quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Trilha do Mês - Flight - Lifehouse

Já era para eu ter escrito esta coluna, a música passou na frente de várias logo que saiu, e isso já faz um tempinho. Mas como eu expliquei antes, que acumulei coisas e preferi ficar lendo ou conversando ao ar livre do que me enfurnar em casa na frente do computador, acabou que eu atrasei.

Que eu amo o Lifehouse também conhecido como 10000 insights into my soul não é novidade nenhuma. Então, obviamente que assim que saiu Flight, me apaixonei instantaneamente por ela. E tem mais uma coisa. Ela fala comigo de forma muito pessoal e saiu numa época ano passado em que eu estava  saindo de um período depressivo, e a letra dela fala muito alto comigo. Mexeu muito mesmo, e vocês vão entender quando virem a letra da música (para ver a tradução, clique aqui, mas aviso que perde um pouco, principalmente na parte que fala “não mais…”. Na verdade é mais no sentido de “chega de…”).

Flight é o primeiro single do sétimo álbum da banda, Seven, que deve sair ainda este trimestre. Flight foi lançada em 17 de novembro de 2014, com um clipe lindíssimo, que combina perfeitamente com a letra (que está no vídeo).


Ela começa basicamente com o piano e a voz de Jason, e logo entram outros instrumentos, a princípio bem calminha, a faixa vai ganhando força e o final, culminando com a cena do clipe (que me lembra outro que eu amo, aliás, Crash and Burn, do Savage Garden. Assistam os dois e entenderão o que eu quero dizer), que é uma sacada sensacional, e a voz de Jason vai gradativamente subindo, com um backing delicioso atrás, dando realmente a sensação de levantar voo. Então, sem mais eu deixo vocês com esse clipe maravilhoso. Aumente o som e grite a letra!


Espero que gostem.

Beijos e até o próximo post!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Citação do Mês

 

Final do ano passado, eu andei meio relapsa com o blog, porque acumulei muitas coisas e também porque os dias estavam tão agradáveis que preferi ler e conversar com amigos ao ar livre em vez de ficar enfurnada dentro de casa no computador. Então acabou que essa coluna passou em branco, como o Faixa a Faixa (que já faz alguns meses que eu não faço) e a Trilha do Mês. Mas vou tentar comensar. Peço desculpas pelas minhas falhas.

“Velhas histórias são como velhos amigos. Você tem que revisitá-las de vez em quando.”

Bran Stark, ASOS, George R. R. Martin, p. 337

 

Estou levando o conselho de Bran a sério.

Beijos e até o próximo post!

sábado, 24 de janeiro de 2015

O Destino do Tigre – A Saga do Tigre #4 – Colleen Houck

 

Com três profecias da deusa Durga solucionadas, agora resta apenas uma no caminho de Kelsey, Ren e Kishan para que a maldição seja quebrada. Mas o maior desafio do trio os aguarda: A busca pelo último presente de Durga – A corda de fogo – na Ilha Barren situadas na Baía de Bengala. Uma busca que ameaçará suas vidas. É uma corrida contra o tempo e o malvado feiticeiro Lokesh – neste ansiosamente aguardado quarto livro da série A Maldição do Tigre – colocará o bem contra o mal, testará laços de amor e lealdade, e , finalmente, revelará o verdadeiro destino do Tigre, de uma vez por todas.

ATENÇÃO! SPOILERS DOS ANTERIORES! Você foi avisad@.

Três profecias, e consequentemente três dos presentes de Durga, foram concretizadas, e agora só falta uma. E é muito importante que Kelsey e os tigres tenham sucesso nesta última, pois a derrota de Lokesh depende de reunir todos os presentes de Durga.

Este começa pouco depois do final de A Viagem do Tigre. Os dois tigres partem em busca de Kelsey, que foi sequestrada por Lokesh. E no cativeiro, Lokesh deixa bem claro que suas intenções não são apenas a reunião dos amuletos, mas também produzir um herdeiro, e na cabeça dele, a mulher ideal para isso é Kelsey (cara, sério, o que ela tem demais? Todos, repito, TODOS, os homens que aparecem no livro caem de quatro por ela! OK, ela é a protagonista, mas menos, né?). E Kelsey faz o jogo dele, para tentar ganhar tempo até que seus tigres cheguem.

