domingo, 30 de outubro de 2011

Happy Halloween!

 

Eu sei que Halloween é só amanhã, mas como não vou ter tempo de postar nada, vou adiantar e publicar hoje.

trick or treat

E para isso nada melhor que a música super bacana de Danny Elfman, da trilha do filme de Halloween mais fofo: O Estranho Mundo de Jack, de Tim Burton (claro. Nem podia ser outro).

Então make way to The Pumpkin King: Jack Skellington!

Beijos e muitos sustos! Até o próximo post!

Música do mês – Pearl Jam – Last kiss

 

PJ last kiss A ideia original era escrever sobre Thriller, do Michael Jackson, já que estamos no Halloween e ela é A música de halloween. Mas outro dia estava escutando esta música no carro, e como vou no show na sexta (YUHU!), mudei de ideia.

Confesso que apesar de hoje eu adorar Pearl Jam, só comecei mesmo a curtir acho que por causa dessa música. É uma das minhas preferidas, e hoje também gosto de Jeremy, Even Flow, Alive, Worldwide suicide, e muitas outras. Mas vou escrever sobre Last kiss porque é a que eu estava escutando mesmo.

Last kiss foi gravada e lançada em 1999, mas na verdade é bem mais antiga (acabei de descobrir isso), de 1962, de autoria de Wayne Cochran. talvez por isso ela tenha um ar de antiga. E é inspirada por um acidente real, ocorrido em 22 de dezembro de 1962.

O casal da história é Jeanette Clark e L. Hancock. Eles dirigiam um Chevrolet 1954, numa área de tráfego intenso, quando atingiram um caminhão que carregava madeiras. Ambos morreram, junto com mais um amigo. Tinham só 16 anos. Wayne Cochran dedicou a música a Jeanette.

Ela tem diversas versões, mas a mais conhecida é mesmo a do Pearl Jam, e faz parte do álbum Lost Dogs, uma compilação dos Lado B, e também está em Rearviewmirror: greatest hits 1991-2003.

Espero que eles toquem esta música, que eu adoro, apesar da letra triste (veja abaixo). Eu fui ao show em 2005, no Pacaembu, mas naquela turnê, eles tocaram Last kiss no show de Porto Alegre. Aqui tocaram Hey, you’ve got. to hide your love away,  que na verdade foi gravada só por Eddie Vedder e faz parte da trilha do filme Uma lição de amor (I am Sam), com Sean Penn, Michelle Pfeiffer e Dakota Fanning bem pequenininha. Recomendo tanto o filme como a trilha, que só tem regravações dos Beatles, com vários artistas.

Então aí vai a letra da música, que como eu disse, é muito triste:

Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven, so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.
We were out on a date in my daddy's car,
we hadn't driven very far.
Up in the road, straight ahead,
a car was stalled, the engine was dead.
I couldn't stop, so I swerved to the right.
I'll never forget, the sound that night--
the screaming tires, the busting glass,
the painful scream that I-- heard last.
Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven, so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.
When I woke up, the rain was pouring down.
There were people standing all around.
Something warm flowing through my eyes,
but somehow I found my baby that night.
I lifted her head, she looked at me and said,
"Hold me darling just a little while."
I held her close, I kissed her--our last kiss.
I'd found the love that I knew I had missed.
Well now she's gone, even though I hold her tight.
I lost my love, my life-- that night.
Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.

Então, boys and girls, também fica o recado: muito cuidado antes de sentar ao volante de um carro. E se beber, não dirija.  Nunca!Semana que vem tem mais post sobre o Pearl Jam, com os comentários do show.

Beijos!

Faixa a faixa – Adele – 21

 

adele 21 Já mencionei ela em algumas resenhas, na trilha sonora, mas não tinha ainda nada só sobre ela. E daí, como eu estava sem ideia para este post, minha irmã me sugeriu Adele. E o escolhido foi o álbum 21, que tem minhas músicas preferidas. Quem me segue há algum tempo provavelmente pode adivinhar, mas caso não, daqui a pouco eu digo quais são.

21 foi lançado em 2 de fevereiro deste ano, e está há 308 dias no top 100 (lá em cima, aliás) do Amazon. E o álbum tem esse nome porque, alguém se habilita? Pampararam! Ela tinha na época do lançamento somente 21 aninhos! Ela completou 22 em maio deste ano. Agora adivinha porque o CD anterior dela se chama 19? E também é muito bom, quem sabe fica para um post mais para frente.

Apesar da pouca idade, Adele, além de uma voz inigualável, também é uma letrista fantástica e mostra muita maturidade em suas letras. Também toca baixo e piano (que eu saiba) e grava todos os backing vocals no álbum. Como nos posts de Our Lady Peace, Chantal Kreviazuk e Meat Loaf, vou linkar as músicas no Youtube. Basta clicar no nome dela, com exceção das que tem vídeo próprio. Então vamos lá. Aumente o volume e cante a plenos pulmões, sem se importar com quem escuta.

1. Rolling in the deep: já começa bem, com uma batida bem marcada e letra afiada. Adoro o clipe com a água tremendo ao ritmo da música, e com tudo explodindo depois. É uma das minhas preferidas. E a música já é tão popular que até gente que não tem nada a ver com Adele andou fazendo cover, como o Linkin Park. Chester manda muito bem nos vocais, não como ela, claro, mas ele leva muito bem, e prova que música é universal. Não é porque sou rock que não posso gostar de outras coisas. E reparem no público cantando junto. Confira aqui. E aí vai o clipe, com Adele linda como sempre:

2. Rumour has it: outra com batida bem marcada e letra incisiva. Adoro tanto as batidas da bateria como o piano e os vocais com várias vozes;

3. Turning tables: simplesmente amo o piano dessa música. As cordas também são perfeitas. Também adoro a ponte quando ela fala:

