terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz Ano Novo!

 

Ano novo 2014

Dessa vez vou pegar emprestado o poema do Drummond Alegre

RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

(ANDRADE, C. D. Receita de Ano Novo. Editora Record. 2008.)

Ano novo coruja

(Imagem: Conselhos de uma coruja)

Desejo a todos os leitores, seguidores e amigos um Ano Novo repleto de realizações, muitas coisas boas e boas leituras!

Beijos e até o próximo post!

domingo, 29 de dezembro de 2013

Balanço 2013

 

cão e gatinhosOi gente! Fim de ano, hora de fazer um balanço do que passou. Diferente dos anos anteriores, que eu listei tudo que li/reli durante o ano, vou me ater aos que mais gostei.

Esse ano muita coisa mudou: mudei o layout do blog, tranquei a faculdade (e não pretendo voltar), voltei a nadar, mudei a cor dos cabelos, e incluí vídeos e fiquei devendo uma novidade (que não aconteceu, e nem vai acontecer, sorry people, mas acho que foi para o melhor, acreditem. #recalque bateu, mas não me atingiu). Mas uma coisa não mudou (e nem vai mudar): continuo lendo como louca.

Uma novidade para mim foi começar a ler em e-book. E, apesar de ainda preferir o livro impresso (nem se compara, pessoas), gostei da experiência e vou continuar com esse hábito. E para quem, como nós, adora ler, é muito prático (especialmente porque não precisamos levar um livro na bolsa, arriscando estragá-lo). Ainda leio muito mais no papel, mas adoro meu kobo também.

Bom, e vamos lá, lembrar o que me marcou este ano. Não vou listar em nenhuma ordem específica, nem ranquear, porque foram muitos livros (62 no total, sendo que li 43 e reli 19), e a a lista ficaria muito longa. Também, no caso de séries, vou listar com o nome da série, pois fica mais fácil. Colocarei os links das resenhas mencionadas também, para vocês conferirem.

Menina livros

  • Os Miseráveis – Victor Hugo: fui tomada de surpresa logo no início do ano pela história do prisioneiro 24601, tudo que ele passou nas galés e como um simples gesto fez com que Jean Valjean mudasse toda sua vida e seu ser. Me apaixonei pelo livro, um dos melhores que eu li este ano, com uma história comovente e humana;
  • Eu sou o mensageiro – Marcus Zusak: mais uma vez Zusak me pegou de jeito com a história de Ed Kennedy. O final é o que mais marcou neste livro, e fez Marcus Zusak entrar na minha lista de autores favoritos;
  • Dragões de Éter – Raphael Draccon: me apaixonei por esta trilogia nacional, que confesso que li sem muitas expectativas. Mas a narrativa ágil, repleta de referências à cultura pop, e história envolvente contribuíram para que esta coleção entrasse para a lista das preferidas;
  • O Condenado – Bernard Cornwell: adorei este thriller de investigação que foge um pouco do que eu estou acostumada de Bernard Cornwell. Sem muito sangue e lutas, nenhuma parede de escudos, este livro consegue nos prender até a última página, sempre envolvidos na investigação de Rider Sandman;
  • O Dragão de Gelo – George R. R. Martin: me surpreendeu bastante este conto infantil do Santa From Hell, que contribui para entendermos melhor As Crônicas do Gelo e do Fogo;
  • Os Goonies – James Khan: não preciso dizer nada deste livro, cujo filme foi, e é até hoje, um dos meus favoritos durante a infância;
  • 1356 – Bernard Cornwell: apaixonada que sou por Thomas de Hookton, não poderia deixar de ler a continuação de sua história depois do Graal. Mais um relato de uma batalha real, nos mínimos detalhes e flechas, muitas flechas voando pelo céu da França;
  • Beatiful Creatures – Kami Garcia e Margaret Stohl: mais um livro que li sem muitas expectativas, mas me cativou na hora, principalmente por colocar a narrativa na boca de um menino, Ethan Wate. Uma leitura leve e viciante, um bom respiro de todas as batalhas e carnificinas a que estou acostumada;
  • Cidade das Almas Perdidas – Cassandra Clare: mais um volume da série Os Instrumentos Mortais, e claro que eu adorei. Cassandra Clare mostra foco e que sua narrativa tem um objetivo, sem se perder. Série queridinha, que vem me conquistando cada vez mais a cada livro;
  • Bloodlines – Richelle Mead: me surpreende mais uma vez, voltando ao universo de VA, com uma narrativa viciante e bem encadeada, e trama intrincada e cheia de reviravoltas. Mais um vício;
  • As Aventuras do Caça-feitiço – Joseph Delaney: uma história cheia de mistério e até de terror às vezes, é uma delícia ver as encrencas em que Thomas Ward se mete por sua teimosia e desobediência. Adorei a série;
  • A Casa de Hades – Rick Riordan: depois de sofrer um ano com o final de A marca de Athena, assim que chegou já fui devorando A Casa de Hades, e me acalmei um pouco. Ou tanto quanto a gente pode se acalmar com toda a correria de Percy e cia. para parar Gaia. Amo, amo, amo;
  • O Medalhão e a Adaga – Samuel Medina: seguindo a mesma linha do Aprendiz de Feiticeiro, mas com o nosso folclore, e uma narrativa fluida e deliciosa, eu não posso esperar para ver como a aventura de Bildan continua;
  • O Chamado do Cuco – Robert Galbraith: aka nossa Goddess J. K. Rowling, este thriller à moda de Sherlock Holmes tem um caso intrincado e um detetive nada convencional;
  • Sob a Redoma – Stephen King: mais um livro que me pegou de surpresa, pois já havia visto opiniões conflitantes quanto a ele. Não necessariamente negativas, mas de que não era tudo isso, mas eu amei, e fiquei totalmente envolvida com as vidas dos habitantes de Chester´s Mill e todo o perrengue por causa do domo. E me apaixonei por Dale Barbara;
  • Divergente – Veronica Roth: me apaixonei por esta distopia logo de cara, e nem esperava que seria assim. Mas a narrativa ágil e personagens bem desenvolvidos me deixaram presa até a última página (e ainda não me recuperei direito do final).
  • O Olho do Mundo: Robert Jordan: ainda não terminei, mas já me apaixonei por esta narrativa fantástica que tem um pouco de TLOTR, ASOIAF, Eragon e O nome do vento. Prevejo mais um vício…

segredos livros

Foi isso. Li bem mais do que isto este ano, mas estes foram os que marcaram. E que 2014 traga ainda mais leituras!

Beijos e até o próximo post!