Mas, Kelsey, ainda mais que nos outros, neste está muito irritante, pois está constantemente indecisa, por não saber qual irmão escolher. Vem cá, amiga, já não ficou provado em diversa ocasiões que seu coração bate mais forte por Ren? Então, por que tanto drama? E o pior é que a narrativa é em primeira pessoa pelo POV de Kells, então a gente fica o tempo todo preso na ladainha sem fim dela não conseguir escolher, que ama os dois, mimimi. Juro que chegou uma hora que eu achei que ela fosse acabar com os dois. Tipo bigamia mesmo, porque ela vivia reclamando que não podia viver sem qualquer um dos seus tigres. Mas, óbvio que  não foi isso que aconteceu. E essa atitude dela, essa insegurança, é um tanto contraditória com outras decisões que ela precisa tomar no ato, que geralmente são acertadas. Como uma menina que parte para a luta tão corajosamente pode se mostrar tão insegura? Não entra na minha cabeça. A autora errou no desenvolvimento dela, especialmente porque em tantas outras ocasiões a coloca como realmente poderosa. Ficou contraditório.

E os irmãos na verdade mais ou menos permanecem na mesma do anterior. Certo, Ren, agora que tem consciência de que agiu como um completo asshole idiota no anterior, está mais resignado e paciente com Kelsey, e com sua decisão de ficar com Kishan. Ele sabe  muito bem que é ele que tem que focar com Kelsey, mas aguenta toda a ladainha da menina para compensar as burradas que fez. E Kishan, de brincalhão e confiante, passou a ser o irmão  corno manso resignado, aceitando que Kelsey na verdade sempre foi apaixonada por Ren. Oi? E a vontade de lutar por ela que ele tinha antes? Sumiu? Porém, ele ainda assim é o personagem mais bem trabalhado da saga, por motivos que não posso comentar para não dar spoilers.

Lokesh só aparece mesmo no começo e depois no fim, junto com outros personagens interessantes, mas não quero revelar a surpresa. A história também dá uma volta bacana, e que na verdade é o que mais vale o livro. Mas o final ficou meio forçado, porque a autora misturou muita coisa, em vez de focar somente na cultura indiana, e teve que forçar como encaixar tudo. As provas deste são mais pessoais e emocionais, exigindo muito mais psicologicamente dos personagens, mas como a narrativa é em primeira pessoa pelo POV de Kelsey, isso acaba se tornando maçante por causa da indecisão dela, que toma boa parte do livro. Seria muito bacana se a autora tivesse feito como outros e neste abrisse o POV de outros personagens. Há muita coisa que ela poderia ter explorado melhor. Também, ela acabou correndo com a narrativa no final, depois de muita enrolação. Mas a ação acaba compensando o detalhismo exagerado. O desfecho poderia ser melhor, mas no geral, a série não decepciona. Boa para relaxar.

Trilha sonora

Forever may not be long enough, do Live; Phoenix from the flames, do Robbie Williams; This is war, 30 seconds to Mars; Look after you, The Fray; Wherever you will go, The Calling.

Se você gostou de O Destino do Tigre, pode gostar também de:

    • Beautiful Creatures – Margaret Stohl e Kami Garcia;
    • As Crônicas dos Kane – Rick Riordan;
    • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
    • Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
    • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
    • Ciclo A Herança – Christopher Paolini;
    • A Viagem de Theo – Catherine Clement.

sábado, 17 de janeiro de 2015

A Viagem do Tigre – A Saga do Tigre #3 – Colleen Houck

 

Perigo. Desolação. Escolhas. A eternidade é tempo demais para esperar pelo verdadeiro amor?
Em sua terceira busca, a jovem Kelsey Hayes e seus tigres precisam vencer desafios incríveis propostos por cinco dragões míticos. O elemento comum é a água, e o cenário de mar aberto obriga Kelsey a enfrentar seus piores temores.
Dessa vez, sua missão é encontrar o Colar de Pérolas Negras de Durga e tentar libertar seu amado Ren tanto da maldição do tigre quanto de sua repentina amnésia. No entanto o irmão dele, Kishan, tem outros planos, e os dois competem por sua afeição, além de afastarem aqueles que planejam frustrar seus objetivos.
Em A Viagem do Tigre, terceiro volume da série A maldição do tigre, Kelsey, Ren e Kishan retomam a jornada em direção ao seu verdadeiro destino numa história com muito suspense, criaturas encantadas, corações partidos e ação de primeira.
A épica saga dos tigres já foi lançada em 18 países e ocupou os primeiros lugares na lista dos mais vendidos do The New York Times.

