domingo, 29 de agosto de 2010

As Crônicas de Nárnia

 

Narnia A terra fictícia denominada Nárnia, criada pelo escritor Clive Staples, é o espaço onde ocorrem as aventuras de animais que podem falar e onde o bem pode combater o mal. Seu enredo, que contém aspectos do Cristianismo, é apresentado de forma mais acessível as crianças. As Crônicas de Nárnia (do original The Chronicles of Narnia), em um único livro, traz os sete volumes que ultrapassaram o status de livros infantis e se tornaram grandes clássicos da literatura.

Bastou dizer que C. S. Lewis era amigo de Tolkien para eu me interessar por Nárnia. Ainda por cima o cara era escritor de fantasia, e com bichinhos falantes. Precisa mais? Só que, que me perdoem os fãs mais ardorosos, mas tenho que concordar com Tolkien: O Senhor dos Anéis é muito melhor (não vou tão longe como ele ao dizer que Nárnia era uma porcaria porque não acho que seja. Só mais infantil. Aliás, foi por isso que a amizade dos dois acabou).

Claro que o caráter catequizador não é lá um atrativo muito forte, mas eu sinceramente não vejo isso muito claramente (só nas duas primeiras histórias. Mas também não sou profunda conhecedora da Bíblia). O que vale mesmo é que, no geral, trata-se de uma fantasia deliciosa de se ler.

Particularmente, gosto mais das histórias em que Caspian aparece, sendo que Príncipe Caspian é a minha favorita (e, não, não tem nada a ver com o fato de o Caspian do cinema ser uma delícia para os olhos). Elas são as mais agitadas e com cara de aventura. Fico triste por Peter e Susan só participarem de duas, e porque eventualmente todos os Pevensie acabam deixando Nárnia de vez. Mas dá para entender o ponto de vista do autor: é o crescimento, e chega a hora de cada um deles deixar para trás a infância.

Como já mencionei, a minha favorita é Príncipe Caspian. Ela é a que mais tem nuances de emoções: revolta, vingança, lealdade, desconfiança… Para  mim, é que tem mais profundidade.

Aliás, esse é o maior problema de Nárnia: os personagens são preto no branco, ou seja, são sempre bonzinhos ou sempre vilões. Mesmo Edmund, ao trair seus irmãos, não o faz por maldade, mas inocência. Ele realmente acredita na Feiticeira Branca. E não há um granda vilão, como Sauron ou Gollum, pra ficar na mesma categoria de livros. Dessa forma, a história se torna um tanto previsível e não há uma grande reviravolta (e me refiro a todas as historinhas aqui).

Uma coisa que me agrada, por outro lado, é a mistura de seres fantásticos que aparece: minotauros, faunos, animais falantes…Ripichip em especial é uma graça (mais ainda que no filme).  E a primeira história, The magician’s nephew (não tenho certeza se na tradução está O sobrinho do mágico ou do feiticeiro, então resolvi colocar em inglês, que foi como eu li, de qualquer forma), que conta como Nárnia surgiu, é uma cópia quase exata do Gênesis (essa pelo menos eu sei).

Ainda assim, é uma leitura leve e gostosa, que eu recomendo principalmente para crianças (apesar de “crianças” como eu também gostarem muito). E, já digo que vou reler antes do próximo filme (ou, pelo menos, A viagem do Peregrino da Alvorada).

Trilha sonora

A trilha sonora original dos filmes mesmo é ótima. Destaque para Evacuating London (aquela que toca quando eles estão no trem para a casa do Professor), Wunderkind, da Alanis, The Call, de Regina Spektor, do segundo, e, claro, This is Home, do Switchfoot (apesar de ela só tocar nos créditos finais do segundo, e numa versão diferente do clipe. Prefiro a do clipe). Também de uma trilha inspirada (ou seja, não original) Waiting for the World to Fall, do Jars of Clay.

