domingo, 31 de março de 2013

TWD–O caminho para Woodbury–Trilogia do Governador #2–J. Bonansinga & R. Kirkman

 

TWD - Road to WoodburyHá alguns meses que Philip Blake, o temido e ao mesmo tempo adorado Governador, organizou Woodbury para que a cidade murada fosse um local seguro no qual as pessoas pudessem viver em paz em meio ao apocalipse zumbi. E paz e segurança é tudo que Lilly Caul, que tenta desesperadamente sobreviver a cada dia que nasce, quer. Porém, mal sabe ela que seguir em direção a Woodbury é estar a um passo do perigo. Uma horda de errantes famintos não é nada perto do que se pode encontrar por lá.

ATENÇÃO! SPOILERS CASO VOCÊ NÃO VEJA A SÉRIE E NÃO TENHA LIDO O ANTERIOR!

O livro começa com Lilly Caul em um acampamento com seus amigos Megan e Josh Lee Hamilton. O acampamento tem a pretensão de se manter no local, e fazer um lar improvisado no meio do caos do apocalipse zumbi. Há um líder (não lembro o nome, mas basta dizer que é um total babaca), cada um tem o seu papel. Lilly, segundo ela mesma, tão medrosa que chega a ficar paralisada, e isso muito antes da praga começar, é a babá das filhas desse líder. Mas, quando uma horda de mortos-vivos ataca o acampamento, as coisas saem de controle e ela é obrigada a deixar o local.

Ela não sai sozinha. Sua amiga Megan, uma viciada em drogas que passa a maior parte do tempo chapada e meio alheia à praga, vai com ela. Também Bob, um veterano do exército que esteve no Afeganistão e faz o papel de médico, mas que na verdade passa mais tempo bêbado do que sóbrio, Scott, amiguinho stoner de Megan e Josh Lee Hamilton, o cara mais racional do grupo.

Josh é um homem sangue bom, cuidou da mãe até ela ser devorada pelos zumbis, e protege todo mundo. É inteligente e perspicaz, não tem medo do trabalho duro e também é muito atencioso. Tem uma tremenda queda por Lilly, e faz de tudo para mantê-la a salvo. E assim, acaba por conduzir Lilly e o resto do grupo para Woodbury. Que vamos admitir, á primeira vista é o paraíso perdido no meio da devastação. Só que tanto Josh como Lilly logo percebem que algo está errado com o lugar.

Você deve estar se perguntando: cadê o Governador? Calma, já vem! Depois de se estabelecer em Woodbury e instalar uma nova ordem de governo, Philip Blake agora é o líder pleno daquela gente, e conquista seguidores com seu carisma e fala mansa.  (SPOILER) Claro que ninguém na cidade sabe que ele mantém Penny em seu apartamento e mais outras coisinhas que eu não posso falar. E aqui vemos como alguns costumes de Woodbury começaram. Philip começa sua teia de mentiras, e são tantas que ele chega a acreditar nelas. Não posso falar muita coisa senão vou entregar muito.

Na cidade, Bob se aproxima bastante do Governador, Megan se prostitui para manter seu vício e Josh e Lilly tentam levar a vida da melhor forma possível. De novo, o bacana é acompanhar a evolução dos personagens e como eles mudam diante de uma situação extrema. O que ele são capazes de fazer. Lilly passa de medrosa e chorona (até irritante) a decidida e durona. O doce gigante Josh faz coisas que não dá para imaginar. Também preciso chamar atenção para Martinez, o braço direito do Governador. Mas não posso elaborar muito. Só posso dizer que para quem assiste a série, é uma surpresa e tanto.

Novamente, o livro alterna momentos de calmaria e ação pura. Medo, tensão, raiva, compaixão, tudo a gente sente ao ler. O difícil é resenhar o livro sem entregar muito, já que quem assiste a série já percebe muita coisa de longe. O que na verdade não tira o prazer de ler. Acho muito legal ler e ligar logo com algo em algum episódio. Particularmente, eu prefiro o primeiro, mas este também é empolgante e prende até o final. Muitas reviravoltas acontecem, mesmo quem acompanha a série é surpreendido. Agonia agora é esperar pelo terceiro.

Trilha sonora

What I´ve done, Points of authority (especialmente para o Governador, e também serve para a série, mas para outra personagem que eu não vou dizer quem é) e One step closer do Linkin Park são perfeitas. Também Revolution, da Aimee Allen, mas não posso dizer porque.

Se você gostou de TWD – O caminho de Woodbury, pode gostar também de:

  • As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
  • The Walking Dead – HQ;
  • Bento – André Vianco;
  • O vampiro-rei 1 e 2 – André Vianco.

Faixa a faixa – Lifehouse – Almería

 

51CVymnE7yL._SL500_AA280_Eu deveria ter postado isso antes, mas a verdade é que só tinha as músicas no computador e não escutava. Só esses dias eu gravei o CD, e aí sim pude avaliar melhor.

Almería é o sexto álbum deles, e é fresquinho, saiu em 11 de dezembro de 2012, apenas 3 meses atrás. Já comentei uma música dele, mas falo qual daqui a pouco. O CD tem várias participações especiais e é muito bom, como os outros deles. Aliás, acho que o Lifehouse só faz melhorar com o tempo.

Então, aumente o som e curta comigo!

1. Gotta be tonight: música com a batida pronunciada,e um toque de country, que se não deu pra perceber pela capa do CD, fica mais claro agora. Mas ainda tem a cara do Lifehouse, e um backing vocal bem bacana. Dá vontade da bater palmas sempre no ritmo da batida;

2. Between the raindrops: eu já comentei essa aqui, então não vou ficar me repetindo, mas o que ainda não havia era o clipe, que você pode conferir aí embaixo. E que coisa mais fofa é Jason de cowboy <3!

3. Nobody listen: começa mais calminha, e a batida é mais tranquilinha, mas ainda assim dá vontade de ficar batendo o pezinho no ritmo. Backing vocal bem colocado no refrão, e melodia baseada nos teclados e atenção na guitarra no final;

4. Moveonday: começa com as guitarras, e vai entrando o vocal aos poucos, com direito a solo de guitarra no meio, combinando muito bem com a bateria e o refrão repetitivo;

5. Slow motion: desculpem a introdução do vídeo, mas só encontro esse, e essa introdução não tem nada a ver com a música ou com o grupo. Mas vá lá, sobre a música: balada mais com cara de country, com backing vocal lindo, e violão perfeito. O vocal de Jason também é perfeito;

6. Only you´re the one: provavelmente a minha preferida do CD. Começa calminha, baixinha, praticamente só Jason, o backing (provavelmente Bryce) e a bateria bem baixinha. Mas ganha força no refrão. Ela alterna altos e baixos até o final;

