quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Novo álbum do Lifehouse!!!!

 

Lifehouse Acho que já ficou bem claro que eu sou simplesmente APAIXONADA por música. Costumo dizer que sem música eu não funciono, e é verdade. Aliás, se não ficou claro, eu leio ouvindo música (daí associar as músicas aos livros, meu outro vício). Gosto principalmente de rock e pop (não Jonas Brothers ou “Bitchney” Spears, mas tipo The Corrs, Roxette, Robbie Willams).

E uma das minhas bandas favoritas é o Lifehouse. Comecei a gostar deles por causa de Smallville (tudo bem, a série é besta, mas tem coisas muito boas, entre elas a trilha sonora)., acho que como a maioria das pessoas que gosta de Lifehouse aqui no Brasil.

Então, fiquei muito feliz de acessar, na verdade sem motivo, só por acessar, o site deles e descobrir que eles estão lançando álbum novo Smoke & Mirrors. A data de lançamento é em 2 de março (isso lá nos EUA. Aqui no Brasil é outra história), mas já fico na expectativa. Claro que mais ainda porque estou no Brasil e encontrar CDs originais deles é superdifícil (nada contra baixar, eu faço isso, mas algumas coisas eu simplesmente tenho que ter o original e Lifehouse é uma delas). O bom é que dá para matar um pouco da vontade no site (www.lifehousemusic.com). E o primeiro single, Halfway gone, é muito bom (como todas as outras músicas deles, para variar).

Infelizmente, ainda não há notícias de shows por aqui. Mas quem sabe com o lançamento de Smoke & Mirrors eles resolvam aparecer. Esse eu faço questão de ir.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A menina que roubava livros

 

A menina que roubava livros “Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente ilesa das três que a Própria, de tão impressionada, decidisse contar sua história. História que, nas palavras dirigidas ao leitor pela Ceifadora de almas no início de A menina que roubava livros, “é uma dentre a pequena legião que carrego, cada qual extraordinária por si só. Cada qual uma tentativa – uma tentativa que é um salto gigantesco – de me provar que você e a sua existência humana valem a pena.”
Essa mesma conclusão nunca foi fácil para Liesel. Desde o início de sua vida na Rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima de Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo de sua mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro. O Manual do Coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.
E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte.O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar.
Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena."

“Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.” É essa a frase que está no verso do livro, e é a mais pura verdade. Confesso que não esperava gostar tanto de A Menina que Roubava Livros. Na verdade, nem fazia muita questão de ler, mas a frase no verso me chamava, e então resolvi seguir o conselho. E não me arrependo.
Claro, a primeira coisa que chama a atenção é a narradora. Ela, a Indesejável. A Inevitável – MORTE. E é surpreendente descobrir que a Morte, ao contrário do que se pensa, é sensível e tem coração (palavras da própria). E até senso de humor. Bem irônico, diga-se de passagem (por exemplo, quando fala que é o mais fiel soldado de Hitler). Diversas vezes, ela se dirige a nós, leitores, como se estivesse falando com um velho amigo (claro que todos nós vamos ao seu encontro, mais cedo ou mais tarde).
Outra coisa muito bacana desse livro é que mostra todos os lados da guerra. Há os judeus, os alemães contrários a Hitler e os nazistas. Suas histórias misturam-se, num emaranhado complexo que era a Alemanha nazista, onde todos sofrem de maneira igual.
Em meio a tudo isso está Liesel. Abandonada pela mãe logo após a morte do irmão, ela chega à Rua HImmel, sob os cuidados de Hans e Rosa Hubermann. Apesar da pouca idade, Liesel já sofreu muito. É a princípio uma menina quieta, que sofre em silêncio e sem entender o que está acontecendo com ela. Aos poucos, porém, Liesel se acostuma à Rua Himmel e leva uma vida quase normal. Os pesadelos, porém, persistem e seu alívio são os livros que rouba, cada um marcando de forma diferente sua vida.
Sua outra válvula de escape é Rudy Steiner. Melhor amigo e vizinho de Liesel, logo se tornará seu comparsa nos roubos.Determinado, tem vários irmãos e por isso está sempre faminto. É apaixonado por Liesel e faz qualquer coisa por ela (mesmo!) É ele quem percebe primeiro o que está acontecendo. É tão especial que conquista até nossa querida narradora (não é ironia. Eu gosto mesmo dela).
Outras pessoas são marcantes na vida de Liesel, como Max Vanderburg, o lutador judeu com quem compartilha os pesadelos; Ilsa Hermann, a mulher do prefeito, que divide com a menina o amor pelos livros e sua biblioteca; entre outros que influenciam de uma forma ou outra a vida da roubadora de livros.
A Menina que Roubava Livros é um livro encantador, sensível, que toca o coração do leitor e, com certeza, vou ler de novo.