Filmes

Leão, Feiticeira São uma exceção à regra: ambos são beeeem melhores que os livros. Se nos livros os personagens são muito planos, nos filmes eles já têm áreas cinza. Principalmente no segundo. E foram valorizadas passagens que nos livros são de meia página (como a batalha no final do primeiro). Também gostei dos acréscimos criativos dos filmes. Por exemplo, no segundo, na hora que aquele bicho feio, junto com o anão (que aliás é interpretado por ninguém menos que Warwick Davies, nosso querido Professor Flitwick, de HP) invocam a Feiticeira Branca. Isso não está no livro, mas foi bem explorado. Caspian Na verdade, de novo, meu preferido é Príncipe Caspian (e de novo, não tem nada a ver com Ben Barnes, apesar que isso ajuda muito). O filme é mais dark que no livro (e também que o primeiro filme), e Peter está mais briguento (aquela briga do começo no metrô também não está no livro, mas eu adorei), Susan parte para a briga, em vez de ficar só olhando, e Edmund mostra um senso de humor sarcástico delicioso. E posso adiantar que teremos mais desses desvios no terceiro (Peter volta! Eba!). Pra conferir o trailer: A viagem do Peregrino da Alvorada

Se você gostou de As Crônicas de Nárnia, pode gostar também de:

  • O Senhor dos Anéis – J R R Tolkien
  • O Hobbit – J R R Tolkien
  • Coleção Harry Potter – J K Rowling
  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan

sábado, 21 de agosto de 2010

Trilha sonora de Percy Jackson

 

Eui sei que sempre escrevo a trilha sonora dos livros no final de cada post, mas Percy é tão legal que me lembra várias músicas, e seria um post muuuuito longo. Fora que eu pensei em muitas das músicas depois que já tinha colocado os posts. Então resolvi escrever um separado.

Para começar, uma música que eu acho que se aplica a toda a série é Carry on my wayward son, do Kansas. Quanto mais eu ouço essa música, mais eu gosto. Confesso que quando escuto, Percy não é a primeira coisa que eu penso, e sim os irmãos Winchester.É, sou apaixonada pelos Winchester boys (todos eles). É o meu vício secreto. Já até tentei ficar sem, mas eles sempre me chamam de volta. Mas de volta ao Percy. O refrão é perfeito. Fico imaginando Poseidon falando pro filhão:

Carry on my wayward son
There’ll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don’t you cry no more

Comovente. E a música é muito boa, Percy merece.

Também generalizada, posso incluir Kings and Queens, do 30 seconds to mars. Eu AMO essa banda. Claro que o vocalista ser ninguém menos que Jared Leto ajuda, mas o cara é talentoso. E a música tem tudo a ver. Olha só o refrão:

We were the kings and queens of promise
We were the victims of ourselves
Maybe the children of a lesser God
Between heaven and hell
Heaven and hell

E isso é só uma amostra. A letra no geral combina.

Fora isso, tenho algumas separadas que dão temas perfeitos para determinados personagens.

Em primeiro lugar, Ain’t no sunshine when she’s gone, do Cat Stevens, Tema de Perséfone. Para quem não sabe, ela não está casada com Hades por sua vontade. Ele na verdade a raptou e levou para os Ínferos. Sua mãe, Deméter, ficou inconsolável e descuidou-se de seus afazeres na terra, que começou a murchar e não produzir nada. Ela então se juntou a Hermes numa tentativa de trazer Perséfone de volta, que por sua vez também se recusava a comer qualquer coisa e começou a definhar. Porém, ela havia comido uma romã nos domínios de Hades, o que era proibido (alguém aí pensou na expulsão de Adão e Eva do Paraíso? Eu já disse e repito: nada se cria, tudo se copia, inclusive religião), e assim Perséfone teria que permanecer nos Ínferos. Mas foi feito um acordo segundo o qual ela poderia passar uma parte do ano na superfície (no verão) e uma parte do ano nos Ínferos (no inverno). As estações intermediárias, o outono (quando ela está voltando para o Mundo Inferior) e a primavera (quando ela está a caminho da superfície). A música foi feita para ela (ainda que Cat Stevens não saiba disso). (fonte: Perséfone)

Afrodite, por sua vez, sendo quem é ganha duas músicas: Barbie Girl, do Acqua, e Dontcha, das Pussycat Dolls. Afrodite é meio Barbie mesmo, então a primeira música cai como uma luva. E ela é a deusa do amor, claro que ela deve cantar pra qualquer marmanjo:

Dontcha wish your girlfriend was hot like me?
Dontcha wish your girlfriend was fun like me?

