segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Lírio Dourado – Bloodlines #2 – Richelle Mead

 

Golden LillySydney Sage é uma alquimista, uma de um grupo de humanos que mexe com magia e serve de ponte entre os mundos dos seres humanos e vampiros. Eles protegem os segredos de vampiros – e vidas humanas. Sydney adoraria ir para a faculdade, mas em vez disso, ela foi enviada para se esconder em um colégio interno chique em Palm Springs, Califórnia, encarregada de proteger a princesa Moroi Jill Dragomir de assassinos que querem jogar a corte Moroi dentro de uma guerra civil. Anteriormente em desgraça, Sydney é agora elogiada por sua lealdade e obediência, e consagrou-se como o modelo de um alquimista exemplar. Mas quanto mais ela se aproxima de Jill, Eddie, e, especialmente, Adrian, mais ela se encontra questionando suas antigas crenças alquimistas, a sua ideia de família, e o sentido do que significa verdadeiramente pertencer. Seu mundo se torna ainda mais complicado quando experimentos mágicos mostram que Sydney pode ter a chave para se evitar transformar em Strigoi – os mais ferozes vampiros, os que não morrem. Mas é o medo dela de ser apenas isso – especial, mágica, poderosa, que a assusta mais do que qualquer coisa. Igualmente assustador é o seu novo romance com Brayden, um cara bonito, inteligente, que parece ser seu par em todos os sentidos. No entanto, tão perfeito quanto parece, Sydney vê-se atraída por mais alguém, alguém proibido para ela. Quando um segredo chocante ameaça destruir o mundo dos vampiros, as lealdades de Sydney de repente são testadas mais do que nunca. Ela se pergunta como deveria encontrar um equilíbrio entre os princípios e dogmas que lhes foram ensinados, e o que seus instintos estão dizendo a ela agora. Ela deve confiar nos Alquimistas – ou em seu coração?

ATENÇÃO! SPOILERS DE LAÇOS DE SANGUE E POSSIVELMENTE DE VAMPIRE ACADEMY!

Mal acabei de ler Laços de Sangue e logo comecei The Golden Lilly (obs: eu não sei se a tradução do título vai ser a mesma, eu peguei tanto o título como a capa e a sinopse no skoob, mas isso não quer dizer que seja oficial, às vezes foi alguém que criou). Porque claro que como no caso de Vampire Academy, o livro termina com um ótimo cliffhanger, e simplesmente não dá pra esperar pra continuar. Como eu sabia que seria assim, já adquiri logo de cara até o terceiro livro em e-book (depois que terminei o segundo e comecei o terceiro, já fui atrás do quarto, e ainda fiquei frustrada porque não consegui o quinto, porque a autora ainda não lançou).

Este começa pouco tempo depois do ataque de Lee e dos Strigoi a Sydney e Adrian. E depois do choque de ver Lee desesperadamente tentando voltar a ser Strigoi, Sydney ainda tem que voltar para a sede (ou seja lá como chamam) dos Alquimistas para prestar esclarecimentos sobre a conduta de Keith e seu envolvimento com o comércio de sangue de vampiros para o negócio ilegal de tatuagens mágicas. E como Alquimistas são proibidos de ter qualquer tipo de relacionamento mais pessoal, muito menos negócios, com vampiros, mesmo Moroi, ele acaba sendo encaminhado para re-educação. E esse é o pior pesadelo de Sydney. Digamos que re-educação não é bem educação, mas um novo jeito de dizer clínica psiquiátrica, e das piores, com eletrochoques e etc. E Sydney, claro, tem muito mais a perder se os Alquimistas sequer desconfiarem de como é próxima sua relação com Moroi e dhampirs. Ela realmente se afeiçoou a sua falsa família em Palm Springs. Isso sem falar de seus sentimentos em relação a Adrian, que neste começam a ultrapassar a barreira da amizade. Só que ela ainda não entende bem isso.

Não bastasse a sua ligação com vampiros, Sydney começa a lidar com magia para valer, forçada por sua professora. Ela resiste bem, mas ela começa a ver utilidade em alguns feitiços, e sua natureza curiosa também contribui para ela ir atrás disso. Tudo isso começa a mexer bem com a cabeça dela, e ela começa a questionar não só suas crenças mas também o papel dos Alquimistas.

Mas nem tudo é ruim na vida dela. Surge um novo funcionário na cafeteria que ela frequenta. E, encorajada por seu amigo Trey, ela topa sair com o cara. Brayden é tão nerd quanto ela, estuda muito, fala como intelectual, e é capaz das mais profundas discussões em qualquer campo da ciência. E ele ainda cheira a café, o que para Sydney é quase afrodisíaco. Quase. Porque mesmo namorando ele um tempinho, ela não sente nada de especial. Não tem a eletricidade de quando Adrian chega perto, ou a toca. E como ela não tem muita experiência nesse capo, ela se pergunta o que tem de errado com ela. E para falar bem a verdade, Brayden pode ser lindinho, mas é um porre. Por outro lado, Trey, seu amigo da escola, um dos poucos que foi legal com ela desde o começo, começa a agir de forma estranha e aparecer para as aulas todo machucado. Não posso falar mais porque, mas guardem isso.

E depois dos acontecimentos com Lee e Keith, Adrian agora está muito mais próximo de Sydney, e ele sim sabe perfeitamente o que que se passa. Ele percebe que começou a gostar mesmo dela, e inventa um monte de desculpas para ficar perto dela. E a influência dela é tão grande que ele até muda um pouco seus hábitos, chegando a ficar sem fumar por quase uma semana. Só uma coisa o incomoda. A chegada de Dimitri e Sonya. Como Lee não consegue voltar a ser Strigoi depois de ser restituído como Moroi, eles decidem investigar os motivos disso, se é mais um efeito do espírito: uma vez restaurado, não há mais como voltar a ser Strigoi, Isso poderia ser a cura? E nada mais lógico que enviar dois ex-Strigoi para estudar o caso. Só que, claro, Adrian não gosta nada a presença de Dimitri. E quando os dois começam a pressionar Sydney a participar do estudo, pois seu sangue é aparentemente indigesto para vampiros, Adrian chega mesmo a enfrentar Dimitri.

Dimitri na verdade nem aparece muito, mas quando dá o ar das belas graças é bom prestar atenção. E reconheço que apesar de gostar de Sonya, ela é mesmo um pouco insistente com Sydney. Enquanto isso, Jill tenta esquecer o que aconteceu com seu namoradinho Lee, e encontra consolo no amigo de Eddie, Micah, que é a cara de Mason. Eles começam um namorinho, mas Jill sabe que nada pode rolar de fato, pois ele é humano. Mas ela já está melhor na escola, não sofre mais bullying, e seu único problema é que Lia, a estilista que foi responsável por seu desfile no anterior, fica insistindo para que ela pose de novo. Mas Jill sabe que sua localização tem que permanecer secreta, e evita isso, para sua dessatisfação. E Eddie tem que esconder sua adoração por Jill, e faz o seu trabalho de guardião com dupla motivação. Só que entra na jogada uma nova guardiã, Angeline, que morava naquela comunidade onde Sydney escondeu Dimitri e Rose, onde vampiros e humanos se relacionam livremente. Angeline, por isso, tem um temperamento forte, e não tem a disciplina dos guardiões, e está sempre entrando em encrencas na escola, além de se insinuar para Eddie, para desconforto dele (e o risco de estragar o disfarce, já que para todos os efeitos eles são aparentados, primos).

