terça-feira, 31 de maio de 2011

Música do mês – Falling slowly – Glen Hansard & Marketa Irglov

 

once De novo, originalmente era essa música que eu a comentar mês passado, mas acabei mudando de ideia. Quem me apresentou a ela foi a minha irmã, mas não sei como ela conheceu. Ela é trilha sonora do filme Apenas uma vez, que tem como protagonistas os dois cantores. Confesso que ainda não assisti o filme, mas tenho vontade por causa da música. Eu tenho o DVD aqui em casa (comprado por causa da música) e assim que eu assistir comento.

Falling slowly é uma balada que começa bem calminha, basicamente só voz e violão, mas vai crescendo aos poucos, e ganhando a força de outros instrumentos, até que no final ela conta com um belo solo de cordas.

As vozes de ambos os cantores também combinam muito bem, e uma das coisas que chama atenção e justamente o modo como eles sobem a voz no refrão. E já que falei deles, ele é irlandês e tinha um banda de rock, The Frames. Ela é checa, mas passou boa parte da vida na Irlanda, e os dois namoram entre 2007 e 2008.

Uma boa combinação de voz, melodia e uma letra delicada e simples. Para conferir, clique aqui. Espero que gostem! Até o próximo post!

domingo, 29 de maio de 2011

Faixa a faixa – Lifehouse – Who we are

 

lifehouse who we are Já estava na hora de eu comentar algo sobre uma das minhas bandas preferidas, e todo mundo sabe, porque já falei umas mil vezes, que é o Lifehouse. Na verdade, era este que eu ia fazer no mês passado, mas com a empolgação com o Roxette ainda alta, mudei de ideia e resolvi adiar o post sobre o Lifehouse.

Who we are é o quarto álbum deles, lançado nos Estados Unidos em 19/06/2007. Aqui, claro, demorou um pouquinho para chegar, mas veio, ao contrário de outros. Aliás, uma birra que eu tenho é que só o terceiro álbum, Lifehouse e este saíram aqui no Brasil, não sei porque (quer dizer até suspeito que seja pela pouca vendagem por aqui, mas acho que não justifica, porque outros artistas menos conhecidos tem álbuns lançados aqui também). E se ninguém (ou quase) conhece o Lifehouse por aqui, a culpa é da própria gravadora, que não divulga. A maior divulgação deles por aqui fica por conta de Smallville, que adora colocar suas músicas para embalar as aventuras de Clark Kent. Aliás, foi assim que eu conheci o Lifehouse, e sou louca por eles até hoje.

Bom, sem mais delongas, vamos às faixas:

1) Disarray: aquela mesma que eu dediquei pro meu querido Jon Snow. Batida mais pop e letra bem escrita (para variar) sobre o sentimento de confusão com o qual nos deparamso muitas vezes na vida. Apesar do tema, é uma música animada, já ditando todo o tom do álbum;

2) First time: primeiro single lançado do álbum. Também animada, bem pop. Tanto que até uma coisa quase inédita contece no vídeo: Jason esboça um sorriso! Não entendam mal, ele não é de forma alguma sério demais, basta seguir os caras no twitter ou facebook para perceber isso, mas por qlgum motivo, ele sempre está supersério nos vídeos;

3) Whatever it takes: hora de uma baladinha, com um pedido de desculpas (o que que você aprontou, hem, Jason?). Mas mesmo sendo uma balda, a música ganha força. Para conferir, clique aqui. E qua olhão verde é esse, hem;

4) Who we are: mais uma com batida mais pop, meio que retomando o tema da primeira;

5) Broken: esta tavez seja conhecida de alguém, pois andou passeando pela MTV aqui. Pela letra você pode pensar em uma tremenda dor de cotovelo, certo? Errado. Jason escreveu por causa de um amigo que estava no hospital, não sei ao certo porque, e foi esse amigo que deu a ideia do refrão. E aqui está o vídeo, mas a versão é um pouquinho diferente do álbum;

6) The joke: se não disse antes, Jason é um tremendo letrista. Quem vê o título dessa música e a ouve, uma música animadinha, bem pra cima, acha que ela é bem otimista, certo? Erra do de novo! Ela fala de suicídio, e como essa não é a saída para seus problemas, ao contrário, vira um problemão para quem você deixa para trás. Confira aqui, com mais um dos raros sorrisos de Jason;

7) Easier to be: depois de tanta tragédia, uma baladinha bem romântica para relaxar, afinal ninguém é de ferro;

8) Make me over: confesso que no começo não gostava muito dessa música, mas ela é daquelas que vai vrescendo em você, e hoje eu amo, já até passei como ativodade para os meus alunos, e eles adoraram;