Imagina só a cara de Ares ouvindo isso! Não sei bem porque, mas acho que ele deve achar o máximo.

Falando em Ares, para ele um tema nacional, muito especial: O senhor da guerra, do Legião Urbana. Nem podia ser outro, né? Precisa falar alguma coisa?

Já Hades tem um tema apropriadíssimo: Sympathy for the devil, com o Guns, claro, que é a melhor versão. Tá, Lúcifer e Hades não são exatamente a mesma pessoa, mas são bem próximos, e só por ser o deus dos mortos, Hades merece a homenagem. Só pra esclarecer: o Mundo Inferior não corresponde exatamente ao Inferno cristão, e todos os mortos para os gregos antigos vão pra os Ínferos. Se forem bons, vão para os Campos Elísios. Caso contrário iam para as profundezas do Tártaro. Antes porém, as almas eram julgadas para decidir seu destino, e nem Hades interferia nesse julgamento (fonte:Hades).

Luke ganha três músicas: Mess of me, do Switchfoot, e Who are you, do The Who, e What I’ve done, do Linkin Park. A primeira é uma banda que eu comecei a gostar recentemente, mas que é muito boa. Pena que não é muito conhecida aqui no Brasil. Eles são responsáveis por uma música da trilha sonora de O Príncipe Caspian, This is home. Para conferir, clique aqui:This is home. Aliás, pensando bem, This is home cabe para a série em geral. Who are you se aplica porque digamos que ele anda meio confuso, não sabe bem quem é ( Spoiler! Luke, Cronos? É gente demais num corpo só). Já What I’ve done parece que foi feita para ele, principalmente quando cai em si (ops! Desculpa, escapou um spoiler!). De qualquer jeito, olha o refrão:

Let mercy come and wash away
What I’ve done
I'll face myself
To cross out what I've become
Erase myself
And let go of what I've done

E falando em Linkin Park, que eu amo de paixão, acabo de ver que tem novo single saindo, The Catayst, que é muito bom (chuif! Queria ir no show! Mas Itu? Ninguém merece!).

A relação entre Annabeth e Luke também ganha destaque com Who knew, da Pink. E até o tempo que transcorre na música entre o namoro de Pink com quem quer que seja até a desilusão é de três anos, exatamente como no caso de Annabeth e Luke. E Annabeth é bem capaz de bater em quem dissesse que Luke se tornaria marionete de Cronos. Olha só o refrão:

If someone said three years from now,
You'd be long gone
I'd stand up and punch them out,
Cause they're all wrong
I know better,
Cause you said forever
And ever,
Who knew

Alguém aí tem alguma dúvida de que ela faria isso mesmo? Eu não.

Já Annabeth e Percy só podem ter uma música: You were born to be my baby, do Bon Jovi. Nem precisa chegar ao final da série para saber que é essa música o tema deles. Meio como Rony e Mione. Acho que nem preciso falar mais nada.

E, Percy não existiria se não fosse por Poseidon. para ele, Aquarius, do Within Temptation. Perfeita para embalar o romance entre Sally Jackson e o Senhor dos mares.

Hefesto, o deus trabalhador e artesão, deve trabalhar nas suas forjas escutando Bruce Springsteen, o ídolo de dez entre dez trabalhadores americanos, por retratar em suas músicas a classe operária.

Acho que é só isso. Sugestões são bem vindas. E, antes de terminar, queria dizer que esse post nào sairia se não fosse por uma ajudinha da minha irmã, Luciana. Foi ela que me deu a ideia, e sugeriu algumas das músicas.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O Último Olimpiano

 

Último Olipiano Um meio-sangue, dos deuses antigos filho,
Chegará aos dezesseis apesar de empecilhos
Num sono sem fim o mundo estará
E a alma do herói, a lâmina maldita ceifará
Uma escolha seus dias vai encerrar
O Olimpo preservar ou arrasar

Os meios-sangues passaram o ano inteiro preparando-se para a batalha contra os titãs, e sabem que as chances de vitória são pequenas. O exército de Cronos está mais poderoso que nunca, e cada novo deus ou semideus que se une à causa confere mais força ao vingativo titã.