7. Where I come from: começa com o violão dedilhado, e o vocal de Jason, e no refrão ganha o reforço de outras cordas. Ela segue mais calminha até mais ou menos a metade, quando ganha mais força e muda de cara, mas sempre mantendo a essência;

8. Right back home: cara bem country, com guitarras slide e teclado, e participação especial de Peter Frampton, que foi muito bem vinda. Ritmo contagiante e solos de guitarra ótimos;

9. Barricade: baladinha calminha com bastante influência country, com direito a guitarra slide e backing vocals maravilhosos;

10. Aftermath: baladinha basicamente só voz e piano. E umas das minhas preferidas no CD também;

11. Lady Day: pianinho bem marcado, vocal de Jason combinando e backing vocals perfeitos, e direito a trocadilho com 50 shades of grey;

12. Pins & Needles: batida mais pop, gostosa e animadinha;

13. Rolling off the stone: novamente, desculpem a introdução desse carinha chato, mas foi o único que eu achei. Batida mais marcada, vocal meio truncado e direito até a saxofone, algo inédito nas músicas deles;

14 Always somewhere close: essa não consta da playlist do amazon, mas ela é desse CD sim, lembro que foi uma das primeiras que eu ouvi e baixei. Baladinha com a cara do Lifehouse, piano destacado e backing vocals no refrão.

É isso. Eu vi algumas reviews negativas no site da amazon, principalmente por causa da mudança de estilo. O que eu acho: adoro o CD. Sim, é diferente do que eu esperava para o Lifehouse, mas acho legal experimentar e brincar com estilos diferentes. E o Lifehouse fez isso mantendo a sua identidade, algo que o U2 não conseguiu fazer quando gravou o álbum Pop, por exemplo. Como eu disse lá em cima, pra mim o Lifehouse só está ficando melhor com o tempo. E vocês, o que acharam?

Beijos e até o próximo post!

Feliz Páscoa!

 

Rapidinho só pra desejar a todo mundo uma Feliz Páscoa, com muitos livros e chocolates (tem coisa melhor?) e mais amor, alegria e muita paz nos corações!

páscoa

Beijos e até o próximo post!

sábado, 30 de março de 2013

Música do mês – Collide – Dishwalla

 

DishwallaEu deveria ter falado sobre essa música logo depois de falar de Collide - Howie Day, porque eu considero as duas músicas irmãzinhas. Além de terem o mesmo nome, ambas são maravilhosas, cada uma do seu modo. E elas não são parecidas, mas eu sempre que escuto uma, na sequencia ouço a outra.

O Dishwalla é uma banda alternativa de rock, mas confesso que não conheço muita coisa deles, só mesmo essa música, Somewhere in the middle (que acabei de conhecer, procurando a outra que eu conheço deles, e também adorei, ou seja, vou atrás das outras também Smiley piscando) e Opaline, que também é ótima.

Só pra variar, eu conheci Collide por causa de série. Tanto Collide como Opaline tocaram em Smallville. A série começou legal, mas depois ficou besta, mas a trilha ainda é uma das melhores. Prova é o número de músicas que eu cito por aqui. E acabei de descobrir que também fazem parte da trilha de uma das minhas séries favoritas, NCIS, com Bleeding out, outra ótima. Quanta descoberta em um único post Alegre!

Bom, Collide está no último álbum da banda, de 2005 (segundo a Wikipedia, mas não tem muita coisa. De qualquer forma, os caras deram um tempo em 2006 e só voltaram em 2008, mas não tem mais muita informação, então não sei se a banda ainda existe), intitulado Dishwalla.

A versão que eu vou colocar é um pouco diferente da que eu tenho no computador, mas é muito boa também. Ela começa bem calminha, mas vai ganhando força, em especial nesta versão. Ela alterna altos e baixos, a voz do vocalista, J. R. Richards é linda e ele manda muito bem nos vocais. Há um backing muito bom também e o solo é maravilhoso. A guitarra mais pronunciada é ótima, e não destoa do restante da música que tem ainda um lindo trabalho nos teclados. Bom, entre várias descobertas e um pouco sobre a banda, já enrolei muito, então só me resta deixá-los com a música:

Beijos e até o próximo post!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Labirinto – Trilogia Languedoc #1 - Kate Mosse

 

LabirintoEm Julho de 1209: na cidade francesa de Carcassonne, uma moça de 17 anos recebe do pai um misterioso livro, que ele diz conter o segredo do verdadeiro Graal. Embora Alaïs não consiga entender as estranhas palavras e símbolos escondidos naquelas páginas, sabe que seu destino é proteger o livro. Será preciso grandes sacrifícios e muita fé para garantir a segurança do segredo do labirinto - um segredo que remonta a milhares de anos, e aos desertos do antigo Egito...

Julho de 2005: durante uma escavação arqueológica nas montanhas ao redor de Carcassonne, Alice Tanner descobre por acaso dois esqueletos. Dentro da tumba escondida onde repousavam os antigos ossos, experimenta uma sensação de malevolência impressionante, e começa a entender que, por mais impossível que pareça, de alguma forma ela é capaz de entender as misteriosas palavras ancestrais gravadas nas pedras. Mas já é tarde demais, Alice percebe que acaba de desencadear uma aterrorizante seqüência de acontecimentos que é incapaz de controlar, e que seu destino está irremediavelmente ligado à sorte dos cátaros, oitocentos anos antes.

Juntou conspiração, religião, História e Graal, estou dentro. Já fazia tempo que este livro estava na minha estante, só me esperando.Mas confesso que tinha um pouco de receio de ser mais um O Código Da Vinci. Nada contra o livro de Dan Brown, pelo contrário, eu gosto bastante, mas o que eu quero dizer é que receava ser mais do mesmo. Mas nada poderia ser mais diferente na narrativa de Kate Mosse.

No início dos tempos
Na terra do Egito
O mestre dos segredos
Dispensou palavras e escritos(p.124)

A história gira em torno de duas mulheres separadas por 800 anos, mas unidas por um segredo que elas farão tudo para manter a salvo.

Alaïs é uma jovem nobre que vive na Carcassonne de 1209. Ela é casada com Guilhem, por quem é apaixonada, e é devotada ao pai, Bertrand. É curandeira e tão independente quanto uma moça pode ser na época. Tem dificuldade em obedecer ordens cegamente, mas não nega ajuda a quem quer que seja, sem esperara nada em troca. Aos 17 anos recebe de seu pai a incumbência de guardar um livro contendo o segredo do verdadeiro Graal. Tarefa que ela aceita com satisfação e que não mede esforços para cumprir, com grande risco para si mesma.

Anaïs vive na pior época possível em Carcassonne. Ela não é cátara, mas está bem no meio do conflito sangrento que resultou na eliminação desse povo do Pays D`Oc na França. mas ela entende perfeitamente o risco que assume, e não está sozinha em sua missão. E Alaïs é determinada o suficiente para levar a missão a cabo.