9) Mesmerized: não sei porque, mas sempre que escuto essa música lembro de praia e um pôr do sol (mas não como o da Lygia Fagundes Telles, Fefa!). Balada bem relaxante, que faz a gente viajar;

10) Learn you inside out: balada com ar retrô, mas que combina bem com o resto do álbum;

11) Storm: uma das minhas preferidas deles. Praticamente acústica, com destaque para a voz maravilhosa de Jason. Se você fechar os olhos, e se deixar levar pela música, dá pra ver mesmo a tempestade. Mas se não conseguir, veja aqui;

12) Keep the change: bonus track aqui no Brasil. Música puxada para o pop, fala um pouco de dor de cotovelo, mas sem ser choramingas, e sim otimista.

Bem, espero que tenham gostado. Até o próximo post!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Chama negra

 

chama negra Enquanto tenta ajudar Haven na transição para a vida imortal e libertar Damen do feitiço que não a permite tocar nele, Ever se aprofunda mais e mais nos mistérios da magia negra. O feitiço, porém, vira contra a feiticeira, e ela se vê presa a seu maior inimigo: Roman. A força estranha e poderosa que toma conta de seu corpo impede que Ever consiga parar de pensar nele e de desejá-lo. Ela quer resistir à atração incontrolável que a está consumindo. Ele quer se aproveitar desse momento de fraqueza. A ponto de se render, Ever procura a ajuda de Jude, arriscando tudo e todos para salvar a própria vida e seu futuro com Damen...

Mais uma paradinha estratégica nas Crônicas do Gelo e do Fogo (até porque se eu entrasse de cara no quarto, não conseguiria fazer o trabalho da faculdade que eu tenho que entregar essa semana) e aproveitei para colocar em dia a coleção Os Imortais. E justamente por isso até demorei um pouquinho para ler (considerando-se que o livro é bem fininho). E foi uma pausa bem vinda (não que eu precisasse, mas é que gostei do livro).

Ever continua buscado uma solução para seu problema de ter um namorado perfeito mas não poder tocá-lo. Mas ela continua burra. Sério, para uma imortal com poderes extraordinários, como é que ela ainda comete os mesmos erros. No caso, a tal amarração que, claro, deu errado. Entre outras coisas. Sinceramente, ela às vezes é irritante. Se acha a última bolacha do pacote, é a mais tudo, etc. E neste, por causa do tal feitiço, ela está particularmente chata. Por outro lado, também est;a mais complexa, mais bem trabalhada pela autora. Agora ela não é mais tão perfeita, tem algumas áreas cinzas, o que é muito bom. E tomou consciência disso, o que foi um tremendo crescimento. Nesse ponto,  por motivos pessoais no momento, eu até me identifico com ela.

Este livro marca a volta de Ava, aquela paranormal que tinha deixado Damen pra morrer no final do primeiro. Ava volta mudada. Sempre gostei dela, mas a fuga dela pegou muito mal. Mas o jeito meio tresloucado dela me encanta. E agora que descobriu algumas coisas sobre seu passado (e quando falo passado, digo muitos séculos atrás, mas não vou estragar a surpresa para quem não leu ainda. Já chega o que eu estrago os anteriores), se mostra de grande ajuda, e ainda por cima uma amiga das melhores, apesar da resistência e grosseria de Ever. Ela agora passa ao papel meio que de guia de Ever. Gostei disso, até por causa de algumas coisas que ela fala que mexeram muito comigo.

Quem está muito bem é Haven. Depois que Ever a transformou no final do livro anterior, ela tem que lidar com o fato de agora ser imortal. E a adaptação não é fácil. Mas, ao contrário de Ever e Damen, ela não quer se conformar em parecer normal. Compreensível, já que ela passou a vida inteira sendo desprezada e ignorada por todos a sua volta. E acho que ela vai ser uma oponente formidável. Mal posso esperar o que mais ela vai aprontar. Por enquanto ela ainda está mais para menina mimada e invejosa, mas aposto que ela vai surpreender.

Jude continua babando por Ever, mesmo depois dela quebrar seu braço e partir para cima dele num ataque desnecessário e brutal. Volto a falar, como é que ela consegue ser tão burra. Mesmo vendo a aura dele, sinal óbvio de que ele é mortal, a garota insiste em que ele é um dos imortais do mal. Isso à parte, ele está começando a me irritar. É que ele está começando a me lembrar um certo lobisomem/stalker de uma outra saga. Admito que ele não é tão chato, nem tão repetitivo, mas fala sério, get over it! A garota não está a fim, vá viver sua vida!  Espero mesmo que ele consiga superar a perda de Ever, porque gosto dele.