Como acontece com os outros, neste a trama fica mais complexa, e diversas histórias paralelas se desenrolam. O ritmo também é bom, a gente não quer largar de jeito nenhum, sempre querendo saber mais. E Sydney na verdade agora que não tem mais tantos estigmas contra os vampiros, está mais solta e sua narrativa é mais agradável. E mais uma vez, o final deixa a gente louca para ir logo para o terceiro. Recomendado.

Trilha sonora

De novo (e provavelmente até o fim da série), Madness, do Muse. Esse definitivamente é o tema de Adrian e Sydney (our love is ma ma mad madness). The distance e Love me back to life do Bon Jovi são perfeitas. E finalizando, The reason, do Hoobastank (I´ve found a reason for me, to change who I used to be…)

Se você gostou de O lírio dourado, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Beautiful Creatures – Kami Garcia, Margaret Stohl;
  • House of Night – P. C. e Kristin Cast;
  • saga Crepúsculo –Stephenie Meyer

Laços de Sangue – Bloodlines #1 – Richelle Mead

 

Laços de sgSydney estava encrencada. Em sua última missão, ela tinha ajudado a dampira Rose Hathaway a escapar da prisão, e essa aliança foi considerada uma traição grave, já que vampiros e dampiros são criaturas terríveis e antinaturais, ameaças àqueles que os alquimistas devem proteger - os humanos. Com sua lealdade colocada em questão, Sydney se sente obrigada a voluntariar-se para uma tarefa nada agradável - ajudar a esconder Jill Dragomir, uma princesa vampira que está sendo perseguida por rebeldes que querem o poder. Caso ela seja capturada e assassinada, a rainha Lissa ficará sem nenhum parente vivo e, como manda a lei, terá de abdicar do trono - o que culminará numa guerra civil tão sangrenta no mundo dos vampiros que certamente afetará a humanidade.

Assim, pelo bem dos humanos, Sydney aceita se disfarçar de estudante e passa a conviver diariamente com Jill e seu guardião Eddie, quando os três são matriculados como irmãos no último lugar em que qualquer um procuraria a realeza dos vampiros - a Escola Preparatória Amberwood, em Palm Springs, na Califórnia. Mas entre uma pizza e outra, entre um jogo de minigolfe e uma conversa sobre garotos, ela começa a ter a sensação de que talvez esses seres estranhos não sejam tão maus assim, principalmente Adrian, um vampiro muito próximo de Jill que desperta os sentimentos mais contraditórios - e proibidos - em Sydney...

O problema é que além de refletir sobre suas convicções e se preocupar com o seu coração, que anda acelerando mais do que deveria, a garota terá de encarar outros inconvenientes um pouco mais graves, como as tatuagens que viraram febre entre os alunos da escola e que parecem conferir poderes sobrenaturais a quem as usa. De que ingredientes elas eram feitas? Quem estaria por trás disso? Será que havia algum alquimista traidor entre eles? Caberá a Sidney resolver todos esses mistérios e garantir a paz entre os humanos antes que seja tarde demais.

ATENÇÃO! SPOILERS DE VAMPIRE ACADEMY CASO VOCÊ NÃO TENHA LIDO!

Louca por Vampire Academy que eu sou, claro que queria uma continuação. Mas foi só ao sair esse em português que eu saquei que era isso. Bom, mais ou menos. Na verdade, é uma história independente, mas envolve muitos dos mesmos personagens e se passa após os eventos narrados em VA. E o que eu adorei é que os personagens envolvidos eu adoro, mas não deu para conhecer bem em VA. Mas vamos por partes, como Jack.

Este começa alguns meses após Lissa ser eleita rainha (hã? Nunca entendi isso. Com Star Wars é a mesma coisa). Mas como ela só pode se manter no cargo caso tenha pelo menos um parente direto, seu reinado ainda corre riscos, O que é bem ruim, já que ela almeja muitas mudanças na sociedade Moroi e dhampir. Porém, com o status que Jill, sua meia irmã agora tem, de princesa, ela é que corre perigo. Depois de um ataque de Morois contrários a Lissa, esta se vê na obrigação de proteger a irmã, mandando-a a um local afastado da Corte e secreto. E para mantê-la segura, eles contatam Sydney, a Alquimista que havia ajudado Rose a escapar da cadeia.

Sydney está numa situação delicada. Por sua ajuda a Rose, ela agora enfrenta a desconfiança de sua organização, que encara vampiros e afins como coisas demoníacas e não naturais. Isso está profundamente enraizado em suas crenças. Mas ela se oferece a fazer o trabalho para proteger a irmã mais nova do mesmo destino, já que uma vez que os você entra para os Alquimistas, eles tem sua vida.

O trabalho em questão é se matricular numa escola remota, e posar de irmã de Jill, para ficar com ela o tempo todo. O que assusta Sydney, porque ela teme os vampiros, independente do tempo que passou entre eles antes. Por causa de suas crenças, ela tem muita dificuldade de encarar isso, mas o faz, como eu disse, pela irmã. E convivendo com Jill, ela começa a questionar várias de suas crenças. Não só isso, mas não posso falar mais por enquanto.

Sydney até que depois acaba gostando da experiência. Como ela queria ir para a faculdade e seu pai não deixou, ela acaba por achar ir para a escola regular (ela foi educada em casa) um bom substituto. Um outro desafio que ela tem que encarar é justamente de ordem social. Ela não tem habilidade nenhuma nesse campo. Nada. Ela não consegue nem saber se algum garoto a está convidando para sair. Mas ela até que se dá bem e acaba fazendo alguns amigos.

Sydney não está sozinha. Também protegendo Jill está Eddie, enviado como guardião, mas também sob disfarce de irmão dela e gêmeo de Sydney. Ele age como um adolescente normal, e sua personalidade leve e brincalhona fica mais evidente, embora ainda pouco. Ele também tem motivo especial para aceitar a missão, mas se ainda não ficou óbvio, eu não vou revelar agora.

E ainda – delícia! e não quem vocês estão pensando – Adrian. Ele tem um motivo bem forte para estar lá, mas de novo não vou revelar ainda. Ainda sofre pelo modo como Rose o tratou (e sim, eu adoro Rose e torci até o fim para ela ficar com Dimitri, mas foi muita sacanagem dela), e reage da única forma que conhece: fumando como chaminé e se “automedicando” com álcool. E como o humor sarcástico, fachada para mascarar muito sofrimento, tanto por ter levado um belo par de chifres como por efeito do espírito. Mas aos poucos ele vai mudando também, sob influência de Sydney. Claro que tem mais aí, tanto por parte dele como dela, mas nenhum dos dois entende ainda. E eu não estava assim tão errada quando chutei isso no final de Last Sacrifice.

É importante ainda ressaltar dois personagens. Um deles é Lee, filho de um Moroi que mora em Palm Springs e oferece sua feeder para Jill e Adrian. Lee tem uma personalidade leve, é prestativo e tem uma queda por Jill. Mas não se deixe enganar pelas aparências. Como Richelle Mead já mostrou antes, nem tudo é o que parece no mundo dos Moroi. E também Keith, o Alquimista responsável pela área de Palm Springs. Ele é isidioso e tem um atrito com Sydney, mas não vou revelar o que é, só que não é pouca coisa. mas ele sabe encantar quando isso atende a seus objetivos. Só Sydney o enxerga por quem ele realmente é, mas ninguém lhe dá crédito em meio aos Alquimistas, pelos motivos que eu já citei acima.