(imagens: Skoob - o que você anda lendo?, no Facebook)

sábado, 28 de dezembro de 2013

Faixa a faixa – The Silent Force – Within Temptation

 

WT - Silent forceEu adoro metal orquestrado, e uma das minhas bandas preferidas do gênero é o Within Temptation. Descobri essa banda meio que por acaso, assistindo TVD, e foi preciso só uma música para eu me apaixonar, e é até difícil eu dizer qual música deles é minha favorita, porque gosto muito de várias. Ainda não encontrei nenhuma que eu não goste. Só tenho, por enquanto, esse CD e o Black Symphony, mas acho melhor comentar esse, por ser de estúdio (e ao vivo a banda é simplesmente fenomenal, um dia ainda vou ver).

O Within Temptation é uma banda holandesa, formada em 1996, e conta hoje com Sharon del Adel nos vocais (e que vocais. Eu queria ser feia e cantar mal como ela #sóquenão), Robert Westerholt (guitarra), Martijn Spierenburg (teclados), Jeroen ven Veer (baixo), Ruud Jolie (guitarra) e Stephen van Haestregt (bateria). A banda começou a ganhar notoriedade internacional depois do álbum Mother Earth, de 2000, e The Silent Force foi lançado em agosto de 2008, sendo o terceiro álbum da banda. Então, vamos lá. Aumente o som e aproveite!

1. Intro: melodia forte, sombria, bem orquestrada, com vocais alternando entre os mais baixos e mais suaves de Sharon, lembra um pouco O Fortuna, de Carmina Burana e The Mystic´s Dream da Loreena McKennitt, tem um toque celta também;

2. See who I am: emenda na Intro, com batida forte, e coral e logo entra o vocal doce de Sharon, junto com teclados e uma batida mais suave. Backing vocals também muito bonitos, e cordas também;

3. Jillian (I´d give my heart): começa mais sombria, mas logo explode em uma batida forte, com vocais compatíveis, contrastando com o mais suave de Sharon, até o refrão, quando ela mostra o alcance de sua voz, intercalando com a flauta suave mais no final;

4. Stand my ground: começa suave, com o teclado, e aos poucos introduzindo as cordas, e depois a bateria, ela ganha força. Belo trabalho com a harpa também:

5. Pale: mais calminha, com flauta, cordas e vocais delicados, no refrão entra o teclado, e as cordas se intensificam depois a bateria, mas com batida suave;

6. Forsaken: mais uma forte, com vocais belíssimos, e batida enérgica, e Sharon mostrando que apesar de sua voz doce, combina perfeitamente com a banda;

7. Angels: começa calminha, com as cordas e o vocal de Sharon, mas depois ganha força, e gosto muito do coral e do trabalho de cordas e do piano no decorrer da música:

8. Memories: balada com um belo trabalho de cordas, e batida marcantes:

9. Aquarius: amo essa música forte, sombria e de batida marcante, com várias nuances e vocais belíssimos;

10. It´s the fear: mais uma música sombria e com batida forte, adoro o solo, a guitarra é linda, não só no solo, mas em toda a música, que também tem um lindo trabalho de cordas;

11. Somewhere: balada sombria e etérea, começando como piano, e introduzindo mais um belo trabalho de cordas;

12. A dangerous mind: guitarra bem marcada, refrão lindo com várias vozes;

13. The swan song: balada com toque celta, com base no piano, mas cordas também, e um tom de lamento encerra o CD lindamente.

Espero que gostem. Beijos e até o próximo post!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Trilha do Mês – Hands – Jewel

 

JewelA trilha desse mês eu já queria comentar faz tempo, mas eu sempre esquecia. E ela tem uma mensagem muito bonita, que eu acho que combina com a época do ano (com o ano todo, na verdade).

Jewel, para quem não conhece, é uma cantora folk americana que vem lá do frio (mas lindíssimo) Alaska. Hands faz parte do álbum Spirit, de 1995 (sério? Fiquei em choque agora…) e fez sucesso por aqui por volta de 1998/1999, se minha memória não me falha. Ela também tem uma música na trilha de Batman & Robin (pena que o filme é uma porcaria), a belíssima Foolish Games. E Jewel é também poetisa, o que transparece em suas canções, sempre sensíveis e delicadas, e o encarte do CD está cheio de citações e trechinhos delas. Neste álbum, inclusive, por incrível que pareça, ela fez uma parceria com Flea, do Chilli Peppers, que deu super certo (confira, Barcelona)

Hands não é exceção. Ela começa com o piano e a voz dela, bem suave, e aos poucos vão aparecendo outros instrumentos, mas o dominante é mesmo o piano. E a letra é lindíssima, confiram também o que eu disse sobre a poesia. Então, sem mais, veja o vídeo (que também é lindo):

In the end
Only kindness matters!

Espero que gostem. Beijos e até o próximo post!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Citação do Mês

 

Essa, por coincidência (eu anoto num caderno as citações que eu gosto dos livros, e vou seguindo a ordem para postar, para não me perder), coincide com a época do ano.

batalha apocalipse

“Cansado de admirar sua cria, Yahweh queria tocá-la, viver entre ela, amá-la. Assim dispersou seu espírito e dessa energia divina nasceu a alma humana, abençoada com o livre arbítrio e agraciada pela seiva do amor. Com isso, a energia do Criador prosperou, sobreviveu e se multiplicou sobre a superfície da Terra. Pois saiba, ó valoroso guerreiro, que em cada coração mortal bate a potência do Pai, e essa graça é infinita, indestrutível e imortal.”

Gabriel, A Batalha do Apocalipse, Eduardo Spohr, p. 482.

Aproveito para desejar a todos um Feliz Natal, cheio de paz, amor e harmonia.

coruja hohoho

Essa imagem eu peguei da página Conselhos de Uma Coruja, que é super fofa Alegre.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Inverno das Fadas – Carolina Munhóz

 

Inverno das fadasEXISTEM PESSOAS NORMAIS em nosso planeta. Homens e mulheres simples que nascem e morrem sem deixar uma marca muito grande ou mesmo significativa na humanidade. Mas existem outros que possuem talentos inexplicáveis. Um brilho próprio capaz de tocar gerações. Como eles conseguem ter esses dons? De onde vem a inspiração para criar trabalho maravilhosos? São cantores com vozes de anjos, artistas com mãos de criadores e escritores imortais. Existe uma explicação para isso. Sophia é uma Leanan Sídhe, uma fada-amante, considerada musa para humanos talentosos. Ela é capaz de seduzir e inspirar um homem a escrever um best-seller ou criar uma canção para se tornar um hit mundial. A fada dá o poder para que a pessoa se torne uma estrela, um verdadeiro ícone, ao mesmo tempo em que se aproveita da energia do escolhido para alimentar-se. Causando loucura. E MORTE.