Já Roman continua o mesmo: deliciosamente mau. E o jogo dele quando percebe a amarração de Ever é show. As melhores partes do livro ficaram por conta dele. Só não gostei do rumo que ele tomou no final. Descaracterizou o personagem, e muito cedo.

Pena que as gêmeas não apareceram muito. Senti falta delas, mas fiquei intrigada quando Ever encontra um senhor em Summerland que era vizinho delas e acha que a boazinha (não sei qual das duas é) é que era chata lá. O que será que isso quer dizer? Com certeza que isso não foi jogado por acaso. Se Alyson Noël tiver um pouquinho de talento, ela vai retomar isso mais tarde.

Trilha sonora

Por um verso em particular, Affirmation, do Savage Garden (que eu amo). E o verso em questão é:

I believe forgiveness is the key to your unhapiness

E também The space between, do Dave Matthews Band.

Se você gostou de Chama Negra, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A volta do parafuso

 

volta parafuso Em uma mansão no interior da Inglaterra, uma governanta é encarregada de cuidar de duas crianças órfãs. Apesar de Miles e Flora se comportarem bem, serem inteligentes e afetuosos, há um desconforto crescente no ar, sobretudo depois que um misterioso e assustador estranho é visto nas redondezas, aparentemente procurando algo - ou alguém. A governanta terá então de lutar por seus pupilos, numa aterrorizante batalha contra o mal - uma batalha cujo desenlace será tanto mais terrível.

Desde que, ano passado, meu professor de Introdução aos Estudos Literários pediu para o pessoal fazer um seminário sobre esse livro eu fiquei com vontade de ler. Meu grupo não fez sobre esse, mas outro de Henry James (Os papéis de Aspern), mas ao ver a apresentação dos outros grupos, quis me matar por ter trocado. Não que Os papéis de Aspern seja ruim, pelo contrário, mas esse é muito melhor.

Neste, James desenrola um thriller psicológico de primeira. Uma garota de vinte anos, filha de um pároco e reprimida, é contratada por um homem para que tome conta de seus sobrinhos, numa mansão no interior da Inglaterra. O que ela ainda não sabe é que a casa em questão é assombrada pelos fantasmas de dois antigos empregados do tal homem. Ela então se coloca na desesperadora missão de proteger seus pupilos, sem saber que eles também vêem os fantasmas, mas fingem não saber de nada.

Não vou fazer análise nenhuma, pois muito já foi falado sobre esta obra de Henry James, sobre o caráter ambíguo da narradora, as sugestões de homossexualidade, pedofilia e outras coisas, tudo sem um,a comprovação, se eles viam mesmo os fantasmas (que, segundo a narradora, estavam atrás das crianças) ou se tudo não passa da imaginação extremamente fértil e influenciável da narradora. A narrativa é ótima, tudo fica nas entrelinhas e ficamos sempre tentando adivinhar o que está verdadeiramente por trás das aparições.

O clima sombrio está em tudo, desde as aparições até o caráter das crianças em si. Afinal, é de se duvidar de dois prodígios que fazem tudo bem, são sempre amáveis e lindos de morrer. Miles em particular me dá arrepios. O garoto tem dez anos, mas se comporta como adulto, em muitas cenas com a preceptora até com uma insinuação sexual. É perturbador, mas eficiente. A tensão é palpável e crescente, até chegar no clímax aterrorizante.

Com tudo isso, a história, que foi inicialmente publicado na forma de folhetim no jornal literário Collier’s Weekly foi um estrondoso sucesso em 1898, devido a sua alta carga de sugestividade, e continua até hoje a ser influente, e apesar da época, continua atual, que rendeu até várias adaptações para o cinema, a mais célebre com roteiro de Truman  Capote mas com o título de Os Inocentes (que eu não vi, mas se encontrar, vou ver). Recomendadíssimo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A tormenta das espadas

 

a tormenta das espadas Dos cinco competidores pelo poder, um está morto, outro em desgraça, e as guerras ainda eclodem, as alianças são feitas e quebradas. Joffrey está no Trono de Ferro, o instável governante dos Sete Reinos. Seu maior rival, Lorde Stannis, está derrotado e em desgraça, vítima da feiticeira que o prende como escravo. O jovem Robb ainda governa o Norte da fortaleza de Correrio. Enquanto isso, traçando seu caminho por um continente banhado em sangue está a rainha exilada Daenerys, dona dos únicos três dragões que restam no mundo. E forças opostas manobram rumo ao embate final, um exército de selvagens bárbaros que chega dos limites mais longínquos da civilização, acompanhados por uma horda dos míticos Outros – um exército sobrenatural dos mortos-vivos cujos corpos reanimados são incontroláveis. Enquanto o futuro da terra balança, ninguém descansará até que os Sete Reinos explodam em uma verdadeira Tormenta de Espadas.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DAS CRÔNICAS DO GELO E DO FOGO!