Next time I'll be braver,
I'll be my own savior,
When the thunder calls for me,
Next time I'll be braver,
I'll be my own savior,
Standing on my own two feet

O vídeo está ao vivo, mas só para constar, não muda muito da versão em estúdio. Adele é assim, nem precisa mixar a voz, já é linda por natureza;

4. Don't you remember: mais calminha, mas ainda assim com vocais poderosos, mas sem exageros. E depois ela cresce um bocado e ganha força;

5. Set fire to the rain: já coloquei ela como trilha nos livros de Vampire Academy, porque além de ter tudo a ver com a história, é minha preferida dela. Gosto de tudo, da letra, dos vocais, dos instrumentos… Sempre tenho que escutar duas vezes. Dispensa comentários;

6. He won't go: um pouco de rythm and blues, mostrando a versatilidade dela. Adoro essa música. Só tem uma coisa que me incomoda. Eu entendo perfeitamente o que ela fala em:

I won’t go
Can’t do it on my own
If this ain’t love
Then what is

Mas não consigo nem por decreto falar a parte If this ain’t love…

7. Take it all: quase um a capella, só com acompanhamento do piano, e com vocais belíssimos no refrão. Linda;

8. I'll be waiting: mais um pouquinho de rythm and blues. Adoro os versos imediatamente antes do refrão, e também o refrão em si, novamente com várias vozes. E também a ponte:

Time against us
Miles between us
Heavens cry
I know I left her speechless

9. One and only: um toque de blues, lembrando uma daquelas músicas antigas da Motown. Mas os vocais poderosos não são exagerados com o das antigas divas desta gravadora, como Aretha Franklin (não me entendam mal. Acho Aretha Franklin ótima, mas tenho aquele CD Divas da VH1, e pelo menos nele, ela grita até acordar os mortos);

10. Lovesong: um ar mais latino, com um violão bem dedilhado e a das batidas leves. Dá para imaginar até o cenário: um barzinho à beira-mar, numa noite de verão, com o mar quebrando ao fundo…

11. Someone like you: fechando com chave de ouro o álbum, Someone like you. Só vocais e o piano. O clipe, que você vê abaixo, é perfeito para a música, em preto e branco na bela Paris (um dia ainda vou para lá!) ao fundo. E Adele lindíssima, sempre muito elegante. Também recomendo esta versão ao vivo nos Brit Awards este ano. E faço minhas as palavras do apresentador: não precisa nada mais mesmo, só o piano e a voz dela. Chama a atenção o silêncio da plateia, permitindo que somente a voz dela preencha o espaço. Lindo. Também gosto muito desta versão ao vivo na casa dela, num clima bem intimista.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Eragon – Christopher Paolini

 

eragon Eragon é o romance de estreia de Christopher Paolini, uma história repleta de ação, perigosos vilões e locais fantásticos. Com dragões e elfos, cavaleiros, lutas de espadas, inesperadas revelações e, claro, uma linda donzela que é muito bem capaz de cuidar de si própria. O protagonista, de quinze anos, é um pacato rapaz do campo, que ao encontrar na floresta uma pedra azul polida, se vê da noite para o dia no meio de uma disputa pelo poder do Império, na qual ele é peça principal.

 

Começo a resenha de hoje com um pedido. Não julguem Eragon pelo que fizeram quando tentaram adaptar o livro para o cinema (falo do filme daqui a pouco, como sempre, depois da resenha). Tendo dito isto, vamos lá.

Já li esse livro umas quatro vezes, então, apesar de haver bastante polêmica em torno dele, já dá pra sacar que eu adoro. Li pela primeira vez logo antes de ir ver no cinema, e não conseguia largar. E foi do mesmo jeito todas as vezes que eu li. Pego e não consigo parar.

Agora você deve estar de perguntando sobre a tal polêmica envolvendo o livro. Bom, acontece que ele tem muitas influência de O Senhor dos Anéis e de Star Wars. O que se explica. Christopher Paolini queria fazer um homenagem aos gêneros que gostava, e o resultado foi Eragon. E os fãs mais puristas das duas sagas não gostam das comparações. Mas, já me ensinava a professora Elaine no curso de IEC ano passado na faculdade: a “cópia” é uma forma de homenagem sim. E depois, se a goddess Rowling fez o mesmo (ou será que alguém aí ainda acha que Harry Potter não tem nada a ver com OSDA? Rowling nem faz segredo disso. Fala pra todo mundo que foi influenciada por Tolkien mesmo!), por que ele não pode? É clara a influência de Tolkien, e arrisco mesmo a dizer de George Martin (de onde será que veio o nome Arya?), mas pelo menos para mim, isso não é problema nenhum. E depois, como já disse antes, nada se cria, tudo se copia. E, pelo menos para George Martin, isso também não é problema. Confira neste podcast com ambos os autores, que está na página oficial da saga: Alagaesia.

Depois dessa digressão imensa, vamos ao que interessa. Eragon é um garoto normal de quinze anos, que vive com seu tio e seu primo num vilarejo vem afastado do centro do império de Alagaësia. Isso até que ele encontra uma  misteriosa pedra quando estava caçando. Como sua família é pobre, Eragon leva a tal pedra para casa, acreditando que talvez possa vendê-la e conseguir algum dinheiro com isso. O que ele não sabe é que a tal pedra é na verdade o ovo de um dragão, e a partir daí sua vida nunca mais será a mesma, pois agora ele se tornou um dos lendários Cavaleiros de Dragão, um ordem uma vez poderosa, mas que foi dizimada pelo malvado rei Galbatorix e pelos Renegados, cavaleiros que foram para o lado negro da força, liderados por Morzan. Com o império em seu encalço, agora Eragon tem que fugir de tudo que conhece e embarca em uma aventura fantástica.

