sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!

 

New Year

E para terminar, este post rapidinho, para desejar um ótimo 2012, cheio de saúde, amor, prosperidade e muitas leituras para você. E faço minhas as palavras de Frejat, em Amor pra recomeçar:

Eu te desejo não parar tão cedo
pois toda idade tem prazer e medo
e com os que erram feio e bastante
que você consiga ser tolerante

Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro
e que você descubra que rir é bom
mas que rir de tudo é desespero

Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar,
pra recomeçar

Eu te desejo muitos amigos
mas que em um você possa confiar
e que tenha até inimigos
pra você não deixar de duvidar

Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro
e que você descubra que rir é bom
mas que rir de tudo é desespero

Desejo que você tenha a quem amar...

Desejo que você ganhe dinheiro
pois é preciso viver também
e que você diga a ele pelo menos uma vez
quem é mesmo o dono de quem

Desejo que você tenha a quem amar...

 

read 2012

Balanço 2011

 

Gato natal 2 Fim, de ano, hora de fazer aquele balanço de tudo que eu li esse ano. E mesmo com a faculdade e trabalhando mais, eu li muito mais que ano passado: 50 livros, entre leituras novas e releituras, contra 38 do ano passado. E claro que algumas me chamaram a atenção.

Em primeiro lugar, um novo vício que eu peguei esse ano: As Crônicas do Gelo e do Fogo. Me apaixonei pelas histórias de Ned, Jon, Dany, Tyrion e todo o resto, e tudo o que se passa em Westeros. E também estes foram, acho, os posts mais populares de 2010, os que tiveram mais comentários. É, definitivamente esse fenômeno veio para ficar.

E outra série que me despertou a paixão foi Vampire Academy. Simplesmente não conseguia desgrudar das enrascadas que Rose se metia, em grande parte por causa de Dimitri (e quem pode culpá-la?). E no campo da fantasia ainda destaco As Crônicas dos Kane, de Rick Riordan, uma divertida aventura pela mitologia egípcia, e o aguardada final do Ciclo A Herança, Inheritance. Christopher Paolini soube amarrar direitinho todas as pontas que deixou nos outros livros da série, e ainda deixou outras questões em aberto, abrindo espaço para voltarmos à Alagaësia no futuro.

Claro que não podia deixar de lado os romances históricos, e neste ano se destacaram Azincourt e As Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell. Como sempre muito realistas e cheias de ação, prendem o leitor a cada página. E também Fall of Giants, de Ken Follett, o primeiro livro da trilogia do século XX, um relato envolvente da Primeira Guerra Mundial, a partir de vários pontos de vista. E três clássicos me fascinaram também: A volta do parafuso, The adventures of Sherlock Holmes e Os três Mosqueteiros. Amei. E no finzinho do ano voltei à Barcelona de Zafón, revisitei a livraria dos Sempere e o Cemitério dos Livros Esquecidos, em O jogo do anjo (resenha amanhã).

E vamos lá para a lista completa:

Li:

  • As Crônicas Saxônicas (a partir de O cavaleiro da morte até Terra em chamas) – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas do Gelo e do Fogo (todos os cinco) – George R.R. Martin;
  • A batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr;
  • Fall of giants – Ken Follett;
  • As Crônicas dos Kane (os dois) – Rick Riordan;
  • The last oracle – James Rollins;
  • Coleção Os Imortais (do 1 ao 4) – Alyson Noël;
  • The adventures of Sherlock Holmes – Arthur Conan Doyle;
  • A garota da capa vermelha – Sarah Blakley-Cartwright;
  • A volta do parafuso – Henry James;
  • Vampire Academy (todos os seis) – Richelle Mead;
  • A hospedeira – Stephenie Meyer;
  • Fallen e Torment – Lauren Kate;
  • The demigod files – Rick Riordan;
  • Sussurro e Crescendo – Becca Fitzpatrick;
  • Os legados de Lorien (os dois) – Pittacus Lore;
  • Azincourt – Bernard Cornwell;
  • As quatro últimas coisas – Paul Hoffmann;
  • Os Três Mosqueteiros – Alexandre Dumas;
  • Inheritance – Christopher Paolini;
  • Ahmnat – Os amores da Morte – Julien de Lucca;
  • Filhos do Éden – Herdeiros de Atlântida – Eduardo Spohr;
  • O jogo do anjo – Carlos Ruiz Zafón.

Reli:

  • O retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde;
  • Harry Potter and the deathly hallows – J. K. Rowling;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • Twilight e New Moon – Stephenie Meyer (não resisti. Depois, eu precisava de algo não-pensante depois de Inheritance).

Também comecei duas novas colunas no blog, o Faixa a Faixa e a Música do Mês, que tiveram boa aceitação, e vão continuar em 2012.

E não poderia acabar este post sem mencionar os novos amigos que fiz este ano: Fefa, Nerito, Gabi, Kath. Obrigada por me acompanharem este ano, e espero que nossa amizade continue em 2012, e também que novos amigos apareçam.

Beijos e até o próximo post!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Faixa a faixa – Trilha de Uma lição de amor

 

I am Sam ost Já faz um tempo, em um comentário, a Fefa, do Apaixonada por Papel falou que gosta das músicas dos Beatles, mas com outros artistas. Eu já sou fã do quarteto de Liverpool, e sou meio chata com versões, mas o comentário dela me inspirou a apresentar para vocês essa trilha toda especial. E, por isso, eu guardei ela para agora.

Para quem não assistiu o filme, ele conta a história de Sam (Sean Penn, brilhando no papel), um deficiente mental, que tem uma filha, Lucy (Dakota Fanning bem pequenininha, mas já mostrando todo o seu talento) e entra na justiça pela guarda da menina. Para ajudá-lo entra em cena Rita (Michelle Pfeiffer), a advogada de Sam. O filme é lindo, e uma particularidade é que Sam é beatlemaníaco, e tudo para ele se relaciona com as músicas de Paul McCartney e John Lennon. Daí a trilha é composta só por músicas dos Beatles, mas interpretadas por outros artistas. Ela é excelente, e eu recomendo para todo mundo. Então vamos lá!

1) Two of us - Aimee Mann & Michael Penn – abrindo muito bem com essa música de batida levinha, bem gostosa. Michael Penn é irmão de Sean Penn e casado (pelo menos era) com Aimee Mann. As vozes dos dois combina perfeitamente e essa é uma das minhas preferidas do CD, descreve o que para mim pode ser um dia perfeito;

2) Blackbird - Sarah McLachlan – esse clássico ficou lindo na voz dela. Gosto também do violão e das batidinhas bem leves ao fundo e uns sons que parecem uns sininhos. Também adoro esta música;

3) Across the universe – Rufus Wainwright – adorei na voz dele (aliás, gosto muito dele. Ele também canta Hallelujah, de Shrek, que eu também adoro). E olha que graça o clipe com a participação de Dakota Fanning;

4) I'm looking through you - The Wallflowers – outra que eu adoro, bem animadinha, com uma batida pra cima, dá vontade de levantar da cadeira e dançar;

5) You've got to hide your love away - Eddie Vedder – provavelmente a mais conhecida do CD, lembro que tocou bastante no rádio. E ficou muito boa mesmo no vozeirão de Eddie e bem fiel à versão original;

6) Strawberry Fields Forever - Ben Harper – outro clássico que ficou ótimo, e não perdeu a identidade da original;

7) Mother Nature's Son - Sheryl Crow – outra que eu adoro, e combina bem com a voz doce de Sheryl Crow, com um belo trabalho de cordas para acompanhar (e agora pausa para fazer ounnn para o gatinho do vídeo!);

8) Golden Slumbers - Ben Folds – adoro Ben Folds (ele era o líder do Ben Folds Five – óbvio – que eu já mencionei em algumas resenhas por aqui, a mais recente Brisingr), é linda, basicamente só com o piano, e bem próxima das músicas do Ben Folds mesmo, a faixa, como o próprio nome sugere, é uma bela música de ninar;

9) I'm only sleeping - The Vines – bem próxima da original, é uma faixa despretensiosa e bem gostosa, como diz o nome, um sonho;

10) Don't let me down – Stereophonics – essa banda também é bem legal, e deu uma cara um pouco diferente para este clássico, mas ficou muito bom, eu acho;