Já fazia um tempo que este livro estava na minha estante, só esperando. E já havia visto algumas coisas boas a respeito dele, então resolvi arriscar. E não precisava de mais nada para me convencer do que o fato de a Carolina Munhóz fazer parte do Potterish.

Sophia (gostei do nome, como da minha gata) é uma fada. Mais precisamente ela é uma Leanan Sídhe, uma fada sedutora. Ela precisa recarregar as energias sugando dos seres humanos, não necessariamente do sexo masculino. E o modo de fazer isso é pelo sexo. Ou seja, esse livro não é uma fantasia infantil. Ela se prepara para o ano novo das fadas, que acontece no nosso Halloween, e é nesta celebração que ela conhece sua próxima presa: William. Ele é um escritor extremamente talentoso, e em troca de ganhar um dom acima da média, ele só precisa dar sua vida para que Sophia recarregue as suas energias. E Sophia está cansada disso, depois de tanto tempo. Não que ela possa fazer algo a respeito, é só a natureza dela. E ela se sente muito mal depois que seu alvo morre.

Só que William é um caso diferente. Para começar, é ele quem exerce poder sobre ela, e não o contrário. Isso fica claro já no primeiro encontro. O que há de errado com ele? Por que ele parece não ser afetado por ela? Será que finalmente Sophia, a fada que não pode amar encontrou o amor? Só que ela continua sendo uma Leanan Sídhe, e a vida de William continua em risco pelo simples fato de ter Sophia por perto. Agora, ela terá que lutar com todas as forças e contra todo o seu povo para conseguir ficar ao lado de seu amado para sempre.

Sophia é a única personagem um pouco mais trabalhada no livro. Ela luta constantemente contra sua natureza e tem muitos questionamentos. É determinada e corajosa, porém também um tanto fútil e um pouco cheia de si mesma. OK, dá para engolir porque faz parte de sua natureza. Mas no fundo, ela só faz isso mesmo por causa de William,e confesso que isso é um tanto irritante. Não vejo nela um motivo mais forte nem um crescimento muito significativo durante a trama. E William pode até ser um escritor hipertalentoso, mas na verdade é um (desculpe a expressão) bunda-mole. Ele não tem a inocência que torna outros personagens adoráveis, mas sua total apatia é patética e sinceramente ele não é material para personagem principal. E nem é o tipo de mocinho que desperta paixões na gente.

A trama é interessante, e dá para perceber que Carolina bebeu na fonte de Avalon. O que eu já disse que não é problema nenhum, só que a autora não teve maturidade para desenvolver bem a trama, que é fraca e falha. Só que há muita enrolação e às vezes a história empaca. Não que a leitura seja difícil, pelo contrário, é fluida, mas é que nada acontece, só explicações detalhadas dos costumes e rituais. Sinceramente eu me decepcionei um pouco com o livro, esperava mais. Talvez ele seja meloso demais para o meu gosto. Também a menção de inúmeros ídolos pop que morreram, sem a preocupação de disfarçar as características, foi um exagero. Entendo que ela talvez tenha tentado fazer uma homenagem, mas poderia ser mais sutil, e isso fala contra a criatividade dela. Não vou mencionar quem são, mas ao ler fica óbvio de quem ela está falando. E novamente, essas descrições acabam tomando um espaço desnecessário, quando ela poderia estar elaborando a trama melhor. Outras tramas paralelas que poderia ser desenvolvidas perdem espaço para o romance água-com-açúcar. Porém, no final melhora um pouco, e quase dá uma guinada legal. Mas quase só. Faltou também um vilão bem desenvolvido. Até existe um, além da própria natureza da fada, mas apareceu pouco e suas motivações deixaram muito a desejar. Uma coisa legal, que poderia ter funcionado bem, é que a autora dá os nomes dos capítulos de acordo com versos de músicas, que estão todas listadas ao final, mas na maior parte das vezes elas parecem jogadas e não fazem muito sentido. E a lista de músicas do final foi outra coisa que me atraíram para o livro. Mas faltou um pouco de maturidade e profundidade à narrativa.

E aqui, se me permitem, abro uma discussão: o que leva o livro a ser classificado como juvenil, ou Y/A? É o sexo? Porque é exatamente o que ela deixa implícito no podcast sobre Jogos Vorazes - Em Chamas. Enquanto o podcast em geral é legal, me peguei pensando em como isso se reflete na obra dela. O que quero dizer é o seguinte: enquanto ela classifica THG como juvenil por não ter sexo (e, convenhamos, isso nem é o essencial da trilogia), é com certeza muito mais maduro que este livro dela (não conheço os outros dela para falar, mas se seguirem a mesma linha, então se aplica também). E também, o que dizer de obras como O Senhor dos Anéis ou Os Miseráveis, que não tem um pingo de sexo, mas que ninguém em sã consciência sonharia em classificar como juvenis? E eu poderia outros exemplos de livros classificados como juvenis pela falta de sexo, e que são mil vezes mais maduros que o dela. E outras, como Ahmnat, que tem cenas de sexo veladas (algumas, na verdade, nem tanto) e eu vejo constantemente na prateleira dos juvenis das livrarias? Só penso em como isso é errado, e o que há de errado com quem classifica os livros. Será que o povo não lê para classificar? E só para deixar bem claro, não é por você escrever cenas de sexo elaboradas e jogá-las em seu livro que faz da história adulta. Na verdade, o sexo só pelo sexo no livro até infantiliza e desvaloriza a narrativa. Só para pensar.

Trilha sonora

Como eu disse, ela listou as músicas no final do livro, mas não vou falar de todas, porque são muitas e não gosto de todas. Então vou me ater às que eu gosto mais e que tem um pouco a ver com a narrativa: Whataya want from me, Pink e Andam Lambert; Numb e Leave out all the rest, do Linkin Park; My immortal; e Broken, Seether feat. Amy Lee.

Se você gostou de O Inverno da Fadas, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • House of Night – P. C. e Kristin Cast;
  • As brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Allegiant – Divergente #3 – Veronica Roth

 

AllegiantUma escolha irá te definir. E se todo o seu mundo fosse uma mentira? E se uma única revelação - assim como uma única escolha - mudasse tudo? E se o amor e a lealdade fizessem você fazer coisas que jamais esperaria? A conclusão explosiva para a trilogia Divergente, bestseller mais vendidos do New York Times, revela os segredos de um mundo distópico que cativou milhões de leitores em "Divergente" e "Insurgente"!