Eragon é um jovem humilde e até arrisco a dizer simplório. Não é de todo burro (também não acho ele dos mais inteligentes, mas isso fica para a resenha dos próximos, que aí acho que posso explicar melhor). Como todo adolescente, é impulsivo e age antes de pensar. Por isso acaba cometendo umas burrices. Mas, ele aos poucos compreende o que é ser um cavaleiro, e busca uma forma de mudar um mundo cheio de injustiças e desmandos. Ele sabe que o fardo de libertar o povo de Alagaësia recai sobre ele, e claro que ele tem medo. Só que ele deixa esse medo de lado e assume a responsabilidade assim mesmo.

Ele não seria cavaleiro, no entanto, sem sua dragão, Saphira. Apesar de jovem, ela é sábia e sempre dá bons conselhos a Eragon. Mas também tem um certo senso de humor, e às vezes até deixa transparecer a sua pouca idade, como quando eles chegam a um lago e ela mergulha e brinca como o meu cachorro numa piscina (acredite, ele gosta tanto que é difícil tirar ele de dentro d’água).

Ainda ajudando Eragon está Brom, que parte com ele de Carvahall, seu povoado. Brom é velho, e sábio, e ensina Eragon a lutar e muito mais. Só que Brom guarda um segredo que só vai ser revelado mais tarde, e eu não vou entregar o ouro (ainda. Talvez só nas resenhas de Eldest e Brisingr). E o velhote é bem conectado, conhece muita gente  e sabe muito sobre o Império. Mas não espere um mestre como Dumbledore. Brom é mais duro, e puxa Eragon ao máximo.

No meio do caminho, ele encontra também Murtagh, um jovem misterioso. Murtagh é meu personagem preferido de toda a saga, e isso deve dizer alguma coisa. É um sobrevivente (guardem esta informação para mais tarde. Ela vai ser muito importante no futuro), e faz o que for necessário para se manter vivo. Preza acima de tudo sua independência e sua privacidade, mas ele tem motivos de sobra para isso. Mas ele faz a diferença em momentos críticos, por isso é bom tê-lo a seu lado. Não quero me prolongar muito nele, porque senão vou acabar revelando algo (já li os três, então não quero dar spoilers antes que seja necessário). Basta o que já disse: ele é o meu preferido, e para mim, o melhor personagem da saga (só para esclarecer, nem sempre o meu preferido é o melhor. Como os Gêmeos Weasley: são meus preferidos, mas o melhor é Snape, sem sombra de dúvida).

E falando em sombra, esse é um dos inimigos atrás de Eragon. Durza, o nome verdadeiro da Sombra, é um mago poderoso, que conta com a ajuda dos espíritos para realizar sua magia. É inescrupuloso e impiedoso. É aliado de Galbatorix, mas na verdade tem seus próprios objetivos. E ele é daqueles que mexem com a cabeça dos outros (literalmente), o que faz dele um inimigo poderoso.

Mas talvez o pior são os Ra’zac que caçam Eragon. São eles que chegam em Carvahall e forçam o garoto a fugir com Brom. Eles não são humanos, mas sim algum tipo de ave, e são apavorantes. Eles lembram os Nazgul de OSDA (não disse que a influência era forte?) e são incansáveis e implacáveis. Eles vão voltar com mais força nos próximos.

Ainda quero destacar a herbolária Angela e seu bichinho de estimação, que é muito interessante, diga-se de passagem. Trata-se de Solembum, um menino-gato. Quer dizer, ele é um metamorfo, que pode assumir tanto a forma de um gato como a de um menino. É um ser furtivo, mas quando gosta de alguém, se mostra e até, em ocasiões muito especiais, oferece seus conselhos. E, segundo sua dona, é bom dar ouvidos, porque essas ocasiões são raras. E Angela é também uma personagem fantástica. Ela é minha segunda favorita, é meio atrapalhada, mas gosta de estar no centro dos acontecimentos. Ela sabe muito mais do que aparenta, e, como no caso de seu gato, seus conselhos também são valiosos. Ela dá uma certa leveza á saga. Pena que neste não aparece muito.

Aliás, esse é um problema deste livro. Como é o primeiro, muitos personagens bem interessantes não aparecem muito, só mais tarde. Então não dá para falar muita coisa sobre eles. Como por exemplo a elfa Arya. Ela passa boa parte do livro inconsciente, só aparece mais no final. Eu até sei algumas coisas sobre ela porque já li os três, mas não dá para comentar agora.

Na verdade, o livro, apesar de bom, tem vários probleminhas. A narrativa tem um ritmo bom, dá pra ler bem rápido, mas às vezes parece desconexa. E Christopher Paolini se apóia muito em OSDA e outras sagas. Mas temos que levar em consideração que ele tinha 15 (!) anos quando começou a escrever, e o livro foi publicado quando ele tinha 19. E garanto que nos próximos ele sana essas deficiências. Vale a leitura, principalmente porque ele é o começo de uma saga maravilhosa, que infelizmente está chegando ao final. O quarto e último volume sai agora dia 8 de novembro nos EUA. Ah! Mais uma coisa. Se puder, leia em inglês porque a tradução está horrível (principalmente de Eldest).

Trilha sonora

Somebody else's song, do Lifehouse (não é o máximo eles tocando nas Olimpíadas de Inverno? Só não sei de quando), New Divide, do Linkin Park (amo esse clipe. Acho super bem-feito) Save me, do Remy Zero (o vocalista não parece o Lex Luthor?).

