorar quando Alice tem a visão dos Volturi indo atrás dos Cullen. A partir daí, eles começam a procurar aliados que sirvam de testemunhas para tentar parar os vampirões do mal. Desses, destaco Garret (Lee Pace, o fazedor das tortas mais deliciosas do universo em Pushing Daisies), roubando a cena sempre que aparece. Eu já gostava do personagem no livro, agora então gosto mais ainda. Mas Drácula 1 e 2 não me empolgaram. No livro parecem bem mais interessantes. E as vampiras brasileiras, ECA! Ridículas!

BenjaminBenjamin é ainda mais legal no filme que no livro, dominado os elementos, e Rami Malek manda bem no papel. Também gostei da atuação de Christian Camargo como Eleazar. Aliás, o clã de Denali está muito bem representado, e toda a babação em cima de Renesmée foi cortada (ainda bem).

Outra coisa que foi bem reduzida foi o treinamento de Bella, e também todo o negócio dela com J. Jenkins. Achei bom isso, ia cansar, e pra no final dar em nada. Aliás, falando nisso, achei a saída para a idiotice de Stephenie Meyer no livro muito inteligente. Meio sem graça, é verdade, afinal a batalha, a melhor parte do filme, não passa de uma visão de Alice mostrando a Aro o que aconteceria caso ele prosseguisse em seu curso de ação. Mas como eu disse foi uma saída inteligente para o desastre do livro. Deu mais emoção.

Em termos de atuação, já destaquei ali em cima alguns bons pontos, mas Maggie Grace (a Shannon de Lost) também manda bem como Irina, e Dakota Fanning chama a atenção mesmo sem falar uma palavra. Linda! Do trio principal, Kristen Stewart está um pouco menos inexpressiva, Robert Pattinson acho que força uma atuação razoável de propósito (descobri recentemente que ele detesta a saga, e por isso, acho que ele não se esforça), e Taylor Lautner ainda parece forçado, travado. Sem graça.

jasperJá a família imediata é melhor. Carlisle (a delícia Peter Facinelli, que fica muito mais lindo moreno que loiro) manda bem, Alice (Ashley Greene) também, e Emmett (Kellan Lutz) estava engraçadinho, porém a cena da queda de braço está bem mais legal no livro. Mas quem detona mesmo é Jasper (Jackson Rathbone) que mostra porque é um vampiro pra se temer. Se era meu favorito no livro, agora então, mais ainda. Pena que ele não tem muito destaque. E um detalhezinho bem bacana: Nikki Reed (Rosalie) está na trilha sonora também. Que aliás é muito boa, diga-se de passagem.

Os efeitos especiais também estão um pouco melhores. Mas tenho que admitir que Renesmée bebê, com cara de uma criança de 4 anos é meio perturbador. Em compensação, as menininhas que escalaram para fazer ela com 5 anos e 7 são umas fofuras, parecem bonequinhas. Lindas.

Bella   Edward   Renesmée

No geral, um filme de sessão da tarde, melhor que as expectativas, e que dá para assistir. Não é o final épico que o povo andou falando, mas é passável. Chamo atenção também para os créditos finas, que reconheceram TODO MUNDO que esteve presente na saga, desde o primeiro. Achei muito bacana da parte deles. E também achei legal acabarem com as páginas do livro.

Se ainda há alguém que não viu, aí vai o trailer, pra se animar:

Beijos e até o próximo post!

domingo, 2 de dezembro de 2012

Faixa a faixa – Live – The distance to here

 

Live distanceComo eu disse aqui, essa coluna atrasou um pouquinho, mas estou eu aqui para consertar a falha. E, se me permito dizer, muito bem.

Já faz um tempo que eu queria falar sobre essa banda, que é uma das minhas preferidas, e mais precisamente esse CD. O Live era uma banda americana de rock alternativo, mas infelizmente anunciou seu fim em 2009. Era formada por Ed Kowalczyk (vocais e guitarra), Chad Taylor (guitarra principal e vocais), Patrick Dahlheimer (baixo) e Chad Gracey (bateria).

The distance to here é o quarto álbum deles, e foi lançado em 19 de novembro de 1999. E foi por causa de um música dele que eu me apaixonei pelo Live. Curiosos? Então vamos lá. Aumente o som do seu computador e curta! E reparem no número de referências a água, a começar pela capa do CD, que tem uma carpa desenhada.