Além do pai, Alaïs conta também com Esclarmonde, uma velha que ensinou tudo o que sabe sobre ervas e cura a Alaïs. Esclarmonde tem um neto, Sajhë, um garoto de 11 anos muito esperto e que tem um paixonite por Alaïs. Sajhë vai ser muito importante no futuro de Alaïs. E não duvide do amor que ele sente por ela. Sua devoção é admirável e ele faz de tudo e mais um pouco para proteger Alaïs.

Mas claro que há sempre quem está atrás do segredo para benefício próprio. E no caso é a própria irmã de Alaïs, Oreane. Invejosa e amarga, Oreane se ressente da preferência do pai pela irmã mais nova. Ambiciosa, Oreane faz de tudo (tudo mesmo), incluindo seduzir e manipular o marido de Alaïs, Guilhem, para conseguir o que quer. E Oreane sabe muito bem manipular as pessoas, fazendo-se de doce e inspirando confiança. Tudo falsidade, óbvio, mas ela mesmo assim consegue se dar bem.

Em 2005, Alice Turner, uma inglesa que eu esqueci o que faz, mas não é arqueóloga, acaba descobrindo por acaso dois corpos numa escavação em que trabalhava como voluntária com sua amiga Shelagh. Alice é teimosa, faz o que quer e tem um sério desrespeito por regras. O que não seria problema nenhum, a não ser pelo fato de ela só pensar em si mesma e não no que suas ações podem causar para os outros. Alice é do tipo que faz primeiro e depois pensa, e geralmente suas ações são meio burras. Nem preciso dizer que não simpatizo muito com Alice, certo? Mas ela evolui um bocado no livro e mais para o final eu já simpatizava com ela.

Logo ao descobrir os corpos, Alice sente uma conexão que não sabe explicar, tanto com os corpos encontrados, como pelo lugar. Ela acha também no local um anel com o símbolo de um labirinto, e sabe instintivamente que deve escondê-lo a todo custo, bem como o livro, que ela acaba descobrindo também. E, como Alaïs, ela vai tentar o melhor que puder para cumprir isso. O problema é que Alice está rodeada de pessoas estranhas e não sabe em quem confiar, e desta forma, acaba tomando umas decisões meio estúpidas.

Mas entre essas pessoas há duas que acabam por ajudar Alice. Uma delas é o senhor Baillard, um senhor de idade avançada e amigo de uma tia que Alice nem sabia que tinha e que deixa uma propriedade para ela na França. Atenção para messieur Baillard, mais que isso não posso dizer. E além dele, Will, um americano que está passando férias na França, e que de imediato sente uma conexão com Alice. E sem esperar mais nada, faz de tudo para ajudar e proteger Alice. Há ainda muitos outros personagens que eu poderia destacar, mas esses são os principais.

A narrativa se divide em dois tempos: 2005 e 1209, mas os lugares são os mesmos. Eu prefiro quando a história se concentra na Idade Média, mas no geral, a narrativa é fluida e vai fácil, mas tem algumas partes mais arrastas, tanto em 1209 como em 2005. A narrativa também se espalha por diversos personagens, mas os focos principais são mesmo Alaïs e Alice. Com um toque de sobrenatural, a história é envolvente e difere um pouco dos livros que envolvam conspirações religiosas, como o citado Código Da Vinci, e o mistério deixa o leitor preso até o final.

Trilha sonora

Não consegui pensar em muitas músicas que combinem com o livro, mas vou citar duas de uma banda mencionada, e que até que tem um tantinho a ver com a história: How you remind me e Far away, as duas do Nickelback.

Nota histórica

Os cátaros eram um povo que discordavam da Igreja e por isso mesmo acabaram por atrair a Inquisição. Fundaram um cristianismo alternativo e rejeitavam os dogmas católicos. Acreditavam num Deus totalmente espiritual, e tudo o que vemos e tocamos é invenção do Diabo. Se concentravam no sul da França. Eram considerados hereges e sofreram muito nas mãos da Inquisição. A tortura era corriqueira e muitas fogueiras arderam com os condenados por catarismo. Para saber mais, leia em Cátaros: hereges graças a Deus (Superinteressante) e Catarismo (Wikipedia).

Se você gostou de Labirinto, pode gostar também de:

  • O Código Da Vinci – Dan Brown;
  • Anjos e Demônios – Dan Brown;
  • trilogia Força Sigma – James Rollins;
  • O último templário – Raymond Khoury.

domingo, 24 de março de 2013

Citação do mês

 

Rapidinho, só pra postar a citação desse mês, que eu sei que vai parecer repeteco.

“O mal é sempre possível. E a bondade é eternamente difícil.”

Louis, Entrevista com o vampiro, Anne Rice.

Louis   Lestat

 

Eu adorava o filme (não posso dizer se ainda gosto, faz tempo que não assisto. Mas arrisco dizer que sim.), e o livro também é bem bacana, mas, de novo, faz tempo que li. E eu sei que parece que eu ando numa fase Anne Rice, por causa do mês passado mas não é verdade. Simplesmente eu peguei essas frases provavelmente do mesmo lugar (algum site, ou blog, não lembro), e elas estavam uma em sequência da outra no meu caderno.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Dia do Blogueiro

 

Está atrasadinho, e hoje é rapidinho, só mandar um big parabéns para nós, blogueiros! Por causa do meu blog eu conheci pessoas maravilhosas, que hoje chamo de amigos.

gatinho computador

E queria mais uma vez agradecer de coração todo o carinho de vocês, meus leitores. Sem vocês, eu não estaria aqui até hoje. E parabéns a todos os meus colegas blogueiros!

Dia do blogueiro

quarta-feira, 20 de março de 2013

TWD – Ascensão do Governador –Trilogia do Governador #1 – J. Bonansinga & R. Kirkman

 

TWD - Rise of GovernorNo universo de The Walking Dead (uma admirável BD agora transformada numa premiada série de TV) não há maior vilão do que o Governador. Ele é o déspota que governa a cidade isolada de Woodbury e tem doentias noções de justiça: seja a forçar prisioneiros a combater zumbis na arena para divertimento dos locais, seja a destroçar violentamente aqueles que o confrontam. O Governador é um vilão que tão cedo não se esquece e a sua história é uma das mais controversas que Robert Kirkman, criador de The Walking Dead, alguma vez concebeu. Agora, pela primeira vez, os fãs irão descobrir como é que o Governador se tornou neste homem implacável e aquilo que o levou a tais extremos.

ATENÇÃO! SPOILERS CASO VOCÊ NÃO ASSISTA A SÉRIE!