Enquanto os olimpianos se ocupam de conter a fúria do monstro Tifão, Cronos avança em direção à cidade de Nova York, onde o Monte Olimpo está precariamente vigiado. Agora, apenas Percy Jackson e seu exército de heróis podem deter o Senhor do Tempo.

Neste aguardado desfecho da série, o combate que pode acarretar o fim da civilização ocidental ganha as ruas de Manhattan, e Percy tem a terrível sensação de que sua luta, na verdade, é contra o próprio destino. Revelada a sinistra profecia acerca do décimo sexto aniversário do herói, ele enfim encontra seu verdadeiro caminho.

Agora é guerra! O livro praticamente todo é batalha atrás de batalha, mas isso em nada tira a delícia que é ler. Aliás, depois de A Maldição do Titã, esse é provavelmente o meu preferido. Mas, como aconteceu com As Relíquias da Morte, também deixa o coração apertadinho pelo fato de a gente saber que é o último. E quando acaba, fica aquele gostinho de quero mais. Mas não percam as esperanças! Deixem ela bem protegida na Caixa de Pandora, porque Rick Riordan ainda dá um ganchinho para um próximo livro sobre os Olimpianos, talvez não com Percy (se bem que eu gostaria muito de ler mais algumas aventuras dele), mas quem sabe outro herói.

Como em Relíquias, podem esperar várias baixas neste livro, embora não tantas (Rowling fez um verdadeiro banho de sangue no último Harry. Mas falo dele mais tarde. Vou reler o livro mais perto do filme, até pra poder meter o pau no filme –porque com certeza eu vou me decepcionar- com autoridade). Mas algumas são de partir o coração (não vou falar quais pra manter o suspense).

Percy está mais destemido neste último livro, assumindo riscos maiores, mas também está mais determinado do que nunca a destruir Cronos (em termos, já que Cronos é um titã e não pode ser totalmente destruído) e a salvar o mundo. Como todo nova-iorquino, Percy se vê pessoalmente ofendido quando o titã resolve acabar com NYC (se você acha que eu estou inventando isso, lembre-se da cena de Spider-man quando o Duende verde ataca Spidey na ponte. O que o povo faz com o verdinho? Apedreja. Nova-iorquinos são assim mesmo). E isso desperta nele uma raiva imensa, que acaba influenciando muitos de seus atos.

Por outro lado, Percy também está mais maduro, mas não perde o senso de humor sarcástico (delícia!) e nem a impulsividade que são tão característicos dele. E, para meu absoluto deleite, continua tapado pacas no que diz respeito a garotas (me rendeu muitas risadas!). Mas (cuidado! Spoiler!), ele aprende mais rápido que Harry, por exemplo.

Annabeth continua sabichona, mas também está mais briguenta, no sentido que já não pensa muito antes de agir (claro que ela avalia todas as possibilidades, afinal é filha de Atena, mas não perde muito tempo fazendo isso). E Grover já não está tão medroso. Pena que ele não apareça muito. E Tyson cresceu (digamos que ele agora e um ciclope adolescente) e prova que é mesmo irmão de Percy e filho de Poseidon.

E Nico di Angelo também tem participação maior.E ele se revela um personagem ótimo. Não dá pra saber o que ele pensa, ou o que quer, até o final. Fiquei o tempo todo me perguntando qual era a dele. Às vezes achava que ele estava realmente ajudando Percy, às vezes achava o contrário. O que ele realmente é, claro que não vou contar.

Como também não vou contar o que Rachel é. Que ela não é uma humana normal, isso quem leu os outros sabe. Mas como ela se encaixa no mundo dos semideuses, isso não digo. Mas ela tem papel fundamental na história. E, como bônus, rola uma ceninha de ciúme entre ela e Annabeth.

Os deuses também não aparecem muito, mas os que aparecem deixam sua marca. Para alegria de muita gente (inclusive a minha), Hades volta, e até mostra que, para o deus dos mortos, e bem coração-mole. Sua mulher, Perséfone, também aparece, junto com sua mãe, Deméter, o que dá bons momentos, com ela implicando com Hades, como toda sogra (só uma sogra-deusa mesmo pra chamar Hades de traste). Pena que Ares não dê muito as caras, mas quando finalmente aparece, mostra um lado seu que acho que ninguém suspeitava. Mas senti falta dele chamando Percy de pivete.