Trilha Sonora

Eu sei que pode parecer estranho, e até um pouco exagerado, mas a música que mais associo a este livro é Enter Sandman, do Metallica. Ela fala de pesadelos, então me parece apropriado, já que os pesadelos são parte tão importante das vidas de Liesel e Max. Também, o refrão, “Exit light/ Enter night” me lembra muito Max e todo o tempo que ele teve que passar escondido no porão (sai a luz/ entra a noite). Também para Max, uma outra música que vem bem a calhar é Live and Let Die (tanto faz com o Paul McCartney ou Guns´n´Roses). Aqui, o título diz tudo (ele se sente culpado por viver e deixar morrer). Mas dá até para identificar com a primeira estrofe (When you were young and your heart was an open book/You used to say live and let live/ But if this everchanging world in which we live in/ Makes you give in and cry/ Say live and let die – Quando você era jovem e sua vida era um livro aberto/ Você dizia viva e deixe viver? Mas se este mundo em constante mutação onde vivemos/ Faz você desistir e chorar/ Diga viva e deixe morrer). Já para os bombardeios, Roda da Fortuna, da ópera Carmina Burana é mais que indicada. (Se você quiser ver as letras acesse http://vagalume.uol.com.br/)

Filme

Há rumores que este livro vai virar filme, mas ainda está em desenvolvimento. Enquanto isso, uma boa pedida é a série Dead Like Me (que eu AMO), que retrata o dia a dia de um grupo de ceifadores. E se você gostar, outra série bem legal que tem a morte como pano de fundo é Pushing Daisies. As duas podem ser encontradas em DVD. Prato cheio para quem gosta de humor negro.

Se você gostou de A Menina que Roubava Livros, pode gostar também de:

  • A Lista de Schindler - Thomas Keneally
  • A Bicicleta Azul – Règine Deforges

domingo, 24 de janeiro de 2010

O Senhor dos Anéis

 A sociedade do anel  As duas torres O retorno do rei

Dividido em três livros, A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei, e sequência de O Hobbit, e conta a saga de Frodo Baggins e seus companheiros a fim de destruir o Um Anel, acabando assim com a ameaça de Mordor e Sauron, e libertando a Terra-Média.
Escrito entre 1936 e 1949 e publicado entre 1954 e 1955, O Senhor doa Anéis foi traduzido para diversas línguas, e originou filmes, influenciando gerações de seguidores fiéis, e é considerado um clássico da literatura fantástica.