ATENÇÃO! SPOILERS DOS ANTERIORES! Você foi avisad@.

Depois de cumprir mais uma tarefa de Durga para quebrar a Maldição do Tigre, Kelsey, Ren e Kishan partem para mais um desafio. E desta vez o desafio vai levar o trio para o fundo do mar, exigindo mais habilidade e coragem. Eles precisam trabalhar em conjunto, mas contam com um pequeno detalhe: Ren perdeu a memória depois de ficar prisioneiro de Lokesh. Ou, mais exatamente, é uma perda de memória seletiva, porque ele na verdade só não lembra de Kelsey. E claro que isso tem um impacto profundo na garota.

Vou adiantar um pouquinho de dar um spoilerzinho besta (e previsível): Ren recobra a memória, óbvio. Mas por não ter conseguido salvar Kelsey numa hora, ele se afasta dela. Tarefa nada fácil considerando que os três estão confinados num iate gigante.  E para piorar a situação, Ren começa a circular com periguetes interesseiras, esfregando na cara de Kelsey que não quer mais nada com ela. Mas, como eu disse, ele recupera a memória, e lá pelas tantas, percebe que ainda ama Kelsey, e que vai lutar por ela (já volto a falar dela). Só que tem um imenso porém: Ren se torna extremamente controlador, pela insegurança, a ponto de tentar ditar o corte de cabelo de Kelsey.

Aparte meu agora, que não tem nada (mais ou menos) a ver com o livro: o que faz essas autoras pensarem que nós, mulheres, gostamos de homens possessivos e controladores? Edward Cullen, Christian Grey (esse, pelo que sei, porque não li nem faço questão de ler o livro, ao extremo) e agora Ren. Sério? For the record: não, qualquer coisa que tolha a minha liberdade, para mim, pelo menos, não é nada atraente. Muito pelo contrário. Acho ridículo, risível. Eu não conseguiria ficar com alguém que precise controlar o cumprimento do meu cabelo, como eu devo me vestir, ou com quem posso andar. Nunca. E vale o contrário também, viu, meninas? Por que não esses romances não investem em homens (ou namorados) mais maduros e seguros de si? Vou dar dois exemplos de namorados fictícios que, fossem reais, eu queria para mim. Um: Adrian Ivashkov. Adrian nunca desiste de Sydney, faz de tudo para salvá-la, seja de um perigo real, seja dela mesma (por exemplo, é ele que abre os olhos da garota dos perigos da magreza extrema). E nunca, em momento algum, tenta controlar a vida dela. Não comenta seu cabelo, não diz quem deve ou não ser seu amigo, e, apesar de suas inseguranças, ele confia plenamente em Sydney. Outro exemplo assim é Percy Jackson. Da mesma forma que Adrian, Percy dá bastante liberdade a Annabeth, e não a abandona quando a menina cai no Tártaro. Ele cai com ela. Também tem plena confiança nela, dá liberdade e compartilha das ambições de Annabeth, em vez de tentar impor as suas. Esses dois sim valem a gente sonhar.

Voltando ao livro. Ren, resumidamente, é um perfeito jerk (sou educada demais para dizer escroto o que eu realmente penso dele em português), e sua tática tem efeito imediato. Não só ele afasta Kelsey, como também machuca feio a garota. E isso pesa na decisão de Kelsey. Neste, ela deve fazer uma escolha, e, depois desse comportamento deplorável de Ren, sua escolha ficou muito mais fácil (pessoalmente, eu acho que ela devia mesmo ficar com Kishan, mas tenho quase certeza de que no final ela vai ficar mesmo com Ren :/), mesmo sabendo que seu coração bate bem mais forte (e mais algumas coisas) por Ren, ela decide que não vai abandonar Kishan (apesar que o namorinho deles é tããããão morninho…), porque, sim, Kelsey ama Kishan (não do mesmo modo, e ela sabe disso, mas está em negação), e sabe que ele fará de tudo para fazê-la feliz. Ele nunca faria o que Ren fez, por exemplo, desfilando as periguetes no barco. E sabe que, se ela assim quiser, Kishan a ama o suficiente para abrir mão dela para que fique com Ren. E, por essas e outras, Kelsey neste está mais insegura. Mas, ela ergue a cabeça e segue em frente porque sabe que de nada adianta ela ficar reclamando da vida e se escondendo no quarto. Ela ainda tem duas tarefas de Durga a cumprir.