Filme

eragon filme Como eu disse, não cometam o erro de julgar o livro pelo filme. Este é muito ruim. Os roteiristas tomaram muitas liberdades, o que nem sempre é um problema, mas aqui não fazem sentido (fala sério! Por que raios é tão importante se equilibrar no rabo de Saphira?), e tiraram algumas coisas que são importantes no livro. Deram muito destaque a Arya (como eu disse, ela fica a maior parte do livro em coma!) e Galbatorix nem aparece no livro, é só uma ameaça. Tudo bem, eu entendo que ele tinha que aparecer no filme. Mas, mesmo que seu papel seja feito por  John Malkovich, que é um ator excelente, não passa nem perto da ameaça que Galbatorix representa. Os efeitos especiais são lamentáveis, super toscos, mas sem aquele charme de Star Wars (a primeira trilogia), e a história ficou muito fraca e infantil. O elenco até é bom, contando com nomes como Jeremy Irons como Brom (acho que depois que ele deu a voz a Scar em  O Rei Leão, deveria ser Galbatorix), Djimon Hounsou (de Gladiador) como Ajihad (esqueci de falar dele na resenha, mas é que ele é um daqueles que quase não aparece, só no final. Mas é o líder dos Varden, os opositores de Galbatorix, e parece ser um líder justo, porém implacável. E um ótimo estrategista), Garrett Hedlund (o Pátroklo de Tróia) como Murtagh e Rachel Weisz (que eu adoro) na voz de Saphira. Até Joss Stone faz uma participaçãozinha como Angela (mas só tem um fala. Triste.). E Solembum nem aparece! Absurdo! O filme só tem um ponto forte: a fotografia é lindíssima. Mas é só. Pena que nas mãos de um Peter Jackson ele seria um filmaço.

Se você gostou de Eragon, pode gostar também de:

  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien;
  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling;
  • As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
  • As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis

domingo, 23 de outubro de 2011

Os Três Mosqueteiros 3D

 

3 mosqueteiros 3d Já começo falando que apesar do título, infelizmente não assisti em 3D. O que foi uma pena, porque para ver que o filme foi feito para ver assim. Fazer o quê? Mas deu para divertir.

Eu nem esperava uma versão fiel ao livro mesmo. Mas tenho que admitir que, apesar de ter gostado muito do livro, tinha mesmo que ter algumas mudanças para virar filme. Ele começa com os três mosqueteiros aliados a Milady, tentando obter, no maior estilo Danny Ocean do século XVI, os planos de uma nova arma de guerra projetada por Leonardo DaVinci (claro. Se tem uma invenção inovadora e maluca, lógico que tem que ser ele o projetista). Óbvio que o plano não sai exatamente como planejado, e Milady faz o que faz de melhor, que é trair o trio pelo melhor preço, neste caso oferecido por Buckingham.

Uma ano se passa e a cena já passa para d’Artagnan partido de casa rumo a Paris para se tornar um mosqueteiro. Mas ele chega atrasado e só encontra os três amigos em decadência: Athos (Matthew Macfadyen, aqui muito mais legal que o Prior Philip de Pilares da Terra) amargurado e enterrado na bebida; Porthos porthos (Ray Stevenson, dando um toque de Tito Pullo ao papel, mas como sempre muito bem em cena) mantido por uma ricaça qualquer; e Aramis (Luke Evans, que faz uma pontinha como Apolo em Fúria de Titãs, e vem aí em outro filme sobre mitologia, Os Imortais, que ainda tem no elenco o cunhado mais gato de todos, Henry Cavill, de The Tudors) convertido em fiscal de cavalos. Aliás, a cena que ele multa d’Artagnan é muito engraçada. Essa parte até que está bem parecida com o livro, e o jovem candidato a mosqueteiro arruma briga com os três. Esqueci de falar que no caminho para Paris ele também arruma briga com Roquefort, como no livro. E como eles acabam mesmo é brigando com os guardas do Cardeal, a amizade começa. E, outra coisa que ficou bem engraçada aqui foi d’Artagnan se exibindo para Constance.

3 musketeers

Mais uma coisa que é mais ou menos fiel ao livro é a armação do roubo das jóias da rainha, que acabam em poder de Buckingham. Constance descobre e logo propõe o resgate a d’Artagnan, que claro, como um cachorrinho, faz tudo que a moça quer. O filme na verdade gira em torno deste incidente. Que é só uma das aventuras que nossos heróis enfrentam no livro. Bom, não dava mesmo para colocar tudo na tela, né?

Mas também aqui há uma série de liberdades que os escritores tomaram que ficaram meio exageradas. O resultado foi uma mistura de Piratas do Caribe com Os Três Mosqueteiros. Um pouco demais, na minha opinião, mas reconheço que dá mais fôlego e rende muita ação à história. 

Milady Outras mudanças, por outro lado, são mais legais, como Milady. Milla Jovovich está bem no papel, e se eu gostei dela no livro, no filme está mais legal. Ela é mais briguenta e a carinha de anjo de Milla é perfeita para dar a ambigüidade que o personagem traz. Logan Lerman está também muito bem como d’Artagnan, tão impulsivo e esquentado como o personagem, e na minha opinião, ele melhorou um pouco desde Percy Jackson (papel que deve repetir, pois vai sair o filme O Mar de Monstros Yay!). Quem não me convenceu nem um pouco foi Orlando Bloom. Não me entendam mal, adoro ele em Piratas, assim como acho que ele deu vida muito bem a Legolas, o elfo mais legal de todos, e amo de paixão ele como Balian, em Cruzada. Mas como Buckingham, não sei. Está muito espalhafatoso, exagerado. Não ficou legal. Espero que, se fizerem uma continuação (já vi por aí boatos nesta direção, e o final do filme deixa um gancho para isso) ele mude sua atuação.

louis 13

Por outro lado, o desconhecido Freddie Fox está hilário como o Rei Luís XIII. Ainda mais afetado que o do filme da Disney, que eu mencionei na resenha do livro. Tem verdadeira obsessão com roupas e faz questão de saber como Buckingham vai se vestir para combinar o look. Ótimo. Destaco ainda Gabrilella Wilde, a Constance, James Corden, o empregado Planchet (que aqui é todo atrapalhado), Madds Mikkelsen ( de Fúria de Titãs) no papel de Rocheford (o cara transmite uma frieza que dá medo) e Christoph Waltz como Richelieu, que também transmite bem, a ambigüidade do personagem