O livro tem um ritmo muito bom, como os outros da autora, é uma leitura leve e deliciosa, a gente sempre quer saber o que vem a seguir. É narrado em primeira pessoa por Sydney, que não tem o mesmo senso de humor de Rose, é mais séria e centrada, e segue as regras à risca (coisa que, claro, não vai continuar, mas vai ser legal ver ver ela fazer isso). E é legal descobrir mais sobre os Alquimistas por Sydney, e além disso ver suas convicções irem se desfazendo uma a uma, e o tormento que se passa na cabeça dela. O livro tem também umas reviravoltas e como eu disse antes é impossível parar antes de terminar. Para você que andava com saudade do universo de VA, uma boa pedida. E se você ainda não é fã, leia primeiro VA, mas mergulhe neste logo depois.

Trilha sonora

Pode ser um pouco cedo ainda, mas acho que é meio óbvio que a relação de Sydney e Adrian vai evoluir para algo mais. E por causa do tabu com relacionamentos entre humanos e vampiros, Madness, do Muse cai perfeitamente. e na verdade não consegui pensar em mais nenhuma.

Se você gostou de Laços de Sangue, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • House of Night – P.C. e Kristin Cast;
  • Beautiful Creatures – Kami Garcia, Margaret Stohl;
  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer.

Ahmnat – A mãe de todos os pecados – Julien de Lucca

 

Ahmnat 2Um dia ela já foi a poderosas Ahmnat. Hoje, quatro mil anos após seu nascimento, ela é Alice Femi, que vive a tão almejada vida simples. Seu tempo é dividido entre seu trabalho. que adora, um namorado divertido e uma amiga sincera que conhece seus segredos.

Bem longe dali, Christian, um solitário rapaz nova-iorquino, vive enclausurado em uma existência monótona e sem objetivo. Ele odeia seu emprego, não faz nada de diferente e não tem amigos com quem sair.

Ao mesmo tempo, em outro ponto do mundo, um assassino profissional prepara-se para cumprir seu último contrato, que vai garantir um futuro muito confortável para ele e sua sua confidente secretária.

Porém tudo muda quando eventos imprevisíveis entrelaçam os destinos dessas três histórias e imponentes figuras do além-vida conspiram para realizar um plano que poderá abalar os pilares da própria criação.

ATENÇÃO! SPOILERS CASO VOCÊ NÃO TENHA LIDO AHMNAT – OS AMORES DA MORTE!

Depois de finalmente derrotar Destino, e conseguir a pacata vida mortal que sempre quis, Ahmnat, agora Alice, agora vive uma vida simples em São Paulo. Trabalha numa livraria perto da Paulista, mora por perto (como? Aluguel por lá é caríssimo, mas OK, vamos com isso) e tem um namoradinho, Alex, que é louco por ela e faz de tudo por ela. Só que quatro mil anos depois de seu nascimento, ela não ficou mais sábia. E se tornou um ser humano fútil, que só quer mesmo é aproveitar a vida, bebendo até a última gota, e fazendo de bobo o coitado do namorado, Porque enquanto Alex é apaixonado por ela, não sinto que ela sinta o mesmo, apesar de dizer que não. E eu tenho que dar crédito a ela por se manter ao lado dele durante as doideiras da vida dela e tentar protegê-lo dos monstros que a perseguem. Talvez por um dia ter sentido todas as emoções humanas de uma vez, mas me parece que Alice é genuinamente incapaz de se conectar de forma completa com quem quer que seja, mesmo a sua amiga mais antiga, Isabel, não tem um laço de amizade forte, sempre há um traço de desconfiança, e Alice sempre parece estar tramando algo para seu próprio proveito. Em outras palavras, é egoísta. Não adianta, não consigo me afeiçoar a ela. Mas talvez isso mude. Afinal, eu também levei uns dois livros para começar a gostar de Uthred de Bebbanburg.

Por outro lado, outros personagens são bem bacanas. A começar por Alex. Garoto normal de 23 anos, paulistano, curte a vida, e tem um personalidade leve que em nada combina com Alice. É louco por ela, e a aceita por quem ela é, mesmo depois que descobre sua verdadeira identidade (mais ou menos, ele não chega a saber que ela é, ou era, a Morte). Embarca com ela numa aventura maluca e potencialmente fatal, sem perguntas, cofiando completamente nela. Sinceramente, ele não merece ser tratado como um idiota qualquer que está disponível para o divertimento de Alice. Merece mais.

Outro personagem legal é Christian. No começo, e até boa parte do livro, eu não conseguia gostar dele, com sua existência insignificante e insegurança pra lá de exagerada. E como ele tem vários capítulos só nas debates internos dele, era um pouco cansativo. Mas no final ele dá uma virada e eu comecei a gostar dele. Muitas vezes, fora os infindáveis debates internos, as partes dele eram as mais legais (só uma observação, o núcleo de Alice também é legal, mas não por ela, e sim por causa dos outros personagens envolvidos. Já falo deles). Junto com ele, e uma das razões para os monólogos interiores, está Melissa, moça de personalidade esfuziante, mas misteriosa. Inicialmente, a gente fica se perguntando o que a história deles está fazendo ali, parece meio avulsa, mas no fim tudo se encaixa.

Voltando um pouco no núcleo de Alice, o que é legal também são Isabel, sua amiga Perpétua (não como a de Tieta – que eu sempre associava – mas uma entidade) boca-suja, mas igualmente fútil A diferença é que Isabel tem uma personalidade mais leve e divertida que Alice. E também Marcos, o gigante segurança de Isabel, que é apaixonado por esta última, e que é um paradoxo engraçado: gigante musculoso, mas de coração mole. As briguinhas deles deixavam as partes de Alice mais divertidas. Bom, isso e mais o fato de que coisas estranhas acontecem, demônios perseguem o grupo, e sem que a gente saiba o motivo, instigando nossa curiosidade.

O outro núcleo do livro é o do assassino de aluguel em sua última missão. Esse também é um núcleo interessante, porque mantém um mistério (por que esses alvos aparentemente aleatórios? Quem contratou o assassino? E qual o significado do enorme diamante vermelho que ele tem que mostrar para suas vítimas antes de matá-las?) e por causa de sua assistente, Controle. As tiradas dele com ela, e vice-versa, são divertidas, e dão um toque de humor sarcástico bem bacana para o livro. Sem contar que a gente fica querendo adivinhar onde será o próximo ataque do assassino, e o método da morte.

O livro se divide em três partes distintas, como eu mostrei, cada uma centrada num personagem diferente, e contado em terceira pessoa. No final, todas essas histórias se cruzam, e não dá para evitar a curiosidade de saber como. A trama é mais complexa que no primeiro, cheia de reviravoltas e intrigas. Mas ás vezes o livro é descritivo demais, e perde um pouco o ritmo. Poderia ter mais um pouco de ação. Os personagens poderiam ser mais bem elaborados, especialmente Alice, a quem falta força para ser protagonista. A história no entanto é interessante, e o suspense se mantém até o fim. Recomendo a leitura.