Após a morte de Renly Baratheon e a derrota de seu irmão Stannis, Joffrey está ainda mais poderoso. Agora ele governa praticamente todo o território, com exceção do Norte, ainda sob o poder de Robb Stark. E as tensões aumentam com esse novo cenário, com novas alianças e alianças antigas quebradas. Claro que Joffrey só acha que governa. Com a queda de Tyrion e sua quase morte na batalha de Porto Real, quem governa mesmo é seu avô, Tywin Lannister. E, se as coisas estavam ruins com Tyrion no poder, com Tywin estão piores ainda. O velho é cruel e tem um pulso de ferro, e ainda por cima é absurdamente ardiloso, mais ainda que Tyrion (e olha que isso é dizer alguma coisa). O homem não poupa nem sua própria família. Dá até medo. Mas mesmo assim, como de costume com os personagens da saga, ele é incrível: é impassível, de modo que nunca dá para saber o que ele pensa; ele guarda para si suas opiniões, mas quando fala, é bom ouvir porque sempre é relevante.E ele sempre é paciente, observa tudo com atenção antes de se pronunciar.

Já Joffrey continua o mesmo garoto mimado, mas inebriado de poder, o que só faz aumentar sua crueldade (que parece brincadeira de criança perto do que seu avô faz), mas ele ainda é capaz de surpreender. Uma revelação bombástica é feita neste livro (pode deixar, não vou dizer o que é) e juro que não podia imaginar que Joffrey seria capaz de tanta proeza.

Outro membro da família Lannister ganha voz neste livro: Jaime, e tenho que admitir que gosto dele. No primeiro livro, eu achava que ele era arrogante, violento e sem escrúpulos. Claro que ele é arrogante, e não dá para imaginar que alguém com o delicado apelido de Regicida tenha muita moral. Mas ele me surpreendeu. Seus escrúpulos são meio duvidosos, mas eles existem: apesar da fama, é absolutamente fiel a Cersei e ele oferece várias razões lógicas para tudo o que faz. E ainda é dono de um senso de humor afiado e tem um charme todo especial, o que torna impossível não gostar dele, apesar de todas as maldades, como atirar Bran da janela. E para quem está assistindo (e se deliciando com a série na TV), o ator que o interpreta (Nicolaj Coster-Waldau) o interpreta exatamente assim. Amei isso.

Tyrion, agora derrotado e destituído de poder, já que seu pai chegou para assumir oficialmente o cargo de Mão, começa entre a vida e a morte. E ele se torna um joguete nas mãos de “papaizinho querido”. Ele vai do céu ao inferno neste livro. E no percurso vai fazer uma descoberta que o deixa meio desconcertado. Uma coisa não muda: sua habilidade de zombar de si mesmo.

Ainda em Porto Real, Sansa-sonsa continua a mesma tolinha que acredita em contos de fadas. Depois de tudo que a garota passou, é de se esperar que ela fique esperta, mas acho que faltam alguns neurônios na sua cabecinha de vento. Tenho vontade de dar umas sacudidas na garota pra ver se ela pega no tranco.É como Bran, muito sabiamente, porém de forma simples, coloca logo no primeiro livro: ela perdeu seu lobo (acho que na verdade nunca foi uma loba…uma das ironias do livro, ela ter nascido filha de Ned).

Por outro lado, Sansa-sonsa é também filha de Catelyn, que mais uma vez faz burrada. Não é segredo nenhum que eu não gosto de Catelyn (em boa parte porque ela não gosta de Jon, o que pra mim é pecado mortal) e ela não faz nada que faça que ela pareça melhor. Mas ela tem seu lado positivo: Robb continua sem voz, mas pela primeira vez ele se mostra como ele mesmo (apesar de ser pelo olhar de Catelyn). O garoto amadureceu e agora já é um adulto. Mas ainda assim faz algumas burradas, o que o deixa mais humano. E Robb é um personagem adorável. Só precisa aprender uma lição valiosa (que, pela ligação que os Stark tem com os direwolves, ele devia saber): confiar nos instintos de Vento Cinzento. Algumas personagens novas aparecem na vida de Robb (não vou falar quem para não estragar a surpresa), mas Vento Cinzento não gosta muito deles. E, como dona de cachorros, sempre confio nas impressões do meu Murruga sobre as pessoas. Eles são excelentes julgadores de caráter. Pelo menos nisso a pentelha da Catelyn tem razão.