E Kishan está mais feliz com a escolha de Kelsey, mas ele sabe que no fundo ela não é apaixonada por ele. E ele, retomando o parágrafo de desabafo ali em cima, dá o espaço necessário para Kelsey, não a força a nada. Kishan, mesmo sabendo que é o segundo, tem segurança o suficiente para isso. Kishan é um guerreiro nato, gosta de uma boa briga, mas também é sensível, e bom. Muito bom. Até demais para Kelsey. E tem um super big extra plus: ele não fica enchendo o quaro, a mochila, a cabeça, de Kelsey com poemas o tempo todo. Sério, pessoas, chega uma hora isso irrita. Já disse, podem culpar a minha falta de romantismo em George R. R. Martin e Bernard Conrwell (não que eu não seja romântica, mas tem limite. Flores de vez em quando, um jantar, OK, mas todo dia, toda hora, aff! Sai pra lá!). Kishan mostra o seu amor com atitudes, o que eu acho mil vezes mais válido.

E lembra que eu disse na resenha de O Resgate do Tigre que ainda não sabia exatamente o que Lokesh queria. Bom, na verdade eu não podia falar na hora. Seguinte, Ren e Kishan tinham amuletos que são fragmentos de um maior, e eles conferem poderes especiais a quem os tem. Ren deu o seu ao Sr. Kadam, que teve um avida longa por isso (tem mais, mas de novo ainda não posso comentar) e Kishan deu o seu para Kelsey, que com ele tem um poder de fogo, literalmente. Ela consegue atirar raios com a mão. Como eu disse, eles são fragmentos de outro maior, e os outros 3 pedaços estão com, drumroll, please, você adivinhou, Lokesh, E seu objetivo é juntar todos eles, para ter, citando Palpatine, Poder, Poder ilimitado! Ele ainda cobiça mais, mas não quero dar spoilers.

Este é mais denso, tem mais nuances e uma gama maior de sentimentos envolvidos. As tarefas que eles devem cumprir são mais elaboradas, e envolvem dragões (que máximo é isso?!?). Há uma mistura de culturas aqui, entrando um pouquinho na chinesa, o que eu achei bem bacana. Há um tanto de enrolação, e mais momentos melosos, mas de novo, a ação mais que compensa por isso. E o final eu achei até surpreendente. Leitura leve, fácil e que vai rapidinho.

Trilha sonora

Sailing, do N´Sync, só por causa do mega iate (OK, eu sei, mas 1: eu acho essa versão deles mil vezes melhor que a original; e 2: eu fecho os olhos e me imagino navegando num iate com mar e céu azuis, relaxando); Feel the quiet river rage, Live; Aquarius, Within Temptation; Animals, Maroon 5; Look after you, The Frey.

Se você gostou de A Viagem do Tigre, pode gostar também de:

 

  • Beautiful Creatures – Margaret Stohl e Kami Garcia;
  • As Crônicas dos Kane – Rick Riordan;
  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • A Viagem de Theo – Catherine Clement.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O Cajado de Serápis–Rick Riordan

 

Nesta aventura, Annabeth Chase encontra mais esquisitices no metrô do que o habitual, incluindo um monstro de duas cabeças e uma menina loira mais jovem que lembra a ela um pouco de si mesma. A filha semideusa de Athena e a jovem maga da Casa do Brooklyn, enfrentam um inimigo maior do que a vida do mundo antigo, o antigo deus greco-egípcio Serápis, que voltou a vida e pretende dominar os mundos grego e egípcio. Talvez ainda mais preocupante do que o deus sedento de poder que eles encontram é a revelação de que ele está sendo controlado por alguém, alguém muito familiar para Sadie, o mago maligno Setne, que está foragido desde o fim de A Sombra da Serpente.