11) Lucy in the sky with diamonds - The Black Crowes – também deram uma cara diferente a este outro clássico, mas aqui também funcionou. Eu ainda prefiro a original, mas também gosto desta versão, ainda dá para reconhecer a versão do Fab Four aqui;

12) Julia - Chocolate Genius – apesar do nome da banda, o gênio não funcionou. Essa é uma das poucas que não ficou legal, deveria ter ficado no original. É repetitiva e enjoativa, e o vocal não contribui muito com a faixa. Mas essas são absoluta minoria (ainda bem);

13) We can work it out - Heather Nova – também deu um toque pessoal, mas sem perder a identidade da música original, e, num dos poucos exemplos assim, ela não geme feito fantasma arrastando corrente. Até gosto de algumas músicas dela, mas o uuuuuhhhiuuu é irritante (nada contra, tem é que saber usar. Só que Heather Nova abusa disso, principalmente em versões ao vivo. Procure alguma no YouTube para tirar suas conclusões). Aqui Heather Nova abriu mão desse recurso e a faixa é uma das minhas favoritas;

14) Help! - Howie Day – outra que não ficou legal. Howie Day tem músicas legais, como Collide, que eu acho que já coloquei aqui em alguma trilha, mas alterou muito a música, ficou irreconhecível, e de um apelo, virou uma coisa que se arrasta e cansativa. Outra que deveria ficar no original. Afinal, pra quê mudar o que já é perfeito? E taí a razão de eu implicar com versões;

15) Nowhere man - Paul Westerberg – no CD ela não é como o vídeo que está vinculado aqui. O oposto na verdade, é bem calminha, relaxante, mas eu não consigo encontrar a versão que ele gravou para a trilha, desculpem;

16) Revolution – Grandaddy – uma música que no original é mais agressiva (e nem podia ser diferente, com um nome desses), aqui ficou mais pop-rock alternativo. A original é mil vezes melhor, mas pelo menos dá para escutar essa;

17) Let it be - Nick Cave – mais uma que na minha opinião não ficou legal. Também ficou enjoativa e o ritmo se arrasta. A voz grave de Nick Cave também não combina com uma música tão delicada, e, sério, a música foi escrita por Paul para consolar o filho pequeno de Lennon quando ele se separou da primeira mulher, mas com uma voz dessa, é de espantar criancinha.

Com algumas exceções, o CD é muito bom, e eu recomendo para você que é beatlemaníaco, ou para quem não é. E, como um bônus, uma faixa que não está no CD, mas merecia. É o cover de In my life, com a minha diva Chantal Kreviazuk. Ficou linda com sua voz doce e a melodia bem próxima do original, com um toque pessoal.

Espero que gostem. Beijos e até o próximo post!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Música do mês – Can’t take it in – Imogen Heap

 

närnia OST Fim de ano, Natal, Ano Novo…Eu tinha que pegar uma música que lembrasse um pouco tudo isso. Essa música é da trilha de As Crônicas de Nárnia – o Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, e, apesar de assistir sempre, por algum motivo, Nárnia me lembra Natal. E essa música em particular, tem algo que me leva pro Natal, também. Ela não é natalina, nada a ver, mas mesmo assim, tem algo que lembra esse clima de fim de ano, ou até de infância.

Imogen Heap é uma cantora inglesa, que colaborou com o grupo Frou Frou, com quem gravou a música Hear me out, que eu tenho quase certeza que já coloquei em alguma trilha por aqui. Sua voz doce, junto com a melodia meio etérea são a combinação perfeita, e por isso, acho, explica o que eu disse antes. E a letra deixa bem claro que ela foi escrita para o filme, apesar de ter outras interpretações.

Uma coisa que eu acho que é bem legal nessa música é o trabalho vocal, variando bastante, com muitos backings, mas sempre com aquele ar etéreo, de fantasia. E a melodia faz a gente viajar, parece um trem, mas viajando devagarinho, apreciando a paisagem. O comecinho já parece anunciar um conto de fadas

Então, sem mais enrolação, pegue sua passagem e vamos embarcar nessa jornada, para Nárnia, Fantasia, Hogwarts ou qualquer lugar que seja. Aí vai o vídeo:

 

Beijos e até o próximo post!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Capitão América – O Primeiro Vingador

 

Cap Améirca 3 Eu já mencionei aqui que estou super curiosa para ver Os Vingadores (The Avengers) ano que vem. E por isso assisti todos os filmes relacionados com ele. Não que isso era motivo, já disse que adoro filmes que vem de quadrinhos, ainda mais se for da Marvel (se bem que Hulk foi um suplício. Nem Edward Norton salva aquilo. A única parte legar é Tony Stark aparecer para recrutar o cara para a SHIELD). Só não tinha assistido esse ainda por dois motivos: 1) não tinha com quem ir, e 2) estava com um certo receio de parecer muito patriótico (aquela coisa arrogante americana). Mas o filme não é nem de longe assim. Ainda bem.

Ele começa com um franzino Steve Rogers (Chris Evans) tentando forjar mais uma aplicação para o exército americano, em plena II Guerra Mundial. O pobre além de franzino, ainda sofre de asma, e mais uma dezena de doenças, todas impedindo que ele se aliste. Mas o rapaz é determinado, e nunca desiste de tentar. Até que entra em sua vida o Dr. Abraham Erskine (muito bem interpretado por Stanley Tucci). E, num passe de mágica (mas não sem antes sofrer o diabo no treinamento), ele sofre um belo upgrade. Confira o antes e depois.

Cap América 1

Cap América 2

E uma curiosidade. Os dois são interpretados por Chris Evans, acredite se quiser. O magrelinho é resultado de computação gráfica (que ficou perfeita, aliás. Quando vi o trailer pela primeira vez, achei que era outro ator. Descobri que não muito mais tarde). E foi o próprio Evans que insistiu em que poderia fazer as duas partes. E conseguiu, provando para muita gente (leia-se críticos) que além de uma carinha linda (e um corpo também) que é bom ator. Não tem como não se compadecer com o franzino, com sua determinação admirável e ao mesmo tempo a fragilidade do personagem. Principalmente quando ele fala que conhece o bairro e que já apanhou em tudo quanto é lugar. Mas quando perguntam se ele não havia considerado fugir, ele explica que essa não é a solução, ou você vai fugir a vida inteira. E essa frase define todo o personagem. E o legal é que ele não se perde, mantém a identidade no filme inteiro.

E, como super herói que se preze não fica sem namorada, claro que Steve Rogers tem uma cara-metade. No caso, ela é Peggy Carter, (interpretada por Hayley Atwell, a Aliena de Os Pilares da Terra). Ela é uma agente do exército inglesa (não entendi bem se do americano ou inglês, não fica claro para que agência trabalha) que est;a a par dos experimentos de Howard Stark (o pai de Tony, interpretado pelo fofíssimo Dominic Cooper, de Mamma Mia!, outro filme que eu adoro). Ela tem sempre que se firmar como oficial, já que na época, era ainda mais difícil que hoje para uma mulher em cargo de liderança. Mas ela segura a onda bem, sem se intimidar.

Peggy Carter

E como falei de Howard Stark, dá para perceber de onde vem o jeitão descontraído do Stark filho. O pai é tão genial quanto o filho, e também um tanto maluquinho. Ele tem participação grande no filme, e é responsável por algumas das partes mais engraçadas. E completando o time dos bonzinhos ainda temos o Coronel Chester Philips (Tommy Lee Jones), um superior duro e que a princípio não bota muita fé em Steve Rogers. Aliás, falando nisso, a única parte mais patriota do filme, vamos dizer assim, é justamente quando o Coronel dispensa Rogers do serviço (porque ele é só um experimento, segundo suas próprias palavras) e o Capitão passa a fazer shows (quer dizer, pagar king kongs) pelos Estados Unidos para recrutar mais soldados. E fechando o time tem ainda James “Bucky” Barnes, o melhor amigo de Steve (o bonitinho Sebastian Stan).