De novo, não espere uma obra-prima. E vá preparado para, como eu disse, algumas viagens da parte dos roteiristas. Só gostaria muito de ver em 3D, acho que seria melhor. Mas mesmo na versão 2D, convencional, o filme diverte e vale o ingresso. Aí vai o trailer:

sábado, 22 de outubro de 2011

De repente 30

 

13 going 30 Ando mesmo meio nostálgica esses dias. Sei lá, como disse deve ser por causa do dia das crianças. E hoje, sem nem querer, acabei comprando (e baratinho) esse filme, que não é exatamente velho, mas lembra muito um bem antigo e trata da década de oitenta, que foi quando vivi minha infância.

Acho que todo mundo já conhece a história. Jenna (Jennifer Garner) tem treze anos, mas como toda adolescente meio nerd, ela detesta sua vida e seu sonho é ser parte do gangue das meninas descoladas e não vê a hora de ter trinta anos. No dia de seu aniversário, ela, desapontada pelo resultado da festa, faz um pedido desesperado para ter logo trinta anos. Ela consegue e pronto: seu mundo vira de cabeça para baixo. Ela então reencontra seu melhor amigo Matt (Mark Ruffalo), que nem fala mais com ela e agora ela tem que aprender a lidar com o que sua vida se transformou.

O filme lembra muito o clássico Quero Ser Grande, de 1988, com Tom Hanks no papel do menino que, ao contrário de Peter Pan, não via a hora de crescer. Eu, pessoalmente, me identifico mais com De repente 30, por um simples fato: sou mulher. Mas não me entendam mal. Quero ser grande também é muito bacana e Tom Hanks sempre vale a pena assistir. A cena dele tocando o piano no chão da Toys’R Us é (desculpe a redundância) clássica. Confira abaixo, e assista o trailer aqui:

E até onde eu sei, pelo menos na época, o tal piano no chão existia de verdade, não foi cenário feito para o filme. Tom Hanks é ótimo, claro, e as cenas iniciais, dele descobrindo o mundo dos adultos são fantásticas. Mas, como já disse, por ser mulher, e também porque a personagem de Jennifer Garner avança para o futuro (diferente de Tom Hanks, que simplesmente cresce, mas fica na mesma época), as situações são mais engraçadas. Como por exemplo a primeira vez que ela ouve um celular tocando, o que não existia na década de 80.

O elenco todo de De repente 30 é excelente. Jennifer Garner e Mark Ruffalo tem uma química ótima, e ainda tem a participação de Andy Serkis, para quem não sabe, o ator por trás de Gollum em O Senhor dos Anéis. E, o que eu acho muito legal é que todos parecem estar de divertindo muito fazendo o filme. Em especial Jennifer. Dá pra perceber na cena em que ela faz uma festa de pijama com as meninas do prédio onde mora, cantando Love is a battlefield, da Pat Bennatar (cuidado com o clipe, que é um verdadeiro show de horror). Minha cena preferida do filme. E, claro, o povo todo dançando Thriller. Já é um clássico.

Aliás, a trilha sonora também é ótima. Além dessas duas, tem também Jessie's girl, do Rick Springfield, Vienna, do Billy Joel e Crazy for you, da Madonna.

Outra atração à parte é o figurino de Jennifer Garner no filme. O meu preferido é o vestido com que ela dança Thriller, mas todas as roupas em geral são bacanas. E eu queria um colar igual ao que ela usa no final para mim.

De repente 30 é uma comédia romântica divertida para todos, e sem ser melosa. E o DVD que eu comprei (para quem quiser, tem a capa rosa, para mim o único ponto baixo. Não que não goste da cor, mas a tonalidade é muito forte) vem recheada de extras, como cenas excluídas, começo e final alternativos (particularmente eu gosto mais do original no filme), erros de gravação, clipes musicais e um que achei super legal que são os atores principais falando da sua adolescência. Jennifer Garner não mudou nada. Em compensação Mark Ruffalo fez um bom trabalho ao crescer. Era o próprio patinho feio (ainda bem que ele virou cisne!). Vale a pena conferir. E só para dar aquele gostinho, aí vai o trailer:

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Os Três Mosqueteiros – Alexandre Dumas

 

3 mosqueteiros Os três mosqueteiros estão prontos para defender o rei Luiz XIII. Athos, Porthos e Aramis enfrentam todos os perigos para impedir que o demoníaco Cardeal Richelieu destrua o rei da França. Enquanto isso, o jovem D'Artagnan que sonha ser um Mosqueteiro, coloca sua vida em risco quando resolve agir sozinho e apaixona-se pela Condessa de Winter, a bela espiã de Richelieu. Se d'Artagnan conseguir escapar das armadilhas da Condessa e tornar-se um Mosqueteiro, ainda assim terá que provar sua lealdade e habilidade de grande espadachim.

 

Minha fascinação com d’Artagnan e os três mosqueteiros começou na infância, com uns seis, sete anos. Nessa época, quando a Xuxa ainda apresentava o Clube da Criança na TV Manchete (que nem existe mais), havia um desenho que marcou época. Lembro que quando ela migrou para a Globo choviam pedidos para passar o desenho no Xou da Xuxa. O tal desenho era D’Artacão e os Três Mosqueteiros, e os famosos heróis de capa e espada eram uns cachorrinhos muito fofos. O desenho era tão popular que lembro de brincar com a molecada na rua, cada um incorporando um personagem. E eu não era Milady, não. Ou mesmo Juliet, a namoradinha de D’Artagnan. Era Aramis, que era o meu preferido. Para ver a musiquinha da abertura (que eu sabia de cor), clique aqui. E para dar um gostinho, veja um trechinho de um episódio, quando D’Artagnan finalmente se torna mosqueteiro, aqui embaixo (não achei com a dublagem brasileira). Nem acredito que achei isso! Que saudade! (ando nostálgica…acho que deve ser por causa do Dia das Crianças:D):

Mas nunca tinha lido o livro original até agora. Lembro de ler uma adaptação, há muito tempo, mas não sei quem foi o autor. Confesso que me decepcionei um pouquinho, muito provavelmente porque eu idealizava muito o desenho. Não me entendam mal. O livro é ótimo, eu adorei. E ao ler, a gente entende porque a história continua fascinando e rendendo muitas adaptações para o cinema (mais sobre isso daqui a pouco).