Meu interesse por O Senhor dos Anéis (e acho que dá pra deduzir que eu A-DO-RO este livro) começou quando ouvi falar que Peter Jackson (tudo bem,na época eu ainda não sabia quem este ilustre cidadão era) estava produzindo o filme. Na verdade, para ser bem justa, acho que foi minha irmã que me falou dele e me disse que se tratava de elfos e outros seres fantásticos. Fã assumida de literatura de fantasia, claro que já me deu um comichão.
Mas já aviso que a leitura não agrada a todos. Muita gente que assistiu os filmes – e gostou – não consegue ler o livro. Como já mencionei, adoro o livro, mas admito que a leitura não é fácil. O estilo extremamente descritivo e o ritmo muitas vezes arrastado podem ser cansativos e desencorajar os menos pacientes (e persistentes).
A história começa mesmo só depois da página 25 (até mais, dependendo da edição) de prólogo, descrevendo com pormenores todos os hábitos e peculiaridades dos hobbits, até um pouco de sua história, de uma forma que lembra um documentário (confesso que só li mesmo essa parte da primeira vez que li, e agora, quando leio, pulo esta parte. E também nunca li os não sei quantos apêndices, que são no mesmo estilo).
Uma coisa muito irritante do livro é a descrição pormenorizada de detalhes, como as roupas dos personagens e as paisagens. Às vezes, no meio de uma cena de ação, Tolkien pára para descrever as pedras ou os campos verdes. Não que isso seja totalmente negativo, ao contrário, nos permite imaginar a cena exatamente como o autor. A travessia das Minas de Moria, por exemplo, é muito mais assustadora no livro do que no filme, justamente por causa da descrição. Mas pode se tornar cansativo, e deixa o ritmo lento, as coisas demoram a acontecer.
Mas, obviamente, não é à toa que esse é um dos meus livros favoritos. Para mim, os pontos positivos superam esse pequeno detalhe. Os personagens são complexos, e mutáveis durante o decorrer da narrativa. O melhor deles é, sem dúvida nenhuma, Gollum. Ele sozinho renderia páginas e mais páginas de comentários. Sua dualidade inspira tanto ódio como pena no leitor.
Destaco principalmente os hobbits. Citando o livro “pode-se aprender tudo sobre hobbits em um mês, mas mesmo depois de anos, eles ainda nos surpreendem”.Frodo não teria chegado muito longe se não fossem seus fiéis amigos do Condado, especialmente Sam. E antes que mentes mais poluídas falem qualquer coisa, como já foi insinuado, o que move Sam é a mais pura e profunda amizade (Tolkien era demasiadamente conservador e machista para qualquer outra implicação). Aliás, isso me lembra que uma vez, na ocasião do lançamento de um dos filmes, fiz um teste na internet para saber quem eu seria em OSDA. E o resultado foi….isso mesmo – HOBBIT! (Fala sério, eles é que sabem viver mesmo, comendo, bebendo e só curtindo a vida!)
E, apesar de tudo, a história guarda boas surpresas para o leitor. Quando li pela primeira vez, e acabei As Duas Torres, fiquei super ansiosa para ler O Retorno do ReiAs Duas Torres acaba num suspense danado, deixando o leitor ávido por mais (isso, claro, para aqueles que, como eu, não têm a edição única). Aliás, o leitor persistente, que consegue acabar Sociedade (na minha opinião, o menos emocionante dos três) é recompensado com uma aventura deliciosa e , perdão do trocadilho, fantástica e com certeza vai querer ler novamente.

Nota Histórica

Apesar de ser um livro de fantasia, O Senhor dos Anéis reflete a época em que foi escrito, entre 1936 e 1949, em plena II Guerra Mundial. Assim, pode-se comparar Mordor com a Alemanha nazista e Sauron a Hitler. Mais: a saga de Frodo se passa na 3° era da Terra-Média (alguém aí pensou em Terceiro Reich?)

Se você gostou de O Senhor dos Anéis, também pode gostar de:

  • O Hobbit – J. R. R. Tolkien
  • a coleção Harry Potter – J. K. Rowling
  • a saga A Herança (Eragon) – Christopher Paolini

 

Trilha sonora

Nem preciso mencionar que é a do filme mesmo, com destaque para About the Hobbits (a que toca no começo, quando Gandalf está chegando ao Condado para a festa de Bilbo), que eu adoro.