Continuando a aventura crossover entre os semi-deuses e os magos da Casa da Vida, agora o encontro é entre Annabeth e Sadie. E de cara uma diferença básica entre meninos e meninas: em vez da desconfiança que Percy e Carter mostram um com o outro,  Sadie e Annabeth se dão me de cara. E só me dei conta lendo este. Veja bem o encontro que o Tio Rick arquitetou: de cara você pensa (e com certeza está aí do outro lado me xingando, dããããã), os meninos e as meninas. Não é só isso: ele juntou o nerd com o de ação. Percy e Sadie são os impulsivos que agem antes de pensar, enquanto Annabeth e Carter são os que gostam de estudar todos os aspectos da batalha antes de começar a lutar.

E novamente é muito engraçado ver Annabeth (esqueci de dizer que enquanto O Filho de Sobek é narrado pela perspectiva de Carter, este tem o POV de Annabeth) tentando entender o que Sadie quer dizer. Só que sendo ela Annabeth, ela consegue entender tudo muito mais rápido. E, outra coisa que eu achei bem legal foi ver que Chiron foi muito abrangente na educação de Annabeth, incluindo mitos e História além dos gregos, pois Annabeth sabe um pouco da mitologia egípcia.

E neste fica evidente que quem quer que esteja por trás de enviar o filho de Sobek para aterrorizar o Acampamento Meio-Sangue (que vai permanecer anônimo para não dar spoiler) já estava mesmo fazendo experimentos para ver como os gregos e os egípcios trabalhavam em conjunto. O segundo teste foi reviver o deus Serápis, testando Annabeth e Sadie. E que este ser não vai parar por aqui.

Este segundo conto crossover tem também muita ação desenfreada, tiradas sarcásticas e muito humor. E deixa a gente em suspenso como todo cliffhanger do Tio Rick faz, querendo mais. O conto é curtinho, só 142 páginas de pura diversão, que eu li em pouco mais de uma hora. E, como eu disse, os cliffhangers já deixam entendido que vem mais por aí. Quem sabe mais uma série? Material para isso, Tio Rick tem de sobra.

Trilha sonora

Collision of worlds, Robbie Williams e Brad Paisley; Everybody wants to rule the world, Lorde.

Se você gostou de O Cajado de Serápis, pode gostar também de:

  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • As Crônicas do Kane – Rick Riordan;
  • Os Arquivos Semi-deus – Rick Riordan.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O Resgate do Tigre – A Saga do Tigre #2 – Colleen Houck

 

Fé. Confiança. Desejo. Até onde você iria para libertar a pessoa amada? Kelsey Hayes nunca imaginou que seus 18 anos lhe reservassem experiências tão loucas. Além de lutar contra macacos d´água imortais e se embrenhar pelas selvas indianas, ela se apaixonou por Ren, um príncipe indiano amaldiçoado que já viveu 300 anos. Agora que ameaças terríveis obrigam Kelsey a encarar uma nova busca - dessa vez com Kishan, o irmão bad boy de Ren -, a dupla improvável começa a questionar seu destino. A vida de Ren está por um fio, assim como a verdade no coração de Kelsey.
Em O resgate do tigre, a aguardada sequência de A maldição do tigre, os três personagens dão mais um passo para quebrar a antiga profecia que os une. Com o dobro de ação, aventura e romance, este livro oferece a seus leitores uma experiência arrebatadora da primeira à última página.
"Colleen nos seduz com seu conto de fadas ágil e original que tem como exótico pano de fundo a cultura e a religião indianas."
MTV.com

ATENÇÃO! SPOILERS DE A MALDIÇÃO DO TIGRE! Você foi avisad@.

Depois de passar pela primeira prova de Durga, aka Kali (descobri isso lendo esse livro), e conseguir o primeiro dos presentes dela, Kelsey também comprou 6 horas inteiras com Ren como humano. Tá boiando, né? OK, eu esqueci de mencionar na resenha de A Maldição do Tigre que ele conseguia passar 24 minutos por dia como homem. E assim, conseguia tirar umas casquinhas Smiley piscando.