Tudo começa com o jovem d’Artagnan partido da Gasconha para Paris a fim de realizar o sonho de se juntar ao célebre regimento dos mosqueteiros, os guardas do Rei Luís XIII. D’Artagnan é ambicioso e intempestivo e, admito, arrogante e fútil. E essa falta de humildade, logo de cara, vai colocá-lo em apuros, antes mesmo de chegar em Paris. Por outro lado, ele é esperto e tem uma lábia fantástica, o que o ajuda a estabelecer uma rede de amizades influente. Para sua sorte bem como maldição, pois justamente por essas amizades, e também por seu jeito esquentado vão render também vários inimigos.

Do lado dos amigos, claro, os três amigos inseparáveis: Athos, Porthos e Aramis. Os três são muito diferentes em seu jeito de ser, a não ser pelo gosto pela boa vida e pelo senso de dever. Todos são bons de garfo e além de exímios espadachins, são também excelentes levantadores de copo. Porém, o que os une é a lealdade canina (hehe – me toquei da brincadeira agora) ao rei e o repúdio nada secreto ao cardeal.

Hoje, meu preferido é Athos. Para mim, ele é o melhor do quarteto principal. Pouco se sabe sobre seu passado, exceto que ele vem de uma família nobre, pois seus modos refinados e o fato de sempre ter dinheiro à disposição deixam isso claro. Mais que isso ele não revela. Mas por trás da calma e do requinte há um homem atormentado e que esconde um grande segredo. Sua válvula de escape é o vinho, mas nem por isso ele deixa de ser perspicaz e ele é sempre a voz da razão em todas as empreitadas.

Porthos é o mais divertido dos três amigos. Sempre de bom humor, é um galanteador de primeira e faz questão de pavonear suas conquistas para todo mundo. E Aramis, por sua vez, é o mais quieto dos três. Faz questão de reiterar a todo instante que é mosqueteiro temporário, e seu  maior sonho é se tornar padre. Mas nem por isso ele deixa de ter seus romances, só que ao contrário de Porthos, ele mantém suas conquistas na surdina. É o famoso come-quieto.

Do lado dos vilões, o principal, é claro, é o cardeal Richelieu. Primeiro-ministro do reino, é ele quem efetivamente governa, mas ele quer mais. Muito mais. Ardiloso, ele é o próprio lobo em pele de cordeiro. Sabe muito bem bajular o rei enquanto afia o punhal que vai enfiar em suas costas. Porém, seu maior embate é coma rainha, pois se trata da única mulher que deseja e a única que não pode ter.

Sua maior aliada é Milady de Winter, para mim de longe a melhor personagem do livro. Ambiciosa, ela faz qualquer coisa por dinheiro, e usa a sedução como sua melhor arma. Como Richelieu, ela tem uma ambiguidade própria, transpirando inocência com o jeito de olhar e com palavras doces, mas sempre destilando seu veneno. É uma mestra na manipulação. E ainda por cima é orgulhosa e não há maior ofensa que o orgulho ferido (Hell hath no fury like a woman scorned. Não há no inferno fúria como a de uma mulher desprezada. Acho que soa melhor em inglês). Milady também tem um passado e um segredo que ela faz de tudo para manter (a não ser quando lhe convém compartilhar).

Outro que muitos veem como vilão é o duque de Buckingham. Coloco desta maneira porque não o vejo como vilão, a não ser pelo fato de ser inglês (e amante de Ana da Áustria), e estamos na França em plena Guerra dos Trinta Anos. Apesar do destaque que ele tem nas adaptações, no livro ele não é central. Aparece mais por menção dos outros personagens. E, por ser inglês, ele é sempre retratado como o diabo em pessoa.

Da mesma forma, o casal real, Luís XIII e Ana da Áustria aparecem pouco. Ana tem um pouco mais de destaque que o rei. E tem duas imagens: ora é benfeitora e protetora (no caso dos mosqueteiros), ora é insidiosa e adúltera (para Richelieu). Já Luís XIII quase não aparece, e geralmente é pela boca de outros personagens. Mas parece ignorante da traição de Ana e ao mesmo tempo é extremamente crédulo por cair nas armações de Richelieu.

Quase me esqueço da Sra. Bonacieux. Ou, como é mais conhecida, Constance. Ela é o alvo da admiração de d’Artagnan e a razão de ele se envolver em tantas tramas. É costureira da rainha, e é por causa dela que d’Artagnan tem a proteção real. É uma mulher jovem, mas presa ao marido muito mais velho, a quem não ama. O marido dela, a propósito, é o senhorio de d’Artagnan, e é desonesto e sempre tira vantagem de algo. Ele desaparece no livro e não volta mais, então não dá para saber muita coisa dele. Já Constance é vivaz e tem uma grande força interior. Só que não é lá muito inteligente.

Com mil reviravoltas e um ritmo bom, o livro prende do começo ao fim. E a mistura de ficção com fatos históricos, que todo mundo sabe que eu adoro, torna a história bem interessante. Volta e meia eu me pegava lembrando das minhas aulas de História no colégio. Um belo romance de capa e espada.