Confesso que não pensava em ler esse livro. Não me interessava pela série (falo mais dela em outro post), mas acontece que comecei a assistir pra valer agora, e não é que viciei? Tanto que fui logo atrás do livro, pra saber mais sobre o Governador, um dos vilões que com certeza vai entrar para a história.

O livro começa umas duas semanas antes da praga começar. As agências de notícia ainda funcionam precariamente, mas não informam muita coisa, e o caos começa a se instalar. Pessoas fogem de suas casa, lojas são saqueadas, e os zumbis perambulam pelas ruas, atrás de um lanchinho. É esse o cenário que se desenrola enquanto Brian, Philip (ops!) e Penny (duplo ops! Alegre) e mais um pequeno grupo de amigos de Philip tentam sobreviver.

Brian Blake é o irmão mais velho de Philip (quem vê a série já adivinhou alguma coisa, não?), mas é o menor dos dois, e mais fraco. Sofreu bullying na escola, é contra as armas (na verdade, contra violência em geral) e acredita que os zumbis ainda tem salvação, ou cura. É um covarde (segundo ele mesmo) e é quem mais toma conta de Penny. Por outro lado, é inteligente, pensa muito antes de tomar alguma decisão ou atitude e é absolutamente leal ao irmão, a quem idolatra.

Philip é o líder por natureza. Faz o que tem que fazer para manter sua filhinha e todos no grupo vivos. É bem verdade que às vezes se ressente por ter que cuidar do irmão mais novo, mas quando o assunto é família, não há discussão: ele defende com unhas e dentes, como um leão (oi! Um Lannister perdido?). Philip é decidido e não tem frescura. É bom pai, amoroso com a filha, e tem um modo de dar ordens que inspira obediência imediata, sem intimidar. Prestem atenção à descrição de cada um aqui. Vou retomar daqui a pouco.

Do grupo, ainda vale destacar Nick, melhor amigo de Philip, durão como ele, mas muito devoto e tem a cabeça no lugar. Quer dizer, é muito racional. Segue Philip sem pestanejar e é o primeiro a notar as mudanças ocorridas no amigo.

Porque o mais legal do livro é justamente ver como as personagens evoluem e mudam, até invertendo seus valores, quando colocados em uma situação extrema como esta. Agora é a lei do mais forte, sobrevivência do mais apto. E isso, juntamente com todo o horror que eles testemunham, faz a pessoa mudar radicalmente. Brian aos poucos passa do fracote para o prático e destemido. E Philip vai deixando de lado as características do líder racional e cada vez mais deixando seu lado animalesco tomar conta, (SPOILER) até o ápice com a morte de Penny (que, só um comentário, é boazinha, não merecia, mas eu li essa parte logo depois de ver um episódio em que o Governador é particularmente FDP, então não pude deixar de pensar: bem-feito!). Aí é que ele perde de vez as estribeiras. Mas muito antes disso, ele já dava mostras de sadismo e um prazer doentio na matança, chegando a assustar seus amigos.

O livro é recheado de ação, mas muito bem mesclado com momentos de calmaria. Exatamente como a série. Aliás, a sensação é exatamente a de assistir um episódio: tensão, medo, aflição, tudo misturado. A narrativa é em terceira pessoa, e se alterna entre personagens, principalmente entre Philip e Brian. também é no presente, o que deixa a ação muito mais próxima da gente, mais imediata. Senti falta de Rick, Daryl e cia, e ficava imaginando onde eles se encontravam a cada página, mas a história aqui é tão envolvente e viciante como na série.

Trilha sonora

New divide, do Linkin Park é perfeita. Eu sei que não foi, mas parece que foi escrita especialmente:

There was nothing in sight
But memories left abandoned
There was nowhere to hide
The ashes fell like snow (…)

In every loss
In every lie
In every truth that you'd deny
And each regret
And each goodbye
Was a mistake too great to hide

Confira o resto da letra. Também Smells like teen spirit, do Nirvana (we are stupid, and contagious…) e em homenagem ao gosto musical de Brian (e porque também tem a ver), Fear of the dark, do Iron Maiden e Back in Black, do AC/DC.

Se você gostou de TWD – A ascensão do Governador, pode gostar também de:

  • As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
  • The Walking Dead HQ;
  • Bento – André Vianco;
  • O Vampiro-rei 1 e 2 – André Vianco.

E também recomendo ler O Viajante Cinzento, que meu amigo Nerito está postando no blog dele, O Guardião de Histórias. O que aconteceria se O Senhor dos Anéis encontrasse The Walking Dead e As Crônicas do Gelo e do Fogo? Descubra no blog dele!

quarta-feira, 13 de março de 2013

Meme–Aos 30 e poucos

 

Recebi esse meme da Kathleen, do blog Gato Feio (obrigada, querida!).

Não tem regra nenhuma, só completar as frases propostas. Então vamos lá!

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No título minha idade (OI! De quem foi essa ideia??? Brincadeirinha, no meu caso, aos 35 Smiley piscando). Em azul, o começo das frases para completar.

Eu sou: teimosa, irônica, leitora voraz e não bato muito bem da cabeça;

Eu quero ser: sempre uma versão melhor de mim mesma.

Minha Casa: é o meu refúgio.

Eu encano: com injustiça e gente que acha que pode fazer tudo só porque tem dinheiro

Eu acredito: que pensar positivo atrai coisas boas. E não li o Segredo, não!

Tenho medo de: gente e de rato.

Acho graça de: muitas coisas. Rio com facilidade, muitas vezes por besteira.

Choro com: a mesma facilidade com que dou risada.

Não vivo sem: minha família, meus bichos, livros, Coca-cola e chocolate.

Tenho mania de: estalar os dedos (vou ficar uma velhinha artrítica) e ler com a TV ligada ou ouvindo música.

Eu tenho como heróis: nunca pensei a respeito. Va lá, Tony Stark Smiley de boca aberta

Meu personagem de livro favorito: são vários. Derfel Cadarn, Morgana LeFey, Jon Snow, Theon Greyjoy (julguem-me), gêmeos Weasley, Snape, Gollum e Heitor.

O Amor é: fogo que arde sem se ver.

Meu livro de cabeceira: vários. A sombra do vento, A menina que roubava livros, As Brumas de Avalon, As Crônicas de Artur, As Crônicas do Gelo e do Fogo, Harry Potter, O Senhor dos Anéis, Os miseráveis, A Crônica do Matador de Reis, O retrato de Dorian Grey, Mundo sem fim.

O livro que eu não emprestaria nem sobre juramento de morte: não tenho problema de emprestar, apesar do ciúme imenso que sinto. Só não empresto A dance with dragons, Fall of Giants e Winter of the world porque são muito grandes, parecem bíblias.

Meu sapato favorito é: chinelo

Na minha estante não falta: livros e mais livros.

Meu autor preferido: de novo vários. Marion Zimmer Bradley, George R. R. Martin, Carlos Ruiz Zafón, Markus Zusak, Bernard Cornwell, J. K. Rowling e Rick Riordan.