Kelsey é a filha eleita de Durga (de boa, mas acho mais legal chamá-la de Kali. E se você não sabe quem Kali é, leia aqui), e por isso tem uma ligação especial com os tigres, que ainda não foi bem explicada, e por isso foi a escolhida para acabar com a maldição lançada 300 anos atrás. E não foi só. Com a sua busca para quebrar a maldição, Kelsey também ganha dons da deusa, mas não vou falar por enquanto para não entregar. Kelsey com certeza não é uma adolescente comum. E neste, depois de deixar Ren na Índia e voltar para o Oregon, ela descobre que foi matriculada na melhor universidade do estado, que agora tem uma casa só dela, e um Porsche para se locomover de lá para cá. Tudo como pagamento por seus serviços aos príncipes. E, fora a casa e o carro, que eu achei um tanto exagerados, achei bem bacana que ela vai estudar. Esqueci de explicar outra coisa: Kelsey deixou Ren na Índia contra o que seu coração pedia, porque ela queria que ele vivesse um pouco como homem antes de se prender a Kelsey. Achei isso legal, prova o quanto ela ama seu tigre branco. E, meu ponto aqui, diferente de uma certa candidata a vampira purpurinada, ela abre seus horizontes. Seu mundo não se resume a Ren. Mas, por tudo isso, Kells consegue ser bem burrinha de vez em quando, e não vê o que está na cara dela. Isso me irrita um pouco.

Ren aparece pouco neste. Primeiro porque está na Índia, e depois porque (SPOILER) foi capturado. Mas pelo pouco que ele aparece, tenho que confessar que achei o cara como homem um tanto meloso demais. Podem culpar Bernard Cornwell e George R. R. Martin pela minha atual baixa tolerância a cenas excessivamente açucaradas, como poemas espalhados pela casa, citações de Shakespeare toda hora, etc. Não que eu não seja romântica, mas o relacionamento deles é um tanto meloso (coma diabético) para o meu gosto. Enfim, só lendo para entender o que quero dizer.

Por outro lado, quem parte com Kelsey na segunda tarefa para quebrar a maldição é Kishan. Este é mais atrevido que Ren, mas ainda assim, parecido o suficiente com o irmão para não negar o parentesco. É determinado, guerreiro nato, mas tem um lado mais brincalhão que deixa ele mais legal. Só que, óbvio, ele também disputa o coração de Kelsey com Ren, e para ser sincera, a autora poderia ser um pouquinho mais original nisso. Ele até lembra um pouco Jake, de Twilight, mas é menos, bem menos irritante. E, diferente do caso do wanna-be lobisomem, no caso de Kishan, eu entendo perfeitamente por que ele se apaixona por Kelsey. Veja bem, ele passou 300 anos como tigre, e, ao contrário do irmão, Kishan assumiu totalmente o seu lado tigre nesse tempo, e é mais selvagem. Kelsey é a primeira pessoa com quem ele tem contato, fora o Sr, Kadam, em todo esse tempo, então não é como se Kishan tivesse escolha. Qualquer candidata para ele neste período seria literalmente uma tigresa no cio. E quando Kelsey aparece, e ainda por cima cuidando deles, trabalhando para quebrar a maldição, é mais que óbvio que ele se sinta atraído. Aliás, o comentário que eu fiz ali em cima da tigresa no cio, rendeu piadinhas hilárias no livro também (no terceiro, que eu já estou acabando, na verdade).

Uma nova ameaça fica mais clara neste. Trata-se de Lokesh, o cara que amaldiçoou os irmãos lá atrás. O que ainda não ficou muito claro, até porque ele não aparece muito, é o motivo para isso. Ou melhor, na verdade eu ainda não posso comentar sem dar spoilers, por isso vou deixar por isso mesmo. Vou deixar vocês com a definição de Kelsey para Lokesh, para que tenham uma ideia dele:

“Lokesh tinha a persona traiçoeira do Imperador Palpatine misturada à crueldade sádica de Hannibal Lecter. Ele desejava o poder a qualquer preço, como Lorde Voldemort, e exibia a brutalidade de Ming, o Impiedoso, que, como ele, havia matado a própria filha. “ (p. 313)

Fala sério que essa definição é um deleite para todo nerd de plantão! Só faltou incluir Sauron.

