domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Ladrão de Raios

 

O ladrão de raios E se os deuses do Olimpo estivessem vivos em pleno século XXI? E se eles ainda se apaixonassem por mortais e tivessem filhos que pudessem se tornar herois? Segundo a lenda da Antiguidade, a maior parte deles, marcados pelo destino, dificilmente passa da adolescência. Pouco conseguem descobrir sua identidade.

Percy Jackson está para ser expulso do colégio interno… de novo. É a sexta vez que isso acontece. Aos 12 anos, esta é apenas uma das ameaças que pairam sobre o garoto, além dos efeitos do déficit de atenção, da dislexia… e das criaturas fantásticas e deuses do Monte Olimpo, que, ultimamente, parecem estar saindo dos livros de mitologia grega do colégio para a realidade. E, ao que tudo indica, estão aborrecidos com ele.

Vários acidentes e revelações inexplicáveis afastam Percy de Nova York, sua cidade, e o lançam em um campo de treinamento muito especial, onde é orientado para enfrentar uma missão que envolve humanos diferentes – metade deuses, metade homens –, além de seres mitológicos. O raio-mestre de Zeus fora roubado e é Percy quem deve resgatá-lo.

Com a ajuda de novos amigos – um sátiro e a filha de uma deusa – Percy tem dez dias para reaver o instrumento de Zeus, que representa a destruição original, e restabelecer a paz no Olimpo. Para conseguir isso, precisará fazer mais que capturar um ladrão. Terá que encarar o pai que o abandonou, resolver um enigma proposto pelo Oráculo e desvendar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses.

Esse livro mistura duas de minhas paixões – Harry Potter e mitologia grega – então é claro que eu tinha que ler. E a proximidade do filme só fez minha vontade aumentar (eu ADORO ler livros que viram filmes e depois comparar. Via de regra, os livros são melhores). E é impossível não fazer um paralelo com Harry Potter, mas eu vou tentar não fazer isso.

Logo de cara dá para perceber que Rick Riordan bebeu em Harry Potter, mas arrisco dizer que o primeiro livro de Percy Jackson é melhor que os dois primeiros Harry Potter (ai, quase blasfêmia! Hehehe!). Mas convenhamos que, para um garoto de 12 anos, mesmo que filho de Poseidon, vencer o Minotauro (e outras coisas que ele faz) é meio exagerado. Seria melhor começar a série como no filme, com Percy com pelo menos 16 anos.

Percy, ao contrário de Harry, que vai crescendo e se aperfeiçoando, já aparece com as habilidades prontas. Tem pouco a melhorar. É bem maduro para a idade, nem parecendo que tem só 12 anos, e isso é fácil de notar, pois é ele mesmo quem narra a história. Nunca conheceu o pai e tem que aturar um padrasto nojento, que o detesta (o sentimento é mútuo) e sabe de suas aparentes limitações (a dislexia e o DDA), mas não se faz de vítima. É impulsivo, provocador e não leva desaforos para casa. Sua fraqueza é sua mãe, mas na hora H, sabe pensar no bem maior. Ah, sim, e há uma profecia sobre ele também.

Seu melhor amigo é o sátiro Grover, seu protetor e  um pouco comediante. Grover não mede esforços para proteger Percy e nunca questiona as motivações deste. Vai literalmente até o inferno por Percy. A outra amiga de Percy é Annabeth, filha de Atena, e a sabichona do grupo, sempre pensando em uma estratégia. Ela não vai muito com a cara de Percy no começo, mas eventualmente se torna tão fiel quanto Grover.

Uma coisa muito divertida de O Ladrão de Raios é o constante paralelo com o mundo que nós, reles mortais, conhecemos. E os comentários de Percy sobre algumas coisas são geniais. Outra sacada fenomenal foi a entrada para o Mundo Inferior, o estúdio M.A.C. – Morto ao Chegar (do inglês, DOA – dead on arrive.). Volta e meia eu estava rindo de alguma coisa assim no livro. Ah, sim! E o fato de Dionísio estar de castigo e só poder beber refrigerante light. Excelente!

O ritmo do livro também é ótimo. E mantém o leitor interessado até o fim. Ao contrário de Harry, onde as coisas acontecem em uma ano letivo, em Percy Jackson, tudo acontece em umas duas semanas. Mas isso não nos impede de conhecer os personagens.

Um prato cheio para quem, como eu, andava meio órfão desde que Harry Potter acabou, e também uma maneira muito divertida de aprender sobre mitologia, e história, já que vez por outra o livro faz alusões a grandes eventos históricos, com as Guerras Mundiais, como sendo devido aos deuses, ou a seus filhos. Mal posso esperar para ler a continuação.

Filme

percy jackson filme O filme não tem muito a ver com o livro, algumas coisas foram cortadas, como Ares (que pena! Ares é uma figura!) e algumas foram pura licença poética. Se Rowling não permitiu que mudassem uma vírgula de seus livros, Rick Riordan fez o contrário, mas isso não afeta o resultado final. Em alguns aspectos, eu até prefiro o filme, como a parte em Las Vegas e Percy ser mais velho (apesar de não haver menção da idade de Percy no filme, ele com certeza não tem 12 anos). E a presença de Sean Bean com Zeus e Kevin McKidd (o Lúcio Voreno da fantástica série Roma) no papel de Poseidon são um deleite. E o filme ainda tem participação de Melina Kanakaredes (a Stella de CSI:NY, minha preferida da franquia) no papel de Atena (apesar que ela poderia aparecer mais). E Logan Lerman está muito bem no papel principal. A adição de Perséfone no filme também foi uma ótima sacada (principalmente pela fala, para Hades:" “O que você vai fazer? Eu já estou no Inferno!”). Um pequeno erro no filme: o bichinho de estimação de Hades é Cérbero, o famoso cão de três cabeças que guarda os portões do Mundo Inferior. E o filme, ao contrário de críticas que eu vi (só para deixar claro, para mim crítico de cinema é diretor frustrado, que só tem prazer em acabar com os filmes dos outros. Nunca sigo as críticas) o filme não é só para o público infantil, não. Ao contrário, é bem menos infantil que os primeiros Harry Potter, e até que o próprio livro.