Um livro que me fez chorar: vários, mas acho que o que me fez chorar mais foi Marley & Eu.

Aquela música que acompanha perfeitamente um livro em um dia de chuva: qualquer uma do Lifehouse.

O que eu mais ouço: provavelmente Lifehouse e Bon Jovi.

Eu me sinto livre: quando estou de folga.

Rezo por/para: minha família, meus amigos e meus bichos.

Meu ponto fraco: livros e bichos.

Meu grande charme: não sei, meu senso de humor? Inteligência? Meus cabelos cacheados?

No chuveiro eu canto: o que estiver tocando na minha cabeça.

De madrugada, eu: durmo.

Eu tenho a ilusão de: sei lá. Vivo no mundo da lua, mas tenho os pés no chão.

Indico para quem quiser responder.

Beijos e até o próximo post!

domingo, 10 de março de 2013

A dama do falcão – Marion Zimmer Bradley

 

HawkmistressNo tempo dos Cem Reinos, quando uma sangrenta guerra civil assolava Darkover, uma jovem saiu de casa sozinha, rompendo com a família e renunciando a sua herança, porque desejava ser ela própria, e não o que o pai ou um marido determinassem.
Esta é a história aqui contada, a história de Romilly MacAran, que possuía um laran sem treinamento, uma capacidade mental que lhe permitia entrar em contato mental com falcões, cavalos e outros animais, dominando-os pelo amor.
Esta é a história de sua luta para se afirmar como pessoa, não ser apenas uma mulher eternamente dominada pelos homens, para encontrar seu lugar no mundo, para encontrar o verdadeiro amor, só possível numa base de igualdade.
É também a história de Rakhal e Carolin, o rei usurpador e o rei exilado, empenhados ambos na eterna luta do bem e do mal, da ânsia pelo poder contra o amor legítimo pelo povo.
É ainda a história de Caryl, um menino que se negava a assumir a crueldade do pai; de Ruyven e Darren. irmãos de Romilly. em permanente conflito com o próprio pai, por se recusarem a ser o que ele desejava; e de Orain, um homem que não podia fugir à sua natureza!
É uma fantasia romântica, uma história de aventuras vertiginosas, uma fascinante ficção, mas também uma projeção da luta de todas as mulheres para poderem se afirmar como pessoas e conquistarem sua independência, que perdura até hoje…

Outra promessa que eu fiz a mim mesma foi que eu releria pelo menos um livro da Marion por ano, em especial da série Darkover. A série se inicia com A queda em Darkover, mas para quem não conhece, eu recomendo começar por Rainha da Tempestade, que se localiza na Era do Caos, que ainda compreende a trilogia The clingfire (eu só li os dois primeiros desses, The fall of Neskaya e Zandru´s forge. Falta ler A flame in Hali, mas não acho em lugar nenhum. Acabei de baixar, mas se encontrar, vou comprar. Como eu disse aqui, se eu gosto – e acredite, eu gosto muito da série Darkover – eu vou querer o original, em papel.), Thunderlord (ainda não publicado) e finalmente este.

Este está no fim da Era do Caos, é uma tempo de transição entre este período da história darkovana e Os Cem Reinos. Ainda há guerra, como diz na sinopse, e o fofo aderente e outras armas químicas ainda são usadas indiscriminadamente. Ele acontece, se não estou enganada, mais ou menos simultaneamente a Rainha da Tempestade, ou pouco depois. Se não me falha a memória, há menção de Carolin em Rainha da Tempestade. Mas a história é independente. Não vou entrar em detalhes sobre a série, já fiz isso. Se você quiser saber mais, leia a resenha de Rainha da Tempestade, onde eu explico mais ou menos o que é Darkover ( o link está acima).

Bom, deixa de enrolação e vamos à resenha deste. Romilly vive com sua família no Ninho dos Falcões, nos contrafortes das Hellers, as frias montanhas de Darkover. Ela faz o que mais gosta, treina os falcões de seu pai, seus cavalos e cães. Ela tem laran, e seu dom é mais ou menos como o dos Stark, das Crônicas do Gelo e do Fogo. Em especial, Bran. Romilly consegue se ligar aos animais, como um warg. E seu dom é poderoso, e comum em sua família. Só que ela não tem o treinamento de uma torre, o que pode representar um perigo para ela e para os outros a seu redor. Só que o pai não acredita nas torres, com razão, depois de seu filho mais velho, Ruyven, fugir para Neskaya (ou Tramontana? Agora não lembro.) Romilly já está com quase quinze anos, e por isso na idade de casar. E quando seu pai a dá em casamento para Dom Garris, e ameaça tirar seu falcão, Preciosa, com quem Romilly forjou um laço afetivo profundo, ela foge de casa com Preciosa.

Romilly é forte e independente, tem ideias próprias e, apesar do nome do livro, não tem nada de dama. A última coisa que ela quer é ficar trancada em casa, costurando e fiando e parindo filhos para seu marido. Não que ela não deseje se casar um dia, mas ela quer ter o poder de escolha, o que é muito mal-visto em Darkover. Assim, disfarçada de rapaz, ela foge e segue para Nevarsin. No caminho, depois de um quase estupro, ela encontra a comitiva de Dom Carlo do Lago Azul, sem saber que ele é na verdade o próprio Rei Carolin exilado. Na companhia deles, ela começa a treinar os pássaros-sentinelas, função que será de extrema importância no futuro. Romilly é muito orgulhosa, fato que chega a ser um tanto irritante a certa altura do livro, não escutando a ninguém e achando que está sempre com a razão.

Na comitiva de Carolin, que é justo e descobre seu segredo, mas não conta a ninguém, ela também conhece Orain, com quem tem uma amizade genuína. Orain é honrado e trata Romilly como um pai, sem saber que ela é mulher. Ainda em Nevarsin, ela conhece Caryl no mosteiro. Caryl é um menino de uns 11/12 anos, muito sensível, e que percebe que Romilly é mulher, mas também não entrega seu segredo. Acontece que Caryl é filho de Liondry Hastur, inimigo de Carolin, e por uma casualidade, acaba sendo feito refém dos homens de Carolin. Mas ele é tratado com respeito e nem é preso, pois é de posição elevada. Caryl não tem nada do pai, é afetuoso e também tem laran o suficiente para ajudar Romilly, mas não pode deixar de ser leal ao pai, mesmo não concordando com suas ideias.

Ainda vale a pena destacar Alderic, amigo dos irmãos de Romilly, e que tem alguma atração pela menina (e é até correspondido). E também Jandria, uma Renunciante, prima de Orain, e que acolhe Romilly no abrigo da Irmandade da Espada. Há mais ainda que eu poderia comentar, como Dama Maura, o próprio Liondry Hastur, o pai de Romilly, mas iria ficar até amanhã falando deles.