A narrativa é ágil e fluida, este também tem lá seus momentos de coma açucarado, mas a ação mais que compensa por isso. Uma coisa que Colleen Houck faz muito bem é descrever o turbilhão emocional pelo qual os personagens passam, principalmente Kelsey, já que a narrativa é centrada nela. E, como toda mulher, Kelsey é a perfeita mulher de fases (não minta para você, nem se precipite dizendo que este meu comentário é machista, porque é fato comprovado cientificamente. Somos todas de fases, muitas delas acontecendo num só dia. Culpa da montanha russa de hormônios que enfrentamos, só isso). Ela tem altos e baixos, alegria e tristeza, força e vulnerabilidade. As provas vão ficando mais complexas, e nos aprofundamos mais na cultura indiana, o que achei bem legal.

Trilha sonora

Como Kelsey fala dessa música, e diz que tem tudo a ver com a relação dela com Ren no começo (e tem mesmo) One last cry, Marina Elali; Here without you, 3 Doors Down; Look after you, The Fray; Blurry, Puddle of Mudd; Animals, Maroon 5; Paradise, Coldplay.

Se você gostou de O Resgate do Tigre, pode gostar também de:

  • Beautiful Creatures – Margaret Stohl e Kami Garcia;
  • As Crônicas dos Kane – Rick Riordan;
  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • A Viagem de Theo – Catherine Clement.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Dia do Leitor

 

A você, que corajosamente foi para Westeros lutar com  Robb a Batalha dos Cinco Reis, explorou Além da Muralha com Jon, depois foi para Hogwarts e acompanhou Harry em cada etapa, procurou cada uma das Horcruxes, mais tarde encontrou o guarda-roupa e conheceu Nárnia, enfrentou cada demônio com Percy e Annabeth, deu uma passadinha na Índia tentando livrar Ren e Kishan da maldição, percorreu Barcelona atrás do Cemitério dos Livros Esquecidos (e encontrou!) com Daniel, roubou cada livro com Liesel, lutou nas 2 Grandes Guerras e pelos direitos civis com as famílias da Trilogia do Século, ajudou a construir a Catedral de Kingsbridge, esteve lado a lado com Derfel e Uhtred em cada parede de escudos, lançou cada flecha com Thomas e Hookton e Nick Hook, entrou na arena com Katniss, foi para a Terra-Média e ajudou Bilbo e Frodo em suas jornadas e ainda achou um tempinho para ir para Fantasia e não deixar a Imperatriz Criança morrer, meus parabéns! Este dia é para você. E eu, e mais quem quiser se aventurar pelos mundos maravilhosos que a leitura nos proporciona.

 

PS: era para eu ter publicado ontem, mas caiu a internet Smiley triste

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A Maldição do Tigre – A Saga do Tigre #1 – Colleen Houck

 

Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco.
Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele.
O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço.
Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.

Eu já queria ler esse livro faz tempo por motivos de: o tigre na capa. Mas antes de começar a resenha mesmo, preciso dizer que sou radicalmente contra circos com animais. Já vi maus-tratos demais a animais de circo para durar uma vida, e no começo do livro isso foi uma coisa que me incomodou um bocado. E olha que o circo de Ren é até que OK, fora o uso de um tigre e cães para entretenimento (olhar de repulsa), eles até são bem tratados, dentro do possível. Porém, sendo bem sincera, Colleen Houck até faz ums crítica a isso. OK, desabafo feito, moving on.

Kelsey é uma garota normal de 17 para 18 anos, que perdeu os pais há alguns anos, mas que lida com isso muito bem. Ela está de férias e mora com os pais adotivos, e precisa encontrar um trabalho temporário antes de entrar para a faculdade comunitária (explicaçãozinha: as faculdades mais conhecidas nos EUA, como Harvard, UCLA, Princeton, etc, são absurdamente caras, e nem todo mundo pode cursar. Mas existem as faculdades comunitárias, que se não me engano são gratuitas, ou muito baratas, e oferecem cursos profissionalizantes de auxiliar judiciário, de antropologia, etc.) local. Kelsey é bem tranquila, prestativa, simpática, mas, até por ter perdido os pais, um tanto introspectiva. Gosta de ler, principalmente Shakespeare, desenhar e filmes de artes marciais. Mas quando Kelsey conhece Ren, o lindo tigre branco de olhos azuis penetrantes, ela imediatamente sente uma forte ligação com o animal.

