domingo, 30 de março de 2014

Faixa a Faixa – Muse – The Second Law

 

Muse 2nd lawEu começo esse post pedindo desculpas porque não publiquei essa coluna já faz uns dois meses, mas foi por pura falta de ideia de que CD comentar. E agora, com a proximidade do Lollapaloosa, eu achei legal comentar sobre o Muse, banda que, se tudo correr bem até sábado que vem, vou conferir ao vivo.

Conheci o Muse como a maioria das pessoas, eu acho, através de (#blushinginshame) Crepúsculo, mas, diferente da franquia, que até me prendeu um pouco, mas passou, o Muse veio para ficar. E vamocombiná que a trilha da franquia é muito boa, pelo menos.

The Second Law foi o primeiro álbum do Muse que eu comprei, por causa de Madness, mas já conhecia várias músicas deles, e gostava (ainda gosto) de todas elas. E uma coisa que eu gosto muito no Muse é que eles lembram muito a sonoridade do U2 lá atrás, com um ar mais moderno, claro, e as várias músicas tem o mesmo teor político, mas ao contrário da banda irlandesa, o Matt Bellamy não fica enchendo a paciência do público com discurso político no meio do show, que é também bem tecnológico.

The Second Law foi lançado nos Estados Unidos em 02 de outubro de 2012 e é o sexto álbum de estúdio da banda britânica, que conta com Matt Bellamy nos vocais, guitarra e piano, Christopher Wolstenholme no baixo, vocal e teclado, e Dominic Howard na bateria, percussão e sintetizadores. Então, vamos deixar de enrolação e começar. Aumente o volume do seu computador, e aproveite!

1. Supremacy: já começa com tudo, abatida forte, o baixo bem marcado já anunciam o ritmo do CD, e é um bom exemplo do que eu falei do tom político de várias de suas letras. A introdução forte contrasta com o vocal de Matt no começa, que é mais calmo, mas aos poucos vai subindo, e Matt é um daqueles que consegue alcançar acordes absurdos;

2. Madness: balada meio diferente, com toque eletrônico, e bem diferente de Supremacy. Isso é outra coisa bem bacana do Muse, como eles fazem estilos diferentes, e muito bem, sem perder a identidade. Aqui, os sintetizadores dão o tom, e o vocal de Matt, supersexy, é sensacional. Ela também vai crescendo e ganhando força, e é uma daquelas que eu não consigo escutar só uma vez;

3. Panic Station: faixa mais dançante, com atenção para o baixo, e instrumento. A música é mais divertida, leve;

4. Prelude: faixa instrumental curtinha, que serve de introdução para…

5. Survival: que começa calminha, com ares de anos 50, mas que vai ganhando força e evolui para uma marcha, digna das melhores cenas de batalha de Bernard Cornwell, com direito a solo de guitarra e coral;

6. Follow me: começa calma, e até um pouco sombria, mas vai ganhando mais vida e força ao longo da faixa. Adoro essa música, que também tem toques de eletrônica, mas sem deixar de lado o fundo de rock;

7. Explorers: adoro esta balada com forte apelo ambiental, delicada, que começa com o piano e o vocal de Matt. Aos poucos a orquestra aparece, e a faixa muda de cara, e eu adoro isso;

8. Big Freeze: batida mais pop, animada e dançante, com bons backing vocals e guitarra e cheia de altos e baixos, que eu adoro.

9. Save me: balada na voz de Chris, deliciosa e com teclados lindos, vocais igualmente lindos. Baixo e bateria também contribuem para a melodia;

10. Liquid State: mais uma com vocal de Chris, mas desta vez uma faixa forte, com solos de guitarra fantásticos (e vendo isso ao vivo a gente vê como Matt manda muitíssimo bem na guitarra. Vi no Rock in Rio, na TV, porque não tinha $$$$$$$$ para ir). A bateria combina muito bem com a força da faixa;

11. Isolated System: faixa instrumental, com algumas palavras declamadas, com toque eletrônico, e teclados mais pronunciados, tem um efeito belíssimo;

12. The Second Law: Unsustainable: mais uma praticamente instrumental, mas com vocal de Matt, e mais puxada para o eletrônico, mas bem forte;

OPS! Inverti a ordem de Isolated System e Unsustainable, mas agora não vou mudar de novo. Dá pra ouvir do mesmo jeito, né? Desculpem mais uma vez por não postar os vídeos também, mas por alguma razão que não sei qual é, não estou conseguindo carregá-los. De qualquer maneira, espero que gostem.

Beijos e até o próximo post!

sábado, 29 de março de 2014

Trilha do Mês – Dear Mary - Aryana

 

Aryana - food for thoughtJá faz tempo que eu queria comentar sobre essa música, mas sempre esquecia. E ultimamente, andando de transporte público, ela me voltou à memória, por meio do meu i-Pod.