Novamente, tudo se passa rápido, o livro todo acontece no período de uma semana, mas parece que se passa mais tempo. E o ritmo acelerado faz com que a gente leia mais rápido ainda. Eu li em três dias. E teria lido mais rápido, mas eu tenho outras coisas pra fazer. E já deixou saudade.

Trilha sonora

Para embalar o fim do mundo, só com It’s the end of the world as we know it, do REM (aliás, que me perdoem quem gosta deles, mas uma das poucas musicas boas deles). Também Stand my ground, What have you done,  ambas do Within Temptation, e Invincible do Muse (não, não gosto do Muse só porque a Stephanie Meyer gosta. Mas os caras tem musicas boas. No mínimo, ela tem bom gosto). Outra música que cai bem é The awakening, do Switchfoot. E para fechar com chave de ouro, uma banda que, apesar de ser minha favorita, eu ainda não tinha usado como trilha Lifehouse, claro. E a música é Blind.

Curiosidade

Tifão era o deus grego responsável pelos ventos fortes e violentos. Era filho de Gaia e Tártaro. Junto com a esposa, Equidna, foi pai de vários monstros, como a Hidra de Lerna (que aparece no filme O ladrão de raios), o Leão de Neméia e Cérbero (aquele cachorro gigante de três cabeças que guarda os portões do Inferno. Alguém aí lembrou do Fofo, o simpático cãozinho de estimação de Hagrid?) e também da Quimera. Para vingar a mãe, Tifão entra em guerra com os deuses, que, temerosos, fogem para o Egito, transformados em animais (por isso, segundo os gregos, os deuses egípcios são metade homens, metade animais). De lá, Zeus ataca Tifão com seus raios. Mas Tifão havia chamado vários dragões para ajudá-lo, e acaba vencendo Zeus, que perde sues raios e é desmembrado por Tifão. Zeus então convence Cadmo (alguns dizem que foi Hermes) a disfarçar-se de pastor e cantar uma música para atrair Tifão, que se aproxima. Zeus então faz descer uma nuvem para se esconder, e, com a distração de Tifão, recupera os raios e os membros. Tifão percebe por fim, e foge para a Sicília, onde é finalmente derrotado por Zeus. E como reconpensa pela ajuda, Zeus dá Harmonia como esposa para Cadmo. (fonte:Tifão)

Se você gostou de O último Olimpiano, pode gostar também de:

  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling
  • coleção da Herança – Christopher Paolini

domingo, 8 de agosto de 2010

Dia dos pais

 

Fim de domingo, e, depois de me empanturrar de fondue ontem, acompanho o jogo do São Paulo enquanto tento pensar no que escrever. E também curtindo o último fim de semana antes de recomeçar o trabalho. Eu sei que já publiquei algo sobre o fim da folga, mas agora é oficial. Recomeçam as aulas na escola onde trabalho, e estou torcendo para as turmas serem tão boas quanto semestre passado (senão haja paciência!).

Mas meu objetivo principal não é ficar tagarelando sobre minha vida, e, sim fazer uma homenagem. Claro, sendo o dia que é, só podia ser para meu pai. O duro é saber o que escrever. Admito que eu e meu pai nem sempre nos entendemos, o que é de se esperar, já que somos muito parecidos. E se eu às vezes acho difícil conviver com ele, tenho certeza que ele também pensa a mesma coisa. E até admito: às vezes sou insuportável (na TPM, então, nem eu me aguento). A verdade é que admiro muito meu pai. Só por aguentar a molecada na escola que eu estudava por não sei quantos anos…Haja paciência. Ironicamente, eu, que detestava a escola com todas as minhas forças, dou aula pra exatamente os mesmos alunos (êh carma!).