Trilha sonora

Sympathy for the devil é mencionada, mas tem a ver. Live and let die também combina. As duas como Guns. The end is the beginning is the end, do Smashing Pumpkins também cai bem.

Se você gostou de Ahmnat – a Mãe de todos os pecados, pode gostar também de:

  • A batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr;
  • Filhos do Éden – Herdeiros de Atlântida – Eduardo Spohr;

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Citação do Mês

 

Essa também vem de Eragon, e eu tenho certeza que foi a Arya que falou:

Arya Eragon

“A verdadeira agonia da guerra não é você se ferir, mas sim ser obrigada e ver aqueles que você mais gosta se ferirem”

Arya, Brisingr, p. 192, Christopher Paolini

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Selinho

 

Oi gente!

Eu ganhei esse selinho já faz algum tempo, e foram duas indicações, do Vitor do Guardião da Muralha e do Nerito, do O Guardião. Mas com posts atrasados, e outras coisas, eu acabei me esquecendo, mas estou aqui para reparar o erro.

Versatile blog 2013

Em primeiro lugar, obrigada aos dois. Eu já havia recebido antes, mas ele era diferente. E não custa nada responder de novo. As regras s]ao simples:

1. agradecer quem te enviou – feito;

2. Escolher 15 blogs com menos de 200 seguidores;

3. avisar os blogs escolhidos

4. dizer sete coisas que você gosta.

Bom, então vamos lá:

1. ler, obviamente;

2. assistir filmes e séries de TV;

3, ouvir música;

4. nadar. Eu tinha esquecido o quanto até recomeçar a fazer aula;

5. chocolate;

6. cantar. Canto mal, mas eu tento;

7. animais.

É isso. Não vou indicar nenhum blog, porque o que eles indicaram eu também indicaria, mas sintam-se à vontade. Só lembrem que você deve ter menos de 200 seguidores para participar.

Beijos e até o próximo post!

sábado, 14 de setembro de 2013

Faixa a Faixa – Bon Jovi–Have a nice day

 

BJ nice dayPrimeiro, desculpem, mas atrasou de novo. Explico: eu ia fazer do Live – Birds of Pray. Até cheguei a escrever, mas não achei metade das músicas no YouTube para linkar, então acabei desistindo. Eu ainda tenho o rascunho, talvez um dia eu reaproveite, mas agora não vai dar. Daí eu pensei em fazer sobre outra banda que por enquanto vai ficar anônima porque pretendo fazer no próximo, mas com a proximidade do show do Bon Jovi (e, sim, caros leitores, irei novamente! E veja aqui como foi o show de 2010), eu não consigo pensar, ou ouvir, outra coisa.

Então resolvi fazer sobre este CD, que convenientemente está na minha escrivaninha. Eu sei que logicamente deveria escrever sobre o último deles, What about now, mas o fato é que eu não gostei muito dele. Então vou escrever sobre um dos meus preferidos. Have a nice day foi lançado em 20 de setembro (olha só, quase na mesma data do show! E só descobri isso agora, eu não sabia essa data) de 2005. Confesso que comprei logo que saiu, mas por algum motivo que eu não sei qual é, eu não ouvia muito, fiquei um tempão com ele encostado. Mas redescobri o CD, e hoje eu amo. Então vamos lá.

1. Have a nice day: começando com tudo, com uma das minhas favoritas. Bem animada e com mensagem otimista. AMO o refrão, e já pensei em tatuar parte dele (a partir de When the world…);

If there´s one thing I hang onto
That gets me through the night
I ain´t gonna do what I don´t want to
I´m gonna live my life
Shining like a diamond
Rolling with the dice
Standing on the ledge
I´ll show the wind how to fly
When the world gets in my face, I say
Have a nice day!

2. I wanna be loved; adoro o começo com Ritchie na guitarra e só a voz de Jon. E sempre, sempre, lembro de Theon Greyjoy quando ouço, porque parece que a música foi feita pra ele. A música também tem a toda hora aquele barato que o Ritchie inventou para Living on a prayer, tipo um caninho que ele sopra perto do microfone. E falando em Ritchie, um ótimo solo de guitarra;

3. Welcome to wherever you are: AMO, AMO, AMO! Mais calminha, com batidinha gostosa e mensagem positiva. E atenção para o trabalho de cordas no meio, dando um toque de leveza:

4. Who says you can´t go home: hino saudosista sobre New Jersey, a cidade natal da banda. Mas é uma faixa animada, que dá vontade de dançar ao ouvir. Ela tem também uma versão, que não consta do CD, pelo menos do meu, com participação de Jennifer Nettles que também ficou muito legal, com uma pegada mais country, confira aqui:

5. Last man standing: essa música enérgica é um tapa na cara, e nem disfarçado, dessas fabricações que disfarçam talento de menos com performance demais. Uma celebração do velho show ao vivo, old school, sem playback, dançarinos, mas pura energia. Adoro;

6. Bells of freedom: como o próprio  nome diz, começa com o badalar dos sinos. É uma música calma, e cheia de esperança. contra a intolerância;

7. Wildflower: faixa também com cordas, leve e com um solo de guitarra muito bacana;

8. Last cigarette: faixa animada, adoro o refrão com dos vocais diferentes ao mesmo tempo, e uma ponte bem legal;

9. I am: adoro como ela sobe no refrão, a guitarra também é deliciosa aqui (sem surpresas);

10. Complicated; mais enérgica, com um jogo de opostos bem legal na letra;

11. Novocaine: faixa ácida, sobre o desgaste de uma relação, retomando Living on a prayer, e até bem humorada;

12. Story of my life: começa com o piano, bem delicado, mas logo entra a guitarra, e a música fica bem enérgica, com mensagem otimista;

13: Dirty little secret: música safadenha, com guitarra prominente, e que eu ADORO! Essa é uma das que eu escuto umas duas vezes seguidas. Gosto de tudo, da letra safada, da guitarra, do refrão, tudo.

É isso. Esquentando os motores para dia 22/09, e claro que depois eu conto tudinho pra vocês.

Beijos e até o próximo post!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Tag – Livros Opostos

 

Oi gente!

Essa é mais uma novidade para vocês. Primeiro vídeo do blog! Ainda não é a novidade que eu prometi (preciso acertar uns detalhes dessa ainda, mas vem, tá?). Eu já vinha alimentando a ideia de fazer um vídeo desde que troquei de note e o novo veio com uma câmera embutida, mas nunca tive coragem. Minha timidez me impedia, mas agora eu vejo que minha timidez está indo cada vez mais por água abaixo. Acho que dar aula foi uma das coisas que ajudou, e criando coragem depois que mudei o lay. Engraçado como coisas pequenas assim podem dar um impulso e levantar nossa moral, sem muito esforço.

O vídeo não ficou muito bom, tive que gravar 6 vezes (de novo, dar aula me ajudou, me senti bem à vontade fazendo, quase como se estivesse na sala e conversando com vocês). Aliás, uma coisa bem legal dos vídeos é que a gente coloca voz às palavras, e assim parece que fica mais próximo do autor. Uma coisa que eu esqueci de dizer no take (ai, que chique!) final foi a trilha sonora. E como é o primeiro vídeo do blog, tinha que ser especial. Escolhi o CD No name face – Lifehouse, que vocês sabem que é um dos meus preferidos. A qualidade do vídeo também não é muito boa, descobri assim que a câmera não é lá muita coisa, mas até que não está tão ruim. A música de fundo não ficou tão de fundo assim (quero dizer, ficou meio alta), e acho que da próxima vez não vou colocar. E eu me atrapalhei um pouco no fim. Mas não editei (nem sei fazer isso), acho que fica mais legal (me digam se concordam ou não).