Cel Philips

Já do outro lado, claro que há um maníaco com mania de grandeza. Neste caso, o tal é Johann Schmidt, o Red Skull (ou Caveira Vermelha, acho que deixaram o nome literal mesmo em português. Eu adoro filmes de quadrinhos, o que não quer dizer que eu leio, ou mesmo sou familiarizada com as histórias), interpretado lindamente por Hugo Weaving, o Elrond de OSDA  (tá, eu detesto Elrond, mas o ator é fantástico). E eu acho o fato de seu nome aqui ser Schmidt bem engraçado, porque é bem próximo do Sr. Smith de Matrix (eu tinha gostado dos dois primeiros, mas aí veio o último e estragou toda a trilogia para mim. Hoje não suporto nenhum). Nem preciso dizer que o cara é demente. Ele é o líder de uma organização chamada Hydra, o setor de ciências dos nazistas, e, como eu já disse, tem mania de grandeza, e, como Cérebro, quer dominar o mundo (o que vamos fazer hoje, Cérebro?). Ele tem a ajuda de um cientistazinho pequeno, mas que se acha a última Bono Chocolate do pacote, interpretado por Toby Jones.

Como eu disse, o filme não peca por ser arrogantemente patriota, e mescla bem as cenas de ação com as mais dramáticas. Os Red Skull efeitos também são bons (só pela raquitilização daquele monumento do Chris Evans dá para ter uma ideia). E a fotografia também é bem bonita. A recriação da década de 40 é belíssima, e até a trilha sonora os produtores tiveram o capricho de combinar (me refiro aqui à música dos créditos finais, não as que tocam no decorrer do filme, porque essas eram de se esperar). E, como todos os filmes que envolvem Os Vingadores, Nick Fury faz sua aparição. E, como Piratas 4, se você não assistiu, ou se vai assistir de novo, fique até depois dos créditos finais, que tem um teaser de Os Vingadores. E, para dar aquele gostinho, aí vai o trailer:

Ah! E esqueci de mencionar uma pontinha beeem pequenininha da beiçudinha Natalie Dormer (Ana Bolena, de The Tudors, e futura Margaery Tyrell, em Game of Thrones).

Beijos e até o próximo post!

Piratas do Caribe 4 – Navegando em águas misteriosas

 

Piratas 4 Eu estava apreensiva em assistir esse filme. Isso porque desfizeram o trio principal: Elizabeth e Will ficaram de fora, apesar do final do terceiro, que dava espaço para eles. Claro que quem leva os filmes é Jack (e neste não é diferente), mas eu sempre achei que eles funcionassem como um conjunto. Mas me surpreendi, com um filme bem melhor que as duas continuações anteriores. Este até lembra mais o primeiro (que eu ainda prefiro), com aquele ar de novidade.

A história não tem nada a ver com as anteriores, apesar de elementos comuns, como o Pérola Negra, estarem sempre presentes. Ela gira em torno de uma dica do final do terceiro. barba negra Agora Jack (o sempre brilhante – no bom sentido, não como Twilight – Johnny Depp) persegue a Fonte da Juventude. Mas claro que sempre tem mais alguém interessado. Neste caso, ninguém menos que o temido pirata Barba Negra. E acho que foi exatamente isso que fez a diferença neste filme. E a escolha de Ian McShane (de Os Pilares da Terra) contribui muito com isso. Adorei o personagem, cruel e sem alma. Acho que ele, juntamente com Jack, levam o filme nas costas.

angelica Penélope Cruz, que faz a filha de Barba Negra (ou será que é mesmo?) também vai bem no papel, mas acho que só está no filme para preencher o buraco antes ocupado por Elizabeth. A química entre ela e Jack é boa, mas não tanto como entre ele e Elizabeth. E a primeira aparição dela no filme é bem interessante. E, também através dela é que conhecemos um pouco mais da história de Jack Sparrow. Eles têm uma história anterior, e, já diz a Bíblia: não há no Inferno fúria como de uma mulher abandonada. Pode apostar. Apesar disso, ela tem uma bondade inata, que chega a ser comovente.

E, entre os novos personagens, também destaco Philip, um clérigo philip que a pedido de Angélica Teach (Penélope Cruz) está no navio de Barba Negra para a “salvação” da alma (ou o que resta dela). Ele parece meio deslocado no meio dos piratas, mas vai ter papel importante no decorrer da história. Quem faz o papel é Sam Claflin, que, ironicamente, faz Richard, o irmão de Aliena em Pilares. E, que diferença que faz o figurino! ;D

Personagens antigos também estão presentes, como Sr. Gibbs (Kevin MacNally) e Barbossa (Geoffrey Rush). E uma participação mais que especial do pai de Jack, Capitão Teague (Keith Richards. Sério, podia ser outro?). E, não é personagem antigo, mas também destaco o Rei George, interpretado por Richard Griffiths, o Tio Walter (ai, que estranho escrever assim. Me acostumei com o nome em inglês, Vernon), de Harry Potter, numa participação bem divertida.

barbossa

Muita ação, do começo ao fim, e como sempre as peripécias de Jack (mas, depois de três filmes, elas ficaram meio previsíveis), sempre com uma pitada de humor, e efeitos especiais caprichados, e um tom sombrio, continuam com a essência da série. E ainda uma brechinha para uma possível continuação (mas, sinceramente, apesar de adorar Jack Sparrow, já está começando a cansar). Tudo isso faz de Piratas do Caribe 4 um belo entretenimento. Recomendadíssimo! E, como sempre, aí vai o trailer:

Ah! E um aviso: se você ainda não viu, ou se quer ver de novo, fique esperando os créditos finais acabarem, que tem uma ceninha extra depois!

Beijos e até o próximo post!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

TOP Piriguetagem Literária 2011

 

Eu estava passeando pelos blogs que sempre visito, e dei com esse meme bem divertido no blog a Juh, Livros e Blablablá.

Top Piriguetagem

E o que é “piriguetagem literária”. Bom, aí vai a definição:

"Para quem não conhece o termo ele está no Aurélio TOC Livros e segundo a Luciana Mara:

“De acordo com o dicionário Aureliânus sofre de piriguetismo literário aquele(a) que troca de paixão platônica fictícia toda semana, e usa a expressão 'é meu' quando descreve algum personagem. Este tipo de piriguete usa ou usará óculos e sente frio (característica principal que a diferencia das outras espécies).”

Peguei a definição do blog da Juh também, mas o blog da Luciana também é muito legal. E que fique bem claro, a piriguetagem é só literária mesmo. Então vamos lá, ver a minha lista? Ela não está em nenhuma ordem específica.

1) Dimitri Belikov, Vampire Academy

Ben Barnes

Moreno, alto, bonito e sensual, além de manjar de todo tipo de luta e passar para o lado negro da força, com um sotaque (eu particularmente prefiro o normal dele, britânico, mas o russo também vale), e com pegada. Não precisa de mais nada. Conta a favor também que o mais cotado para fazer o papel no cinema é Ben Barnes.

2) Jon Snow, As Crônicas do Gelo e do Fogo

Jon ghost

Lobo pra mim só mesmo os direwolves dos Stark. Tudo bem, Jon não é Stark, mas foi criado por Ned, então conta como um. Fofo, com um pouquinho da inocência da infância e tentando encontrar seu lugar no mundo. Me pegou na primeira fala (não desvie o rosto. O pai vai saber se você não olhar).

3) Robb Stark, As Crônicas do Gelo e do Fogo

robb stark

Robb não tem seus pontos de vista registrados nas Crônicas, mas com esse olhar penetrante faz qualquer uma derreter. Sem contar seu companheiro fiel, Vento Cinzento.

4) Jaime Lannister, As Crônicas do Gelo e do Fogo

jaime lannister 

Sarcástico, inteligente, exímio lutador, e com um jeito peculiar de ver as coisas, mesmo sendo do clã dos Lannister, é tudo de bom.

5) Murtagh, do Ciclo A Herança

murtagh

Cavaleiro de Dragão, que também passa para o lado negro (contra a vontade, é verdade, mas passa), e que (SPOILER!) muda sua essência para salvar a mulher que ama. Se isso não bastasse, ainda é inteligente e tem um ótimo senso de humor.

6) Derfel, As Crônicas de Artur

éomer

Tudo bem, eu sei que esse aí é o Éomer de OSDA (que também pode entrar na lista), mas acontece que sempre que leio As Crônicas de Artur, imagino ele como Derfel. Brucutu rude e ignorante, mas no fundo de coração enorme, é impossível não se apaixonar por ele. Ah, e eu super apoio Karl Urban para o papel se um dia as Crônicas virarem filme (ou, melhor, uma série).