ATENÇÃO! SPOILERS DOS ANTERIORES CASO VOCÊ NÃO TENHA LIDO!

Uma escolha irá definir você.

Mais uma vez, Veronica Roth não perde tempo e começa a conclusão de sua trilogia logo ao término de Insurgente. E num impasse: a quem Tris, Tobias e cia. devem lealdade? A Johanna, líder da Amizade, ou a Evelyn, líder dos sem facção?

Opa, o que eu perdi?, você está se perguntando. Bom, um dos lugares que eles passam no anterior, tentando encontrar um lugar para se estabelecer, é justamente entre os sem facção. E lá Tris conhece Evelyn, que é ninguém menos que mãe de Tobias, que todo mundo achava que estava morta. Ela é a líder deles, e é contra o sistema de facções imposto pelo governo. Evelyn forjou sua morte e fugiu para escapar da tirania de Marcus também, e ela também revela que a maior parte da população Divergente está entre os sem facção. Guarde isto. Evelyn tem um discurso convincente, e odeia Marcus com todas as forças. Só que ela é movida também pelo desejo de vingança, não só contra o marido abusivo, mas também contra o sistema que a expulsou. E como qualquer um movido puramente pela vingança, ela só vê um lado das coisas, e quem não concorda com ela, está contra ela. Ela não é nada racional, é emocional demais (mas não emotiva, não confundam), e impulsiva. E ela não tem nenhuma(ou pelo menos, não aparenta ter) reserva pelo fato de ter abandonado Tobias com Marcus. Ela só pensou nela, nada mais. (SPOILER) E quando finalmente ela invade as facções, com intuito de destituir Jeanine, ela é que acaba tomando o poder e se tornando tão tirânica quanto sua predecessora e seu marido. Isso é importante.

Enquanto isso, um grupo liderado por Johanna, chamado de Allegiant (me recuso a dar o nome em português), que defende a manutenção das facções, mas de forma diferente (daí o nome. Allegiant vem de allegiance, que é aliança, fidelidade) se prepara, nos bastidores, para destituir Evelyn. Johanna sim é racional, e tenta resolver tudo de maneira amigável. Não que ela não pegue numa arma se for necessário. E por ser da Amizade, ela sabe um pouco mais sobre o que há fora da cerca. Segredo este que Marcus também sabe, e acaba se aproveitando de Tris para expor este segredo. E diante disto, e da situação ainda mais instável em Chicago, Tris, Tobias e companhia decidem sair da cidade e ir para além da cerca.

Uma coisa que chama atenção logo de cara neste livro é que logo desde o primeiro capítulo dá para sacar que ele tem mais de um ponto de vista. Dois, mais precisamente: de Tris e de Tobias. Ambos em primeira pessoa. E desta forma, a gente nota que cada um tem ideias bem diferentes quanto á situação. Tris ao chegar no alojamento fora da cerca sente que este lugar pode se tornar um novo lar. Eles parecem ser mais transparentes, e se apoiam mutuamente. A vida parece mais simples e democrática. Só parece, mas eu falo mais daqui a pouco.

Tris está mais madura, mas ela sofre pela traição de Caleb, que a entrega para execução, e se afasta dele. Mesmo assim, quando ele é julgado e sentenciado á morte, ela não pode deixá-lo para trás. E ela também já fez as pazes com a morte dos pais, ou pelo menos entende melhor o motivo porque eles morreram. E assim, ela se volta para Tobias e acaba se entendendo com ele. Só que sua relação vai ser abalada por outro motivo (falo daqui a pouco), assim como o que Tris sabe sobre sua mãe. Só que Tris não é menina de ficar chorando pelos cantos, e se ocupa com outras coisas, tentando melhorar sua vida e de quem ela ama, e resolve seus problemas no meio tempo. Essa é uma das mil qualidades dela: ela é de ação.

Enquanto isso, Tobias tenta se entender com o que significou ter que deixar a mãe para trás, mesmo que ele não sinta pena dela. Ela ainda é a mãe que o abandonou. E sobre Marcus eu nem vou comentar. E ainda Tobias descobre neste algo sobre si mesmo que vai por um ponto de interrogação em tudo que ele acredita. E isso vai abalar sua confiança em si mesmo de um modo que ele, nem ninguém, nunca imaginou. Veja bem, no fundo ele é um garoto inseguro e com auto-estima meio baixa. Só que isso só fica mais evidente neste, porque agora temos seu POV. E ele também é muito crédulo, é muito fácil convencer Tobias de qualquer coisa. Ele não tem a mesma perspicácia de Tris. E isso vai pesar muito em algumas das escolhas dele neste, e mais uma vez abalar seriamente sua relação com Tris. Porque mesmo ele sendo vulnerável, ele não gosta de demonstrar, ainda mais diante dela. Ele tem medo de mostrar fraqueza. E isso devemos a seu pai. Gostei muito de ter o POV dele neste. O personagem ficou ainda mais denso e interessante.

Seus amigos Christina e Uriah também escaparam de Chicago e tem mais destaque. Tanto Christina como Uriah agora sentem o peso de perder alguém que eles amam. Mas ainda assim encontram dentro deles força para perdoar e seguir em frente. E os dois se unem bastante por causa disso. E a personalidade leve deles faz um bom contraponto com as mais sérias de Tris e Tobias. Também fugindo está Peter, enfrentando a desconfiança de todos pelo que já fez. E ele por isso fica mais próximo de Caleb. E a fuga de Peter é mais do que fica, ele na verdade quer mesmo é fugir de si mesmo, mas não posso falar mais para não estragar.

Vale destacar dois novos personagens. Um é Matthew, um habitante do alojamento. Ele é um cientista inteligente e bem novinho. Ele é leal e prestativo. Não posso falar mais dele porque senão entrego muito do livro, mas ele vai ter papel importante no final. E também David, o chefão do alojamento. Ele é também cientista, e tem fortes convicções, e não mede esforços para defendê-las. Mesmo, ele não tem escrúpulos em se tratando de preservar o que sabe, e ele sabe muito. Claro que em se tratando dessa trilogia, todos tem segredos, e a luta pelo poder pe constante. Aliás, acho isso uma coisa interessante na narrativa: não importa quem é, ou de onde venha, sempre vai prevalecer o desejo de dominar os outros, de um jeito ou de outro. Veronica Roth faz uma boa crítica política aqui, tanto quanto Suzanne Collins em The Hunger Games. No fim é sempre opressor contra o oprimido, e o que o dito oprimido faz ao se colocar numa posição de poder.E ainda Nita, uma residente do alojamento que tem ligações com o mundo exterior, mas não posso falar muito sem dar spoilers. Só digo que ela tem ideias bem radicais.