Conheci essa música através da trilha de Dawson´s Creek, que sério, tem uma das melhores trilhas (tanto os dois CDs oficiais, que eu tenho e adoro, quanto as músicas que tocavam nos episódios, mas que acabaram não entrando nos CDs). E essa faixa com certeza deveria fazer parte da trilha oficial, mas, azar, não faz. Ela faz parte, sim, do álbum Food for Thought, da Aryana, que foi lançado em dezembro de 2007.

Infelizmente, não achei nada dela para falar a respeito. No site da Amazon, só aparece o CD mencionado, e no Google, o que aparece quando digito o nome dela é uma atriz filipina.

Anyways, essa é uma das minhas músicas favoritas. A letra é triste, sobre uma menina que morre bem cedo Oh Mary, you´re forever 15…), e a melodia delicada e até mesmo agridoce, combina com ela. Aryana faz um vocal lindo, sentido, e acompanhada somente do piano, belíssimo, o que deixa a música bem minimalista, e provavelmente por isso mesmo, de uma beleza singular. Confira o vídeo (desculpem, não consegui postar o vídeo) não deixem de acessar, e conhecer essa música.

Beijos e até o próximo post!

sexta-feira, 21 de março de 2014

Citação do Mês

 

Com a proximidade da quarta temporada de Game of Thrones, nada mais adequado que a citação desse mês (e aviso que de muitos próximos, por causa do meu caderninho de citações) venha de ASOIAF.

“Coroas fazem coisas estranhas nas cabeças que as sustentam.”

Tyrion Lannister, A Clash of Kings, p. 59, George R. R. Martin.

Tyrion 3x5

Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 3 de março de 2014

Pompeia

 

PompeiaNão precisava nem ter Kit Harington no elenco para eu ir ver esse filme (isso foi mais como um bônus, really). E fazia tempo que um filme do gênero, meio épico (não é bem isso, mas vou usar a palavra pela ambientação), que se passa na Antiguidade, é bom entretenimento assim. Desde Tróia ou Gladiador, na verdade. Depois das idiotices Imortais (que já erra no nome, já que eles – pasmem! – matam titãs e deuses, ou seja, imortal my ass) e Fúria de Titãs (fúria de Perseu, né? E que raio o Kraken, que não pertence à mitologia grega, está fazendo aí?), já era tempo de alguém acertar em alguma coisa e respeitar a mitologia e a história.

A sequência de abertura é sensacional, com as cinzas flutuando, enquanto a câmera em zoom out vai abrindo até que forma as estátuas de algumas vítimas que tiveram o azar de viver ou estar em Pompeia naquele 24 de agosto de 74 D.C. Muito bem feito, e já comove aqui. Dos escombros de Pompeia corta para uma vila celta, que está sob saque romano. A brutalidade é a marca do ataque, e em meio á carnificina, um jovem vê seu pai e toda a sua vila serem trucidados pelos romanos. Sequência digna das melhores batalhas narradas por Bernard Cornwell. Sozinho, o menino vaga pelas redondezas até que é capturado e mantido como escravo. Dylan Schombing faz o pequeno Milo muito bem, não fala quase nada com os lábios, mas seu olhar é super expressivo. Continuando assim, o garoto vai longe.

Ki Harington PompeiiDezessete anos se passam, paramos brevemente em Londinium (Londres da época do Império Romano), onde encontramos Milo crescido (e muito bem crescido!) numa espelunca qualquer, sobrevivendo como gladiador. E a primeira vez que ele entra na arena, numa Londres chuvosa, é comparável a Maximus entrando para sua primeira luta no Coliseu. E lá vem Kit Harington mostrando todo o tanquinho esculpido pelos Sete novos deuses e os deuses antigos sem conta na pele de Milo mais velho. Por enquanto ele só é conhecido como o Celta (nem a gente sabe o nome dele nessa altura). Ele é um escravo quieto, mas letal. Sério, a luta é incrível, Milo é pequeno (nem tanto), mas ágil e ataca com precisão. Milo é quieto, mas observador, e como o Jon Snow, extremamente perspicaz. E Kit Harington faz isso flutua muito bem entre o herói de ação, partindo para a força física (e que força! A certa altura, ele torce o pescoço de um cavalo) e dramaticidade, transmitindo com um olhar tudo o que quer. Perfeito. E quase me esqueço de mencionar duas coisas: 1. no filme, ele é um escravo que é meio que um horse lord. Eu ri por dentro! HEHE Jon Snow, um dothraki!; e 2. os atributos que só a Ygritte viu na caverna. Pelos Sete, o que aquele maldito uniforme da Patrulha da Noite esconde! Que coxão de jogador de futebol, Seven Hells!