7) Aragorn, OSDA

aragorn

Guardião e rei, Aragorn é tudo de bom. Até prefiro o do filme do que o do livro. E, só para esclarecer, para mim, Viggo Morgensen só conta assim, como Aragorn. Tirou a fantasia, quebrou o encanto.

8) Damon Salvatore, The Vampire Diaries

damon

Esse está aqui mais pelo mérito da série de TV do que pelo livro. O bad guy que na verdade é bonzinho, mas bota marra de que não é. E, fala sério, como resistir a Ian Sommerhalder?

9) Denyel, de Herdeiros do Éden

Daniel e Patch, eu até gosto de vocês, mas pra mim anjo só mesmo Denyel. Bonito, alto, moreno, com a barba por fazer e de hábitos no mínimo duvidosos, Denyel é tudo que qualquer celeste (e mortal) pode querer.

10) Edward Cullen

edward

Tudo bem, ele brilha e é meio patético na hora da pegada, mas não posso negar que a primeira vez que li, Edward me hipnotizou. E eu não sou cega, né? Não dá pra dizer que Robert Pattinson é feio.

Bom, acho que isso é tudo. Eu andei vendo outras listas e elas eram um pouco diferentes da minha. E qual é a sua?  E para os leitores do sexo masculino, também pergunto, qual personagem feminina balança vocês?

Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

HP Forever

 

Estava outro dia passeando pelos blogs, e me deparei com uma frase linda, em homenagem à Goddess Rowling. E como eu comprei Harry Potter e as Relíquias da Morte – parte 2 e resolvi fazer uma maratona (não assisti todos os filmes num dia só, não ia aguentar, mesmo amando a série. Assisti um por dia), eu me inspirei a fazer essa pequena homenagem.

Eu não cresci com a série. Comecei a ler quando estava no último ano da faculdade, com 23 anos (ops! Entreguei a idade ;D), mas nenhuma saga me marcou tanto quanto Harry Potter. E sofri como todo pottermaníco quando assisti o capítulo final no cinema. Mas, como já disse minha amiga Fernanda, it’s only over for muggles.

A frase eu vi no blog Mundo de Tinta e achei fantástica. Ela é de Stephen King, o mestre do terror. E é essa:

"J.K. Rowling escreveu em um capítulo uma história de amor melhor que Stephenie Meyer fez em quatro livros."

Agora, não é segredo que eu gosto da Saga Crepúsculo (já disse, prazer culposo. Tenho vergonha de admitir), mas ele tem razão. É impossível não se sensibilizar com as memórias de Snape na penseira, mesmo que você não seja fanático como eu. Isso sim que é amor de verdade!

After all this time

Não precisa dizer mais nada. Ela resumiu em uma palavra na verdade todo o sentimento de Snape. Por isso que ela é Goddess! E aposto que depois de muitos e muitos anos, vários fãs irão atribiur a mesma frase à saga. A figura, aliás, peguei no We Heart It. Lá tem várias fotos bem legais, e foi dica da minha amiga Fefa, do Apaixonada por Papel. Só é preciso paciência para achar.

E já que mencionei a cena da penseira, olha ela aí (chorei mais ainda assisitindo em casa do que no cinema). Ela está editada, mas pelo menos dá pra ter uma ideia:

Show de interpretação de Alan Rickman!

Beijos e até o próximo post!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal!

 

Esse é um post rapidinho, só pra desejar a todos um Feliz Natal, repleto de paz, amor e muitos presentes!

gatinho natal

merry christmas 

Beijos e até o próximo post!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Filhos do Éden – Herdeiros de Atlântida – Eduardo Spohr

 

Filhos do Eden Há uma guerra no céu. O confronto civil entre o arcanjo Miguel e as tropas revolucionárias de seu irmão, Gabriel, devasta as sete camadas do paraíso. Com as legiões divididas, as fortalezas sitiadas, os generais estabeleceram um armistício na terra, uma trégua frágil e delicada, que pode desmoronar a qualquer instante. Enquanto os querubins se enfrentam num embate de sangue e espadas, dois anjos são enviados ao mundo físico com a tarefa de resgatar Kaira, uma capitã dos exércitos rebeldes, desaparecida enquanto investigava uma suposta violação do tratado. A missão revelará as tramas de uma conspiração milenar, um plano que, se concluído, reverterá o equilíbrio de forças no céu e ameaçará toda vida humana na terra. Ao lado de Denyel, um ex-espião em busca de anistia, os celestiais partirão em uma jornada através de cidades, selvas e mares, enfrentarão demônios e deuses, numa trilha que os levará às ruínas da maior nação terrena anterior ao dilúvio – o reino perdido de Atlântida.

Eu nem ia ler esse livro agora. Depois de (re)ler todo o Ciclo A HerançaAhmnat, eu ia dar um tempo na fantasia. Mas o final de Ahmnat me lembrou muito A Batalha do Apocalipse e eu não resisti. E, se já tinha gostado muito de Batalha, eu AMEI este. Para os fãs, ele não é continuação da história de Ablon e de Shamira, mas uma série nova, situada no mesmo universo. Até há uma menção honrosa ao anjo renegado, mas ele não participa dos eventos narrados em Herdeiros de Atlântida.

Desta vez a ação gira em torno de Kaira, uma arconte da casta dos ishins. Arconte porque ela é a líder de uma missão em nome de Gabriel. Só que ela some na Terra sem completar a missão. Então, Urakin e Levih partem para a Haled para resgatá-la. Mas, quando eles finalmente a encontram, há mais um problema: Kaira não se lembra quem é e não consegue acionar seus poderes celestiais.

Kaira é uma guerreira, apesar de não saber disso, e poderosa. Mas ela passou muito tempo na Haled, como uma mortal, por isso tem sentimentos bem humanos (há outra explicação para isso, mas não vou estragar a surpresa). Ela tem dúvidas e medos, mas é muito certinha. É muito íntegra e tem um senso de responsabilidade muito forte. E o legal é que ela passa de uma garota comum no começo para uma líder segura e determinada.

Urakin é um querubim, conhecido por Punho de Deus (isso já dá uma ideia de como ele é) e, até pelas características da sua casta de guerreiros, é pragmático e de poucas palavras. É fiel e suporta tudo em nome dos amigos e de sua líder, mesmo desmemoriada. Levih é um ofanim, conhecido por Amigo dos Homens. É um pacifista, detesta partir para a violência (ao contrário de Urakin, que se sente melhor lutando) e acredita que a melhor solução é sempre o diálogo. É doce e de natureza alegre. E por ser muito empático, ele solidariza com a dor dos outros, ainda que seja inimigos. E, como Urakin, é fiel à líder e aos amigos.

Ajudando o trio está Denyel, outro anjo da casta dos querubins, mas este exilado. Este, por passar muito tempo na Terra, vivendo como mortal, adquiriu alguns hábitos nada condizentes com um anjo: bebe uma cerveja atrás da outra, é sarcástico e não tem lá muitos pudores. Mas, claro, que foi ele que eu mais gostei. Ele tem um passado meio sombrio, que vai se revelando aos poucos, e não inspira muita confiança. Ele tem uma rixa com Urakin, que ainda não ficou clara (esse é só o livro 1, então a explicação disso ainda está por vir), mas os dois se aliem frente a um inimigo comum.

Outro personagem intrigante é o Primeiro Anjo, líder dos sentinelas, anjos enviados à Terra para proteger a humanidade das catástrofes que assolaram o planeta no passado (as eras glaciais, o dilúvio). Eles estão bem no meio da disputa entre Miguel e Gabriel, e buscam vingança pelas desgraças. Não sabemos muito sobre o Primeiro Anjo, e seu drama se desenvolve em paralelo à de Kaira, mas aos poucos vai revelando uma conspiração milenar e um jogo de poder que pode acabar com a humanidade.

Do outro lado estão Yaga, uma hashmalim sob as ordens de Andril, um dos arcontes de Miguel, ishim do gelo e do frio. Ele é o principal opositor de Kaira, e é indestrutível. É absurdamente auto-confiante, e implacável. Já Yaga é esperta e cheia de artimanhas. Ainda ajudando a dupla está Sirith, um demônio que assume várias formas durante o livro.

Ainda destaco Andira, um deusa da floresta que ajuda Kaira e Denyel. Ela tem uma serenidade bem maternal, e também é muito poderosa. Esconde uma relação prévia com Denyel, mas o que realmente aconteceu não sabemos. Gosto dela. Espero que ela retorne no futuro.