Trilha sonora

Exatamente como no filme Highway to hell, do AC/DC é óbvia. E eu até posso não gostar, mas admito que Poker Face, da Lady Gaga caiu como uma luva nas cenas em Vegas. Acrescento ainda Holding out for a hero, da Bonnie Tyler, Waking up in Vegas, da Katy Perry, e Bohemian Rhapsody, do Queen.

Se você gostou de O Ladrão de Raios, pode gostar de:

  • coleção Harry Potter – J.K. Rowling
  • O Senhor dos Anéis – J.R.R. Tolkien
  • trilogia da Herança – Christopher Paolini

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Harry Potter e o Cálice de Fogo

 

Cálice de fogo É tempo de férias de verão e, certa noite, em seu  quarto na Rua dos Alferneiros n°4, Harry Potter acordou com a cicatriz ardendo intensamente. Teve um sonho estranho, sobre o qual não conseguiu parar de pensar, intrigado, até receber aquele convite dos Weasley para assistir, nada mais nada menos, à Copa Mundial de Quadribol.

Não foi fácil convencer seu tio Valter a deixá-lo passar o resto das férias na casa da família Waesley, mas, ultrapassada esta barreira, Harry começa a vibrar com todas as emoções que envolvem um jogo internacional de quadribol. A magia acontece… e é real todo o deslumbramento de nosso bruxinho órfão diante das extraordinárias equipes de atletas irlandeses e búlgaros, que se confrontam numa emocionante partida. No entanto, uma coisa terrível acontece e lança uma sombra sobre tudo e, principalmente, sobre Harry Potter.

O recomeço de mais um ano letivo vem amenizar os temores de Harry, que compartilha com os melhores amigos, Rony Weasley e Hermione Granger, todas as aventuras emocionantes que continuam a acontecer na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Também neste quarto ano, acontecimentos inesperados – como, por exemplo, a presença de um novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas e um evento extraordinário promovido na escola – alvoroçam os ânimos dos estudantes. Outras escolas de magia se apresentam e alguns de seus alunos, ao lado de veteranos de Hogwarts, liderados pelo sábio Prof. Dumbledore, terão de demonstrar todas as habilidades mágicas – e não-mágicas – que vem adquirindo ao longo de suas vidas. Estarão eles preparados para tudo que lhes está reservado? Seu desempenho será satisfatório para que nada de grave lhes aconteça?

De todos os sete este é o meu preferido. Na minha opinião, é o que tem mais ação e mais mistura de emoções: medo, raiva, amor, indignação, tristeza. Os personagens também estão mais maduros, e as brigas entre o trio mais frequentes. E pela primeira vez, Harry tem que enfrentar a morte. Nos primeiros, isso não passava de uma ameaça, de algo que está mais distante. É o fim da inocência.

E também há muito humor. Os personagens começam a demostrar interesse pelo sexo oposto, criando ótimas situações, como o ciúme de Rony e as tentativas de Harry e Rony convidarem alguém para o Baile de Inverno. Patéticas, aliás. Muitas vezes me pego rindo sozinha. E, para minha alegria, os gêmeos, com suas Gemialidades Weasley, estão mais presentes.

Harry está mais confiante e mostra que está no caminho para se tornar um mago poderoso. Porém, depende, e muito, dos amigos. Sem Rony e Hermione a seu lado, ele não teria chegado muito longe no torneio, e isso se provará uma constante até o final da saga. Além de Rony e Mione, Harry também percebe que pode contar com outras pessoas, com Neville, que se provará seu melhor amigo, depois dos outros dois.

E, em particular, Olho Tonto Moody. Novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas, é um bruxo paranóico, mas com experiência e que não poupa os alunos, mostrando exatamente o que esperar quando saírem da segurança da escola (apesar de meio exagerado, ele está certo).

E o final, com o retorno de Voldemort, é um dos melhores. Agora, o mundo como eles conhecem irá mudar radicalmente. E, deixa o leitor ansioso para sabe como vai ser isso. Me lembro que não via a hora de sair o quinto.

Acho que este livro é o que representa o amadurecimento de Rowling como escritora. Há um número de tramas paralelas, que ela soube explorar bem e desvendar no momento certo, e isso requer habilidade. Ao mesmo tempo, ela soube desenvolver o crescimento dos personagens, saindo da infância para a adolescência, com muita competência.

Filme

Cálice de fogo filme Para mim, também o melhor filme da série. O diretor Mike Newell acertou a mão. A escolha do elenco foi certeira. Brendan Gleeson com Olho Tonto está perfeito. E, claro the Lord, Ralph Fiennes, dispensa comentários. Pena que o cara que faz Bartô Crouch Jr não fica muito tempo em cena, porque o cara (David Tennant), além de bonitão, é um excelente ator. Até Robert Pattinson manda bem como Cedric Diggory. Mas o filme deveria ter pelo menos vinte minutos a mais, na minha opinião. Acho que ele deveria incluir o julgamento de Belatrix Lestrange, a chantagem de Hermione com Rita Skeeter (Miranda Richardson, aliás, fantástica) e Harry dando o prêmio para os gêmeos. Tudo isso tem impacto no próximo (tudo bem que algumas coisas foram incluídas, e outras ficaram de fora, mas mesmo assim, acho que seria legal explorar). E, o FALE ficou de fora (graças a Deus! Hermione fica muito chata quando começa com isso). E o labirinto está bem assustador no filme (apesar que eu gostaria de ver a esfinge). E também acho uma pena terem cortado os Dursley. Eu acho engraçadíssimo os Weasley entalados na lareira.