Trilha sonora

Não dá para pensar em Os Três Mosqueteiros sem lembrar do trio formado por Bryan Adams, Sting e Rod Stewart com All for love, trilha do filme da Disney. Ainda dá para mencionar El tango de Roxanne, na voz de Ewan McGregor, da trilha de Moulin Rouge. E, especialmente para Milady e Athos, How you remind me, do Nickelback.

Filme

Eu só assisti mesmo a versão da Disney, com Kiefer Sutherland brilhando como Athos, e um Charlie Sheen pré-Charlie Harper (consequentemente pirações, apesar de o cara provavelmente já ter problemas com álcool e drogas) no papel de Aramis e um Chris O’Donnel bem novinho como d’Artagnan. Eu amo esse filme. Ele toma bastante liberdade em relação ao livro, mas é bem movimentado e cheio de ação. Não se trata de nenhuma obra de arte (na verdade, comparado aso padrões de hoje, ele é até fraquinho), mas é diversão pura. Porthos, representado por Oliver Platt, é engraçadíssimo. Dá uma boa sessão da tarde. Olha aí o trailer (não é o original, mas não encontrei outro. De qualquer modo dá para ter uma ideia do filme):

Quanto à versão mais nova, deste ano, eu ainda não assisti. Já me falaram que é muito divertido, e eu estou louca para ver, porque Porthos é Ray “Titus Pullo” Stevenson. Eu amo esse ator, e sinceramente ele não podia mesmo ser nenhum dos outros mosqueteiros. O elenco ainda conta com Milla Jovovich e Orlando Bloom. Vou assistir provavelmente esse fim de semana, daí eu coloco os comentários.

Nota histórica

Richelieu foi ministro da França durante o período da Guerra dos Trinta Anos, uma série de conflitos que envolveu a Europa. A atuação da França foi fundamental para acabar com o conflito. Ele foi o maior combatente dos huguenotes, ou protestantes  franceses, em geral calvinistas, que surgiram com a Reforma. Por isso o embate com os ingleses, que apoiavam os huguenotes.(Fonte: Cardeal Richelieu)

sábado, 15 de outubro de 2011

Dia dos professores

 

“Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”

Cora Coralina

Com esta frase simples, porém de uma beleza e profundidade ímpares, eu faço esta pequena homenagem a quem, como eu, se dedica a ensinar um pouco do que sabe e que não tem o devido reconhecimento.

Feliz Dia dos Professores!

Em especial a dois que me influenciam e me inspiram a ser cada dia melhor: meu pai e minha mãe. Mas também a todos os meus colegas de trabalho e futuros colegas da faculdade.

count your blessings

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O caldeirão mágico

 

o caldeirão mágico Último sábado eu acordei com uma bela surpresa. Enquanto tomava café da manhã, liguei a televisão. Estava passando um desenho da Disney, e assim que vi o primeiro quadro, reconheci algo. Era o desenho O Caldeirão Mágico, que me levou direto para minha infância. Tanto que no intervalo fui buscar o livro para reler.

Na verdade, eu nunca tinha assistido o desenho até aquela manhã, mas acontece que tenho o livro, que foi lançado pelo Círculo do Livro em 1985. Como sempre gostei de ler e minha mãe era sócia do Círculo, e a meu pedido comprou o livro. Dá para perceber que desde muito cedo gosto de fantasia (o gosto por esse gênero só se firmou mesmo depois, quando li A História Sem Fim, como eu mencionei na resenha).

O livro (que na verdade foi baseado do desenho, e apresenta algumas diferenças, mas muito poucas) conta a aventura de Taran, um humilde cuidador de porcos que sonha em ser guerreiro. Ele vive em Prydain com Dallben, e sua obrigação é tomar conta de Vem-vem. O que ele não sabe é que Vem-vem é uma porquinha muito especial, pois ela tem o poder de prever o futuro numa tigela de água. Quando o malvado Rei de Chifres descobre que Vem-vem pode ajudar a encontrar o tal caldeirão do título, uma arma mágica muito poderosa, Taran tem que partir para proteger a simpática porquinha.

taran

Claro que ele vai encontrar muita confusão no caminho, mas também vai se deparar com alguns amigos (e algo mais), como a bela princesa Ilone e o bardo Flores Flama, ambos prisioneiros nas masmorras do castelo do Rei de Chifres (que esqueci de falar, mas lembra muito o Vingador, do melhor desenho de todos, A Caverna do Dragão – hum, quem sabe não escrevo algo sobre esse também?). Além de um animalzinho muito fofo chamado Gurgui.

gurgui

flores flama

taran ilone

rei de chifres

O desenho não tem a mesma qualidade das animações mais recentes, mas garanto que na época devia ser maravilhoso. Então não espere cenários de cair o queixo. E nem mesmo é dos melhores da Disney. Mas ainda assim é uma deliciosa diversão. Não sei se ele está disponível em DVD para locação ou venda, ou mesmo para download, e o livro talvez seja encontrado somente em sebos, mas se você conseguir encontrar, recomendo que assista, ou leia. Aproveite que estamos no mês da criança e solte o garotinho ou a garotinha que está dentro de você. Aí vai o trailer:

PS: dá para assistir ele todo no youtube.

A hora do espanto

 

fright night Pegando carona na moda dos vampiros e remakes de clássicos dos anos 80, chega às telas A Hora do Espanto. E quando o vampiro em questão é Colin Farrell a gente dá uma paradinha para conferir.

A Hora do Espanto segue a linha terror-comédia, e conta as aventuras de Charlie (Anton Yelchin, o Chekov de Star Trek), que , convencido que seu novo vizinho (Colin) é um vampiro, procura a ajuda de Peter Vincent, um ilusionista especialista no ocultismo para eliminar o sangue-suga.