Como em Batalha, este também flutua entre o presente e o passado, e entre os vários planos celestiais. Este é mais movimentado também, e os capítulos são curtos, logo que a gente acaba um, já embala no outro. Dá para ler bem rápido. O romance também está mais evidente neste, com a atração óbvia entre Kaira e Denyel, mas sem ficar meloso. Os personagens em geral também são mais humanos, não são tão heróicos, apesar de terem seus momentos. E o final deixa aquele gostinho de quero mais, e muitas outras perguntas foram deixadas para frente. Vale a pena ler.

Trilha sonora

Em primeiro lugar, uma música bem relevante o livro todo (e provavelmente no próximo também) Can't take my eyes off of you, do Frankie Valli (essa música tem ainda uma versão muito divertida em 10 coisas que eu odeio em você, com Heath Ledger – RIP – cantando. Relembre a cena. Adoro as duas). Também Stay (Faraway, so close), do U2 (uma das minhas preferidas, e que eu não consegui ver ao vivo. Eles não tocaram no show que eu fui, The PopMart Tour, em 1998), Somewhere in between, do Lifehouse e Run to the water, do Live.

Se você gostou de Herdeiros de Atlântida, pode gostar também de:

  • A batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr;
  • Ahmnat – Os amores da Morte – Julien de Lucca.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Ahmnat – Os amores da Morte – Julien de Lucca

 

AHMNAT O que pode acontecer quando Morte e Destino brincam com o sentimento mais perigoso? Ahmnat é uma garota egípcia que, após uma vida cheia de turbulências, tristezas e mágoas, assume o cargo de Morte e passa a viver entre este mundo e o além-vida. Porém ela não está sozinha. Logo conhece Destino, responsável por escrever as vidas mortais, que fica surpreso e abismado ao vê-la no lugar de poderosa entidade. Destino propõe, então, um sádico jogo a Ahmnat: criará dez vidas mortais, humanos bem especiais, para tentar fazê-la se apaixonar por eles. Se Ahmnat se apaixonar por qualquer um, ela volta para a Terra como mortal novamente, dando a oportunidade de Destino reescrever sua vida. Caso contrário, será Destino quem se tornará mortal, permitindo que Morte venha buscá-lo pessoalmente.

Mas que situação difícil você me colocou hem, Julien?: Sim, eu sei muito bem que você está lendo, e isso me deixa meio nervosa. Mas não vou mentor porque: 1) eu sei que você não ia querer isso e 2) porque você sabe que uma coisa que eu não sou é puxa-saco. Nem sei fazer isso. Portanto, vou dar minha opinião sincera. Não precisa se assustar também, que não vou detonar como fiz com Amanhecer (hehe). Sério, não vou mesmo.

Bom, depois dessa divagação, vamos começar. A história começa no Antigo Egito, onde nossa protagonista nasceu, mais ou menos 4 mil anos atrás. Ela é uma garota pobre, que adora (quase venera mesmo) a mãe, mas tem problemas com os meio-irmãos e todos na pequena vila onde mora. E como desgraça pouca é bobagem, ela ainda é perseguida por um ser misterioso a quem ela chama de Maldito. Depois de uma vida breve, mas muito sofrida, ela morre, mas num ato de desespero, se torna Morte. Daí para ela conhecer Destino e entrar no jogo dele não demora nada.

Ahmnat, ou Morte, é uma garota mimada e um tanto arrogante. Se acha a entidade das entidades, mas ao mesmo tempo, não sabe direito o que faz. Seu humor também é volátil. Ela passa da paixão à vingança (e sua vingança geralmente significa um banho de sangue) num piscar de olhos. E ela também é presunçosa, porque tem poderes que nem conhece direito, mas principalmente porque tem o dom a telepatia, e, sabendo o que os outros pensam, ela sempre se antecipa ao que eles esperam dela, só para ficar se sentindo com ar superior. Isso é um tanto irritante. Por outro lado, ela tem um senso de humor sagaz e sarcástico, o que eu gosto.

Destino, por sua vez, é uma entidade que tem a forma de um garoto de uns 16 anos, e até o temperamento de um adolescente. Também é sarcástico, e inteligente, perceptivo e inventivo. Não mede esforços para ganhar a aposta. Gosto dele mais do que de Morte, pena que ele aparece pouco. Podia ter mais destaque. Mas isso é explicado. Ele vive meio recluso, por causa de seu trabalho infindável de escrever as vidas humanas. Ainda assim, merecia mais destaque.

O Maldito é um mistério que permeia o livro até o final. É sádico e gosta de brincar com Morte, de maneira perversa. Ele sempre aparece em momentos cruciais, geralmente para se vangloriar ou humilhar Morte. Confesso que me surpreendi quando sua identidade foi finalmente revelada. Não que, pensando agora, em retrospecto, não fosse previsível, mas é que durante o livro, Julien dá pistas que levam a gente em outra direção.

Outro personagem que destaco é Lúcifer. Estrela da Manhã, como também é chamado, é talvez o personagem mais legal do livro. É ambicioso e tem um senso de humor mordaz, e leva sua existência sem muitas preocupações, simplesmente se divertindo com os mortais e os prazeres da vida (todos eles). E, vendo sob sua perspectiva, o Inferno parece bem mais divertido do que o Paraíso.

Já os tais amores da Morte não são lá muito dignos de nota. Não aparecem muito, e servem mais como coadjuvantes no embate de egos que rola no além. Entre eles há figuras históricas importantes, mas que não foram muito bem desenvolvidos.

O ritmo é meio lento no início. Demorei um pouco para embalar. Da metade para o fim, porém, fica mais intenso. Também, pelo tempo decorrido, os períodos históricos poderiam ser mais bem explorados. O final, no entanto, é surpreendente. Gostei bastante, e já fiquei curiosa para saber como a história de Ahmnat continua (claro, tinha que ser uma série…Julien, te mato). No geral, para um livro de estreia, é bom, uma leitura gostosa, e apesar de demorar um pouco, ela flui. Recomendo com certeza, e não porque o autor é meu amigo. Recomendo porque vale a pena mesmo.

Trilha sonora

Para começar, Only one, do meu querido Lifehouse (pensa que é para qualquer um que eu coloco minha banda do coração? E o vídeo é fofinho, com a Lindsay e o supergato e megagostoso Danny Messer de CSI: NY…ê aqui em casa…). Também Sympathy for the Devil, com o Guns, que é bem melhor que a versão original com os Rolling Stones (com todo o respeito). E apesar do nome, ela serve não só para Lúcifer, mas para outros personagens. Ainda com o Guns, Live and let die (com mil perdões, novamente, a Sir Paul McCartney, mas essa música tem que ser com o Guns). Mais The end is the beginning is the end, do Smashing Pumpkins (uma das duas que eu gosto deles, da trilha de Batman & Robin, mas esse vídeo com Batman Begins e The Dark Knight é bem melhor…Saudades do Heath Ledger… o melhor Coringa de todos). Também Full circle, do Aerosmith, Time is on my side, essa original, dos Rolling Stones, e finalmente Bring me to life, do Evanescence.

Se você gostou de Ahmnat – Os amores da Morte, pode gostar também de:

  • A batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr;
  • Filhos do Éden – Herdeiros de Atlântida – Eduardo Spohr;
  • A menina que roubava livros – Markus Zusak.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O silêncio dos inocentes

 

silence of the lambs Faz um tempo escrevi sobre uma boa surpresa, que foi Conta comigo, outro dia tive outra (thank you TCM!). O canal TCM está com um especial chamado “50 filmes para ver antes de morrer”, ou algo parecido. Conta comigo estava na lista e ontem foi a vez de um dos melhores filmes de suspense que eu já vi. Realmente um clássico do gênero.