Se você gostou de O Cálice de Fogo, pode gostar também de:

  • coleção Harry Potter – J.K. Rowling
  • trilogia da Herança – Christopher Paolini
  • O Senhor dos Anéis – J.R.R. Tolkien
  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

 

Prisioneiro de Azkaban Harry Potter é um menino bastante fora do comum. Está ansioso pelo término das férias de verão. se empenha em realizar todos os deveres de casa e, além de tudo, ele é um bruxo.

Ao regressar para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a atmosfera é tensa. Sirius Black, por muitos considerado um servo de Lord Voldemort, esteve preso por doze longos anos na temível fortaleza de Azkaban, condenado pela morte de treze pessoas com um único feitiço, e agora está foragido. Uma pista indica o lugar para onde se dirigiu – os guardas de Azkaban o ouviam murmurar enquanto dormia: “Ele está em Hogwarts…ele está em Hogwarts.”

Harry Potter não está seguro nem mesmo entre as paredes de sua escola de magia, rodeado de amigos. Porque, ainda por cima, pode haver um traidor no meio deles.

Claro que depois de ser fisgada por Pedra Filosofal e Câmara Secreta, eu tinha que ler Prisioneiro de Azkaban logo que foi lançado. E, a partir deste, já dá para notar um amadurecimento de Rowling como escritora. Ele não é tão infantil e começa a abordar temas mais complexos, como o preconceito. E Prisioneiro de Azkaban também traz um tom mais dark para a série.

Pela primeira vez, dá para sentir a real ameaça de Lord Voldemort, com seu suposto discípulo solto e ameaçando Harry de morte. O sentimento de medo se intensifica pela presença dos Dementadores nos portões de Hogwarts (e, vamos falar sério, eles são assustadores). E daqui pra frente as coisas só tendem a piorar (digo, em termos de ameaça).

E os personagens já amadureceram um pouquinho. Harry já não tem mais tanto medo e começa a se arriscar mais, enfrentado mais os outros.E também mostra crescimento ao começar a notar garotas. Hermione, por sua vez, devido a sua extrema cautela, pode por a amizade do trio em risco. Pela primeira vez, eles brigam sério, a ponto de não se falarem.

Uma coisa que eu acho muito legal é que começamos a descobrir um pouco da história de Tiago e Lílian, e assim, aos poucos o mistério em torno de Harry começa a ser desvendado. Uma boa adição aos personagens foi o Prof. Lupin. Aliás, ele é o outro lobisomem que eu gosto (lembra do Seth, de Crepúsculo? E são só eles dois mesmo). Ele é como uma luz, uma lufada de esperança com seu jeito calmo e ponderado. E ele é um ótimo exemplo de professor, do tipo que acredita realmente no potencial dos alunos, sempre os encorajando. A cena dele chamando Neville para o ajudar na primeira aula (que aliás é hilária, com o Snape bicho-papão saindo do armário – sem trocadilhos) é um exemplo disso.

Lembra que eu falei que Rowling aborda preconceito? Pois bem, Lupin é exemplo disso também. A a partir do momento que se descobre que ele é lobisomem, começam as desconfianças. E Hagrid também é vítima por seu parentesco com gigantes. Claro, isso já tinha sido mencionado em Câmara, onde pela primeira vez aparece o termo sangue ruim, mas em Prisioneiro isso está mais evidente, culminado com a expulsão de Lupin da escola por ser o que é.

Para quem ainda não leu nenhum livro da série, e nem viu nenhum dos filmes, e pretende começar, eu recomendaria começar por este. Não que haja algo de errado com os outros dois, mas como são mais bobinhos, pode não ser muito estimulante para alguém com mais idade (o que não foi o meu caso).

Curiosidade

Quando Rowling escreveu HP e o Prisioneiro de Azkaban, estava com depressão, daí criou os Dementadores, sua metáfora para esta doença. Quem já sofreu, mesmo que de leve, sabe que a descrição é precisa.

Filme

Prisioneiro de Azkaban filme Foi uma ótima adaptação. E a mudança de diretor, de Chris Columbus para Alfonso Cuarón, foi muito benéfica. Cuarón pegou direitinho o espírito do filme. Algumas coisas ele poderia ter explorado melhor. Por exemplo, poderia entregar o Firebolt para Harry como no livro e explorado a briga do trio, ao invés de deixar isso para o final, quando todo mundo já sabia quem era Sirius de verdade.E aquele freeze do Harry no final é um take ridículo. Confesso também que fiquei um pouco decepcionada quando vi que Lupin não seria Ewan McGregor, como havia sido especulado na época (ele não pôde porque estava filmando Star Wars na época). Mas David Thewlis manda bem e no final acabei gostando. Outra boa coisa foi escolher Michael Gambon para o lugar de Dumbledore, no lugar de Richard Harris, que morreu antes. Nada contra Richard Harris, ele era um ótimo ator (por exemplo como Marco Aurélio em Gladiador ele é fantástico), mas o Dimbledore de Michael Gambon é mais ativo. E a caracterização do Prof. Flitwick está bem melhor. Em lugar nenhum diz que ele é um duende. E, neste filme, a participação dos gêmeos é maior (eba! Eles são meus favoritos).

Se você gostou de O Prisioneiro de Azkaban, pode gostar também de:

  • coleção Harry Potter – J.K. Rowling
  • trilogia da Herança – Christopher Paolini
  • O Senhor dos Anéis – J.R.R. Tolkien
  • Percy Jakson e os Olimpianops – Rick Riordan
  • coleção House of Night – P.C. e Kristin Cast

Saga Crepúsculo

Twilight new moon  

Eclipse Breaking Dawn

Isabella Swan é uma adolescente de 17 anos que após o casamento da mãe, muda-se para a chuvosa Forks, no estado de Washington para morar com o pai. Lá conhece Edward Cullen, jovem lindo e misterioso por quem logo se apaixona. E quanto mais se aproxima, mais sua vida, e de todos ao seu redor, estará em perigo. O que Bela não sabe é que Edward é um vampiro e que sua paixão despertará rivalidades milenares. Pois Bela irá aprender que o mundo não é habitado somente por humanos e vampiros, mas também lobisomens. Poderá o amor de Bela e Edward resistir?