Quem me inspirou a fazer foi a Nádia, do Palavra em  Movimento, e quem criou a tag foi o Bruno Miranda, do canal Minha Estante, do YouTube. Alguns avisos antes do vídeo: 1. eu dei um spoiler de A dance with dragons inadvertidamente, no meio do vídeo; e 2. como escrevendo, vocês vão ver que eu falo pelos cotovelos também (sim, sou tímida, mas só até você me conhecer. Daí o problema é me fazer calar a boca Smiley piscando), então o vídeo ficou meio longo. E o spoiler, se você não quiser ver, está na altura 8:15 até 8:25 do vídeo. Bom, confiram aí:

Livros comentados:

Primeiro/Último livro:

Primeiro: Aventura no Escuro – Jane Carruth

Último: Dezenove Luas – Kami Garcia, Margaret Stohl

Fino/Grosso:

Fino: Os contos de Beedle, o Bardo

Grosso: Harry Potter e a Ordem da Fênix

Capa bonita/feia

Bonita: O Senhor dos Anéis

Feia: A corrente partida

Li rápido/devagar

Rápido: Jogos Vorazes, Em chamas, A esperança

Devagar: A dance with dragons

Barato/Caro

Barato: Mundo Sem Fim

Caro: As Crônicas de Nárnia

Protagonista masculino/ Protagonista feminino

Masculino: O Rei do Inverno, O Inimigo de Deus e Excalibur

Feminino: As Brumas de Avalon

Ficção/ Não-ficção

Ficção: O mapa dos ossos (atualização: lembrei o nome do amigo de Grey: Monk. Ele é o personagem mais legal do livro)

Não ficção: Queda de Gigantes e Inverno do Mundo (atualização: o terceiro se chama Edge of Eternity, algo como À beira de eternidade, mas não sei como vão traduzir. E eu sei que é fiação histórica, mas é o mais próximo de não ficção que eu tenho)

Meloso/ Ação

Meloso: Crepúsculo

Ação: O herói perdido, O filho de Netuno e A marca de Atena

Nacional/ Estrangeiro

Nacional: Ahmnat - Os amores da morte e Ahmnat – a mãe de todos os pecados

Estrangeiro: O jogo do anjo

Triste/ Feliz

Triste: A menina que roubava livros

Feliz: Dragões de Éter

É isso, pessoal. espero que gostem.

Beijos e até o próximo post!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Cidade das Almas Perdidas – Os Instrumentos Mortais # 5 –Cassandra Clare

 

City of lost soulsATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU O RESTANTE DA SÉRIE OS INTRUMENTOS MORTAIS!

Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?

Embalada pelo filme - Cidade dos Ossos, caí de cabeça na leitura desse livro. E lembrei porque eu a amo tanto (e num ataque de loucura, já providenciei TODOS eles em inglês. Sou assim, se eu gostar de verdade, compro em inglês também. Essa entrou no meu coração pra ficar, definitivamente).

Este começa com o desaparecimento de Jace depois da derrota de Lillith em Cidade dos Anjos Caídos, para desespero de Clary. Ela sabe que ele não está morto, mas o que aconteceu com ele pode ser pior que isso. Ele agora está com Sebastian, o pior pesadelo para Clary. Mas ela não para de procurar por ele, e até a Clave está empenhada em encontrá-lo. O problema é que nem Jace nem Sebastian dão sinal de vida, não deixaram rastro, e eventualmente a Clave deixa de priorizar a busca. E mais, como Jace agora está ao lado de Sebastian, um traidor, e fazendo serviços para a cria de Valentim (ai, eu lembro de Jonathan Rhys-Meyers… #suspiro), na verdade o objetivo da Clave é justamente encontrar a matar qualquer um dos dois on sight (não consegui pensar em uma expressão em português para isso :/).

Mas óbvio que Jace não está com Sebastian por escolha, mas por livre e espontânea pressão. É que Lillith fez algum feitiço que ligou os dois permanentemente. Mais até: se um se ferir, fere o outro também. O que significa que matando Sebastian, matam Jace também. Só que há um desequilíbrio. Um é dominante (adivinha quem?), e o outro faz tudo que o dominante quiser, acredita nas mesmas coisas. Sebastian sabe muito bem disso, e tem Jace à sua mercê. E ainda tira proveito do fato de que não vão arriscar nada contra ele por medo de afetar Jace.

E Jace neste estado não é muito diferente do Jace normal. Continua sarcástico e letal, e não esqueceu o que sente por Clary. Só que é menos carinhoso, e mais daredevil que antes. Além disso, coisas que em circunstâncias normais ele não faria, como levar Clary para uma balada cheia de demônios e pó de fada, ele faz, sem sentir remorso. Isso porque ele não em consciência de que está fazendo algo errado, ou arriscado demais. E óbvio que nunca que ele se tornaria BFF de Sebastian depois de tudo que este fez.

E Clary nisso tudo? Bom, ela acaba se juntando a Jace e Sebastian, mas como espiã, para descobrir qual o plano diabólico de Sebastian. Ela tem um plano, arriscado , é verdade, mas não há nada que ela não faça para salvar Jace. E, pra falar a verdade, o plano dela é bom. Ela consegue um meio de manter contato com Simon enquanto está com Jace e assim passar informações para o Time do Bem (nome inventado por Simon, acho). Ela ainda ama Jace, mas o Jace que conhece, não o fantoche de Sebastian. E ela percebe nitidamente a diferença entre um e outro. Mas ela é atacada a todo momento pela insegurança: e se Jace não quiser mais votar a ser como antes? E se ele for mais feliz assim? Mas ela persiste, e só acaba ficando cada vez mais forte durante a história. Claro que ela se sente vulnerável, mas não fraqueja e segue em frente.

Simon ganha agora enfrenta a dura realidade de contar a sua mãe que é vampiro, e de sentir o desprezo dela, até medo. A mãe não o aceita mais, não o quer em casa, e o manda para longe. Ao mesmo tempo, agora que Jordan (aka Kyle. Falo mais dele já, já) voltou e Maia não é mais sua pretendente, ele tem que se entender com Isabelle. Mas ele é bem inseguro quanto a isso, não fala para menina como se sente, e na verdade nem ele sabe ao certo. O que me parece não muito saudável é sua amizade com Clary. Não me entenda mal, acho super legal a amizade deles, mas o que quero dizer é que ele parece muito preso a isso e não consegue ir além, ou se decidir, quanto a ninguém mais. Em outras palavras, ele ainda parece o cachorrinho desesperado por atenção de Clary. E assim, claro que quando Clary aparece com um plano suicida para salvar Jace, ele logo aceita. Esse não é o único motivo, ele tem uma dívida com Jace, e sente que é assim que irá pagar. Esqueci de dizer que enquanto Clary está com Jace, os outros ficam em NY e tentam também encontrar um modo de separar Jace de Sebastian. E esse modo é através de uma arma muito poderosa, não mundana. E Simon é que vai atrás dela.