Jon, agora com os Selvagens, seguindo ordens de Halfhand, a quem teve que matar para se infiltrar no meio dos selvagens, tem que desempenhar o difícil papel de traidor, sem deixar os Selvagens perceberem que ele no fundo não abandoou a Patrulha.da Noite. E para isso, Jon tem que fazer o imenso sacrifício de se envolver com Ygritte, uma selvagem que ele salvou no segundo livro, e que se mostra mais do que agradecida. Para quem ainda não entendeu, Jon foi até o fim. E foi engraçado ler tudo isso, porque ao mesmo tempo que ele quer ficar fiel ao juramento de não tomar mulher nenhuma e não gerar filhos, os hormônios em ebulição fazem com que ele se esqueça bem rápido do juramento, e se atormente depois. E uma coisa que Ygritte não se cansa de repetir é “You know nothing, Jon Snow”. É mesmo, Jon: “you were wrong to love her; you were wrong to leave her”. E ele finalmente se dá conta de que quer, e no fundo sempre quis, Winterfell. E pela primeira vez mostra um pequeno ressentimento em relação a Robb por ele ser o verdadeiro herdeiro de Ned.

E falando em Winterfell, após a destruição da fortaleza por Theon Greyjoy, Bran, que todos acham que está morto, sai com Meera, Jojen e Hodor rumo ao Norte e à procura do tal corvo de três olhos. E nesse caminho, ele até cruza com Jon, mas é impedido de revelar que está vivo. E também conhece Sam Tarly, num encontro muito significativo, para ambos (falo de Sam já, já). E o dom de Bran está ainda mais forte, mas ele já tem mais controle sobre ele. E já que estou falando de Bran, vou aproveitar e falar um pouquinho de Jojen. Não sei, apesar de toda a ajuda que ele aparenta dar a Bran, tem algo muito esquisito com esse garoto. Ele me dá arrepios.

E por falar em Theon, apesar de tudo que ele fez em Winterfell, mantenho que ele ainda vai se redimir. Não adianta, adoro Theon e pelo que entendi, ele ainda não morreu, apesar de ser capturado pelos crimes que cometeu em Winterfell (pelos quais ele chegou a se arrepender). E só há uma pessoa capaz de despertar a motivação nele: Robb, a única pessoa a quem ele é fiel até morrer.

E, como eu disse antes, Sam. Ele tem voz nesse livro, e apesar de dizer o contrário, ele tem muito mais coragem do que pensa. Com a derrota dos patrulheiros no Punho, Sam escapa, com muito esforço. Nesse caminho, ele consegue uma façanha extraordinária, o que vai lhe valer o apelido (que ele detesta) de Matador. E, como ele havia prometido no segundo, voltou e salvou Gilly, com quem faz a última parte da viagem até o Castle Black. Sam ainda vai surpreender. Vamos colocar da seguinte forma: ele é o Neville Longbottom das Crônicas, e, assim como Neville, ele vai mostrar porque está na Patrulha. Ele até já começou. Mais para o final, ele sozinho arquiteta um plano para interferir nas eleições para o novo Lorde Comandante da Patrulha, já que o Velho Urso morreu numa traição arquitetada por alguns  de seus próprios homens. Sam é esperto, e pode apostar que ele vai ser responsável por muitas outras façanhas.

Arya, depois de ter escapado de Harrenhall, segue em busca de sua mãe. Só que as coisas não saem bem como ela gostaria, e ela vai achar um aliado muito improvável. E, se eu não disse antes, digo agora: ela vai reencontrar sua loba, Nymeria, que ela foi obrigada a deixar de lado no caminho para Porto Real. E ela está mais próxima do que imagina. E Arya está cada vez mais arisca, quase uma sem-lei. Ah, e ela ainda descobriu quem é a mãe de Jon, mas não vou dizer nada para não dar mais spoilers do que o necessário.

Daenerys continua em seu caminho, recrutando tropas e conquistando cidades. Ela está ainda mais madura, e um até um tanto implacável. E sofre mais juma traição, desta vez de alguém mais próximo. E lembrem-se que ela será traída três vezes, uma vez por poder (já aconteceu), uma vez por dinheiro e uma vez por amor. Acho que esta última ainda vai demorar um pouco, mas tenho algumas ideias. Não podemos esquecer que Ser Jorah Mormont é apaixonado por ela, mas ela não corresponde. Isso é um fato importante. E também não acho coincidência que seu braço direito seja filho do falecido Lorde Comandante da Patrulha da Noite. E seus dragões despertam muita cobiça por onde ela passa. E não se esqueçam, Bran vai voar, dragões tem asas… Só uma coisinha para pensar. Posso estar errada,  afinal, quando acho uma coisa, George Martin dá uma guinada na história. Mas para quem já leu alguma coisa na vida, tudo se encaixa muito bem.

