quarta-feira, 8 de abril de 2015

O Signo dos Quatro – Sir Arthur Conan Doyle

 

O Signo dos Quatro - Uma vez por ano, a senhorita Mary Morstan recebe pelo correio uma pérola, sem qualquer menção quanto a quem seria o remetente. Quando seu misterioso admirador pede um encontro, Sherlock Holmes e Dr. Watson começam a trabalhar no caso. Uma morte terrível e o desaparecimento de um tesouro levam a uma caçada pelas ruas escuras de Londres e pelas margens do rio Tâmisa. Os personagens deste grande romance de mistério incluem os mal-aventurados gêmeos Sholto e o homem da perna de pau, que povoam cenários na Inglaterra vitoriana – mais sombria do que em qualquer outra história de Sherlock Holmes.
O signo dos quatro é o segundo romance protagonizado por Holmes e Dr. Watson publicado por sir Arthur Conan Doyle (1859-1930), primeiramente como folhetim na Lippincott's Monthly Magazine, em fevereiro de 1890, e logo em seguida editado na forma de livro.
Esta história, que propõe um enigma intrincado e soluções geniais, e que demonstra o fascinante raciocínio de Holmes, além de nos apresentar facetas íntimas dos dois personagens principais, foi uma das responsáveis pela fama da maior dupla de detetives da literatura mundial.

Segunda aventura de Holmes e Watson juntos, e a narrativa continua envolvente e o raciocínio de Holmes, como sempre, genial. Mais acostumado com Holmes, Watson já não está mais tão fascinado (apesar de às vezes ainda mostrar uma adoração quase doentia pelo parceiro de investigações), e entra em mais detalhes da vida do brilhante detetive, como por exemplo seus rompantes de apatia, regados a muita cocaína e heroína. E a parceria dos dois vem rendendo muitos casos, e os dois começam a ganhar fama no mundo criminal. Mas um elemento inesperado aparece para agitar sua rotina. E ela responde pelo nome de Mary Morstan.

Sim, meus caros, Mary finalmente dá as caras, e Watson cai de quatro (sem trocadilho) logo de cara. Mary é uma mulher prática e até que á frente de seu tempo, guardadas as devidas proporções. O que quero dizer é que ela não é tão reservada como as mulheres eram nessa época, mas também ainda mantém regras de etiqueta próprias da época. Sua participação ainda é pequena, mas é como uma lufada da ar, revitalizando toda a dinâmica entre Holmes e Watson.

A aventura desta vez nos leva até a exótica Índia no período da ocupação britânica. Todo ano, Mary recebe uma pérola sem qualquer identificação. E quando seu misterioso admirador pede para encontrá-la em pessoa, ela, precavida que é, procura os serviços de Holmes e Watson para acompanhá-la. E é aí que se revela uma trama sombria e regada a ganância e traição, envolvendo um tesouro encontrado na Índia, anos atrás, chegando até a Inglaterra, numa trama sangrenta e de vingança.

A narrativa é tão envolvente quanto Um Estudo em Vermelho, a leitura flui, e em certos momentos há tiradas sarcásticas sensacionais. Mais um clássico da literatura que agrada a todos.

Sherlock

Continuando o projeto, comentando os episódios de Sherlock, vou falar do segundo, O Banqueiro Cego. Já começo dizendo que esse episódio não tem muito a ver com essa história, a não ser alguns elementos, que não vou mencionar para não dar spoilers, e Mary ainda não deu o ar da graça na série nesta altura. Mas, do ponto de vista de mistério, este é tão intrincado quanto o anterior, e tão surpreendente. E, como no caso do livro, entra em cena também uma mulher para tirar a paz de Watson. E aqui ela responde por Sarah. E tenho que dizer que Watson deve ter feito uma bela de uma primeira impressão, porque os encontros dos dois só dão em desastre, e mesmo assim a moça insiste. Smiley de boca aberta

Desta vez, Sherlock e Watson entram no mundo do circo chinês, e do contrabando de peças de arte. E este eu acho que é mais assustador que A Mulher de Rosa, porque é mais sombrio, e tem umas coisas bem creepy.

Nem preciso contar como é a atuação e a produção em geral da série, que não perde o ritmo, e mantém a gente grudado na tela, querendo mais, mesmo depois de passar uma hora e meia vendo. Mais um deleite, dosando bem aventura, mistério e humor. E gente pra lá de competente na frente da câmera (e atrás).

I am Sherlocked