O que me chamou a atenção primeiro para a saga foi a capa de Crepúsculo (que é linda e bem sugestiva. E, sim, julgo o livro pela capa, não que isso seja regra), mas antes de ler fui checar a sinopse e fiz uma pergunta aqui, outra ali para quem já tinha lido, e, claro, por se tratar de vampiros, já tinha captado minha atenção. E A DO REI.

Não sei exatamente o que é, mas quando leio a saga simplesmente não consigo largar. Quando li pela segunda vez (já li três vezes, e, com certeza, vou ler mais algumas), li em uma semana os quatro livros. Não há outra definição. É hipnotizante.

Acho que a razão para isso é Edward. Além de lindo, inteligente, Edward é supersarcástico (característica mais evidente em Midnight Sun, que aliás é mais legal que Crepúsculo), coisa que eu ADORO (sim, também sou fã de carteirinha do Dr Enxaqueca, ops, House) Só não entendo como é que ele se apaixona por uma chata como Bela. Tudo bem, eu entendo que ele fica mais que intrigado pelo fato de não conseguir ler seus pensamentos, mas depois de dez minutos de conversa com a garota será que não deu para perceber que ela é chata demais?

Sim, eu sei que é contraditório eu gostar tanto da saga e achar Bela chata, sendo que é ela que narra a história. Também não sei explicar, mas que Bela é pentelha, isso é. Ela até tem seus momentos, mas a garota parece que não tem vida própria. Tudo gira em torno de Edward. Quer dizer, a fulana não tem outros amigos a não ser os Cullen e Jacob.

Ah, Jacob. Outro pentelho de marca maior. Eu até gosto dos seus comentários sarcásticos e autodepreciativos em Amanhecer, mas o garoto parece um disco quebrado, repetindo sempre a mesma coisa:”Bela, Edward não é certo para você. Bela, você me ama e não sabe”. Hello! Ama nada! A não ser como melhor amigo ou um irmão mais novo (e bem chato). Até parece que não existe mais ninguém no mundo. Sem contar que o cara é arrogante pra burro. Um momento de Bela: o soco que ela deu em Jacob depois que ele a beijou à força (hello de novo! Isso não se faz!). Ponto para ela.

Aliás, o único lobisomem que eu gosto é Seth. Ele é o único que não tem preconceitos e não fica reclamando da vida, que aliás não deve ser nada fácil para um lobisomem. Deve é ser um porre ser lobisomem, sempre abaixando a cabeça (e, no caso, o rabo- hehehe) para o alfa, que impõe sua vontade aos outros. E nem quando o assunto é o coração eles tem liberdade, por causa da tal da impressão.Citando Jacob: “Life sucks, and then you die – Yeah, I should be so lucky!”

Ser vampiro deve ser muito mais legal. Os caras são lindos, ricos e tem mais liberdade, além de outras coisinhas mais (para saber o que, leiam Amanhecer após o nascimento de Renesmee – ô nome ridículo. Eh saúde!). A única dica: ser transformado depois de sair da escola. Já pensou fazer o colegial over and over again ad eternum? Deprimente (por outro lado, passar na FUVEST seria moleza! Hehehe). Além disso, acho que o final de Amanhecer é um pouco decepcionante. Antes, tem toda uma tensão, a gente fica nervosa pra caramba, pra no final ser daquele jeito? Não corresponde ao resto da trama.

E falando nos vampiros, eu não poderia deixar de falar dos meus preferidos: a bonequinha da Alice, o fofíssimo Jasper e Emmet. Stephenie Meyer bem podia escrever a história deles. E, por falar nisso, acho ridículo ela não querer publicar Midnight Sun porque vazou na internet. Se a goddess Rowling fosse pensar da mesma forma, Harry Potter não teria chegado ao final. Atitude infantil e antiprofissional da parte dela.

Voltando à saga, o meu preferido deles é Eclipse. Ver Edward se mordendo (hehehe) de ciúme é hilário. Lua Nova, por outro lado é o mais fraco, justamente porque os vampiros não estão tão presentes e os lobisomens tem mais destaque. Sem contar o chororô de Bela pela perda de Edward (xinguei ele até a terceira geração por isso). Só leio rápido porque quero que ele volte logo para acabar com o tormento. Afinal, duzentas e tantas páginas de lamúrias ninguém merece. Mas nem tudo é ruim. O final em Volterra é o mais legal de todos na minha opinião.

Uma leitura apaixonante. Stephenie Meyer até pode ter sugado (hehe) Diários do Vampiro, mas desenvolve melhor, de longe. Aliás, até agora a saga Crepúsculo é a melhor história de vampiros que eu já li.

Filmes

Twilight filme Apesar de gostar bastante, reconheço que Crepúsculo é trash. A diretora é muito fraquinha e não soube conduzir o filme. E os efeitos especiais deixam muito a desejar, principalmente a pele de Edward brilhando ao sol. Devia ser mais caprichado.

 

New moon filmeLua Nova é melhor até que o livro. A parte chata do livro foi reduzida (ainda bem!) e o final também ficou mais legal, com a briga na torre. E os efeitos estão bem melhores. A transformação de Jacob em lobo é muito bem feita.

Trilha sonora

Ambas as trilhas dos filmes, com Linkin Park, Paramore, Muse e Death Cab for Cutie, combinam direitinho com os livros. Além disso, acrescento Evanescence (principalmente Bring me to life) e Nightwish, que dão um toque especial. E Enjoy the silence, do Depeche Mode (a versão nova, com uma mãozinha de Mike Shinoda, que eu adoro), e que também toca em Vampire Diaries.