Enfim, apesar de o dia dos pais ser somente comercial, ainda vale comemorar. Confesso que não comprei um presente (ainda. Aliás, nem de aniversário – que foi em janeiro), mas por enquanto essa pequena homenagem vai ter que dar. Pai, obrigada por tudo (não, não é uma versão da música do – argh – Fábio Jr) e eu te amo muito. E espero escrever muitas homenagens ainda! Mil beijos! FELIZ DIA DOS PAIS!

paidemais

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A menina que brincava com fogo

 

The girl who played with fire "Não há inocentes. Apenas diferentes graus de responsabilidade", raciocina Lisbeth Salander, protagonista de "A Menina que Brincava com Fogo", de Stieg Larsson. O autor - um jornalista sueco especializado em desmascarar organizações de extrema direita em seu país - morreu sem presenciar o sucesso de sua premiada saga policial, que já vendeu mais de 10 milhões de exemplares no mundo.
Nada é o que parece ser nas histórias de Larsson. A própria Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo, que sabe atacar com precisão quando se vê acuada. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados: um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes - um Colt 45 Magnum - não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis - e que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados.
"A Menina que Brincava com Fogo" segue as regras clássicas dos melhores thrillers, aplicando-as a elementos contemporâneos, como as novas tecnologias e os ícones da cultura pop. O resultado é um romance ao mesmo tempo movimentado e sangrento, intrigante e impossível de ser deixado de lado.

 

A princípio, A menina que brincava com fogo não parece que pertence à trilogia Millenium. Lisbeth na praia, no Caribe? Que raio é isso? Mas não se enganem. Mesmo com merecidas “férias”, ela não deixa de lado seu superhipermega computador, e sai fuçando a vida dos hóspedes do quarto vizinho no hotel. Não seria a nossa querida Lisbeth se não fizesse isso. De volta à Suécia, ela se encontra em uma armadilha da qual será difícil escapar. Ela continua a mesma, com a língua afiada, determinada e briguenta. Só que agora sabemos o porque de tanta raiva. E, apesar do título, ainda se trata de homens que não amam as mulheres, o que deixa Lisbeth ainda mais invocada (mal posso esperar para ler o terceiro, em que ela parte para a luta. Sai da frente!).

O que Lisbeth não sabe é que pode contar com amigos fiéis que não duvidam por um segundo sequer de sua inocência. Claro, um deles é Mikael Blomkvist, seu parceiro jornalista de Os homens que não amavam as mulheres. Prestes a publicar mais um artigo bombástico expondo o tráfico sexual na Suécia, o jornalista responsável pelo furo e sua namorada criminologista aparecem mortos. Para piorar a situação, as digitais de Lisbeth aparecem na cena do crime. Sabendo do ódio que Lisbeth tem contra homens que não amam as mulheres (eu sei que está repetitivo, mas essa expressão é irresistível e Lisbeth não seria Lisbeth sem essa característica), Blomkvist fica com a pulga atrás da orelha resolve iniciar uma investigação paralela. Dragan Armanski, o antigo chefe de Lisbeth, também. E ainda aparece um boxeador aposentado, claro, um dos mais improváveis (mas de algum modo, muito lógico) amigos de Lisbeth. Todos convencidos de que, apesar de ter tendências violentas (sempre justificadas, e todas muito boas de ler), Lisbeth não seria capaz de assassinato.

Também ficamos sabendo um pouco mais sobre Lisbeth, e no final uma revelação surpreendente sobre o passado dela, e finalmente descobrimos o que “All The Evil” (claro que não vou mencionar o que é). Lisbeth tinha tudo para se tornar vítima, mas, muito pelo contrário, ela é batalhadora, e não se sente confortável no papel de vítima.

Confesso que, por causa do começo tão diferente do que eu esperava, demorei um pouco para engrenar no livro, mas depois é difícil de largar. Como no primeiro, não é para quem tem estômago fraco. Esse é ainda mais violento, e também achei que as cenas de sexo são um pouco mais ousadas (sem ser vulgares. Afinal, o autor não é Nora Bing).

E, se eu achava que a tal família Vanger é complicada, é porque ainda não tinha lido o segundo. Os bad guys desse são bem piores. Continuam sádicos e brutais, mas também lucram com isso. E o tal gigante é intrigante, e assustador. Bem parecido em certos sentidos com Silas, o albino masoquista de O Código Da Vinci. Fico imaginando quem vão escalar para o filme.

Um aviso: é preciso ler o primeiro antes, senão algumas coisas ficam meio perdidas. Não que elas sejam importantes para a trama, mas o leitor pode ficar se perguntando: ué, de onde saiu isso? Uma leitura muito boa e, apesar do tema ser pesado, agradável.