Aliás, este tem também muitos pontos interessantes de discussão, como preconceito, manipulação genética, as consequências dos nosso atos e nossas escolhas, o peso que elas nos trazem. A narrativa continua fluida e bem encadeada, os personagens são bem construídos e a ambientação é ótima. mesmo as partes mais técnicas da narrativa são fáceis de ler e não cansam, mesmo que o livro perca um pouco em ritmo por causa disso. Há diversas nuances e sutilezas, levando ao final explosivo e totalmente surpreendente. Chorei, vou logo entregando isso. Veronica Roth pega a gente de surpresa. E a trilogia já entrou para a categoria das favoritas. Eu li em e-book, mas gostei tanto que já adquiri o box com a trilogia completa.

Trilha sonora

Tenho várias, e no final do livro (pelo menos do meu e-book) a própria Veronica Roth listou a playlist dela. vou começar com as minhas sugestões, e depois coloco as dela.

Em primeiro lugar, e perfeita para este, What I´ve done, do Linkin Park. Uprising do Muse também. This is war e A beautiful lie, do 30 Seconds to Mars; Everybody wants to rule the world, com a Lorde; Who we are e Demons (por que não pensei nela antes?) do Imagine Dragons e Breath of life, de Florence and the Machine. (ATUALIZAÇÃO!) Esta também tem tudo a ver com a trilogia: Absence of fear, da Jewel, e It´s the fear, do Within Temptation também é ótima, especialmente para este.

Sugestões da Veronica Roth (que são ótimas também aliás)

  • Starts with one, Shiny Toy Guns: pelos aspectos bons da escolha de Tris;
  • Chasm, Flyleaf: pelos maus aspectos da escolha dela;
  • Come alive, Foo Fighters: tema amoroso de Tris;
  • Again, Flyleaf: a música de Tris para Tobias;
  • Help I´m alive, Metric: música de iniciação de Tris;
  • We die young, The Showdown: tema da facção de escolha de Tris – é o que eles escolheriam para eles;
  • Canvas, Imogen Heap: para as viagens de trem;
  • Running up that hill, Placebo: porque para ela esta música bate com o tom do livro como um todo (e é verdade);
  • Sweet Sacrifice, do Evanescence: veio na cabeça dela na primeira cena que ela escreveu (capítulo 6, acredito que do primeiro livro);
  • Arise, Flyleaf: para os capítulos 38 e 39 n(de novo, creio que do primeiro, mas como no caso da acima, vale para o livro todo).

Se você gostou de Allegiant, pode gostar também de:

  • The Hunger Games – Suzanne Collins;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • Percy Jackson – Rick Riordan;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Bloodlines – Richelle Mead

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Top Piriguetagem Literária 2013

 

Oi gente! Como já virou tradição aqui no blog, chega fim de ano e é hora de fazer um levantamento de quem mexeu com nossos corações e nossas cabeças por uma semaninha que seja. Está no ar o Top Piriguetagem Literária 2013!

Top Piriguetagem 2013

Essa tag foi criada pela Nanda, do blog Viagem Literária. Para quem não conhece o termo, aí vai a definição do TOC Livros e da Luciana Mara:

De acordo com o dicionário Aureliânus sofre de piriguetismo literário aquele(a) que troca de paixão platônica fictícia toda semana, e usa a expressão 'é meu' quando descreve algum personagem. Este tipo de piriguete usa ou usará óculos e sente frio (característica principal que a diferencia das outras espécies).

Essas paixões podem durar somente alguns dias, algumas horas, ou meses, mas mexem com a gente e terão lugar fixo para sempre em nossos corações.

E como nossas paixões mudam muito rápido, só valem livros lidos este ano, a tag é liberada para quem quiser responder, é só pegar o selinho e colocar no post. E quem não tiver 10, pode fazer um top 5 que tudo bem. Então, vamos lá!

10. Marius Pontmercy, Os Miseráveis

Marius

Jovem revolucionário francês, que abdicou do dinheiro por seus ideais, Marius é idealista e vive uma linda história de amor puro com Cosette. E OK, eu até concordo que Eddie Redmayne nem é lá tão lindo,mas  canta lindamente e a força da atuação dele é tamanha que é impossível não se apaixonar por ele. Confiram ele também como o Jack Builder em Os Pilares da Terra.

9. Jean Valjean, Os Miseráveis

Jean Valjean

O personagem dele já é marcante, o prisioneiro injustiçado que passa 19 anos nas galés na França por roubar um pedaço de pão para alimentar sua família depois da Revolução (preciso dizer qual?) já é mais do que suficiente para fazer a gente se apaixonar, mas quando ele é vivido por Hugh Jackman, aí pessoas, é fatal.

8. Axel Branford, Dragões de Éter

Jovem boxeador, que apesar de príncipe, se dá bem com o povo. Sarcástico e doce ao mesmo tempo, não dá para deixar Axel de fora.

7. Merthin, Mundo Sem Fim

Merthin

Assim como Jack Builder rouba nosso coração em Os Pilares da Terra, seu descendente Merthin também. Apaixonado por Caris a vida toda, ele faz de tudo por ela, além de ajudar a salvar Kingsbridge. Sem mais. Reli esse ano, então vale.

6. Thomas Ward, As Aventuras do Caça-feitiço

Thomas Ward

Se fosse só pelo personagem do livro, um menino de 13 anos, ele nem entraria na minha lista. Mas no cinema quem vai fazer o papel é o Ben Barnes, e aí eu não conseguia imaginar mais ninguém como o Thomas. Inteligente, teimoso e um tanto irresponsável, é impossível deixar de adorar Thomas. Uma notícia ruim: o filme (que conta também com Kit Harignton), que estrearia aqui no Brasil agora em janeiro, foi adiado para 2015 Smiley triste

5. Dimitri Belikov, Vampire Academy e Bloodlines

Dimitri Belikov

Ele já chegou a liderar minha lista, e agora só caiu porque li só Bloodlines esse ano, e ele aparece pouco. E OK, essa não era a minha escolha para p papel (todo mundo sabe que era o Ben Barnes), mas não vou mentir, esse também tá valendo.

4, Adrian Ivashkov, Vampire Academy e Bloodlines

Sarcástico, cheio de vícios, bad boy convicto, e com humor tão mutante como as marés, Adrian nos conquista sem esforço nenhum, e pior, sabe que é tudo isso. E mesmo assim, a gente não acha isso ruim.