Curiosidade

A gripe espanhola que “matou” Edward matou de 20 a 40 milhões de pessoas no início do século XX e tem relação com a gripe suína.

(Fonte:Gripe espanhola)

Se você gostou de Crepúsculo, também pode gostar de:

  • The Vampire Diaries (os livros e a série de TV) – L. J. Smith
  • coleção House of Night – P.C. e Kristin Cast
  • os livros de Sookie Stackhouse – Charlaine Harris
  • O beijo das sombras - Richelle Mead

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Harry Potter 1 e 2

Pedra filosofal Um bebê é deixado à porta da família Dursley, com uma carta que explica quem ele é e quais os mistérios que envolvem sua sobrevivência, após um duelo no qual seus pais morreram. Onze anos mais tarde, Harry Potter recebe o melhor dos presentes de aniversário: descobre que é bruxo e como tal deve ser educado. Conduzido por Rúbeo Hagrid, o doce e atrapalhado gigante ruivo, Harry inicia sua trajetória no cotidiano da magia. Na escola de bruxaria de Hogwarts, sob a direção do sábio professor Alvo Dumbledore, ele aprende a fazer poções, feitiços, a transformar coisas, e a “pilotar” uma vassoura. Enfrenta as dificuldades normais de um principiante e alguns obstáculos a mais lhe são impingidos por sua fama. Afinal, Harry Potter, mesmo sem saber, derroutou o mais terrível dos feiticeiros. Agora, para prosseguir vitorioso, precisa aprender a dominar a sabedoria contida em valores simples da vida como a amizade, a perseverança e o amor.

Camara secreta Os Dursley foram tão mesquinhos e abomináveis durante aquelas férias de verão, que Harry Potter só queria voltar para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Na hora em que está arrumando as malas, contudo, ele recebe um aviso de um diabrete estranho chamado Dobby, que diz que se Harry Potter voltar a Hogwarts haverá uma catástrofe.

E ela, de fato, acontece. No segundo ano de Harry em Hogwarts, surgem novos tormentos e horrores. Aguentar o arrogante professor de Artes das Trevas Gilderoy Lockheart, driblar o assédio do coleguinha deslumbrado que a todo custo queria fotografá-lo e conseguir um autógrafo, ignorar a tímida paixão e desviar da atenção indesejada de Gina Weasley, e suportar as lamúrias de Murta que Geme, um espírito que ocupa o banheiro das meninas, não é exatamente a melhor coisa que podia acontecer a Harry, mas, sem dúvida alguma, isso representa pouco diante do grande mistério que envolve a petrificação de alguns estudantes da escola. Quem ou o que estaria por trás daquelas ocorrências assustadoras? Seria Draco Malfoy, mais venenoso do que nunca? Talvez Hagrid, cujo misterioso passado é finalmente revelado? Ou o responsável por todo o pânico e tumulto seria aquele de quem todos suspeitam… o próprio Harry Potter? Como descobrir e eliminar definitivamente a ameaça que está aterrorizando Hogwarts?

Não sei bem o que me levou a ler Harry Potter, mas o fato é que eu li o primeiro e logo já estava viciada. Li a Pedra filosofal  rapidinho e logo li a Câmara. Resolvi falar dos dois primeiros juntos porque amo muito a coleção e dos outros tenho que falar individualmente. Os dois primeiros são os mais fraquinhos, mais infantis (apesar de não gostar de rótulos. Leio porque me dá prazer, independente do tema.), mas mesmo assim, eles tem algo que prendeu a minha atenção, fazendo com que eu quisesse ler os outros. Mas temos que levar em conta que esses foram também os primeiros livros que J. K. Rowling, minha ídola, the goddess,escreveu. E, se mais nada, temos que dar os créditos a ela por uma coisa: ela fez a molecada ler. Gente que nunca lê nada voluntariamente de repente estava lendo Harry Potter. Aplausos para Rowling!

Dos dois, meu preferido é a Pedra Filosofal (mas,nem de longe ,meu preferido da série. Sobre ele, aguardem.). Ele tem aquela coisa de novidade, de ser o primeiro.A Câmara, para mim, é o mais bobinho.  Ambos tem o encanto, a inocência da infância, porém.

Os personagens ainda não estão muito definidos, suas personalidades ainda não estão muito claras. Harry ainda é um garoto magricela e pequeno, que vive com medo de seu primo Duda, e na escola tem que lidar com o fato de ser um bruxo famoso. Mas já se mostra corajoso e impulsivo, do tipo que age primeiro para depois pensar (o que aliás não é exatamente seu forte). Essa parte fica para Hermione, a CDF que acha que as respostas para tudo estão nos livros da biblioteca. E Rony, o amigo fiel, que fica do lado de Harry sem nunca questionar seus motivos (como Sam, de O Senhor dos Anéis).

Outra coisa que eu acho muito legal da Rowling é que ela coloca nos seus livros referências de outras histórias, sem nunca esconder este fato, e, ao contrário, instigando o leitor a ir atrás das respostas. E o mundo paralelo que ela criou é fantástico. Um mundo onde a louça se lava sozinha (ah! como iria ser bom se fosse assim!) e nem tudo precisa ter uma explicação racional. Sinceramente, acho que ser bruxo deve ser muito divertido (exceto pelo fato de ter que conviver com ratos de estimação. Eca!)

Curiosidades

Filmes

Harry potter Os filmes são fiéis aos livros. O segundo, em particular, tem partes que são melhores que o livro (por exemplo, quando eles vão para Hogwarts no Ford Anglia). E  caracterização está perfeita.