O que Kelsey sequer suspeita é que Ren é na verdade um príncipe indiano que foi amaldiçoado 300 anos atrás. E quando Kelsey aparece na vida de Ren, coisas extraordinárias acontecem com ele também, mas não vou revelar, descubra lendo. Ren deixou de envelhecer quando foi amaldiçoado, por isso aparece como um jovem lindo (óbvio), muito respeitoso, com um senso de humor levemente sarcástico (que combina com Kelsey, aliás), inteligente e sensível. Clichê mais óbvio que este não existe. O que eu acho legal em Ren é que ele é uma mistura de gerações. Deixa eu explicar. Ao mesmo tempo que ele tem um linguajar mais ou menos moderno, e acompanha as novidades tecnológicas da vida de hoje, ele ainda não entende bem algumas coisas por ter vivido 300 anos atrás. E ele é um pouco de um choque de culturas também, entre o ocidente, onde viveu como tigre boa parte da vida, e o oriente da Índia, sua origem. E eu acho isso fascinante, esse dualismo.

O livro tem relativamente poucos personagens (pra quem está acostumada com a infinidade de ASOIAF, praticamente nada), mas bem construídos. Vale a pena destacar o Sr. Kadam, administrador dos bens de Ren (pessoas, ele é um príncipe, óbvio que é bilhardário), um senhor de meia idade, tão fofo que é um avôzinho. Sábio, paciente e um ótimo professor, é ele que lida com Kelsey enquanto ela não descobre que Ren é um príncipe. E também Kishan, irmão de Ren e igualmente amaldiçoado. Kishan é mais brincalhão e jeito de bad-boy, mas daqueles adoráveis que a gente quer levar para casa. Kishan no primeiro tem participação menor, mas já dá para ver isso dele. E não vou elaborar mais para não dar spoiler.

A narrativa é em terceira pessoa focada em Kelsey, é fluida e leve, os capítulos são curtinhos e dá para ler bem rápido. Eu li de uma tacada só, em um dia. Só o que me incomodou um pouco (fora o lance do circo, que eu já coloquei lá em cima), foi que Kelsey aceitou tudo muito fácil. Um belo dia o Sr. Kadam chega no circo, diz que vai comprar Ren para levá-lo para a Índia para viver num santuário, e precisa levar Kelsey, e pá-pum!, lá vai ela no minuto seguinte embarcando para um país exótico, que ela não conhece, com um senhor que ela nunca viu na vida. Isso é irreal. Certo, a história toda é irreal, mas o que quero dizer é que esse não é o comportamento de uma adolescente, menos de idade, ainda por cima, sensata como Kelsey. Mas isso é um problema menor comparado com o resto.

O que eu gostei bastante foi de ter um pouco de contato com essa cultura tão diferente que é a indiana. No primeiro ainda é bem pouca coisa, mas já estou  no devorando segundo, e isso se acentua. Também gostei de que apesar de ter momentos enjoativamente doces (quase entrei em coma diabético), o foco maior é na ação. Imagine um Twilight (OK, não vale de muita coisa), mas melhor desenvolvido misturado com Indiana Jones e o Templo da Perdição, e você tem o que é ler esse livro: uma leitura prazerosa, envolvente e apaixonante.

Trilha sonora

The Reason, do Hoobastank, por motivos óbvios (confira a letra) e Hunting High and Low, do A-ha, mais pelo clipe do que pela música (apesar de ser uma das minhas all time favourites).

Se você gostou de A Maldição do Tigre, pode gostar também de:

  • Beautiful Creatures – Margaret Stohl e Kami Garcia;
  • As Crônicas dos Kane – Rick Riordan;
  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • A Viagem de Theo – Catherine Clement (esse fala de religião, e fala bastante das religiões da Índia, vale a pena conferir).

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Aniversário!

 

E lá se foi mais um ano, e quando eu menos esperava, o blog completa 5 anos. Puxa, eu juro que não imaginava que chegaria até aqui. E durante esses 5 anos, conheci muita gente bacana e fiz amigos incríveis. Eu sei que eu ando meio relapsa com o blog, não fiz algumas colunas que costumo fazer no final do ano, mas é que tem feito dias tão agradáveis que tenho preferido ler ao ar livre, aproveitando as férias e o verão. Mas prometo que vou tentar ser mais organizada esse ano.

Obrigada a você que ficou comigo todo esse tempo, e aos novos amigos, que sejam muito bem vindos! E que venham mais leituras!

Beijos e até o próximo post!