3. Peeta Malark, The Hunger Games

Peeta

As Gale lovers que me perdoem, mas em Hunger Games não tema pra ninguém: Peeta rules. Inteligente, sensível, perspicaz e protetor, é capaz de tudo, mesmo, para salvar Katniss. E no segundo filme ele mais badass só faz o personagem, que já é incrível, ficar ainda melhor. Mérito tanto da tia Suzanne como de Josh Hutcherson, que entrou perfeitamente no papel. Reli toda a trilogia antes do filme.

2. Dale “Barbie” Barbara, Sob a Redoma

Dale barbara

Se Mike Vogel na série já deixa a gente babando, mesmo se na primeira cena está enterrando um corpo no meio da floresta (e isso nem é spoiler, está logo no começo do primeiro episódio), no livro ele é ainda mais apaixonante. Inteligente, perspicaz, com um ótimo senso de humor e bom moço, não dá para não amar. Sortuda da Julia.

1. Quatro, Divergente

Four

Piriguetagem máxima esse ano, o badass, maior de todos. Ele tem esse nome por um motivo muito bom, e uma das razões para sua badassness, ele é inteligente, atlético, meio perturbado, durão, mas ao mesmo tempo carinhoso, ele ganha a gente facinho.

Piriguetagem honorária eterna 1: Jon Snow, As Crônicas do Gelo e do Fogo

Ki Harington Pompeii

OK, agora eu estou roubando, mas Jon Snow, como eu coloquei ali em cima, é piriguetagem eterna. Robb é lindo (ai, saudades Richard Maddenlicious!), Gendry é tudo de bom, mas nenhum deles nos encanta como o Sabenada das Neves (sabe nada em termos, né? Ele aprendeu umas coisinhas esse ano Smiley piscando #LordsKiss). Essa foto aí mostra o que só a Ygritte viu (foi meio decepcionante não ver esse tanquinho esculpido pelos deuses na caverna). Brincadeiras à parte, ela é do filme Pompéia, que estreia (#oremos) em fevereiro do ano que vem. Olha aí o trailer:

Piriguetagem honorária eterna 2: Oliver Queen, Arrow

Arrow

Ok, mais uma roubadinha, mas Oliver Queen vem dos quadrinhos, tecnicamente, literatura. e acredito que a foto aí em cima diz tudo. E se não bastasse isso, Oliver é inteligente, um hacker sensacional, e é um herói todo problemático. Não poderia deixar de fora.

Piriguetagem honorária eterna 3: Alexander Grayson, Drácula

Dracula

Última roubadinha, juro. Mas quando o vampiro mais badass do mundo é Jonathan Rhys-Meyers (que eu poderia colocar também como o Valentim de Os Instrumentos Mortais) não podemos ignorar. A série é ótima, e eu nem preciso dizer o quanto ele está perfeito como Drácula, né? Afinal, tudo o que ele faz faz bem feito e deixa a gente louquinha sibilando os Ss. Só digo isso. bite me, seu lindo.

É isso. E vocês, como está o seu top?

Beijos e até o próximo post!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Insurgente – Divergente #2 – Veronica Roth

 

InsurgentNa Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.

ATENÇÃO! SPOILERS DE DIVERGENTE SE VOCÊ NÃO LEU!

Este começa exatamente onde termina Divergente, ou seja, logo após o ataque à facção Abnegação, orquestrado pela Erudição, sob o comando de Jeanine Matthews. Guardem isso. Tris e Quatro (daqui a pouco eu falo o nome dele) escapam e vão parar na facção Amizade, onde tudo é florzinha e arco-íris. Todos são amáveis e tomam decisões em conjunto. e assim, decidem não se envolver na situação de política extremamente instável em que a Chicago futurista de Veronica Roth se encontra. Desta forma, não resta muita coisa aos sobreviventes do ataque senão encontrar refúgio em outro lugar. E vários lugares novos aparecem nesta tentativa, desde os alojamentos da Erudição, passando novamente pela Abnegação e Audácia.

E depois de conseguir anular a simulação e ao mesmo tempo o ataque à Abnegação, Tris agora tem mais uma inimiga mortal. Lembra que eu já falei dela, a Jeanine? Bom, Tris não só acabou com seus planos, como também agora é um verdadeiro enigma: como ela conseguiu resistir à simulação, que era especificamente desenvolvida para atingir os Divergentes? E não só por se sentir ameaçada, mas também movida pela curiosidade, Jeanine vai tornar a vida de Tris um verdadeiro inferno. Antes de explicar isso, eixa eu falar um pouquinho mais de Jeanine. Uma boa analogia pra ela, como eu já havia dito é a versão de saias do Presidente Snow de THG, com uma pitada da Sra. Coulter de As Fronteiras do Universo: uma mente fria e calculista, sem nenhum escrúpulo e extremamente lógica, movida a experimentos atrás de experimentos. E ela sabe muito bem manipular direitinho quem precisa, se isso for a seu favor. Não posso falar mais sobre isso sem dar spoiler deste, então espere até a resenha de Allegiant. E como qualquer pessoa numa posição de poder, ela teme que ele vá embora, por isso toma todas as medidas para evitar isso. E qualquer pessoas que a exponha pelo que ela é é uma ameaça. Novamente, guarde isso. Talvez eu não possa falar mais a respeito nesta resenha, mas na do próximo com certeza.

E Tris, por ter desafiado a lógica rígida de Jeanine, é uma dessas ameaças. E Tris sabe disso. E falando em inferno, ela neste vive em conflito. Durante o ataque à Abnegação, ela teve que matar seu amigo Will, que estava sob efeito da simulação, além de perder os pais no ataque. E ela descobre que a mãe era Audácia, também. E se isso tudo não fosse o bastante, ela ainda enfrenta a desconfiança de Quatro, que não conta tudo para ela, e às vezes a  trata como criança. Ela se contorce de culpa por ter matado Will, e com medo de que Quatro mude de ideia em relação a ela, ela fica quieta. E há também a depressão por causa dos pais, e tudo isso faz com que ela tome uma decisão ao mesmo tempo bem típica da Abnegação, e egoísta, e que vai afetar ainda mais sua relação com Quatro.