Estou falando de O silêncio dos inocentes (The silence of the lambs). Ele é baseado em um livro de mesmo nome de Thomas Harris, e confesso que nunca li (falha minha!). para quem ainda não viu, ele conta a história de uma novata agente do FBI (a excelente Jodie Foster) Clarice Starling. Ela é uma aluna exemplar da academia, e é escolhida para ajudar na investigação de um assassinato serial onde o assassino esfola suas vítimas, todas mulheres um pouco mais cheinhas.

clarice

Clarice não é escolhida ao acaso. Para finalmente capturar o tal, o FBI espera contar com o experiência de um outro assassino serial, este internado numa clínica psiquiátrica. Claro que estou falando do Dr. Hannibal Lecter, ou Hannibal Cannibal, como é conhecido (nem preciso dizer porque, né?). Ele é um psiquiatra extremamente competente, tirando sua dieta, e entende como ninguém a mente do tal assassino que Clarice persegue. No filme ele é interpretado maravilhosamente bem por Anthony Hopkins. O cara dá medo, e rodei, rodei, mas não falei porque Clarice foi escolhida. Além de ser brilhante, ela é o tipo de Lecter, portanto não passa de um peão para conseguir a colaboração do canibal. Aliás, esqueci falar que ele não aparenta ser nem de longe o que todo mundo fala. À primeira vista. O cara é educado, sofisticado e tem fala mansa. Mas ele sabe como ninguém entrar na cabeça dos outros e fazer um belo estrago. É provavelmente o melhor vilão do cinema. Faz Darth Vader parecer um menininho mimado atrás da chupeta.

O filme é excelente. As atuações são espetaculares, especialmente de Sir Anthony Hopkins. Dá arrepios quando ele fala, com uma voz um tanto anasalada: Good evening, Clarice. E o ataque que ele orquestra nos dois palermas que tomam conta dele na metade do filme é de uma violência absurda. E a cara de absoluto prazer que ele mostra, com a boca cheia de sangue…Dá arrepios. Mas tudo é muito bem executado. A fotografia sombria e a trilha sonora sinistra completam o conjunto.

hannibal

Há ainda dois filmes com o famoso canibal: Hannibal, a segunda parte. Aqui Clarice é retratada por Julianne Moore, também competente, mas o filme não é tão bom. E uma pré-sequencia na verdade, Dragão Vermelho, com Edward Norton e o Dark Lord em pessoa, Ralph Fiennes como o assassino da vez (e ele é brilhante aqui também, pra variar). Este último é bom também, mas não como o primeiro. Suspense psicológico de primeira. vale a pena. E aí vai  trailer para você sentir os pelos se arrepiarem um pouquinho:

Selinho

 

Oi gente! Rapidinho só pra dizer que ganhei mais um selinho. Dessa vez, quem me enviou foi a  fofa da Kathleen, do blog Gato Feio. Taí o selinho:

selinho cachorro

Fofo, né? Quem recebe, ainda tem que responder a seguinte pergunta:

  • Qual o seu maior sonho e o que você faz para conquistá-lo?
  • Bom, eu sonho com muitas coisas: viajar o mundo (tento economizar o dinheiro sempre, mas sempre tem aqueles imprevistos…Mas eu chego lá), escrever um livro (falta ideia…Mas não perco as esperanças!), trabalhar como tradutora/intérprete (pra isso faço faculdade).

    Ah! Kath, eu também já alimentei o sonho de ser uma CSI (e quem sabe encontrar um Danny Messer ou Det. Flack?Ou mesmo um Greg Sanders…)! Na faculdade eu até estudei um pouco de perícia, mas o curso de especialização custava (há uns 5 anos) R$ 400,00, e eu não podia pagar na época (nem hoje eu posso, mas também não sonho mais com isso).

    Também tenho que recomendar 12 blogs (não sei se consigo 12, mas vou tentar):

    Beijos e até mais!

    domingo, 11 de dezembro de 2011

    Esclarecimento

     

    Vocês podem ter notado que eu removi os comentários aí do lado. Foi para não dar spoilers sem querer, como aconteceu com alguns de As Crônicas do Gelo e do Fogo. Quando dou spoilers nas resenhas, eu aviso. Mas não se preocupem. Eu recebo por e-mail, e leio TODOS. Também faço questão de responder. Basta checar no post que o comentário foi feito. Ou, no caso de você ter um blog, no seu blog.

    Assim, caro leitor, pode continuar comentando à vontade. Só lembrando que respeito é bom e todo mundo gosta. Xingamentos e comentáios desrespeitosos não serão publicados, bem como assuntos não relacionados com qualquer post que eu publique. Eu aceito que as pessoas discordem de mim, sem problema, mas façam com educação, falou? E não esqueçam de se identificar, para que eu possa responder direito, tá? Não gosto quando não sei quem escreve. É muito ruim de responder, mas respondo do mesmo jeito.

    Beijos e até o próximo post!

    Amanhecer – parte 1

     

    breaking dawn movie Eu nem ia comentar nada, mas como falei dos outros, ia ficar estranho se não falasse desse também. Já disse antes, não tenho nada contra a saga. Pelo contrário, adoro. É, aquele prazer culposo (um de muitos)…Mas é fato: se eu pegar Twilight pra ler hoje, só vou largar quando terminar Breaking Dawn (eu li em inglês). E acredite quando eu digo que não largo mesmo. Sim, tem mil e uma falhas, mas é hipnotizante. Sendo assim, claro que eu tinha que acompanhar a saga no cinema. Já falei dos outros filmes (leia aqui para ver comentários mais gerais e aqui para ler sobre Eclipse).

    E se a saga seguia até que razoavelmente bem (na medida do possível) no segundo e no terceiro, neste foi ladeira abaixo. E a derrocada já começa nos créditos (no caso finais, porque os créditos só aparecem mesmo no final): Stephenie Meyer como produtora. Peraí, né. Ela até que dá para o gasto escrevendo, mas produzir um filme? Acho que está um pouco fora do alcance.  Menos, filha, menos. Deveriam deixar isso com quem realmente entende do negócio.

    E esse negócio de dividir em dois então? Completamente desnecessário (quer dizer, em termos de arrecadar dinheiro, foi uma sacada de mestre). Ao contrário de Harry Potter, Amanhecer não tem muitos detalhes, e muita coisa poderia ser cortada sem prejuízo, então dividir o filme não passa mesmo de golpe. E o corte foi muito mal feito ainda por cima, na hora errada. A primeira parte cobre desde o casamento de Bella com Edward até o nascimento da criaturinha e Bella acordando como vampira. Ou seja, a segunda parte vai cobrir o  “treinamento” dela até o bate-papo broxante do final. Quer dizer, absolutamente nada, sem conteúdo. E, incidentalmente, quando eu fui ver Os Três Mosqueteiros (acho), passaram o trailer, que já contava o filme todo (vou colocar no final)!

    O roteiro do filme é quase inexistente, fraco demais, e um enrolação do caramba. Tudo bem, o material inicial não é lá muito bom, mas ainda assim conseguiram fazer alguma coisa nos outros. Aqui, não deu em nada. E em termos de atuação, pelamordedeus! Agora ninguém se salva. Um pior que o outro. E mantenho que não acho que os atores em geral sejam ruins. Mas seu desempenho é só tão bom quanto sua condução. E a direção é péssima. Ponto mesmo só para Robert Pattinson e a tentativa patética de falar português (e mesmo assim, tenho minhas dúvidas se ele realmente falou tudo – que não foi pouco – ou se teve alguma dublagem em cima). Pelo menos o cara não tem medo de pagar mico (ou neste caso, King Kong).

    Se tem uma coisa que se salva no filme é a fotografia. Linda, tanto em Forks (não sei onde é a locação) quanto no Rio.  E os efeitos especiais para fazer Bella ficar com cara de doente (mais do que o normal) e com aquela magreza que não é natural também estão bem feitos. Só dá pra perceber que é CG quando ela vira vampira. E uma coisa com a qual me identifico 100%: Bella treinando para caminhar até o altar nos saltos altíssimos. Como coordenação não é meu traço mais forte, eu admiro isso. Não consigo essa proeza (pra ter uma ideia, às vezes tropeço de All Star). Fora isso, nada a se aproveitar. Aí vai o trailer (vê só se eu não tenho razão):

    Beijos e até a próxima!

    sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

    Inheritance – Christopher Paolini

     

    Tudo começou com Eragon

    E termina com Inheritance.