Se você gostou de Harry Potter, pode gostar também de:

  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien
  • Trilogia da Herança – Christopher Paolini
  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan
  • Coração de Tinta – Cornelia Funke

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Último Templário

O último templário Durante o ataque muçulmano, em 1291, à antiga cidade de Acre, no Reino Latino de Jerusalém, a galé Templo do Falcão zarpa, levando um pequeno grupo de cavaleiros, entre eles o jovem templário Martin de Carmaux, seu mestre, Aimard de Villiers, e um misterioso baú a eles confiado pelo grão-mestre da Ordem dos Templários momentos antes de sua morte. O barco desaparece sem deixar rastro.

Sete séculos depois, na cidade de Nova York, quatro homens vestidos de templários e montados a cavalo irrompem na festa de abertura de uma exposição de relíquias do Vaticano no museu Metropolitan, espalhando pânico e roubando os objetos expostos. A arqueóloga Tess Chaykin, uma das convidadas da festa, testemunha quando um dos cavaleiros, que parece liderar o grupo, se atém, como num ritual solene, a um único objeto: um misterioso decodificador medieval.

Após o incidente, o FBI instaura uma investigação sobre o caso liderada pelo especialista em antiterrorismo Sean Reilly. Juntos, Reilly e Tess se envolvem em uma corrida mortal por três continentes em busca do local de descanso do Templo do Falcão e da perturbadora verdade sobre sua carga.

Já fazia tempo que eu queria ler este livro, mas só agora consegui (claro, minha irmã trabalhando numa biblioteca que tinha o livro ajudou muito). Pelo nome, eu já sabia que iria gostar. Adoro tudo que tenha a ver com a Idade Média, como já disse, e também ADORO se a trama envolve algum dogma da Igreja. Deixe-me esclarecer uma coisa: sou católica, mas não praticante e tenho minhas próprias ideias a respeito de religião. Acredito em Deus, mas não consigo engolir a Bíblia. Acho que sou racional demais para isso. Não quero dizer que ela toda seja mito, mas não consigo acreditar numa coisa que foi escrita bem depois da época que deveria, sem contar que todos sabem que ela foi editada. Não me levem a mal,não quero ofender ninguém, e respeito as crenças de todo mundo. Mas quando vejo algo que desafia a Igreja, simplesmente não resisto (será que é porque estudei em escola de padres?).

Anyway, voltando ao livro. Trata-se de um suspense cheio de ação, no estilo de O Código Da Vinci, mas  a trama gira em torno do suposto segredo dos templários (não, não é o Graal), segredo este que promete mudar o mundo (será que ele existe? eu me pergunto). E tenho que dizer que, em termos de teatralidade, o ataque ao Metropolitan está empatado com o ataque à Catedral de Colônia de O Mapa dos Ossos. Quatro homens, vestidos como cavaleiros templários invadem a festa, o líder decapita um segurança logo na entrada do museu, e há aquele banho de sangue típico.Muito legal (dá até para imaginar a cena no cinema).

Para investigar o caso, o FBI chama Sean Reilly, homem muito religioso (alguém aí pensou no detetive Seeley Booth, de Bones. Taí uma ótima sugestão para o papel no filme – hehehe), e que trabalha pelas regras. Ele vive sozinho, assombrado pelo peso de um trauma de infância. Para ajudar na investigação, ele conta com Tess Chaikyn, uma arqueóloga gnóstica (quer dizer que ela não põe muita fé em religião – ha! Dra Temperance Brennan, a Bones!) divorciada com uma filha e desesperada para ter aquela chance na carreira. Juntos, eles embarcarão em uma frenética corrida contra o tempo para descobrir a verdade por trás dos ataques.

A dupla até que tem um bom relacionamento, é bem clichê, mas Tess, na minha opinião é egoísta e burra. Faça-me o favor! Quem é que em sã consciência iria se confraternizar com o inimigo? E não estou falando do velho keep your friends close and your enemies closer. Parece que a fulana gosta mesmo de ser o alvo de uma metralhadora(será que tem a ver com ela ser loira? Brincadeirinha, hehehe).

O ritmo do livro é bom, nem muito corrido, nem muito lento, mas eu acho que ele perde um pouco de momentum. Começa cheio de ação, depois para um pouco, para retomar com tudo no final. Mas ainda assim, prende o leitor e as explicações são bem interessantes. E o legal, é que o autor, em vez de contar como um professor, como no Código, muda o tempo e cenário da ação do século XXI para a Idade Média.

É uma boa leitura, embora O Código Da Vinci e a trilogia Sigma sejam melhores. Ainda assim, fiquei com gostinho de quero mais, e me pergunto se o detetive Reilly vai voltar à ativa.

Nota histórica

Os cavaleiros templários tinham a  missão de proteger os peregrinos após a conquista de Jerusalém. Sua sede era no antigo Templo de Salomão, daí seu nome. Eles tinham muito prestígio e acumularam muitas riquezas, durante cerca de dois séculos, até que em 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, o papa Clemente V, juntamente com o Rei Filipe o Belo, da França, condenou todos os templários à prisão, e ordenou a morte de uns tantos (daí sexta-feira 13 ter a fama de ser dia de azar), acusados de heresia. Muitos foram queimados na fogueira. Ao contrário do que se especula, a Igreja simplesmente temia o poder e a influência dos templários, e achou essa desculpa para manter sua hegemonia. Uma batalha de poder, simplesmente. Se os templários realmente acharam um tesouro, ou um segredo poderoso, não passa de especulação (mas que é uma delícia formular essas teorias conspiratórias, isso é)

Filme

Na verdade, não há projetos para transformar esse livro em filme, apesar que daria um blockbuster. Mas o autor é também roteirista, então, quem sabe?