Trilha sonora

Burn, do Deep Purple (claro) e também Everything burns, com Anastasia e Ben Moody (uma parceria improvável, mas que deu muito certo. é trilha de Quarteto Fantástico e é pena que não é uma música conhecida. Para quem quiser conferir:Everything burns). Também Assassin, do Muse e a ótimaThe kill, do 30 seconds to mars

Se você gostou de A menina que brincava com fogo, pode gostar também de:

  • O Código Da Vinci – Dan Brown
  • Anjos e Demônios – Dan Brown
  • A rainha do castelo de ar – Stieg Larsson
  • Os homens que não amavam as mulheres – Stieg Larsson
  • Nada dura para sempre – Sidney Sheldon

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Acabou a folga…

 

Agora acabou a folga. Depois de um mês de férias na faculdade e de um recesso no trabalho é hora de voltar ao normal. Chuif, chuif… E, para melhorar as coisas, bem quando voltam as aulas, o que significa que eu volto a acordar às cinco da manhã para ir pra faculdade, o tempo vira e faz um frio danado. Que vontade de ficar na minha caminha quentinha…

Por outro lado, também há novidades. A primeira delas é que a Bienal do Livro vem aí. Para quem ainda não se ligou, vai de 12 a 22 de agosto, e, claro, estou planejando ir. Quem sabe eu consigo finalmente comprar O último olimpiano, em inglês. Antes que comecem a me xingar, eu não tenho nada contra ler em português, tanto que li os três primeiros em português, mas prefiro ler em inglês (quando possível). Há uma explicação para isso (que eu só entendi agora que estou cursando letras): quando escrevemos algo, sempre colocamos um pouco de nós no texto, e o tradutor também faz isso. Coloca um pouco de si no que traduz. Assim, ao ler o original, lemos o mais próximo do autor possível. Não sei se isso é verdade, mas com certeza explica porque eu, por exemplo, prefiro ler as versões britânicas de Harry Potter (apesar de ter somente o 5, 6 e 7 na versão britânica).

Falando em Percy Jackson, já está em pré venda a versão brasileira do último livro. O lançamento oficial é agora dia 12 (oh! Junto com a Bienal! Que surpresa! Por que será?). Anyway, estou louca para ler esse. E também na próxima semana sai o filme O ladrão de raios em DVD. Tudo bem que não é lá muito fiel ao livro, mas o filme é legal do mesmo jeito, e, eu pelo menos, acho que vale a pena.

Outra coisa: após quatro intermináveis horas, eu consegui comprar meu ingresso para o show do Bon Jovi, que é uma das minhas bandas preferidas. Eu já falei do Lifehouse, e, acreditem, essas são só duas entre várias. Mas voltando ao Bon Jovi, eu fui no último show que ele fez aqui, em 1995, então claro que assim que saiu a notícia que ele viria de novo, confirmadíssimo (porque boatos houveram muitos nesses anos todos), eu não podia perder. E agora estou contando os dias para dia 6 de outubro. Mas, como nem tudo é perfeito, cai numa quarta-feira. Dia mais estúpido para um show desse tamanho. Mas dane-se. Se tiver que faltar na faculdade no dia seguinte, eu falto, mas não deixo de ir. Só uma coisa: se você gosta de Bon Jovi e não sabia do show, agora é provavelmente muito tarde para comprar um ingresso (a não ser que seja de cambista), porque a hora que eu consegui comprar só tinha disponível para pista e arquibancada. E foi só o primeiro dia de vendas para o público em geral. A sacanagem: pré venda para clientes de tal e tal banco ou cartão. Foi a semana passada e já tinham esgotado alguns setores. Como eu sou ralé, tive que esperar e rezar para ainda ter o que eu queria (que bom que tinha!). Mas fica aqui meu desabafo. Isso é discriminação, e eu não ligo se os outros são patrocinadores. Eu tenho o mesmo direito que todo mundo, não sou melhor nem pior que ninguém.

Bom, vou ficando por aqui, porque está frio e eu vou me enfiar embaixo das cobertas e ler um pouco antes de dormir (para variar). Até o próximo post! Beijos!