Mas não sozinho. Ele conta com a ajuda de Isabelle, Alec, Magnus, Jordan e Maia. Mas vamos por partes. Isabelle está tão confusa quanto Simon quanto a seus sentimentos. É claro que ela gosta muito dele, mas nunca esteve apaixonada antes, por isso ela não sabe muito bem como lidar com isso. E outra coisa é que ela está mais próxima de Clary, por causa do desaparecimento de Jace. Para piorar a situação, ela ainda tem questionamentos quanto a seu pai, agora que sabe que ele teve uma amante. A menina forte e sedutora dá espaço para a vulnerabilidade. O que eu achei bem legal, na verdade. Humanizou um pouco a personagem.

Já Alec e Magnus enfrentam seus próprios problemas. Sim, seu relacionamento ainda é forte, mas está ficando abalado pela ameaça da imortalidade. Magnus é imortal, e tem séculos de vida, enquanto Alec tem 18 anos, e não é imune ao tempo como Magnus. A perspectiva de envelhecer e Magnus desta forma se cansar dele é demais para ele, e ele parte para medidas desesperadas. E os segredos, de ambos, vai acabar desgastando a relação.

Enquanto isso, Maia e Jordan enfrentam seus próprios demônios. Maia ainda está muito magoada por ter sido transformada em licantrope por Jordan, mesmo que ele não soubesse o que estava fazendo. Ainda há muito sentimento entre eles, principalmente por parte dele, que não se envolveu com ninguém desde que abandonou. Mas será que eles podem superar tudo? Gostei que tanto Jordan como Maia tem mais espaço, e os dois já entraram para a restrita lista de lobisomens que eu gosto (os outros membros sendo Lupin e Luke). E é bem legal ver as inseguranças dos dois, e o amadurecimento.

Quem também ganha mais espaço neste é Jocelyn, e a gente começa a entender como ela é uma shadowhunter fodástica. E também um pouco mais dela, das suas inseguranças, e o que ela teve que sacrificar em sua vida. E toda vez que eu lia suas falas, eu ouvia a voz da linda Lena Headey, nossa querida Cersei, na cabeça. Só uma observação.

Quase me esqueço de falar de Sebastian. Neste a gente entende um pouco mais dele, o que foi crescer com Valentim. Sua criação foi diferente de Jace, e Sebastian foi criado para a batalha. Mas também ele mostra outro lado, solitário e até carente, que ele tenta suprimir com farras com downworlders. E tirando proveito da ligação com Jace. Mas claro que estamos falando de Sebastian, e nem sempre o que ele diz é o que ele quer dizer, mas sim o que ele sabe que os outros querem ouvir.

Era para eu ler entre o término de Dezoito Luas e Dezenove Luas, mas acabou que eu terminei de ler o livro antes de chegar este último. Isso porque não conseguia largar meu kobo (eu li em formato digital, mas como eu disse, já comprei o livro impresso também), li em uns 3 dias. Como sempre, muita ação, muito bem equilibrada com romance. A história vai ficando cada vez mais empolgante e intrincada, e o livro acaba com um cliffhanger para o próximo (que eu não sei quando sai, nem em inglês. Já fui atrás).  Como eu disse antes. Cassandra Clare não caiu no erro de misturar muitas coisas e depois não saber o que fazer com elas. A história tem uma direção, e eu estou super ansiosa para ver onde vai dar.

Trilha sonora

Para começar, duas com o mesmo nome, mas bem diferentes, e que combinam igualmente: Save me, do Hanson e Save me do Remy Zero (ai, saudades da trilha de Smallville, que é ótima); também You found me, do The Fray (aliás, ela poderia estar na trilha do filme, porque tem tudo a ver com a série toda); It´s time (I´m just the same as I was, now don´t you understand, I´m never changing who I am…), Radioactive, e Demons, todas do Imagine Dragons; e para finalizar, a perfeita Everything, do meu amado Lifehouse.

Se você gostou de Cidade das Almas Perdidas, pode gostar também de:

  • série Beautiful Creatures – Margaret Stohl e Kami Garcia;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • série Hush, Hush – Becca Fitzpatrick;
  • série Fallen – Lauren Kate;
  • série Os Filhos do Éden – Eduardo Spohr;
  • A batalha do Apocalipse – Eduard Spohr;
  • Dragões de Éter – Raphael Draccon;
  • série Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • série Os heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • Jogos Vorazes – Suzanne Collins;
  • série House of Night – P. C. e Kristin Cast;
  • saga Crepúsculo – Stephanie Meyer (até me dói hoje indica esta).

Dezenove Luas – Beautiful Creatures #4 – Kami Garcia, Margareth Stohl

 

19 luasATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU O RESTANTE DA COLEÇÃO BEAUTIFUL CREATURES!

A vida toda eu quis sair de Gatlin. Escapar da mentalidade provinciana de cidade pequena, das encenações de batalhas da Guerra Civil…Mas isso foi antes de encontrar a garota perfeita, a mulher dos meus sonhos, Lena Duchannes.Foi ela quem me revelou um novo lado da cidade – poderoso, amaldiçoado e escondido. Ela se tornou minha âncora, minha casa, meu lar.

E justamente agora, quando eu não gostaria de ir a lugar algum, precisei abandonar tudo. Deixar todos para trás. Foi o preço para restabelecer a Ordem das coisas. Não me arrependo. Era o que precisava fazer. Não podia ver meus amigos e minha cidade simplesmente desaparecerem do mapa. Aliás, nem mapa ia existir, do jeito que as coisas se encaminhavam.

Depois do que aconteceu na torre de água durante a Décima Oitava Lua, acordei do outro lado com apenas um pensamento: retornar. Para Lena. Para meus amigos. Para Amma e meu pai. Tia Marian. As Irmãs…Link. Farei qualquer coisa: confiar em velhos inimigos, arriscar a vida de terceiros, o que restou da minha alma. Preciso voltar. Não posso existir sem Lena.

E eu sei que ela sente o mesmo. Ela está em Gatlin, neste exato momento, tentando me ajudar. Juntos, podemos tudo. Será?

Vocês devem lembrar que eu disse aqui - Dezoito Luas que eu não aguentava o final dele. Foi como reler o final de A Dance with Dragons (aqui eu coloquei só o último link relacionado, sobre Jon, e que é o que faz sentido aqui) e sofrer tudo novamente. Mas estou ficando calejada, e Kami Garcia e Margaret Stohl (só bem depois é que eu vi que escrevia o nome dela errado, mas resolvi deixar por preguiça) não são o Santa Claus from Hell. E como diria Ihmotep (será que escrevi certo?): death is only the beginning. Neste caso, literalmente.

Depois de se sacrificar da torre de água de Summerville (e tenho que admitir que embora isso fosse meio previsível, eu quase chorei com Ethan se despedindo de Lena e Amma e todo mundo que ele conhecia) para restaurar a Ordem, Ethan acorda no que acredita ser o céu, ou o que quer que exista do outro lado. Na verdade, é exatamente isso, o outro lado, e ele está em sua casa, em seu quarto. No início, Ethan estranha um pouco, até que encontra sua mãe fazendo tomates verdes fritos (impossível não lembrar do filme – chuif, chuif). E é aí que ele se dá conta de que está realmente morto. Instantaneamente, Ethan se sente melhor. Afinal, quem não gostaria de reencontrar um ente querido que já se foi? Mas ao mesmo tempo, ele não esquece Lena, e quer a todo custo voltar para ela.