E quem, afinal, é Quatro, você deve estar se perguntando. Bom, o nome dele é na verdade Tobias, e ele é filho de Marcus Eaton, um dos líderes da Abnegação. Ele mantém seu nome em segredo (e o apelido tem um porquê, mas que eu não vou dizer) não só por causa de quem é seu pai, mas também porque para ele a escolha de ir para Audácia foi uma fuga. Ele não teve uma infância fácil, o pai era abusivo, e sua mãe morreu. Então, como um ato de desafio, ele escolhe Audácia. E como não pude falar muito dele no anterior para não dar spoiler, deixa eu falar um pouquinho aqui. Ele veste sua coragem e tudo o que passou com o pai como um escudo, e por isso tem dificuldade de confiar me qualquer pessoa, até mesmo Tris. Ele não está habituado a isso, simplesmente.E isso é uma das causas de distanciamento entre ele e Tris. Ele também é Divergente, mas diferente de Tris. E é um líder nato, embora não queira admitir isso. E antes que eu esqueça, uma coisa que eu gosto muito na relação dele com Tris é que ela não é melosa, eles não são co-dependentes um do outro. Bem o contrário, ele não é de ficar confortando Tris quando sabe que ela pode se recuperar sozinha. E mesmo assim, o amor deles é forte e bem aparente.

Mistérios resolvidos, o irmão de Tris, Caleb, aparece um pouco mais neste. Depois de ajudar no ataque à Abnegação, ele fica um tempo a mais com Tris e seu grupo. Ele é inteligente e tem raciocínio lógico, e é bastante estudioso, com pode se esperar de alguém que escolheu Erudição. Porém, ele aprende rápido, e logo ele começa a fazer  uns truquezinhos que aprendeu com a irmã. E ele agora é um sem-facção, porque fugiu da Erudição, e tem que aprender a lidar com este novo status.

Alguns personagens voltam e também ganham mais destaque neste, como Christina. Ela anda meio afastada de Tris por causa de Will (ela tinha começado a namorar o garoto quando o ataque aconteceu), por isso está obviamente mais amargurada. Uriah também retorna com amis destaque, e se mostra um amigo fiel. Uriah tem a personalidade mais leve, sempre de bom humor e é compreensivo também. E Tori. Não falei dela na resenha do primeiro, mas Tori é uma tatuadora da Audácia, e é ela que descobre a divergência de Tris a a avisa para manter segredo. Tori é durona, e tem motivação forte para odiar Jeanine, mas não vou dizer o que é. Só que ela é movida pelo desejo de vingança, e não vai parar enquanto não satisfizer esse desejo.

Quase esqueço de dizer que o pai de Tobias, Marcus, também aparece neste. Ele é inteligente e manipulador. Ele sabe sobre boa parte dos planos e Jeanine, ou o que ela busca, mas não compartilha com ninguém, a não ser que ele tenha alguma vantagem. Melhor dizendo, ele usa a extorsão como meio de conseguir o que quer. Ele também é cínico e mentiroso, digno de desconfiança. E uma personagem nova também dá o ar das graças, mas sobre ela eu vou manter segredo por enquanto.

O livro é novamente narrado em primeira pessoa por Tris, e a narrativa é fluida e vai fácil Os capítulos são curtos, sempre acabam com um bom cliff-hanger e a gente não quer largar a leitura por nada. A trama está mais densa neste, e eu gostei mais disso. O final tem um ótimo plot twist, e eu achei que este é menos previsível que o anterior. Eu pelo menos fui pega de surpresa diversas vezes. Este também dá uma guinada para o lado político, e muitas questões como culpa, lealdade, amizade, identidade e perdão pesam na narrativa, mas sem ficar enfadonho. Leitura recomendada.

Trilha sonora

Everybody wants to rule the world, com a Lorde cai muito bem (e eu estou gostando cada vez mais dessa versão); We remain, da Christina Aguilera também combina muito bem com esta, não só com THG; Uprising e Supremacy, do Muse; e Whataya want from me, da Pink feat. Adam Lambert.

Se você gostou de Insurgente, pode gostar também de:

  • The Hunger Games – Suzanne Collins;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • Percy Jackson – Rick Riordan;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Bloodlines – Richelle Mead.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O Hobbit – A Desolação de Smaug

 

Hobbit 2Não é segredo nenhum que um dos filmes que eu mais esperava ver esse ano era esse. E se já havia amado Uma jornada inesperada, e do jeito que eu amo OSDA, alguma dúvida de que eu amei este filme?

Ele começa com um flashback, de como Thorin conhece Gandalf. E de novo somos transportados para OSDA, porque estamos em Bri, chove, e o cenário é o Pônei Saltitante.Quase esperei ver Aragorn ali no canto. E achei bem legal esse flashback. Mostra que Gandalf já tinha o plano de recrutar Bilbo e de ajudar os anões a retomar seu lar.

Corta para o presente, e eles estão procurando o caminho para a Montanha Solitária ao mesmo tempo que tentam escapar do bando de orcs em seu encalço. E descobrem algo novo: um animal tipo um urso, mas maior. E é em sua direção que o grupo segue. Porque se trata de Beorn, claro. E a transformação dele é ótima. Mas isso nem é o começo. Depois de deixar a casa de Beorn, lá vão eles pela Floresta Sombria, e essa parte é bem assustadora. Lembra muito a toca de Laracna. E eu já morria de medo disso lendo, imagina vendo? A cenografia é espetacular, escura e sufocante. E a partir daqui, tudo acontece bem rápido.

Gandalf   Radagast

Esqueci de dizer que antes de entrar na floresta, Gandalf abandona o grupo para investigar o mistério que se coloca com o Necromante, que já havia dado o ar das desgraças no primeiro. Acho isso muito válido, e também o fato de que quem manda o aviso é Galadriel. No livro, a gente não sabe porque Gandalf vai embora. Só acho que talvez Peter Jackson tenha revelado muito cedo quem é realmente o Necromante (e, não, se você não sabe, eu também não vou contar agora).

ThandruilVoltam a aparecer neste os elfos inclusive com a volta de Legolas. E tenho que dizer que se eu já gostava dele, agora gosto ainda mais, Orlando Bloom está bem melhor no papel. Achei desnecessário ele chegar causando no meio das aranhas, mas OK, vamos dar um desconto porque ele é sensacional. E não digo isso por causa do Orlando Bloom,que vamocombiná que é um ator mediano, hora vai bem, mas tem hora que não convence (e é incrível o que um cara competente atrás das câmeras consegue fazer com um ator assim), mas porque Legolas é assim, o único elfo bacana que eu conheço. Bom, até eu conhecer Tauriel, a elfinha fodástica que, me desculpem, mas deixa a Arwen no chinelo. E Evangeline Lilly dá leveza ao mesmo tempo que audácia à personagem, que não está no livro, mas foi um acréscimo super bem-vindo. E também não vamos esquecer do Greenleaf (esse é o nome do Legolas, pessoas) Sênior, Thranduil. E achei bem legal que Peter Jackson explorou bem as diferenças entre os elfos da Floresta Sombria dos de Lórien. E Thranduil é um bom exemplo. E claro que ser Lee Pace tem muito a ver com isso. Um ator excelente, num papel no mínimo (ai, talvez eu entregue muito) duvidoso, e mostrando muito mais pulso firme que Elrond. Uma das melhores cenas é a que ele discute o direito de Thorin de reclamar tanto o título  de rei como a Montanha. Tanto Lee Pace como Richard Armitage brilham em cena. Ah! E achei muito digno também Glóin mostrando o retrato (nada favorecedor, vamocombiná) de Gimli a Legolas quando eles se encontram na floresta, bem como a postura de Legolas quanto aos anões. Coloca em perspectiva seu papel na Sociedade do Anel.