Os Filmes

Acho que é desnecessário dizer que a trilogia cinematográfica também está entre os meus filmes favoritos. E tenho que admitir que alguns momentos dos filmes são melhores que os livros. E Peter Jackson até que foi bem fiel à obra de Tolkien (apesar do descontentamento da família. Será que não receberam o suficiente para vender os direitos?)
Claro que há diferenças e algumas coisas ficaram de fora, como o Expurgo do Condado, mas sinceramente, os cortes não afetam a história. Na verdade, esses cortes fazem com que o filme tenha um ritmo mais acelerado. Por exemplo, no livro, Frodo espera vinte anos desde que recebe o anel, até que saia em sua aventura.
aragorn 2 Algumas cenas também são simplesmente lindas. Umas das minhas preferidas é a da morte de Boromir, e tanto Sean Bean quanto Viggo Mortensen (que aliás, só acho tudo de bom como Aragorn, e quanto mais maltrapilho melhor. Tirando a fantasia de Aragorn, o encanto acaba) provam por quê mereceram seus papéis. Atuação brilhante e execução impecável. E o mais legal do filme é que ele é democrático, todos os atores tiveram oportunidade de mostrar seu talento.
Quanto às diferenças entre os filmes e os livros, a que mais me incomoda é Faramir. No livro, ele não sente influência nenhuma do anel, ao contrário do filme. Apesar que ele tem lá suas razões, que ficam mais claras para quem viu a versão estendida de As Duas Torres. Ele quer desesperadamente se provar à altura de Boromir aos olhos do pai, Denetor. Também não me agrada muito o destaque dado a Arwen e esse negócio de seu destino estar ligado ao anel (de onde é que veio isso?!).
Aliás, os elfos em geral conseguem ser ainda mais chatos nos filmes que nos livros, com exceção de Legolas. Enquanto seus irmãos de raça ficam se lamuriando e partindo para o Oeste (até hoje não entendo por quê) Legolas topa qualquer parada para salvar seus amigos, nunca os abandonando. É por isso que ele é o único elfo de quem eu gosto.
Fora isso, o filme como um todo é fantástico, muito bem feito e merecedor de todos os Oscar que levou (se bem que eu acho que merecia alguns). E já que estou falando de premiações, não dá para deixar de fora o VMA que Gollum levou, muito merecidamente, diga-se de passagem. Ele é, com certeza, o melhor ator virtual até hoje.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Marcada

 

Marcada Primeiro volume da série House of Night, Marcada é o início da jornada de Zoey na Morada da Noite.
Ela acaba de ser marcada como vampira, o que significa sair de casa e mudar-se para a Morada da Noite, deixando para trás seus amigos, sua família e a vida como a conhece.
Neste primeiro volume, Zoey tenta  conciliar o fato de se tornar vampira, bem como encontrar seu lugar na Morada da Noite.

Confesso que o que primeiro me atraiu em Marcada foi a capa, que eu via nos anúncios atrás dos ônibus. Aí descobri que se tratava de vampiros, que adoro desde não sei quando (garanto que desde muito antes de Stephenie Meyer sequer sonhar em escrever Crepúsculo), meio misturado a Harry Potter e aí foi só juntar a fome com a vontade de comer.
Claro que depois que comecei a ler, ficou claro que, fora o fato de se passar numa escola, não tem nada a ver com Harry Potter. P. C. Cast e Kristin Cast estão longe de ser uma J. K. Rowling, mas Marcada é melhor que os dois primeiros Harry Potter. E Marcada é uma leitura tão gostosa quanto.
Duas coisas durante a leitura confirmam meus instintos iniciais de que este seria um livro, se não excelente, pelo menos interessante: primeiro, a verdadeira adoração dos vampiros pelos gatos (sim, sou gateira mesmo! E eles dominam o mundo, sim!) e em segundo lugar os rituais da Lua Cheia e de Samhain, que nos levam de volta no tempo até os antigos celtas.
A linguagem informal, próxima do que usamos no dia a dia, e as referências pop recentes, como That 70`s Show e a cantores atuais nos aproximam da história, fazendo parecer que estamos lendo sobre alguém que conhecemos. Sem contar o humor ácido que permeia o livro. Várias vezes me peguei rindo.
O ritmo acelerado prende o leitor. Confesso que poderia ler este livro de uma tacada só, se não tivesse outras coisas para fazer, como dormir, trabalhar, e venerar os gatos (e os cachorros também!). O livro todo se passa em quatro dias, no máximo. Por outro lado, esse mesmo ritmo acelerado não nos permite conhecer os personagens, a não ser Zoey (é ela que narra), uma menina inteligente, que não tem medo de dizer o que pensa, independente, mas que também mostra seu lado inseguro. Porém, acho que tem algo mais sobre ela, que ainda não foi revelado. O jeito é esperar pelos próximos para ter uma ideia melhor de como ela é realmente.Uma coisa eu digo: ela definitivamente não é chata como a Bela da saga Crepúsculo.