O livro é cheio de aventuras, algumas perigosas, mas também tem muito das reflexões de Romilly, pois é contado a partir de seu ponto de vista, o que às vezes enche a paciência. Mas é uma leitura gostosa, fluida, e empolgante. Finalmente, se você quiser saber mais sobre Darkover, clique aqui.

Trilha sonora

Aftermath, do Lifehouse, é perfeita,principalmente para o final. Também This is war, do 30 seconds to Mars. Ainda Breath of life (I was looking for a breath of life, a little touch of heavenly light…é tudo o que Romilly quer) e Seven devils (seven devils all around you, seven devils in your house, they were there when I woke up this morning, I´ll be dead before the day is done…é a Romilly atormentada pela doença do limiar), do Florence and the machine.

Se você gostou de A dama do falcão, pode gostar também de:

  • série Darkover – Marion Zimmer Bradley;
  • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley;
  • O incêndio de Tróia – Marion Zimmer Bradley;
  • As Crônicas do Gelo e do Fogo _ George R. R. Martin;
  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Livro de papel ou e-book?

 

Já faz um tempo que estou para postar algo sobre isso. Justifico: quem me segue no twitter (só um pedido: se você tem twitter e quiser me seguir, tudo bem, mas interaja comigo, manda um tuite, para eu saber quem você é, para eu poder seguir de volta, certo?) sabe que eu comprei um Kobo, o leitor digital concorrente do Kindle, lançado pela Livraria Cultura. Não estou fazendo propaganda, não estou ganhando nada com isso, e meu objetivo é outro.

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Bom, voltando ao tópico. Comprei o aparelho por diversos motivos: praticidade para ler em qualquer lugar (na faculdade, por exemplo, é uma maravilha! Kids, não sigam o meu exemplo! Prestem atenção nas aulas!), ou quando faltar a luz à noite. E também porque leio muito em inglês, e nem sempre consigo achar os livros que quero por aqui. Por isso resolvi comprar. E me decidi pelo Kobo, apesar do preço mais alto, porque me pareceu que ele tem mais vantagens. novamente, não estou tentando vender o leitor, mas só para vocês saberem, ele aceita mais de um tipo de arquivo (desculpem não especificar, mas eu não entendo muito disso, precisaria perguntar para minha irmã, e agora não posso), também tenho mais liberdade para adquirir os e-books. Com o Kindle, a pessoa fica restrita a comprar no site da Amazon, e com o Kobo eu posso comprar em qualquer loja que ofereça e-books, inclusive na Amazon. E se eu quiser baixar (como já fiz), também me oferece mais liberdade. Além disso, há a iluminação. O meu Koboglo (esse é o modelo) vem com iluminação própria, que pode ser ajustada de acordo com a necessidade. O Kindle vendido aqui no Brasil ainda não oferece este recurso. Bom, esses foram os meus motivos para a escolha, não estou tentando vender, e de novo me desviei do que queria dizer.

Meu ponto é: qual é melhor, o livro de papel ou o e-book? Agora que já tive tempo de desfrutar melhor meu Kobo, posso dizer que o de papel ainda é melhor. O leitor ajuda muito, é muito prático, mas não substitui o livro físico. Não é a mesma coisa abrir um livro e ligar o leitor. E, convenhamos, ler um livro no metrô, ou na praça de alimentação do shopping (sim, eu faço isso) é muito mais charmoso.

Outra discussão que isso levanta é justamente o destino do livro físico. Eu acho que as editoras fizeram muito barulho por nada. Afinal, vamos pensar lá atrás, quando surgiu o Napster, que foi o primeiro programa que permitia baixar músicas pela internet, de graça. As gravadoras e muitos artistas, o Metallica sendo o mais vocal (sem trocadilho) no assunto, protestaram que isso prejudicaria muitos músicos, seria o fim da indústria fonográfica, mimimi. Não estou dizendo que pirataria não existe, não sou cega, mas também baixo muitas músicas. E compro os CDs originais também. Sou assim, se eu baixar músicas de um grupo que eu gosto (ou série, ou filme, enfim, qualquer coisa assim), eu vou querer ter o original. Foi assim por exemplo, com o Lifehouse. Já mencionei não sei quantas vezes o quanto eu amo esse grupo. E infelizmente (e isso ocorre com muitas das bandas e artistas que eu gosto), eles não são (ou eram) muito conhecidos por aqui, por isso é difícil encontrar os CDs originais aqui. Mas estou indo atrás e hoje, só me falta um deles original. Um estudo foi feito (desculpem, mas não sei quem fez) e o resultado foi que os compradores de CDs são exatamente aqueles que baixam mais músicas. Isso certamente se aplica a mim.

E acho que é o que vai acontecer com os livros. Vou dar um exemplo: faz tempo que quero ler aquela coleção As Aventuras do Caça-feitiços. Mas não tenho os livros, nem saíram todos no Brasil ainda. Baixei todos em inglês (quase não vejo no original por aqui), e se eu gostar (a possibilidade é grande, especialmente depois que eu descobri que virou filme com ninguém menos que Ben Barnes e Kit Harington – ai, morri, os dois que eu mais babo juntos…Confira o restante do elenco aqui), eu vou querer comprar os livros em papel.

Sim, ultimamente eu tirei bom proveito do meu Kobo. Na faculdade;outro dia quando cheguei me casa, não havia luz, e ontem mesmo eu havia esquecido meu livro (sim, eu ando com os dois, o Kobo e levo – ou melhor,levam para mim no trabalho – um de papel) e ainda bem que tinha meu Kobo em casa,pois pude ler antes de dormir. Mas ainda prefiro o livro de papel. Nada se compara ao prazer de ter um livro em mãos, o cheiro (de livro novo, ou mesmo dos velhinhos), o peso, o virar de páginas…E, pelo menos para mim, sempre vai ser assim.

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Na embalagem diz pink, mas ele é mais puxado para o cereja. E isso foi mais um motivo da escolha para o Kobo: há opções de cores Alegre

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A página inicial. Ainda não tenho muitos livros, mas uma boa quantidade. esqueci de mencionar lá em cima que a capacidade, segundo o fabricante é para mil livros, mas se eu quiser, também posso utilizar um cartão de memória, opção que expande a capacidade e que o Kindle não tem (pelo menos o vendido aqui).

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O que eu estou (re)lendo nele no momento Alegre. Uma coisa importante: diferente de ler no computador, no Kobo não cansa. A tela tem iluminação suave (aqui nessa foto está sem), anti-reflexo e sem brilho. Veja aí em baixo a tela com iluminação máxima e sem iluminação nenhuma:

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Então, a escolha é de vocês. Eu já disse, prefiro o de papel, sempre. Mas estou adorando meu Kobo <3

Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Selinho

 

Mais um selinho que ganhei da minha afilhadinha Gabi, do Abrindo os livros.