    InheritanceNão muito tempo atrás, Eragon – Matador de Espectros, Cavaleiro de Dragão – era nada mais que um fazendeiro, e seu dragão, Saphira, apenas uma pedra azul na floresta. Agora o destino de toda uma civilização está em seus ombros. Longos meses de treinamento e batalhas trouxeram vitórias e esperança, mas também perdas de partir o coração. E ainda, a batalha real está a frente: eles precisam confrontar Galbatorix. Quando isso acontecer, eles deverão ser fortes o bastante para derrotá-lo. E se eles não conseguirem, ninguém mais conseguirá.  Não haverá segunda chance. O Cavaleiro e seu dragão chegaram mais longe que qualquer um jamais ousou chegar. Mas serão eles capazes de derrubar o rei cruel e restabelecer a justiça a Alagaësia? E se conseguirem, a que preço? Este é o tão esperado final do best- seller mundial Ciclo A Herança.

    ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DO CICLO A HERANÇA!

    E talvez alguns deste livro mesmo. Mas, como sempre, eu aviso antes, pra não ter problema. Este começa pouco tempo depois do final de Brisingr, e já começa agitado, no meio de uma batalha. Os Varden, junto com Eragon, Saphira e Arya, estão retomando uma das cidades do Império. E logo de cara já temos uns sustos, meu coração parou, mas tudo ficou bem. Na medida do possível.

    Eragon agora já é um  Cavaleiro graduado. Ele teve que amadurecer, depois do golpe da morte de Oromis no terceiro. E seu amadurecimento não é só pessoal. Ele agora é um guerreiro melhor e até certo ponto, mais duro. Não é nem de longe o melhor do livro, mas ele já não é tão insuportável. Em termos, quer dizer. Como tem o posto de único Cavaleiro livre, esse aspecto às vezes deixa ele um pouco arrogante (acho que é a convivência com Saphira…). E, sinceramente, ele continua burrinho… Algumas coisas bem óbvias, ele não enxerga. Mas de qualquer forma, gosto mais dele neste livro do que nos outros. E uma coisa bem legal, é que apesar da arrogância, ele tem incertezas e medos, o que fazem dele mais humano.

    Arya, por sua vez, está menos distante, e já começou a admitir para si mesma seus sentimentos por Eragon. Mas acho que a relação dos dois deixou um pouco a desejar. Como Eragon, ela não está tão chata. Ainda me irrita, mas menos. Gosto desse lado menos reservado dela.

    E Roran, fechando o trio da batalha que eu falei no começo, finalmente tem seu valor apreciado pelos Varden (e por Nasuada). Depois que conseguiu comandar com grande competência um batalhão, ganhou a patente de Capitão. E ele é respeitado por todas as raças da Alagaësia, incluindo os Urgals. Ele continua determinado, e luta com paixão para defender sua família e a liberdade. E mantenho que ele é melhor guerreiro que Eragon. Em boa parte do livro, ele fica sem as proteções que Eragon lança sobre ele, e consegue se manter em pé. Eu diria que isso requer muito mais coragem. Me decepcionei um pouco porque o que eu queria para ele não aconteceu, o que eu achei que foi uma falha da parte de Christopher Paolini. Mas ainda assim, Roran é O cara (um dos. Daqui a pouco falo do outro, se você ainda não adivinhou). E uma coisa que gosto em Roran é que ele é um guerreiro implacável, mas é super carinhoso com Katrina, e, nas palavras de Arya em certa altura, só é rude com quem não sabe tratar com ele (ponto para ela!).

    E um dos que não sabem tratar com ele (e para quem Arya dirige as palavras) é o Rei Orrin. Esse cara apareceu pela primeira vez em Eldest, mas eu não achei que valia a pena mencionar o sujeito. Por que agora então? Porque ele sofreu uma mudança radical. No começo, ele não passava de um rei jovem e mimado, e totalmente alienado de tudo. Só o que ele quer fazer é se dedicar aos estudos de filosofia e algo que acho que deve ser parecido com a alquimia. Estava mais para bobo-da-corte do que para rei. Ele governa Surda, e é com ajuda (financeira e de homens) dele que os Varden conseguem invadir o Império. Só que já na primeira aparição dele neste livro, o cara está totalmente diferente: amargurado e sombrio, já não está alienado e tem até uma certa sede de sangue. Só que pelo que parece, o cara tem mais apreço pelo vinho, e acaba dizendo umas besteiras. Ele continua um idiota, mas agora é um idiota perigoso, até certo ponto ambicioso, e que pode colocar tudo a perder. E por isso acaba se chocando com Roran, que não tolera a estupidez do almofadinha e não tem medo de enfrentar o filhinho de papai.

    Outra que entra em choque com ele é Nasuada. Ela ainda tem umas atitudes meio autoritárias, mas ela vai passar por maus bocados neste, o que vai forçá-la a reavaliar muitas coisas, incluindo antigos sentimentos que pareciam ter morrido quando Murtagh foi capturado e escravizado por Galbatorix. (SPOILER!) Sim, ela passa boa parte do livro com Murtagh, mas esses momentos não são nada fáceis. E tenho que admitir, a mulher é forte. (SPOILER!) Ela é torturada por ninguém menos que Galbatorix, mas segura a barra muito bem. Claro que ela não faz isso sozinha (se você ainda não adivinhou, já falo quem ajuda), mas mesmo assim, essa parte está descrita com detalhes, e é de arrepiar. É realmente de admirar que ela não tenha sucumbido. Ela subiu no meu conceito.

    Bom, chegou a vez do outro “cara” do livro. Murtagh, claro. E sim, (SPOILER!) é ele quem ajuda Nasuada. Mas ele tem que fazer as coisas na surdina, para que Galbatorix não desconfie. Falando em Galbatorix, o cara é um sádico de primeira. Ele sabe dos sentimentos de Murtagh por Nasuada (e não tenha dúvidas, ele realmente a ama. E muito) e por isso mesmo, ele obriga o pobre Murtagh a ser o torturador (e torturado, porque ele sofre junto). Dá dó. Dá para perceber que se ele pudesse, trocaria de lugar com ela. Ele se odeia por isso. Mas é esse amor que vai ser a sua salvação. Como ele próprio admite, agora ele luta não por ele, mas por outra pessoa.  Em nenhum momento ele diz que a ama, mas está na cara. E ele, como Roran, não mede as ações quando se trata de defender Nasuada. (SPOILER!) E quando Nasuada pergunta porque ele faz isso, ele só diz “You know why”. Gostei disso, não ficou meloso, e combina com a personalidade dele. Ele continua o melhor personagem do livro, e é uma pena que este seja o último (será? Nos agradecimentos Christopher Paolini deixa a entender que vai voltar para Alagaësia e com os mesmos personagens. Espero que sim, e que Murtagh ganhe o merecido destaque) porque eu queria muito ver como a história de Murtagh e Nasuada continua.

    Se eu já gostava de Angela nos anteriores, neste eu passei a gostar ainda mais. Ela tem mais destaque, e parte para a luta. E surpreende. Continua com a língua afiada, insultando quem quer que seja, e, como Sandra Bullock, agora ela está armada e fabulosa. Ela é outra que eu gostaria muito de acompanhar no futuro.

    Elva, depois que é “curada” por Eragon, dá uma desaparecida. Mas ela retorna, e ainda que Eragon tenha removido parte da maldição (ela ainda sente a agonia dos outros, mas não tem mais a compulsão de impedir que eles sofram, o que a permite que os ignore. E ela ainda tem um estranho poder de persuasão e ainda consegue prever o futuro. Por isso, ela ainda é uma arma valiosa. E uma coisa ela não perdeu: ela, como Angela, mantem sua língua afiada, e não hesita em soltar seu veneno em quer que seja (só que seu alvo favorito é Eragon, o que eu acho show de bola).

    (SPOILER!) Uma coisa me incomodou um bocado. E acho que também vai afetar quem for ler e está ansioso para conhecer o novo dragão. O tal só vai aparecer no final e ainda vai para quem não deveria. Não gostei da escolha, mas enfim, fazer o quê? E ele decepcionou também pelo temperamento. Nada comparado a Thorn ou mesmo Saphira. Christopher Paolini poderia ter surpreendido, mas ficou com o mais óbvio. Mas, de novo, quem sabe ele compensa em um outro livro?