Curiosidade

Os rituais descritos no livro têm como base a cultura Wicca, que por sua vez, tem origem na cultura pagã céltica. Para saber mais, acesse:http://pt.wikipedia.org/wiki/Wicca

Trilha sonora

Novamente, essa leitura me remete às músicas de influência celta, como Loreena McKennit e The Corrs.

Se você gostou deste livro também pode gostar de:

  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling
  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes – o filme

 

sherlockholmes_01 Fui assistir Sherlock Holmes ontem. Vale a pena. O mais legal do filme é que Watson fala! E até dá umas porradas! Muito diferente do que associamos. Tudo bem, eu confesso que só li The hound of the Baskervilles (bom, li também O enigma da pirâmide, mas não esse não foi escrito por Conan Doyle, então não conta),mas a figura de Sherlock que está gravada na memória é aquela do detetive de casacão de tweed e boina, com o cachimbo caído, e Watson é seu amigo, meio aparvalhado, e que Holmes faz questão de colocar para baixo, para dizer que é infinitamente mais inteligente.
No filme, Holmes até menospreza um pouco Watson, mas o trata um pouco mais de igual para igual. E Watson faz por merecer. É bom de briga, astuto, e ocasionalmente até dá uns esculachos em Holmes (sem contar que ver o Jude law nesse papel é beeem mais interessante que ver um baixinho meio barrigudo). Ele até faz piadinhas!
Holmes continua com sua habilidade dedutiva impressionante, e o ar de superioridade também está presente, principalmente quando ele e Watson tiram sarro de Lestrade, quem ambos acham um burro incompetente.Mas o visual está bem melhor (claro que Robert Downey Jr ajuda, e, aliás, esse cara é ó único que conseguiu ficar ainda melhor depois de abusar de drogas e álcool). E, ao contrário do detetive que desvenda tudo somente na dedução, esse parte para a briga. Bate e apanha bastante.
A química entre os dois atores é ótima, o que acentua muito o clima de amizade entre os dois. E, antes que algum engraçadinho diga alguma coisa, no filme Watson está noivo.
Um bom divertimento, que deixou gostinho de quero-mais e aquela torcida para que a sequência venha logo. Parece que se separar de Madonna fez muito bem  a Guy Ritchie.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

As Crônicas de Arthur

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Composta por três volumes, O Rei do Inverno, O Inimigo de Deus e Excalibur, esta trilogia explora o Arthur histórico, de forma bem realista. Apaixonado desde criança por histórias de cavaleiros, Bernard Cornwell baseou-se em pesquisas e recentes descobertas arqueológicas para escrever esta trilogia, mostrando pela primeira vez o homem, e não o mito.
Contado a partir da perspectiva de Derfel, um saxão criado pelos bretões, a saga inicia-se em O Rei do Inverno, que narra a luta de Arthur, nomeado regente de Mordred, para unificar a Inglaterra a fim de expulsar os saxões. A seqüência  O Inimigo de Deus conta como Derfel une-se a Merlin para procurar o Caldeirão Mágico, um dos Treze objetos sagrados da Britânia, em meio às disputas religiosas entre cristãos e pagãos. Finalmente Excalibur encerra a trilogia. Governada com pulso de ferro pelo Rei Mordred, a Britânia cai em trevas e Arthur enfrenta inimigos poderosos, até a grande vitória em   Mynyd Baddon.