Legal que mesmo do outro lado, Ethan se pergunta o que aconteceu com quem ficou em Gatlin, qual foi o impacto de sua escolha nas pessoas a quem ama? E ao mesmo tempo que ele gostaria de ficar com sua mãe, e que ela conhecesse Lena, ele sabe que seu lugar não é ali e que precisa voltar. Também achei legal que ele está um tanto revoltado, por ter sido forçado a fazer uma escolha com a que fez, e sacrificar a vida inteira, mesmo só tendo 17 anos. Mas ele não se arrepende, sabe que fez o que deveria ter feito. E é isso que faz de Ethan um herói de verdade.

Neste, mesmo estando morto, ele está mais maduro. Ou talvez seja exatamente por isso. Ele ainda temem muitas coisas, mas não tem mais os mesmo medos e inseguranças de antes. Mas ele não está sozinho. Ele reencontra também sua tia Prue, que revela que ele não deveria estar ali, sua morte foi um erro. Isso é importante. Sua morte foi escrita e acrescentada às Crônicas Conjuradoras, e para retornar ele precisa pegar a página e destruí-la. Mas isso não será fácil. ele terá que passar por várias provas até que consiga, e mesmo assim não é certo de conseguir. E isso tudo vai contribuir par ao crescimento dele a longo do livro.

Nessa jornada, ele encontra também figuras interessantes, como o tio de Amma, tio Abner, o barqueiro, que vai pelo nome de Charlie, e Xavier, que é o Guardião do Portal. Todos eles vão contribuir de alguma forma para que Ethan cumpra sua jornada. Pena que suas participações sejam breves, de um no máximo dois capítulos. Mas todas são relevantes.

Enquanto isso no lado dos vivos, Lena e Amma fazem o que podem para ajudar Ethan. Elas sabem que ele não se foi realmente, principalmente Amma, por causa do acordo que ela havia feito com o bokor. E mesmo que não acreditem nisso, Link, Liv e John as apoiam incondicionalmente. John especialmente. E o que ele está disposto a fazer para reaver Ethan é o máximo da nobreza. Não estou exagerando. Ele realmente mudou muito, e sabe que tem uma dívida grande com Ethan. Como eu havia dito, na verdade, John é vítima das circunstâncias, mas ele soube fazer a escolha certa. Claro que ter Liv em sua vida ajudou, e os dois estão mais juntos que nunca. Só não dá para saber muito deles porque eles aparecem pouco, e pelo ponto de vista de Lena, que está focada em uma coisa, e uma coisa apenas: reaver Ethan.

Lena está sofrendo pela falta de Ethan, mas se ocupa procurando pistas de que ele esteja tentando se comunicar com ela (o que claro, ele está), e formas de trazê-lo de volta. Ela também amadureceu muito, aceitou que tem tanto Trevas como Luz dentro de si, e mesmo sofrendo muito entende o sacrifício de Ethan. Lena com certeza é uma das mocinhas mais fortes que eu já vi. Não fica chorando pelos cantos, e faz o que tem que fazer, independente de sua vontade. Gosto muito dela por isso.

Outros personagens retornam. Ridley, com sua imprevisibilidade e dualidade (ela é das Trevas mesmo, ou é do time do bem? Ela gosta mesmo de Link, ou só dela mesma?), e isso a torna fascinante; Abraham, a forma de todo o mal no universo de Gatlin; Sarafine, e o ódio por tudo e por todos. Cada um tem sua participação e seu papel na jornada de Ethan.

O livro é mais sombrio, e mais paradinho, cheio de descrições e questionamentos. Mas mesmo assim não dá para largar. Ele perde por ser um tanto previsível, mas nada que afete a trama. E as autoras souberam dar um bom fechamento para a história, apesar de a gente querer ficar mais tempo com Ethan e Lena, Link e Ridley e John e Liv. Aliás, seria muito legal se surgissem spin-offs com eles. Seria uma forma de explorar esses personagens ricos e cheios de camadas.É uma coisa que eu esqueci de mencionar nos outros: prefiro o nome em português: Dezesseis, Dezessete, Dezoito e Dezenove Luas, do que em inglês. A saber: Beautiful Creatures, Beautiful Darkness, Beautiful Chaos e Beautiful Redemption. Acho em português, com a sequência das luas mais legal. Eu confesso que não esperava muita coisa da série,mas acabei me apaixonando. Vale a leitura.

Trilha sonora

Começo com Darkness (stay with me, stay with me, please, cause I´m living, living in the darkness…) e Every Night (I´m coming home to you, every night… My mind is made up, nothing can change that), as duas do Imagine Dragons; essa é mencionada por Ethan, e tem tudo a ver: You can´t always get what you want, dos Rolling Stones; Perfect memory, do Remy Zero, é, sem trocadilho, perfeita; Walk, do Foo Fighters também tem a ver; mais uma vez My immortal e também Bring me to life, as duas do Evanescence; e finalmente Forever may not be long enough, do Live.

Se você gostou de Dezenove Luas, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • A sombra do vento – Carlos Ruiz Zafón;
  • Marina – Carlos Ruiz Zafón;
  • O retrato de Doria Grey – Oscar Wilde;
  • A volta do parafuso – Henry James;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Dragões de Éter – Raphael Draccon.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dezoito Luas – Beautiful Creatures #3 – Kami Garcia, Margareth Stohl

 

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM DOS LIVROS DA SÉRIE!

18 luasEu achei que havia me acostumado a impossíveis e bizarros eventos varrendo Gatlin, minha pacata, típica e previsível cidadezinha sulista. Mas agora que eu e Lena voltamos da Grande Barreira, estranho e impossível ganharam uma nova dimensão…uma capaz de abrir um portal para que demônios invadam o mundo Mortal.

Ridley perdeu seus poderes, Link é um Incubus e as habilidades da família de Lena não andam muito acuradas. Nuvens de gafanhotos devoram todo o verde de Gatlin. Um calor sufocante deixa a grama marrom e os humores negros. Raios riscam o céu e tempestades assustam os animais. O equilíbrio está quebrado. Aparentemente, ao se Invocar, Lena pode ter dado o pontapé inicial no Apocalipse.

Como não bastasse, John Breed resolveu aparecer. Nada melhor do que o cara que quis roubar sua garota para deixar as coisas ainda mais confusas. Não que já não estejam. Amma saindo de fininho para visitar um bokor, eu me esquecendo de coisas triviais – tipo, que sou destro – e uma Rainha Demônio exigindo o preço para salvar a cidade.

E o pior é que não sei se os Conjuradores da Luz serão fortes o bastante para manter as Trevas a distância. Afinal, qual o sacrifício para restabelecer a Ordem? E será mesmo possível? Até que toda essa distração serve para desviar meus pensamentos do meu novo pesadelo. E da figura que me segue nas sombras. Mas o medo está sempre à espreita…não quero perder ninguém que amo.