Falta eu falar de Davos e Stannis. Este continua sob influência de Melisandre, a feiticeira, que na prática é quem governa mesmo. E Davos, após cair em desgraça pela derrota em Porto Real, começa o livro como prisioneiro, em luto pelos filhos que perdeu na batalha. Mas continua fiel ao rei e ainda é um de seus conselheiros mais influentes. Ele vai ser responsável por uma verdadeira reviravolta na história. E quanto a Melisandre, não se enganem. Ela é ambiciosa e está acostumada a conseguir o que quer. Eu já disse que ela dá medo. Mas admito que estou curiosa: de onde ela vem? Quais suas verdadeiras intenções? Pessoalmente, acho que ela merece queimar como as suas oferendas ao seu deus. Mas como disse antes, sempre que acho uma coisa, George Martin dá uma virada. é esperar para ver.

Para mim, este foi o melhor, por enquanto. E olha que os outros dois foram muuuuito bons. Já aviso para se prepararem, porque cabeças importantes irão rolar. E também aproveito para dizer que não gostei de uma coisinha que acontece no final, mas podem ficar tranquilos, que se for falar algo, será quando resenhar o quarto, que vou ler muito em breve (assim, semana que vem no máximo eu começo).

Trilha sonora

I don't wanna be, do Gavin DeGraw é perfeita para Jon e também Dany. Ainda, especificamente para Jon neste livro, que está em Disarray, do Lifehouse. Confira a letra. É Jon do começo ao fim. E ainda Face and ghost (the children's song), de outra banda que eu amo, o Live.

Se você gostou de A tormenta das espadas, pode gostar também de:

  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley;
  • A dama do falcão – Marion Zimmer Bradley

terça-feira, 10 de maio de 2011

Os pilares da Terra 3 e 4

 

Generic Image Já fazia algum tempo que eu estava com os dois DVDs pra assistir, mas só sábado eu consegui. E a terceira parte, O Legado, é tão boa que assisti os dois de uma vez. Cuidado: Spoilers à frente!

Na terceira parte, O Legado, Maud e Stephen continuam em guerra pelo trono da Inglaterra, e Waleran e os Hamleighs se aliam a Stephen por ser mais vantajoso. Aliás, pra quem leu o livro, isso não é surpresa, pois suas lealdades flutuam com o vento. Só que eles seguem querendo destruir Philip e Kingsbridge, e nesta parte eles conseguem. Philip é destituído como prior e Kingsbridge perde sua feira dominical. Tudo para destruir Aliena e Philip.

Aliena, aliás, segue arrebentando corações. Alfred e Jack disputam seu amor, o que só faz aumentar a inimizade entre os dois, até culminar com o casamento de Aliena e Alfred, que vai levar à expulsão de Jack de Kingsbridge.

Esta parte também é triste. Ao atacar Kingsbridge na feira, William assassina Tom e as obras da catedral ficam mais uma vez comprometidas e Alfred se encarrega de terminar o que seu pai começou. O que na vai resultar em mais desgraça para o povo de Kingsbridge.

Generic Image A quarta e última parte, Obra dos Anjos, começa com Aliena partindo atrás de Jack na França, onde Jack foi estudar arquitetura e saber mais sobre sua família. O que ele acaba por descobrir, com uma participaçãozinha do próprio Ken Follett como um de seus parentes. Achei bem bacana isso.

Ao retornar a Kingsbridge, os dois, juntamente com Philip e os demais habitantes da cidade, terão que enfrentar a fúria dos Hamleighs e de Waleran. O ataque no entanto sai pela culatra, graças a Jack. Mas claro que isso não vi ficar barato, e eventualmente a turma do mal vai conseguir condenar Jack. Claro que no final, cada um tem o que merece, mas que dá raiva ver as injustiças cometidas pelos Hamleighs, dá.