A história é a mesma da dos anos 80, mas confesso que não assisti o original. Nem lembrava da história, para ser bem sincera. Isto porque havia um outro filme terror-comédia, chamado (acho) A Casa do Espanto, que eu adorava. E eu sempre confundia os dois (aliás, podiam fazer um remake deste também, que era muito legal). Ainda assim, não dá para não sentir um pouco de saudade dos tempos de criança.

charley

Jerry (Colin, e sim, é um nome ridículo para um vampiro – só perdendo para Bill, de True Blood – o que rende até piadinha no filme) é misterioso, mas tenta manter um ar de normalidade e até amigável. Mas, ao contrário de alguns, ele não tem problema nenhum em ser vampiro. O oposto, na verdade. Ele adora. Por trás da cara (linda, e sem uma tonelada de pancake, e que também não brilha) de vizinho normal e prestativo, se esconde um sádico que faz as piores crueldades com a mesma calma de quem troca de roupa. Enfim, um vampiro como deve ser. E Colin leva o papel com muita naturalidade (está melhor que em SWAT e Miami Vice, por exemplo, onde ele parece meio travado).

colin3

No lado oposto, Charlie é um adolescente como outro qualquer , com hormônios em ebulição e a insegurança própria da idade. Ele tenta encontrar seu lugar no mundo, buscando se encaixar entre os colegas populares e fugindo de seu passado nerd (e extremamente embaraçoso, diga-se de passagem. Eu fiquei com vergonha por ele). Anton Yelchin está perfeito no papel e mostra a que veio. E vai do nerd meio desengonçado ao herói de ação com naturalidade, sem forçar.

colin 2

Mas, o destaque do filme fica a cargo de David Tennant, o Crouch Jr de O Cálice de Fogo, no papel do mago/farsante e beberrão. Mais uma vez ele rouba a cena e é responsável por boa parte da comédia no filme. E, para deleite da plateia, aqui ele tem mais destaque que no Cálice. Para mim, foi uma ótima surpresa descobrir ele no elenco. Não contava com isso.

peter vincent

Falando nisso, o elenco, que ainda conta com Toni Collette (a mãe de Haley Joel Osment em O Sexto Sentido), é muito bom e está bem entrosado. E os efeitos especiais são bacanas, apesar de não serem extravagantes, como por exemplo em Star Wars (a trilogia mais nova, claro. A original é tosca que só. E só para constar, eu adoro a trilogia original. Mais do que a nova). E o fato de ser 3D também ajuda. A história, apesar de fraquinha, prende.

colin Não espere sustos, e o filme também não dá um pingo de medo, mas é uma boa diversão e tira boas risadas do público. Claro que não é nenhuma obra de arte, mas vale a pena conferir, nem que seja para matar a saudade de infância (para quem era criança nos anos 80). Só uma coisa deixou a desejar: onde foram parar as tatuagens de Colin? Sacanagem apagar…

E só para dar aquele gostinho, aí vai o trailer:

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Esclarecimento

 

Mais um post curtinho, e na verdade, mais um desabafo. De uns dias para cá, às vezes, quando eu clico em um link para direcionar para algo aqui mesmo no blog, aparece um pop-up de uma tal Gabriela vidente. Isso me deixa louca da vida. Não tenho ligação nenhuma com essa senhora, não conheço nenhuma vidente e COM CERTEZA MUITO MENOS DEI PERMISSÃO PARA ELA LINKAR O QUE QUER QUE SEJA NO MEU BLOG!!!!!!

A princípio achei que se tratava de um vírus ou qualquer coisa do gênero. Mas eu passo anti-vírus toda semana (na falta de um, passo logo dois, um logo após o outro), e além disso isso aconteceu tanto no meu notebook como no do meu pai. Portanto, se isso também está acontecendo com você, por favor ignore. Acho isso uma tremenda falta de respeito. Sem contar que não tem absolutamente nada a ver com o que eu faço. Como não entendo muita coisa de computador, eu já falei com meu pai para tentar solucionar esse problema. Enquanto isso, volto a pedir, simplesmente ignorem.

Beijos e até o próximo post (que prometo que vai ser melhor que este)!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Lançamento - Ahmnat - Os Amores da Morte

 

Oi pessoal! Hoje passei por aqui por um motivo muito especial. É para falar do lançamento do livro Ahmnat – Os Amores da Morte, do meu amigo Julien de Lucca, pela editora Gutemberg. Nós estudamos juntos na escola, mas ele teve que mudar de colégio (sorte dele – hehe) e perdemos contato. Até que ele me achou na internet, por causa do blog.

AHMNAT O que pode acontecer quando Morte e Destino brincam com o sentimento mais perigoso? Ahmnat é uma garota egípcia que, após uma vida cheia de turbulências, tristezas e mágoas, assume o cargo de Morte e passa a viver entre este mundo e o além-vida. Porém ela não está sozinha. Logo conhece Destino, responsável por escrever as vidas mortais, que fica surpreso e abismado ao vê-la no lugar de poderosa entidade. Destino propõe, então, um sádico jogo a Ahmnat: criará dez vidas mortais, humanos bem especiais, para tentar fazê-la se apaixonar por eles. Se Ahmnat se apaixonar por qualquer um, ela volta para a Terra como mortal novamente, dando a oportunidade de Destino reescrever sua vida. Caso contrário, será Destino quem se tornará mortal, permitindo que Morte venha buscá-lo pessoalmente.

O lançamento está previsto para 29 de outubro, mas quem quiser já está em pré-venda na Saraiva, é só clicar aqui.

Claro que eu ainda não li (mas estou ansiosa desde que ele me falou que ia lançar, já faz algum tempo), mas já li muita coisa do Julien, na escola, e posso dizer que tudo muito bom. Até me transformei em personagem. Era uma ladra que se disfarçava de vendedora de flores :D Então, dá para esperar uma boa leitura.