O que mais chama atenção nesta, que na minha opinião, é a melhor versão da lenda arturiana, é o realismo. Tudo é descrito com riqueza de detalhes e é um retrato fiel da época, desde as quase inexistentes condições de higiene (Derfel é constante mente “aconselhado” a tomar banho, literalmente), até os detalhes mais sangrentos das batalhas. Este livro (e qualquer outro de Bernard Cornwell, a propósito) definitivamente não é para quem tem o estômago fraco.Uma das coisas mais interessantes – e hilárias- desta descrição é o ritual dos xingamentos antes das batalhas.
Outro ponto de destaque é o humor irônico tipicamente britânico que permeia a obra. Merlin é particularmente sarcástico. Chama Derfel de absurdo praticamente todas as vezes que o encontra e adora ver tudo virar caos. Muito diferente do velhinho bonzinho e sábio que é benfeitor de Arthur dos contos que conhecemos. É dele uma das minhas frases prediletas: “O destino é inexorável”.
Derfel, por sua vez, é aquele tipo de brutamontes feroz e rude, soldado sedento de sangue, mas que no fundo tem um coração enorme. Apesar das críticas de Merlin, é inteligente e bastante observador, qualidades que aliadas a sua habilidade de soldado o ajudam a subir na vida, até tornar-se um dos melhores amigos e conselheiros de Arthur. É fiel à esposa, Cewin, seu grande amor, por quem é capaz de tudo.
E, para assombro geral, Arthur não é rei. Filho bastardo de Uther Pendragon, aceita tornar-se regente de seu sobrinho Mordred enquanto este é uma criança. É inteligente e não hesita em fazer alianças, às vezes arriscadas, para o bem maior. É extremamente honrado, e, por isso recusa-se a tomar para si o título de rei, contrariando a todos.
O livro, aliás, guarda muitas surpresas para o leitor . Nenhum dos personagem tem semelhança com a lenda, a não ser pelo nome. E não há aqui a demanda pelo Graal (O caldeirão Mágico não é o cálice que recolheu o sangue de Cristo após a crucificação. Bernard Cornwell tem sua própria versão para a Demanda, a trilogia A Busca do Graal, que se passa muito depois da época de Arthur).
O livro é resultado de extensa pesquisa pelo Arthur histórico. Desta forma, não há muito espaço para a magia nem para feitos fantásticos, como derrotar um dragão. Mas a descrição pormenorizada dos detalhes deixa o leitor se perguntando: afinal, Arthur existiu ou não?
É um dos meus livros preferidos e por causa dele, agora sou fã de carteirinha de Bernard Cornwell, o melhor romancista histórico da atualidade.

Trilha sonora

Impossível não pensar nas músicas de Hans Zimmer, como a trilha sonora de Gladiador e mesmo de Rei Arthur.

Filme

A versão cinematográfica que mais se aproxima deste romance é a de Jerry Bruckheimer (aliás, quando leio, imagino Clive Owen como Arthur). Mas fico torcendo para que este livro vire filme, de preferência uma trilogia, como O Senhor dos Anéis.

Se você gostou deste livro, pode gostar de:

  • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley
  • As Colinas Ocas – Mary Stewart
  • O único e eterno rei – T H White

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

As Brumas de Avalon

THE_MISTS_OF_AVALON_1251846899P Publicado inicialmente em 1982, As Brumas de Avalon foi um sucesso retumbante e continua encantando leitores ao redor do mundo com a saga das mulheres por trás do lendário Rei Artur.
Ambientada no final do século V e início do século VI, a história nos remete a uma terra mágica, onde fadas, bruxas e magos coexistem com seres humanos  e por vezes interferem no decorrer da trama.
Trata-se do esforço desesperado dos povos celtas para preservar seus rituais, suas crenças e seu modo de vida contra o avanço avassalador do cristianismo.
Servindo como pano de fundo, esse cenário dá lugar a Artur e sua corte. A saga inicia-se antes de seu nascimento e estende-se por cerca de 40 anos, até seu final trágico, passando pela expulsão dos saxões da Bretanha e a demanda do Graal.
Uma história fascinante, contada com beleza e maestria, As Brumas de Avalon é um clássico da literatura e leitura obrigatória para todos os amantes das lendas arturianas.