Depois de quase perder Lena na Grande Barreira, eles estão de volta mais unidos do que nunca, mesmo que não possam ficar juntos realmente fisicamente, por causa do risco para Ethan. Você deve estar pensando: ops, já vi isso antes! Sim, em Os Imortais. Mas deixa eu esclarecer algo aqui. Enquanto na série de Alyson Noël a fulana faz o que faz só para poder transar com o namorado, como se nada mais importasse, aqui a história é bem complexa e o fato de Lena e Ethan não poderem se unir fisicamente (ainda) é bem secundário, e muitas vezes passa despercebido. A trama não gira em torno disso, e é bem mais elaborada.

Bom, voltando ao livro. Ethan e Lena estão mais unidos, porque já passaram pela experiência de quase se perderem, e nenhum dos dois quer isso novamente. Lena se sente culpada por ter fugido com John (falo mais dele daqui apouco) e também porque ao se Invocar, ela causou uma ruptura que abalou tanto o mundo Mortal com o Conjurador. Pragas infestam Gatlin, a cidade sofre com ataques de Tormentos e há muitas perdas. Tudo porque a Ordem foi quebrada. Por outro lado, Lena também está mais madura, e mais poderosa, ainda que seus poderes andem meio fora de controle. Quando ela se invocou, ela percebeu que tem tanto trevas como luz dentro dela, e ela se aceita assim. Gostei disso porque a torna mais humana. E ela já não é tão frágil como a garota que conhecemos no primeiro, está mais forte.

E Ethan sofre pelo medo constante de perder Lena de novo. Não que ele precise se preocupar com isso, mas o retorno de John Breed mexe com suas inseguranças. Some-se a isso o fato de que ele não dorme direito, com pesadelos, que de novo, são só dele, e a sensação de que alguém está à espreita. O que não fica mais fácil ao receber uma mensagem enigmática: estou esperando. E como se isso não fosse o suficiente, uma tragédia se abate sobre sua família, forçando as Irmãs, suas tias centenárias e superfofas, a morarem em sua casa. É, a vida dele não está nada fácil. Mas, de novo, Ethan amadureceu, e muito. E considerando-se tudo que aconteceu em sua vida, ele até que lida com tudo muito bem. Ele aceita melhor seu papel em tudo. O que não significa que ele não faça de tudo para proteger quem ama. Mesmo.

Quem se deu bem mesmo foi Link. Depois de ser mordido por John e se tornar um quarto de Incubus, Link tem os poderes de um Incubus (força, agilidade, visão noturna) mas não as fraquezas. Ele não dorme mais e tem que se alimentar de sonhos humanos, mas por outro lado ele tem um poder magnético sobre as meninas. De repente, todas as meninas da escola que não ligavam para ele agora o adoram e disputam por ele. O que ele acha o máximo, claro. Mas o fundo é só fachada, porque ele gosta mais de Ridley do que gostaria de admitir. E ela depois que perdeu os poderes de Sirena na Grande Barreira, agora tem que lidar com o fato de ser Mortal, o que ela não faz muito bem. E assim ela acaba libertando John Breed do Arco Voltaico e também começa uma tentativa desesperada para reaver seus poderes. Mas uma coisa a gente pode dizer: ela realmente gosta de Link. Eu não posso falar como sei disso, mas ele tinha razão quanto a isso.

E John. Bom, nesse a gente conhece um pouco mais dele. Ele foi criado por Hunting, que é irmão de Macon, se não me engano, e sua infância na verdade não foi nada fácil. Ele não sabe quem são seus pais verdadeiros, e ele sofreu abusos e mais abusos. Toda sua infância ele teve martelada em sua cabeça o ideal de puritanismo racial de Hunting e Abraham, que se consideram melhores que todos, Mortais e Conjuradores (tanto da Luz como das Trevas) igualmente. De certa forma, ele é tão vítima de Abraham quanto os outros, mas Ethan não vê isso. Ou não quer ver, o que a gente entende perfeitamente. Como confiar no cara que tentou roubar sua namorada e transformou seu melhor amigo em um ser das Trevas? Mas tenho a sensação de que John é um daqueles personagens com várias camadas, bem do jeito que eu gosto. E acho que ele realmente está no caminho de redenção.

E não está sozinho. Ele conta com Macon, que depois de voltar como Conjurador da Luz, salvo pela mãe de Ethan, ele continua poderoso, e ainda mais plácido, com um tipo de sabedoria calma. Mas que impõe muito respeito. E Liv, agora que não é mais aprendiz de Guardiã, pois quebrou as regras de só observar sem interferir, passa os dias escondida nos túneis, mas ainda pesquisando sobre o mundo Conjurador. Ela ainda sofre com os efeitos do rebound de Ethan, a rejeição, mas ela sabe que ele nunca gostou dela do mesmo jeito que ela dele.  Mas seu sofrimento está com os dias contados agora que John apareceu em sua vida. A única coisa é que ela se culpa pelo destino de Marian, que enfrenta as consequências de ter deixado Liv ir atrás de Ethan e Link nos túneis.

Do outro lado, aparecem Abraham, o pai de todos os Incubus, e um cara realmente assustador. Ele não tem nenhum escrúpulo, e vai fazer de tudo, e usar quem quiser, para alcançar o seu objetivo de limpar o mundo dos Conjuradores e dos Mortais, deixando os Incubus como os donos de tudo. E ele mais que todos, claro. Ele comanda o grupo de Hunting, e até eles tem medo dele. E sua aliada é Sarafine. E neste a gente sabe um pouco amis sobre ela, como ela se tornou quem é. E percebe, junto com Lena, que as duas não são muito diferentes. Mas quais essas semelhanças eu vou deixar a cargo da imaginação de vocês para evitar spoilers. E também aparece a Rainha Demônio, um ser poderoso, e que vem para coletar o preço  para restaurar a Ordem. Ela é muito importante, apesar de não aparecer muito, e não posso falar mais sem dar spoilers.

Este livro definitivamente deu uma guinada para o sombrio. A história continua envolvente e interessante, com várias camadas e personagens bem construídos. Ainda tem umas partes bem clichês, e é um tanto previsível, mas nada que atrapalhe ou prejudique a leitura. E o final é de arrepiar e daqueles que acaba na melhor parte, deixando a gente com vontade de bater nas autores. Ainda bem que já saiu a continuação, que eu já comprei, porque esperar por este ia ser tão doloroso quanto está a espera de The Winds of Winter. E o que quero dizer é que ele termina no mesmo tom (ops! Spoilers para os entendedores!). E já basta ter que esperar angustiada por TWoW.

Trilha sonora

Começando muito bem, It´s time, do Imagine Dragons (It´s time to begin, isn´t it, I get a little bit bigger, but then I admit, I´m just the same as I was, Now don´t you understand, that I´m never changing who I am); o livro fala o tempo todo da Roda da Fortuna (Thomas de Hookton ficaria feliz), então O Fortuna, da ópera Carmina Burana; My sacrifice, do Creed (até o clipe tem a ver, mas não posso dizer porque); claro que em se tratando do Apocalipse, não podeia deixar de ter It´s the end of the world as we know it, do REM; mais uma vez If this is the last kiss (let´s make it last all night), do Meat Loaf marca presença; e finalmente, mais uma vez, Haunted, do Evanescence.

Se você gostou de Dezoito Luas, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • A sombra do vento – Carlos Ruiz Zafón;
  • Marina – Carlos Ruiz Zafón;
  • A menina que não sabia ler – John Harding;
  • O retrato de Doria Grey – Oscar Wilde;
  • A volta do parafuso – Henry James;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Dragões de Éter – Rapahel Draccon.