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As regrinhas são simples:

Responder as sete perguntas: OK, abaixo;

Nomear sete blogs: OK;

Avisar sobre o selo aos blogs premiados;

Fazer sete perguntas diferentes para os blogs que você indicar;

Vamos começar pelas perguntas:

1-Qual a sua grande paixão? Música, livros, filmes, séries, bichos, chocolate, Coca-cola (normal, sem essa de zero – ARGH!)

2-Qual é a pessoa que você mais admira? Meus pais. Minha mãe pelo jeito sereno e pela vontade de ajudar os outros e meu pai por ter aguentado mais de 30 anos de adolescentes enchendo a paciência em sala de aula. Sério, não sei como ela conseguia.

3-Se você pudesse nascer em outra época, qual seria? Idade Média. Ia queimar na fogueira como bruxa, mas é meu período preferido.

4-Mudaria alguma coisa do passado? Não. Talvez viajaria mais, mas ainda dá tempo.

5-Como você se vê daqui dez anos? Sinceramente não sei. Sempre detestei perguntas assim, já me fizeram várias vezes em processos seletivos para trabalho. Só quero é ser feliz, mais nada.

6-Se você pudesse conversar com alguma pessoa que já morreu (famosa ou não), quem seria? John Lennon. Diria: Yoko, really?

7-Cite uma passagem de algum livro que você nunca esquece. Tenho várias, mas vou com “Tudo que você precisa decidir é o que fazer como tempo que lhe é dado” Gandalf, O Senhor dos Anéis e “O destino é inexorável” Merlin, As Crônicas de Artur.

As minhas perguntas serão uma mistura das que a Gabi fez e as que ela respondeu (não tenho lá muita criatividade…)

1. Quais suas maiores paixões?

2. Se você pudesse nascer em outra época, qual seria?

3. Se pudesse ser um personagem de um livro, qual seria? (essa é minha – hehe)

4. Se pudesse conversar com alguém que já se foi, famoso ou não, quem seria? O que diria?

5. O que te levou a criar o blog?

6. Como nasceu sua paixão por leitura?

7. O que diria a seu autor preferido se o encontrasse na rua? (essa também é minha Smiley piscando)

Os sete blogs indicados:

Apaixonada por Papel

O Guardião (tá feliz, Nerito? Smiley piscando)

Gato Feio

Palavra em Movimento

O Guardião da Muralha

Arte around the world

Sombra do Vento

ATUALIZAÇÃO: O Nerito, do Guardião (link acima) me indicou de novo, para este e para estes também. Não vou postar novamente, por motivos óbvios, mas agradeço de coração. Beijos, dear!

domingo, 3 de março de 2013

Tag: As 5 melhores capas da sua estante/Arco-íris literário/ Entrevista coletiva

 

Recebi essa tag da fofa da Kathleen, do blog Gato Feio (mentira,o gatinho dela é lindo). Obrigada, querida!

A única regra é responder as perguntas, postar a foto do arco-íris e das 5 melhores capas da sua estante e indicar 10 blogs, que devem ser tagueados. Importante: os blogs escolhidos devem ter poucos membros, menos de 200. O intuito é justamente a divulgação desses blogs, aumentando as visitas.

Então vamos lá postar as tags!

As cinco melhores capas das minha estante:

São mais de cinco, mas eu explico: incluí duas séries, e vou explicar. Destaco que são só algumas delas, há muito mais capas que eu acho lindas na minha estante, mas me detive aos meus livros preferidos, aqueles que estão no meu coração (com uma exceção), em nenhuma ordem em particular. Atenção para a modelo: minha Sophia (que adora tirar foto e ficar se esfregando nos livros)

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Eu adoro essa coleção, mas não é daquelas que estão no meu coração. E essa é a capa mais linda delas. Esse brilhinhos mudam de cor conforme a gente mexe o livro, e a capa é toda brilhante.

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Essa é uma edição única, em inglês, que eu comprei pouco antes de estrear o primeiro filme. Nunca mais encontrei essa capa com a Feiticeira Branca.

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Também em edição em volume único. Adoro, sempre adorei essa capa. Minha coleção em português, de capa dura do Círculo do Livro, também tem essa capa.

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Não só eu amo a saga, mas as capas brasileiras batem todas as outras. Aqui só tem A Guerra dos Tronos, O Festim dos Corvos e A Dança dos Dragões (que eu peguei da minha irmã para fazer a foto, porque os meus, em inglês, não são bonitos assim) porque A Fúria dos Reis e A Tormenta das Espadas estão emprestados.

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Desculpa essa foto, a fotógrafa aqui não é lá muito boa Smiley piscando Mas adoro as capas das Crônicas Saxônicas, nem tanto sozinhas, mas em conjunto elas formam um desenho, o que eu acho muito bacana. Curiosidade, na TV lá atrás estava passando Coração de Tinta.

Para o arco-íris, eu peguei um trechinho da minha estante, e fiz também uma pilha bem colorida para vocês verem:

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Aqui, junto a Sophia, eu empilhei Catching fire, Mockingjay, Inheritance, O Herege, The Casual Vacancy, A Storm of Swords, Clash of Kings e A Feast for Crows (não disse que as capas brasileiras são bem mais bonitas? Mas aqui ficou bonito, bem colorido).

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E aqui um pedacinho bem pequenininho da minha estante, com destaque para a coleção do Sharpe, que eu adoro com esse colorido.

Entrevista coletiva:

1. Como escolheu o nome do blog? Eu adoro música, em especial trilhas sonoras, porque sempre são bem variadas. E adoro livros, então pensei em juntar as duas coisas.

2. Quanto tempo se dedica ao blog? Depende da época, mas sempre arrumo um tempinho para pelo menos checar os acessos e responder aos comentários.

3. Já teve algum problema com comentários anônimos no seu blog? Quais? Ultimamente eu venho recebendo muito spam, mas eu excluo tudo através da moderação. Mas também já aconteceu de alguns comentários serem grosseiros. Nada de xingamentos, mas comentários antipáticos, que eu também não publico, e nem sempre respondo.

4. Quanto tempo está na blogosfera? Três anos completados em janeiro Alegre

5. Quantos blogs visita por dia? Uns 3 ou 4 fixos, mas se vejo algo que me interessa em algum outro que eu sigo, eu vou dar uma conferida.

6. Quantos livros lê por mês? Depende do livro, da espessura, da história, do meu tempo livre, mas pelo uns 3 ou 4 pelo menos.

7. Livros curtos ou grandes? Depende da história, tanto faz, mas prefiro os mais longos, que demoram mais para terminar.

8. Já ficou sem inspiração pra postar? Como superou isso? Quem nunca? Claro! Quando isso acontece, eu paro e volto mais tarde.