Já perdi a conta de quantas vezes li esse livro. A primeira vez foi aos 12 anos e desde então sou apaixonada pela lenda arturiana e tudo que lhe diz respeito. Já li várias versões, mas esta é a segunda melhor e foi meu livro favorito durante muito tempo (perdeu lugar para As Crônicas de Artur de Bernard Cornwell, mas admito que fiquei com o coração partido ao reconhecer esse fato).
Ainda assim, é daqui o meu personagem preferido de todos (e olha que eu sou uma leitora ávida! Isso é dizer muito!). Estou falando, claro, de Morgana Le Fey. Tida como bruxa e vilã por muitos, Morgana é na verdade uma mulher forte, culta, que luta desesperadamente para manter viva sua cultura e sua crença. É ambiciosa e manipuladora, claro, mas é impossível não adorá-la, com sua alegria e seu jeito altivo de quem não liga para o que falem dela.
Oposta a Morgana está Gwenhwyfar (Guinevere na escrita original bretã), mulher de Artur e amante de Lancelote. É extremamente religiosa, beirando o fanatismo. Aparenta ser uma santa, mas mantém uma relação com Lancelote e, a certa altura, nem faz questão de manter segredo disso.Também é uma mestra manipuladora, apesar de não ser inteligente com Morgana, consegue tudo o que quer através de lágrimas e constantemente lembrando Artur de seus pecados. Amarga, ressente-se de todas as mulheres que têm filhos, devido a sua esterilidade.
Artur, por outro lado, é um homem fraco, que se deixa manipular por qualquer um, especialmente a mulher por sentir-se culpado pela esterilidade desta e por ter cometido incesto com Morgana na juventude. Porém, é amado por todos e é um rei justo e bom.
Destacam-se ainda Viviane, mentora e mãe-de-adoção de Morgana; Morgause,irmã de Viviane e tia invejosa e inescrupulosa de Artur e Morgana, é capaz de tudo para tornar-se Grande Rainha; Mordred, o filho de Artur e Morgana, jovem ardiloso, criado por Morgause e que irá desempenhar papel decisivo ao fim da narrativa; e, claro, Lancelote, o terceiro vértice do triângulo amoroso mais famoso da História.
Outro ponto de destaque, e, na minha opinião, a parte mais prazerosa de se ler, é a riqueza de detalhes com que os rituais pagãos, como Beltane, são descritos. É quase possível vivenciá-los e sentir a magia pulsando no ar.
Se Brumas tem um defeito é, talvez, ser muito glamouroso. Tudo parece ser lindo, limpo e, mesmo as cenas mais sangrentas parecem ser cheias de brilho. Também há uma imprecisão histórica, pois naquela época, ainda era permitido aos padres se casarem.
As Brumas de Avalon continua sendo um dos meus livros preferidos e, podem apostar que vou reler ainda muitas vezes. Se hoje sou fascinada por livros de fantasia e que tratem do sobrenatural, bem como romances históricos, com certeza é devido a este livro.

Trilha sonora

Sempre que escuto as músicas de Loreena McKennit, especialmente The Mummers Dance, que descreve os rituais nos bosques sagrados, me lembro deste livro. Também posso associá-lo às músicas instrumentais do The Corrs, como Lough Erin Shore e Old Hag.

Filme

A TNT transformou o livro em uma série, que acabou virando filme no DVD, mas este não faz justiça ao livro, nem de longe. A produção não é das melhores e, muita coisa ficou de fora, além de haver muitas diferenças, como a morte de Viviane (no livro é bem chocante). A melhor coisa no filme é a atriz Julianna Margulies (a enfermeira Carol de ER) no papel de Morgana. Originalmente, foi transmitido como uma minissérie de quatro horas, cada uma cobrindo um dos livros.