Gostei bem mais dessas duas últimas partes, o que não é de se espantar, já que cobrem o segundo livro, que é bem melhor que o primeiro. E se já tinha gostado de Jack antes, quando ele quase não falava, agora gosto mais ainda (e sim, ele é o meu personagem preferido no livro). E destaque também para Ian McShane, o Waleran, que eu descobri recentemente que vai ser o Barba Negra em Piratas 4. Agora é só esperar e torcer para que filmem também Mundo Sem Fim.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Game of thrones (A guerra dos tronos)

 

game of thrones Acho que todo mundo a esta altura já percebeu que eu sou fanática pelas Crônicas do Gelo e do Fogo, e, óbvio, estava contando os dias para assistir a série na HBO. E, finalmente chegou o dia. E agora, fico louca para que domingo chegue para ver o segundo episódio.

É, é tão boa assim. Foi muito bom finalmente colocar caras para os personagens que eu tanto amo. Alguns, como Jon, Dany, Ned, Cersei e Tyrion eu já conhecia, mas foi um grande prazer conhecer os outros, como Robb, Theon, Bran e Viserion.

Algumas alterações precisaram ser feitas, mas só mesmo nasarya idades dos personagens, afinal, não pegaria muito bem Dany consumar o casamento com 12 anos. Na série, ela deve ter uns 18 (na realidade, Emilia Clarke tem 23). E Bran tem 10 e Sansa-sonsa (sim, ela é tão sonsa como no livro) 13, nada que faça muita diferença. E, fora isso, as coisas acontecem mais rápido. E a uma hora de duração passa muito rápido, também. Quando vi, Bran era derrubado por Jaime e o primeiro episódio chegava ao fim. Mesmo já sabendo o que vem pela frente (até bem mais que a primeira temporada), mal posso esperar para ver o restante. E tenho certeza que vou chorar em alguns momentos.

Dany Como sempre, a HBO caprichou na produção. Westeros é exatamente como imaginei. Os cenários são lindos e bem realistas. E as locações, na Irlanda do Norte (Muralha) e Malta (Pentos) são perfeitas. O começo, que conta o prólogo, com o ataque dos White Walkers é de arrepiar. E a sequencia seguinte, quando Ned executa o desertor, é brutal. A HBO não censurou nada. Aliás, acho que não mencionei antes, mas foi aqui que Jon me ganhou, quando fala para Bran não desviar o olhar pois o pai saberia. Para quem achava que sua obra era “infilmável” George Martin deve estar muito contente. E aqui cabe uma pequena história: George Martin é roteirista e, frustrado pelos estúdios sempre tesourarem seus roteiros por acharem que eram impossíveis de filmar, começou a escrever livros.

bran                            Bran

E, como tudo o mais, o elenco é de primeira. Além de Sean Bean, que eu já falei não sei quantas vezes que amo de paixão, e que subiu no meu conceito após declarar que não tem problema nenhum em ficar estigmatizado por sempre fazer filmes de fantasia (o que não é verdade), pois foi o gênero que o colocou no mapa (de novo não é verdade, ele fez outros filmes antes de ser o Boromir de O Senhor dos Anéis, como o terrorista de Jogos Patrióticos), destaco também Kit Harington, que faz o meu xodozinho Jon (alguém aí se surpreendeu?), Nikolaj Coster-Waldau, que faz Jamie, Lena Heady, a Cersei (quem acha que ela não consegue levar a bith à frente, lembre que ela era a Sarah Connor, de The Sarah Connor Chronicles) e principalmente Isaac Hempstead – Wright, o garoto que faz Bran e Peter Dinklage, o Tyrion. Mas isso é na verdade pouco. Se eu fosse falar de todo mundo que merece menção, ficava até amanhã só enumerando o elenco. Todos são muito bons, e e até injustiça minha destacar uns e deixar outros de fora. E aqui devo dizer que a caracterização dos personagens é perfeita.

jon e bran                              Jon e Bran

jamie                            Jamie

Se eu já tinha me viciado com o livro, agora então nem se fala. Mal assisti o primeiro episódio e já estou pensando em quando vai sair em DVD para eu comprar para ver sempre que quiser. E a boa notícia é que a HBO já anunciou que produzirá a segunda temporada, baseada no segundo livro, A fúria de reis. Yey! Recomendo sem dúvida. E se você não tem HBO, pode baixar os episódios que vale muito a pena.

domingo, 8 de maio de 2011

Dia das mães

 

Esse é rapidinho, só uma pequena homenagem ao meu anjo aqui na Terra: minha mãe. Mãe, se eu não digo com frequencia, saiba que eu te amo, mais do que palavras possam expressar, e que, como na letra da música do The Corrs, que você gosta tanto, vou sempre estar ao seu lado, não importa o que aconteça. Sempre.