Milo   Atticus

Tá, chega de piração. Devido a sua habilidade, Milo acaba sendo levado para mais perto do centro do Império, mais precisamente para Pompeia. E ali ele conhece Atticus, vivido lindamente por Adewale Akinnouye-Agbaje. Aff! Sempre sofro com o nome dele, mas adoro esse ator. Tudo que ele faz, faz bem feito. Atticus é um escravo e gladiador às vésperas de ganhar sua liberdade por tempo de serviço (ou por número de lutas, mais precisamente), e que tem toda a arrogância e placidez da experiência. Ele acredita piamente que vai receber sua liberdade, o que claro não acontece, e é quando ele se junta a Milo na tentativa desesperada de sair de Pompeia quando o Vesúvio explode. Só o que ele quer é fugir, mas como todo mundo na cidade, foi pego de surpresa, e daí já era tarde demais. E sua morte foi muito comovente, lembrando a de Dobby (sniff, sniff). Peraí, Fernanda, spoiler não! Ah vá, não sabia que o povo todo morre? Filme baseado em fato histórico, não conta! e mesmo nesse breve período, os dois forjam uma amizade profunda, baseada em um fato somente:

Atticus: Uma hora você tem que falar comigo.

Milo: Não, não tenho. Uma hora teremos que matar um ao outro.

Milo   CassiaMas claro que a cidade também tem seus nobres. No caso, a família de Cássia (Emily Browning, linda e bem no papel). Cassia está de volta a Pompeia depois de um ano em Roma. Algum trauma a acometeu lá, mas ela não revela. Ela é uma jovem que claramente não concorda com os modos bárbaros impostos pelos romanos, e inteligente o bastante para perceber que seu pai Severus (não, não é Snape), vivido maravilhosamente por Jared Harris, entra numa cilada ao fazer negócios com Roma, na pele do Senador Quintus (falo dele daqui a pouquinho). Mas, ambicioso como é, ele recusa a ouvir a razão. Na verdade, ele é o político, que precisa fazer alianças se quiser aumentar o status de Pompeia. E sua esposa, Aurélia (a linda Carrie-Anne Moss, ainda mais linda como romana, e numa interpretação sensível). De novo, a morte deles é comovente.

Severus   Aurelia

corvusE os romanos? São brutos e gananciosos, inclementes com todo o povo que conquistam. Especialmente Quintus Corvus, vivido por Kiefer Sutherland, que andava sumido, mas voltou em grande estilo, encarnando o pior de Jack Bauer, voltado para o lado negro da força. É de arrepiar, mesmo, como eu papi em Hunger Games. Esse é outro que eu amo, tudo que faz, faz bonito. E eu reconheço essa voz em qualquer lugar. Acho que perto de Corvus, Commodus é um cara bem legal. Mas claro que ele não está sozinho. Seu braço direito é Proculus (Sasha Roiz, mostrando um lado bem diferente do capitão Renard de Grimm), que embora mais contido, é tão sanguinário quanto Corvus. Nem preciso dizer que foram eles que lá atrás dizimaram a vila onde Milo morava, né? Assim, claro que Milo também é motivado por um sentimento de vingança.

Cassia   AriadneAinda vale destacar Jessica Lucas, como Ariadne, a serva e amiga de Cassia. Confidente de Cassia, é ela quem descobre a atração da patroa por Milo (e como não?), e ainda tenta encobrir, aproximando os dois e tentando afastar Corvus de Cassia. E também Joe Pingue como Graecus, o dono de Milo e Atticus. E isso já é praticamente todo o elenco, que é realmente de primeira.

Mas não é só isso. A ambientação é perfeita, Pompeia salta aos olhos, linda e uma cidade em ebulição (sem trocadilho). O figurino é lindo, a caracterização é perfeita. e os efeitos especiais são excelentes, trazem bastante realismo e principalmente, desespero, principalmente em 3D, transportando a gente para dentro do filme. É aflitivo ver as cenas, especialmente das pessoas comuns, se esmagando umas atrás das outras, mães tentando proteger seus filhos, amantes tentando alcançar unas aos outros. Incrível como de repente o dia escureceu e nunca mais amanheceu. Simplesmente fantástico.

Vesúvio

Mas lembra quando eu falei lá em cima que o filme respeita a história. Sim, realmente. A história é fictícia, sim, mas os costumes estão bem retratados, a brutalidade das legiões romanas, o treinamento dos gladiadores. Sim, gladiadores era procurados pelas ricas damas da sociedade para admiração como objeto. E tudo isso ficou congelado no tempo, preservado pelas cinzas e lava. Minha amiga, que foi comigo, já esteve lá, e disse que tudo está preservado exatamente como aparece no filme, estátuas registrando o momentos da morte de cada um. Nota mental: visitar Pompeia. E a religião é retratada pelas preces de Atticus e de Cassia, e mesmo em Corvus clamando por Jupiter e Vulcano. Nada de invenções. Um bom entretenimento, com doses certas de ação e drama. Confira o trailer:

Beijos e até o próximo post!

PS: se você quiser saber mais sobre Pompeia, veja Pompeia.