Nota histórica

Apesar de haver dúvidas sobre a existência de Artur, o momento histórico é real. Após os romanos saírem da Inglaterra (naquela altura Britânia), a ilha foi gradualmente invadida pelos povos anglo-saxões, até que em 495 AD na Batalha do Monte Badon, os bretões infligiram uma grande derrota aos anglo-saxões, que refreou em alguns anos a avançada destes sobre a Britânia. A invasão saxônica recomeçou durante o século VI.(Fonte: Wikipedia – History of England )

Se você gostou deste livro, também pode gostar de:

  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell
  • As Colinas Ocas – Mary Stewart

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Os pilares da Terra

Ambientado no século XII, na Inglaterra abalada por guerras civis, fome, disputas religiosas e a batalha pela sucessão do trono inglês, os Pilares da Terra conta a história da construção da Catedral de Kingsbridge.

É neste cenário turbulento, cheio de intrigas e traíções que encontramos Tom Builder, um humilde construtor que tem o sonho de construir a Catedral mais magnífica do mundo. Ele parte com sua família em busca de trabalho, mas só encontra miséria e fome, até conhecer Philip, monge de origem humilde que torna-se o prior de Kingsbridge e tem como objetivo a reconstrução da Catedral, destruída por um incêndio, e desta forma enaltecer a obra de Deus. Começa assim uma longa amizade que irá despertar a inveja e o ódio de muita gente, em especial do bispo Waleran e de William Hamleigh.
Uma obra-prima desenvolvida com maestria por Ken Follett. Os Pilares da Terra é um livro envolvente e apaixonante, que já vendeu milhares de cópias ao redor do mundo.


Ao contrário de muita gente (e da lógica), li primeiro Mundo sem Fim, a “continuação” de Os Pilares da Terra. Não que eles tenham que ser lidos em sequência – acho até que eles funcionam como dois livros independentes.
Devo dizer que, ao contrário de Mundo, eu demorei um pouco para me achar em Pilares, mas eventualmente, me vi totalmente envolvida pela história e seus personagens. Entretanto, Pilares já configura entre meus livros favoritos e é, sem dúvida, uma leitura quase obrigatória para os amantes de romances históricos.
O ponto alto da obra, na minha opinião, são os personagens e seu desenvolvimento durante a história, principalmente Aliena, jovem mimada e altiva, herdeira de um lorde inglês que se vê subitamente destituída de sua herança e é forçada a amadurecer e mudar seu modo de ver a vida.
Há também Tom Builder, o responsável pela construção da catedral de Kingsbridge, que com sua determinação nunca desiste de seu sonho de construir a mais bela catedral do mundo, mesmo diante das maiores dificuldades.
Destacam-se ainda Ellen, mulher de Tom, que carrega consigo um misterioso passado; o prior Philip, um verdadeiro “control freak” que acredita que tudo que acontece em sua vida é vontade de Deus (muito embora por vezes deixa transparecer suas verdadeiras intenções); William Hamleigh, cavaleiro inescrupuloso e sádico, cujo maior prazer é prejudicar Philip e Aliena; o bispo Waleran Bigod, homem de fala mansa e ardiloso, cuja lealdade varia de acordo com o que lhe será mais vantajoso; e, por fim, Jack Jackson, filho de Ellen, que começa quase como um personagem secundário, mas que vai ganhando espaço na trama.
Os Pilares da Terra é uma leitura fascinante e, apesar de extenso, tem um ritmo acelerado, o que mantém o leitor preso até o fim.

Filme

Estão produzindo uma série baseada neste livro, que eu estou doidinha para ver. Ainda não foi definido quem vai comprar os direitos de transmissão, mas espero que seja a HBO, para eu poder assistir!

Nota histórica

Após a morte do rei Henry I em 1135, Stephen, neto de William, o Conquistador, tomou o trono da herdeira Maud, filha de Henry I, dando início a um período de guerra civil, caos e anarquia na Inglaterra. Como consequência dessa disputa pelo poder, o país caiu num período sem leis, colocando em perigo tanto nobres como camponeses que se aventuravam pelos campos. Esse período durou 20 anos, até a morte de Stephen e a ascensão de Henry II ao trono.

Se você gostou deste livro. pode gostar também de:

  • Mundo sem fim – Ken Follet