When the daylight's gone
And you're on your own
And you need a friend
Just to be around
I will comfort you
I will take your hand
And I'll pull you through
I will understand
And you know that...
I'll be at your side
There's no need to worry
Together we'll survive
Through the haste and hurry
I'll be at your side
When you feel like you're alone
Or you've nowhere to turn
I'll be at your side

E como sei que você não fala inglês, vou traduzir:

Quando a luz do dia se vai
E você está sozinha
E precisa de um amigo
Só para estar perto
Eu vou te confortar
Vou segurar sua mão
E vou te levar
Vou entender
E você sabe que
Eu estarei ao seu lado
Não há razão para se preocupar
Juntas sobreviveremos
À afobação e à pressa
Eu estarei ao seu lado
Quando você se sente sozinha
Ou quando não tem para onde se voltar
Eu estarei ao seu lado

mãe marie

TE AMO MUITO!

domingo, 1 de maio de 2011

Thor

 

thor Não sei se já disse antes, mas adoro filmes baseados em heróis de histórias em quadrinhos, principalmente da Marvel. Nunca fui fanática por quadrinhos (a não ser da Turma da Mônica, por quem tenho um fraco até hoje), mas sempre gostei dos filmes. Se mais nada, eles dão, no geral, uma ótima diversão. E, apesar de não acompanhar, nem ser muito fã de Thor em especial, fui assistir, até porque ele faz parte de um projeto muito mais ambicioso, The Avengers (Os Vingadores), que eu estou louca para ver (pena que tenho que esperar até ano que vem). E não saí desapontada.

Claro que o fato de o deus do trovão ser interpretado pela delícia Chris Hemsworth (o pai de Kirk, em Star Trek, mas que andou malhando um bocado desde então) contou um bocado. E devo dizer que ele está muito bem no filme. Enganado por seu irmão Loki, ele acaba banido de Asgard e cai aqui na Terra, mais precisamente no Novo México, bem no meio da pesquisa de Jane Foster (Natalie Portman, como sempre, ótima). E a cena é engraçadíssima. Inicialmente desnorteado por ter caído na Terra, no meio do nada, o coitado é atropelado e quando consegue se levantar, ainda leva uma descarga de não sei quantos volts por uma taser. E mais uma observação: ele também poderia fazer o Derfel, caso as Crônicas de Artur virassem filme. E isso não é pouco. Vocês sabem o quanto eu amo Derfel, e que sou exigente quanto a quem eu gostaria que o interpretasse. Hemsworth, como está em Thor, grandalhão (1,91 muito bem distribuídos) e loiro, seria uma ótima escolha.

Aliás, o filme tem várias passagens engraçadas. A melhor é mais para o final, quando aparece um monstro metálico imenso, e um dos agentes da SHIELD pergunta se o trambolhão é um dos de Tony Stark (o Homem de Ferro). E a parte cômica está muito bem equilibrada com a dramática. Dois bons momentos de Chris Hemsworth são quando ele não consegue levantar o seu famoso martelo, e depois, ao enfrentar seu irmão Loki. Este não pode ser considerado exatamente um vilão. Parece mais um garoto mimado fazendo birra. Mas mesmo assim, Tom Hiddlestone faz um ótimo trabalho.

Confesso que no começo achei a escolha de Kenneth Branagh (o prof. Lockhart, de Harry Potter), especialista em adaptar Shakespeare para a telona, como diretor. Mas no fim acho que deu certo. Ele coloca sua personalidade no filme, mas segue mais ou menos a mesma linha dos dois Homem de Ferro. Aliás, admito que fiquei esperando que Tony Stark (Robert Downey Jr, que eu amo) aparecer. Seria ainda mais engraçado.

Uma boa surpresa para mim foi descobrir um quase irreconhecível Ray Stevenson, o Tito Pullo, de Roma, que todo mundo sabe que eu adoro. Eu disse quase irreconhecível porque, apesar da abundante cabeleira ruiva, a voz entregou. Mas confesso que só me toquei no final. E o engraçado é que você pode tirar Ray Stevenson de Tito Pullo, mas não Tito Pullo de Ray Stevenson. Digo isso porque tem horas que ele age igualzinho ao legionário romano. Yay!

Destaco ainda a assistente de Jane, Darcy, interpretada por Kat Dennings. Ela é responsável por boa parte da parte cômica do filme.E é uma atriz talentosa, podemos esperar muito dela ainda.

Thor é uma boa diversão, cheia de efeitos especiais caprichados e ação do começo ao fim. E para quem ainda não foi ver, fique até acabarem os créditos finais, que tem um bônus no final, além da ótima Walk, do Foo Fighters para embalar. E aí vai um aperitivo: Thor trailer.