1. The dolphin´s cry: foi essa faixa que fez eu me apaixonar por eles. Ela engana um pouco, começando bem alma, só com o vocal de Ed e a guitarra, mas é só chegar ao refrão para que toda a energia dela se libere. Ela é bem diferente, sobe e desce o tempo todo, e a letra também é meio diferente, não sei explicar, é meio surreal, mas eu adoro. E a faixa logo revela toda a potência da voz de Ed, que eu tenho o privilégio de ter visto ao vivo e comprovar que é sim, tudo isso. Confira o vídeo abaixo:

2. The distance: outra que começa mais calma, mas que fica mais enérgica, e mostra o vocal de Ed numa oitava mais alta. E acho muito irônico o verso Scorpions in my hair, porque Ed normalmente raspa a cabeça (sinceramente ele fica melhor careca). Voltando à música, gosto do trabalho de teclado nela, e os vocais também são bem bacanas, e mostra a versatilidade de Ed;

3. Sparkle: pra dar uma ideia deles ao vivo, essa faixa que no CD é um pouco mais enérgica, mas aqui não fica atrás, e aqui tem um bom solo com piano e guitarra;

4. Run to the water: uma das minhas favoritas, não só deles, mas de todas. Sempre escuto umas duas vezes seguidas. Adoro como ela começa mais clama, e depois vai crescendo. A letra também é bem bacana, como a de Dolphin´s cry, é meio diferente, e tem uma crítica social forte, mas na forma de metáfora, o que eu acho que nem todo mundo pega. O clipe também é muito legal, confira:

5. Sun: essa já começa com tudo, faixa bem enérgica, com batida de bateria bem marcada e guitarra também marcante.

6. Voodoo lady: essa na verdade eu não curtia muito, mas depois ela foi me conquistando. A batida é meio cansativa, mas compensa nas quebras. O vocal meio sussurrado de Ed dá um toque especial, e a guitarra bem marcada também contribuem para o resultado ser uma faixa bem bacana;

7. Where fishes go: faixa mais parada, com guitarra e sintetizadores marcados, mas que também não deixa de ter a energia do Live;

8. Face and ghost (the children´s song): essa é mais calminha mesmo. Eu adoro. Gosto do modo como ela vai crescendo, e da guitarra slide, que dá um ar meio misterioso para a música;

9. Feel the quiet river rage: adoro essa música. faixa também enérgica, e acho muito legal como bate com o nome, em tradução, sinta a fúria do rio calmo. Conforme a música sobe, a gente também sente. Adoro quando na letra ele fala nomes de vários rios do mundo;

10. Meltdown: faixa mais enérgica (eu sei que estou abusando deste adjetivo, mas é o que melhor define o som do Live). A letra (eu não vou colocar o link, porque o vídeo tem letra) é inteligente, e faz um jogo muito bacana com o nome;

11. They stood up for love: outra que eu amo. A letra também é muito legal, alterna bem momentos de mais calma e batida mais pronunciada. Sobre a letra, gosto particularmente do refrão:

we spend all of our lives goin' out of our minds
looking back to our birth, forward to our demise
even scientists say, everything is just light
not created, destroyed but eternally bright
masters in everytime lord in everyplace
those who stood up for love down in spite of the hate
in spite of the hate

Ed faz um jogo de oposições muito bonito, e ele traz uma mensagem muito otimista. Confira o clipe:

12. We walk in the dream: desculpem, essa eu não achei em vídeo para postar. É uma faixa enérgica, com a batida de bateria bem marcada;

13. Dance with you: termina bem calminho, com uma das minhas preferidas. Se eu não falei antes, eles tem um jeito de escrever bem místico, e isso fica bem evidente na letra dessa música. Os vocais dela são lindos, a guitarra slide dá o toque mais místico à melodia. É outra que eu ouço umas duas vezes seguidas.

Espero que gostem. E, contribuindo para a minha paixão pelo Live, uma das vezes que eles vieram ao Brasil (eu fui no show em 2001, e foi muito bom Smiley de boca aberta), num festival em Brasília, não sei quando, Ed fez o que todo cantor em festival por aqui faz: vestiu a camisa. Mas não a da seleção brasileira, com vocês devem estar penando. Foi a do São Paulo Futebol Clube, o melhor! ;D Eu ate´tentei achar algum vídeo, mas não consegui. mas nunca vou esquecer o Ed no palco com aquela camisa branca, com a faixa vermelha e preta <3.

Beijos e até o próximo post!