9. Pretende mudar algo no blog em 2013? Não pensei nisso, mas acho que não. Se tiver alguma ideia durante o ano, eu simplesmente começo. Foi assim com as colunas Faixa a faixa, Música do mês (talvez eu mude o nome dessa, mas me dá uma preguiça, porque os marcadores todos já estão assim) e a Citação do mês.

Os blogs tagueados (não serão 10 por um motivo simples: boa parte dos que eu visto tem mais de 200 seguidores, então não preenchem os critérios)

Apaixonada por Papel, da Fefa

Abrindo os livros, da minha afilhadinha Gabi

Palavra em Movimento, da Nádia

O Guardião da Muralha, do Vitor

Beijos e até o próximo post!

sábado, 2 de março de 2013

O Condenado – Bernard Cornwell

 

O CondenadoNesta obra, Cornwell constrói um thriller de mistério que o consagra como um dos principais escritores históricos da atualidade. Sua descrição dos enforcamentos é impressionante, assim como os detalhes da crueldade nas prisões inglesas pós-Napoleão. Por meio de criteriosa pesquisa histórica e da narrativa envolvente com a qual disseca a vida de seus personagens, o autor acompanha o fim da guerra entre Inglaterra e França. Rider Sandman - um dos heróis de Waterloo - volta para casa e encontra um país corrupto, pobre, repleto de conflitos sociais e onde o cadafalso se tornou sinônimo de justiça. A decepção de Sandman com a terra natal empalidece quando descobre que o próprio pai se matou, deixando uma fortuna em dívidas de jogo. Sandman - hábil com a espada e exímio jogador de críquete - precisa sustentar mãe e irmã e, além disso, liberar a noiva do compromisso de casamento. Enquanto luta contra várias dificuldades, aceita investigar o assassinato da condessa e as declarações de inocência do pintor. A apenas sete dias do enforcamento e com a pressão para corroborar as acusações, Sandman descobre pontos obscuros na história oficial. Mesmo pedida uma investigação do caso pela própria rainha - o acusado é filho de sua costureira -, Sandman acredita que alguém não quer que a verdade venha à tona.

Já faz tempo que eu queria ler esse livro. Finalmente tomei vergonha na cara e resolvi ler. Para quem está acostumado com o estilo de Bernard Cornwell, este é um pouco diferente. Ainda é realista, e as descrições dos enforcamentos (aliás, o livro já começa com isso) são minuciosas, mas não há batalhas e nem muito derramamento de sangue. Por outro lado, ele cria um ótimo thriller, que prende até o final.

Veterano de Waterloo, Rider Sandman agora tem que lidar com a falta de dinheiro, resultado das dívidas de seu pai. E, sem dinheiro, ele não pode se casar com Eleanor, já que não tem como sustentá-la. Por isso, ele resolve pegar o caso do assassinato de uma condessa e provar a inocência de Charles Corday, o pintor que a retratava. Acreditando que não passava de um trabalho simples, já que Corday já fora considerado culpado, e precisando do dinheiro, Sandman parte para a investigação. E, logo na primeira visita a Corday, sua culpa já é posta em dúvida. E começa aí uma trama de conspirações e interesses que comprometem pessoas influentes na sociedade da Londres de 1817 e pode colocar a vida de Sandman em risco.

Sandman é um homem duro, prático e, como todos os protagonistas de Cornwell, muito honrado. Uma vez que percebe que Corday é inocente, faz de tudo para descobrir quem é o verdadeiro culpado. Sandman também é exímio jogador de críquete, inteligente e dono de um senso de humor mordaz, tipicamente britânico:

“ O senhor acha que estamos tentando suborná-lo? – Lorde Skavadale tinha visto a mudança de expressão de Sandman e fez a pergunta ansiosamente.

- Não espero esse tipo de gentileza da parte de lorde Robin – disse Sandman secamente.

- Todos os membros do Clube Serafins contribuíram – disse o marquês –, e meu amigo Robin juntou os fundos. Claro que é um presente e não um suborno.

-Um presente? – Sandman repetiu as palavras acidamente – Não um suborno?”(p. 165)

Sandman também é um homem ponderado e na medida do possível, tenta resolver as coisas de modo pacífico. Mas volta e meia sua placidez dá lugar à raiva, e daí é melhor sair do caminho. Ele tem plena consciência desse traço de sua personalidade e sabe que quando sua raiva toma conta, é muito difícil controlar, por isso tenta sempre manter o controle.

Sandman não age sozinho. Durante a história, ele recebe a ajuda de Sally Hood, modelo vivo aspirante a atriz, que além de posar para o mentor de Corday também é vizinha de quarto na taberna onde Sandman vive. Sally não é de levar desaforo para casa, tem a língua afiada, é independente e também tem um senso de humor apurado. É inteligente e perspicaz e muito da investigação de Sandman parte dela. Em certo sentido, ela é o oposto de Sandman: onde ele é duro, ela é mais sensível e consegue as coisas com delicadeza e astúcia.

E além dela, Sandman também conta com o sargento Berringan, um empregado do Clube Serafins mencionado ali em cima, descontente com seu trabalho. Ele também é um veterano de Waterloo, é um cínico e um dos muitos pretendentes de Sally. Também tem a língua afiada, e é aquele tipo folgado e beberrão que só quer saber de curtir a vida. Mas é bom de briga e acaba sendo um bom amigo de Sandman.

E falando nisso também vale destacar o melhor amigo de Sandman, lorde Alexander. Ele é um reverendo que não segue lá muito bem a s regras da Igreja, e também cai de quatro por Sally. É bem-humorado, está sempre tentando fazer com que Sandman volte a jogar críquete (ele só participa de partidas limpas, sem apostas sujas) e na verdade, apesar de ajudar Sandman, me parece meio avoado e alienado de tudo que acontece a seu redor.

Cheio de intrigas e conspirações, o livro é rápido e bem detalhado, mas sem ser cansativo. O realismo típico de Bernard Cornwell está presente, bem como seu humor refinado. O final é meio previsível, mas não tira o prazer da leitura. E, como eu disse, Bernard Cornwell foge um pouco do seu estilo neste, e embarca num thriller ao melhor estilo Sherlock Holmes, de pura dedução.

Trilha sonora

Só consegui pensar nessas: Baba O´Reilly, Who are you? e Won´t get fooled again, todas do The Who e cada uma abertura de uma CSI.

Se você gostou de O condenado, pode gostar também de:

  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • A busca do Graal – Bernard Cornwell;
  • As aventuras de Sharpe – Bernard Cornwell;
  • Stonehenge – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell;
  • Azincourt – Bernard Cornwell;
  • Sherlock Holmes – Sir Arthur Conan Doyle;
  • Os Miseráveis – Victor Hugo.