Se você gostou deste livro, pode gostar também de:

  • O Código Da Vinci – Dan Brown
  • Anjos e Demônios – Dan Brown
  • trilogia Força Sigma – James Rollins

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mundo Sem Fim

Mundo sem fim Inglaterra 1327. Numa floresta do condado de Kingsbridge, quatro crianças testemunham o assassinato de dois homens e fazem um pacto de silêncio: jamais revelarão a ninguém o que se passou naquele dia. Anos depois, as vidas de Caris, Merthin, Gwenda e Ralph se cruzam num mundo de riqueza e miséria, amor e ódio.
É na Kingsbridge medieval, regida pela Igreja e povoada por reis e cavaleiros, servos e senhores, que floresce a paixão de determinada Caris Wooler e do corajoso Merthin Builder. Ela, mulher de personalidade marcante e filha do mais eminente mercador da cidade, está decidida a fazer o condado prosperar, não sem antes desafiar várias convenções sociais. Merthin, por sua vez, se consagra como construtor de talento, mas sonha com o dia em que Caris estará definitivamente a seu lado.
Gwenda, em meio a uma vida inteira de privações, luta para mudar seu conturbado destino. Irmão mais novo de Merthin, o ambicioso Ralph cresce obstinado a fazer parte da nobreza, ainda que para isso tenha de mostrar sua face mais cruel e implacável.
Numa atmosfera de conspirações, costumes rígidos e jogos de poder, todos precisam sobreviver ao passado, às intrigas e a um terrível inimigo comum: a peste bubônica. As autoridades do priorado de Kingsbridge não tem dúvidas de que se trata de um castigo divino para purgar os pecados da comunidade.

Meu interesse por Mundo Sem Fim começou quando minha irmã comprou o livro por incríveis R$ 9,90. Incríveis mesmo, considerando que o preço normal do livro é só sete vezes mais. Isso foi uma daquelas promoções malucas da internet. Quando chegou, li a sinopse e, louca pela Idade Média que sou, claro que tinha que ler de imediato. Uma coisa me incomodava. O livro era continuação de Os Pilares de Terra. E agora?, pensei eu, mas já com aquele comichão de querer ler logo. Então fui fuçar no site do autor (www.ken-follett.com), vi que se passava duzentos anos depois e decidi: “What the hell”, e no mesmo dia que chegou já comecei a ler.
O que eu não sabia então era que eu me apaixonaria tanto e tão rapidamente pelo livro. Logo no começo da leitura, já tinha esse livro na lista dos favoritos. E, apesar das mil e tantas páginas, li rápido, não conseguia largar. Levei duas semanas para ler (isso porque eu enrolei um pouco e tive que trabalhar, senão teria lido em menos tempo).
A trama gira em torno de Merthin, Caris, Gwenda e Ralph, descendentes dos personagens de Pilares (que li depois e na verdade não consegui identificar o parentesco de todos, exceto Merthin. Mas também não li prestando atenção nisso, li por prazer mesmo). Quando crianças, eles presenciam um assassinato e juram nunca falar a respeito, evento esse que irá entrelaçar seus destinos de maneira inexorável.
Acho que a paixão pelo livro se deve a minha identificação com Caris. Determinda, inteligente e independente, ela vai enfrentar muita inveja e ignorância a fim de fazer o melhor para a cidade, sacrificando até seu amor por Merthin. Não quero parecer presunçosa, mas me vejo muito nela. Se eu vivesse naquela época, eu também, com certeza absoluta, seria acusada de bruxaria, e, ao contrário dela, provavelmente queimaria na fogueira. Não que Caris seja sempre certa e que eu não tenha tido raiva dela em alguns momentos. Sua teimosia é irritante (e, sim, sou como uma mula de teimosa também) e esse traço de sua personalidade é o que vai lhe causar mais sofrimento.
Também amo Merthin. Seu jeito calmo e curioso, com a cabeça sempre em atividade são suas características mais marcantes. Cauteloso, nunca fala nada até te certeza, e sempre pensa em todos os ângulos. Ama Caris mais que tudo, e, apesar da vida o levar para longe de Kingsbridge, nunca se esquece dela. Curiosamente, também me vejo um pouco nele.
Seu irmão Ralph, por outro lado, é o completo oposto. Ignorante (claro que inteligência não é uma característica genética), ambicioso e um sádico, não mede esforços para ter o que quer, e quando quer, mesmo que para isso tenha que passar por cima da própria família. Se Merthin inspira simpatia e pena no leitor, Ralph por outro lado, só inspira raiva. Não vemos a hora de este maldito pagar por suas maldades.
Finalmente Gwenda é uma mulher simples, mas não ignorante, que não se conforma com sua condição de serva e tenta de todas as maneiras sair desta condição. É a melhor amiga de Caris, e, como ela é determinada e capaz dos maiores sacrifícios para preservar aqueles a quem ama. Seu irmão Philemon acabará se tornando padre e assessor de Godwyn, o prior de Kingsbridge, mas não por vocação, e sim por conveniência, e o consegue através de astúcia. Ele está sempre de olho nos acontecimentos, pronto para contar ao prior, a fim de tirar vantagem.
Também vale a pena destacar o irmão Thomas. Ex-cavaleiro, entra para o priorado após o incidente na floresta (sim, o assassinato), segundo ele mesmo, como penitência pelos seus pecados. Na minha opinião, é o único no priorado que leva a sério seus votos. Está sinceramente arrependido de seja lá o que tenha feito. E está sempre disposto a ajudar Merthin.
Servindo como pano de fundo para tudo isso, há uma ameaça mortal: a peste bubônica. Tenho que admitir que é um tanto assustador. Ken Follett descreve habilmente o poder de devastação da doença. Parece que ninguém poderá se salvar, e o desespero, principalmente de Caris, para tratar os doentes e sua frustração quando parece que a doença está ganhando. É também engraçado ver como os tratamentos eram naquela época. A sangria era de longe o tratamento de escolha para tudo. Sem contar teia de aranha e esterco nas feridas para cicatrização (viva a penicilina!)
Mundo Sem Fim é uma leitura fascinante e apaixonante. Com certeza um dos melhores livros que eu já li (e isso é dizer algo!), e que com certeza vou reler umas tantas vezes ainda.