    E falando nisso, apesar de ter fechado todos os buraquinhos da trama, ele abriu novos, o que dá margem para pelo menos mais um livro (vamos manter os dedinhos cruzados!). E, como nos outros, o autor mostra amadurecimento nesta conclusão. Inheritance é tão denso (se não mais) quanto Brisingr, e agora posso dizer que este se tornou o meu favorito. Lealdades são testadas, sentimentos entram em conflito e o clima é mais sombrio. Com certeza o melhor da saga. Ah! E não traduzi o nome do livro lá em cima, na sinopse, porque não tenho certeza se a editora aqui vai traduzir. Em uma nota pessoal, eu não traduziria, porque todos os livros da saga têm um nome diferente (às vezes difíceis de pronunciar), e com a tradução isso se quebra. Eu, como disse, deixaria como está e colocaria uma nota de tradução no final.

    Trilha sonora

    Essa é extensa. Para começar, Best of you, do Foo Fighters. Ainda cai muito bem para Murtagh, e agora a resposta dele (were you born to resist or be abused) é à altura. E também perfeita para ele e Nasuada, Blind as a bat, do Meat Loaf:

    Your love is blind, blind as a bat
    The way that you're leading me home like that
    Your love is blind, blind as bat

    Esse é só o refrão, mas tem mais coisa que se aplica. Veja a letra. Também Save me, do Hanson. É, tenho vergonha disso, mas adoro essa música (a única) e depois ela cai direitinho para os dois. Ainda para eles, a fofíssima (e com o vocalista supergato, e com uma voz maravilhosa) When you say nothing at all, do Ronan Keating (ex-Boyzone. E pensar que quando eu fui para Portugal, eles estavam numa loja e eu passando na rua, não entrei para ver esse monumento…).Também Set fire to the rain, da Adele (there’s a side to you that I never knew). E finalmente I'll stand by you, do Pretenders (amo essa música).

    E tem mais uma que é perfeita para os dois. Quem lembrou foi o Alexandre, que comentou o post (Obrigada Alê!). Como fazia tempo que eu não escutava essa música eu tinha esquecido dela. E é outra que parece que foi escrita para Murtagh e Nasuada neste livro. A música é The reason, do Hoobastank (que eu adoro, aliás). Olha só esse trecho:

    I'm sorry that I hurt you
    It's something I must live with everyday
    And all the pain I put you through
    I wish that I could take it all away
    And be the one who catches all your tears
    That's why I need you to hear

    I've found out a reason for me
    To change who I used to be
    A reason to start over new
    And the reason is you

    De modo mais geral, começo com Run to the water, do Live (uma das minhas bandas, e músicas, favoritas. Pena que o Live acabou), The space between, do Dave Matthews Band (se bem, que essa tá mais pra Murtagh/Nasuada…), Save me, do Remy Zero, What I've done, do Linkin Park, Broken, com Seether e Amy Lee e para terminar It is what it is e Whatever it takes, do meu querido Lifehouse.

    Se você gostou de Inheritance, pode gostar também de:

    • As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
    • coleção Harry Potter – J. K. Rowling;
    • As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis;
    • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien;
    • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
    • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley.

    quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

    Faixa a faixa – Barenaked Ladies – Everything to Everyone

     

    BNL Everything to everyone Outra falha minha mês passado foi não escrever o Faixa a Faixa.Mas olha eu aqui reparando o erro. E, como no caso da Música do Mês, esse mês também vai ter dois Faixa a Faixa, certo?

    O escolhido desse mês é uma banda que eu adoro, e acho que não é muito conhecida aqui no Brasil. Trata-se do Barenaked Ladies, uma banda de pop-rock-country canadense que faz umas musiquinhas, em sua maioria, bem-humoradas e irônicas, que deixam a gente com um sorrisinho bobo no rosto por motivo nenhum. E pelo menos uma música deles é bem conhecida por aqui: The Big Bang Theory Theme, que eu adoro ( e você talvez encontre como The History of Everything. Eu sinceramente não sei o nome dessa música. No Amazon está como The Big Bang Theory Theme, mas dá para achar com os dois nomes). E aí vai um desafio: quem é que consegue cantar a música toda? Taí a letra.

    Everything to Everyone é de 2003 e é tido como um dos melhores deles. Gosto bastante dele e o álbum é uma verdadeira mistura de coisas, indo desde o country para uma rock’n’roll bem inteligente. E como não quero me repetir, vamos logo ao que interessa. Também vou linkar as músicas no YouTube para quem quiser ouvir (o que eu recomendo).

    1) Celebrity: já começa com um exemplo da ironia de que eu falei acima. Letra mordaz, com uma batida mais pop bem calminha, quase uma balada;

    2) Maybe Katie: letra bem-humorada sobre um cara que namora um mulher mais velha. Pura tiração de sarro, embalada em um ritmo bem alegre para combinar com o dilema;

    3) Another postcard: adoro esta música. Essa é uma daquelas que é claramente uma brincadeira, com um monte de chimpanzé, pra todos os lados. E só pelo começo dela, já dá pra sacar que ela é divertida;

    4) Next time: começa mais calminha, quase um hino, mas depois sobe, e não deixa de ter o mesmo toque de humor das outras, mas mais sombria e auto-depreciativa;

    5) For you: mais puxada pro country, essa é mais bonitinha, meiguinha mesmo;

    6) Shopping: crítica mordaz, mas bem-humorada sobre o consumismo. E o pior é que atire a primeira pedra quem nunca se sentiu melhor por fazer umas comprinhas…

    7) Testing 1, 2, 3: humor negro de primeira, bem auto-depreciativo, com uma batida pop que engana o acidez das palavras;

    8) Upside down: um meio tango, mas como diz o nome, meio às avessas, já que ao contrário do original, este é mais alegre, apesar da letra bem ácida;

    9) War on drugs: balada mais puxada pro country e letra mais sentimental, ainda que com um toque de humor negro e mordaz;

    10) Aluminum: adoro esta música também. Batida mais pop, e uma letra que pode ser mesmo sobre alumínio ou ter outra interpretação (por exemplo, se referindo a pessoas) , realmente neste caso eu não sei;

    11) Unfinished: adoro especialmente o refrão dela, com as palavras terminando gradualmente. A letra, aliás, é bem escrita, cheia de contradições  e toda rimada e o ritmo mais pop também combina com o resto;

    12) Second best: mais pop, também divertida;

    13) Take it outside: também mais puxada para  a balada country, e com letra mais séria;

    14) Have you seen my love: baladaça estilo country, e letra fofinha. Uma música bem calminha para fechar o álbum.

    Bom, é isso. Espero que gostem Ainda mais músicas boas deles, como Who needs sleep?, I know, Allergies, If I had a million dollars, Shoebox…Vale a pena conferir.

    Beijos e até o próximo post!

    quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

    Música do mês – Arlandria – Foo Fighters

     

    Foo Fighters Eu sei que esse post tá atrasado, mas essa semana foi meio atribulada. Final de semestre, trabalhos para entregar, prova… Mas agora tudo volta ao normal, tá? E desculpem pela falha também. E então esse mês vai ter DUAS músicas, falou?

    Bom, com isso esclarecido, vamos lá. Um grupo que eu amo é o Foo Fighters. E outro dia a minha irmã gravou pra mim a discografia da banda em MP3. E, segundo ela, a música que mais chamou a atenção dela no último CD dos caras, Wasting Light, foi essa faixa de nome esquisito. Mas o CD de modo geral é muito bom (eu não ouvi direito porque as músicas estão misturadas no MP3) Já mencionei a ótima Walk no post de Thor, mas tenho que reconhecer: Arlandria realmente chama a atenção

    Ela começa já com uma batida forte da guitarra, mas logo o ritmo muda. Aliás, é justamente isso que eu tanto amo na música. Ela tem vários altos e baixos, e cada hora parece um música diferente. E o tempo todo, a voz de David Grohl acompanha: ora quase sussurrando, ora em altos brados. Tem espaço até pra uma batidinha mais retrô (quase um rock anos 50) e uma ponte muito bacana.

    Engraçado é que eu não curtia (a ainda não sou muito fã) do Nirvana. E mesmo o Foo Fighters só se alojou no meu coração quando gravou Learn to fly (para mim, o melhor videoclipe do mundo. Se você ainda não viu, confira: aqui). Mas a partir daí, foi paixão mesmo. E quanto mais eu escuto, mais eu amo. E Arlandria só faz reforçar isso. Espero ver ela ao vivo ano que vem. Bom, não tenho mais nada a acrescentar. Fica a cargo de vocês julgar. Aí vai o vídeo com a letra:

    Beijos e até o próximo post!