Nota histórica

Originária do oriente, a peste bubônica (ou negra), se espalhou pela Europa entre 1347 e 1349, dizimando entre 25% e 50% da população européia. Ela é causada pela Yersinia pestis e transmitida pela picada da pulga do rato. Com a perseguição às bruxas e o extermínio dos gatos (eh ignorância!) pela igreja, a população de ratos aumentou, o que fez com que o número de infectados aumentasse também (payback is a bitch!) e a doença se espalhasse mais rapidamente. Claro que as condições sanitárias da época também não contribuíram muito (fato muito bem demonstrado no livro). Essa epidemia causou pânico geral, e, sem entender como era a transmissão, os doentes eram abandonados e não recebiam cuidados e eram tantas as mortes que eram comuns os enterros em massa. (The Black Death)

 

Se você gostou deste livro, pode gostar também de:

  • Os Pilares da Terra – Ken Follett

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Star Trek – o filme

 

startrek_22 Assisti Star Trek no domingo em vídeo. Tenho que admitir que gostei bastante. Só para esclarecer, não sou trekker, e a única ficção científica que eu gosto mesmo, assim de paixão, é Star Wars, e ainda prefiro a primeira trilogia (sim, aquela dos anos oitenta, com efeitos especiais toscos). Até ontem, só tinha assistido um filme de Star Trek (aquele com a Woopi Goldberg), no avião quando estava voltando da Disney. Não gostei dele e também não entendi nada.

Mas essa versão nova é dirigida pelo J J Abrams (criador de Lost e Alias, e diretor de Missão Impossível III, que é muito legal), então resolvi dar uma chance. E gostei do resultado. O filme tem bastante ação e, como no caso de Sherlock Holmes, deu uma virada nos outros filmes de Star Trek (ou pelo menos, o que eu achava deles). Não que eu agora vá virar trekker. Ainda acho que Star Wars é melhor (bem melhor), mas essa última versão é uma boa pedida (pelo menos para aqueles dias de chuva sem nada mais para fazer hehehehe).

O filme é um pouco confuso, especialmente porque eu, não sendo uma fã, só sabia mesmo quem eram Capitão Kirk e Spock (aliás, que upgrade nos dois!), então demorei um pouco pra me achar. Mas não dá pra perder um segundo, senão não dá pra entender mesmo.

Surpresa mesmo foi descobrir que Spock tem uma namorada(!) e até dá umas porradas (em ninguém menos que no seu amigo Jim Kirk). Aliás, Cap. Kirk também está bem diferente. É briguento, mulherengo e, mesmo no futuro, ouve Sabotage dos Beastie Boys (é, eles resistem!). E os dois atores (Chris Pine e Zachary Quinto) tem uma boa dinâmica em cena. Uma cena em particular, quando os dois estão se enfrentando antes de embarcarem na Enterprise, naquele anfiteatro, é muito boa. Mostra a competência dos dois.

Outras boas surpresas do filme são Karl Urban (o Éomer de O Senhor dos Anéis) no papel do Dr. McCoy, e Eric Bana no papel do bad guy Nero (nome muito apropriado, diga-se de passagem). Ambos excelentes atores e que eu adoro (notinha: se um dia transformarem as Crônicas de Artur em filme, o Derfel tem que ser o Karl Urban!).

Um bom entretenimento, mesmo para quem não é fã da série.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Traída

BETRAYED_1240698388P Zoey se estabelece na Morada da Noite. Finalmente sente-se incluída e aprende a controlar seus poderes. Agora, ele supera novos desafios, luta contra a morte que se abate sobre adolescentes humanos e sobre a própria Morada da Noite e. de repente, percebe que seu coração e sua alma acabam de ser partidos por uma grande traição. Neste segundo livro da série House of Night depare-se com novos mistérios, surpreendentes emoções e muita sensualidade.

Tenho que começar dizendo que achei Traída melhor que Marcada. Acho que a razão para isso é que neste há uma mistura maior de emoções, e também o elemento de mistério com o desaparecimento dos garotos humanos, apesar de se tornar meio óbvio, deixa o leitor preso ao livro até a última página.

O ritmo continua meio rápido. Traída começa um mês após os acontecimentos relatados em Marcada, e a ação se passa de novo em uma semana, mais ou menos. Mas mesmo assim, já dá para se ter uma ideia melhor de como são os personagens.

Zoey está tentando se mostrar uma líder das Filhas e Filhos da Noite melhor que sua antecessora, preocupada em tornar a sociedade menos elitista e de quebra fazer com que os humanos tenham outra visão dos vamps. Ao mesmo tempo, tenta lidar com a sua situação amorosa, equilibrando os namorados (plural mesmo). Mas também já dá para perceber que ela é uma amiga fiel e com um tremendo senso de certo e errado (sim, apesar de ter mais de um namorado, ela se preocupa o tempo todo em consertar a situação).

Seus amigos também se mostram fiéis e capazes de qualquer coisa por Zoey. E há a adição de um novo membro no time. Jack, um novato gay, que vai formar com Damien um parzinho muito fofo. Apesar de ter o apoio incondicional dos amigos, Zoey se dá muito bem sozinha.

E as autoras também já começaram a delinear o resto da coleção, num ato de muita coragem. Não posso revelar o que, mas digo que é muito cedo. Estamos somente no segundo livro. Mas os acontecimentos descritos em Traída vão com certeza delinear toda a trama daqui por diante, deixando o leitor com gostinho de quero mais e também com a pulga atrás da orelha, principalmente com relação a alguns personagens.

Ainda reforço que essa coleção não é nenhum Harry Potter ou Crepúsculo, mas é uma leitura gostosa. Vamos esperar pelos outros livros da série.

Trilha sonora

Como em Marcada, músicas de estilo celta caem muito bem para Traída. Eu ainda acrescento Magic do Ben Folds FIve.

Se você gostou de Traída pode gostar também de :

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer
  • Harry Potter – J. K. Rowling
  • Diários do Vampiro – L. J. Smith