Legolas   Tauriel

Outra adição muito bem vinda é a de Bard. Ele é um homem que vive na Cidade do Lago, e acaba por ajudar os anões, embora que relutantemente. Ele tem lá os seus motivos para isso, mas não vou entregar assim de bandeja. E Luke Evans dá vida ao papel lindamente. E ainda, como governante da cidade, o brilhante Stephen Fry, com um tantinho de comicidade. Acho bem interessante esse núcleo, que é mencionado meio de passagem no livro, mas que foi muito bem desenvolvido aqui.

Bard

E finalmente a parte mais esperada do filme. Se antes era Gollum, agora é Smaug. E novamente Peter Jackson sambando na cara da gente mostrando que em se tratando de personagens em CGI, não tem pra ninguém. Smaug é muito realista, se move com graça e fluidez, e adorei como o corpo todo dele se ilumina quando ele cospe fogo. E quando ele fala, é de gelar o sangue. Também, com Benedict Cumberbatch no papel, queria o quê? E. tal qual Andy Serkis, ele simplesmente humilha muito ator mesmo sem aparecer realmente. E essa foi a melhor sequencia do filme, sem dúvida nenhuma. Imagina se ele fosse pra Westeros visitar os seus primos Drogon, Viserion e Rhaegal? HAHA, não ia ter pra ninguém, a khaleesi tomava fácil o trono!

Smaug 2

kiliQuem ganha mais destaque neste é Aidan Turner no papel de Kili. Se ele já era o anão mais fodástico, fora Thorin, agora então, perfeito. Eu não posso elaborar muito os motivos disso, por enquanto, mas já vou chutando que o destino dele no próximo será grande. O restante do elenco também volta em grande forma, Ian McKellen mostrando porque Gandalf é tudo isso, Radagast que ainda que destrambelhado, é confiável, e Bilbo mais seguro e mais ousado neste. Já dando indícios do velho Bilbo de OSDA. E novamente Martin Freeman incorpora o hobbit perfeitamente. O filme é mais sombrio que o primeiro, o que deixa pouco espaço para humor, mas tem ritmo ágil, e num piscar de olhos 3 horas se passaram e nem vimos. E novamente saímos do cinema com gostinho de quero mais e mal aguentando a espera por Lá e De Volta Outra Vez. E digam o que quiserem, que foi pra encher linguiça ou por mais dinheiro, o fato é que Peter Jackson entrega um filme fantástico, simplesmente. Do tamanho certo, e com densidade e fôlego mais que suficientes para mais um. E que venho logo!

Hobbit cast

Antes de ir embora destaco também a belíssima I see fire encerrando o filme, na voz de Ed Sheeran. E também preciso expressar o meu choque ao descobrir hoje que quem faz Azog é Manu Bennet, também conhecido como Deathstroke em Arrow. E agora fique com o trailer:

Beijos e até o próximo post!

sábado, 14 de dezembro de 2013

Divergente – Divergente #1 – Veronica Roth

 

DivergentNuma Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.

A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.

E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

Eu não sei bem porque não li esse livro antes, mas com a proximidade do filme (mais ou menos) e muitas recomendações de amigos, eu resolvi tentar. E como eu havia antecipado no vídeo com as Dicas de Leitura para as Férias, não é que eu viciei? Li rapidinho, e a cada página cada vez mais envolvida com a história de Tris.

Beatrice vive com sua família na facção da Abnegação, numa Chicago futurista onde os cidadãos são divididos entre facções. Ela tem 16 anos e está prestes a passar pela cerimônia de escolha, para definir onde será seu futuro. Mas Beatrice tem um problema: ela nasceu e cresceu na Abnegação, mas como o nome da facção diz, ela não se sente nada abnegada e altruísta. Ela sempre se considerou uma intrusa na própria família por causa disso. E vamocombiná que a vida na Abnegação não é nada agradável: todo mundo anda com as mesmas roupas, mesmo tipo de corte de cabelo, as casas são todas iguais e o estilo de vida é minimalista. Senso de individualidade não existe porque isso é auto-indulgência. E Tris nunca se sentiu assim. É vista pelos outros como egoísta e mentirosa.´

Só que ai fazer seu teste de aptidão antes da cerimônia de escolha, seu resultado foi inconclusivo. Ou seja, ela é divergente. E por isso sua estranheza. E assim ela escolhe ir para a facção Audácia, que como o nome diz, só preza a coragem. Loucura e desejos suicidas me parecem mais apropriados. Porém, ser divergente é algo perigoso, e Tris deve manter seu status em segredo, com risco a sua própria vida se alguém descobrir o que ela é de fato.

Tris começa o livro como uma garota insegura e até um pouco ingênua, ambas as características fruto de sua criação protegida e rígida. Seu pai vê sua escolha pela Audácia como uma traição, para se ter uma ideia. Mas aos poucos, com o treinamento que recebe em Audácia, ela se transforma em uma das protagonistas femininas mais fortes que eu já vi. Ela é perspicaz e inteligente, destemida e decidida. Contudo, ela ainda mantém um pouco da menina proveniente da Abnegação. Mas não vou falar como nem porque para não estragar.

E claro que para uma grande mocinha tem que haver um grande mocinho. e no caso ele responde pelo número Quatro. Calma, minha gente, eu não confundi com John de Os Legados de Lorien. Quatro é instrutor de Tris, e ele tem nome, mas não vou falar por enquanto para não estragar a surpresa. Quatro é um professor dos bons, mas que acredita no método tough love de ensino. O que nem é de se surpreender no caso da Audácia, né? Vocês não esperavam um Professor Lupin, não é mesmo? Só que Quatro tem um outro lado mais suave, sem ser piegas ou meloso. Ele é bem novinho também, só tem 18 anos, e é super badass. Na verdade eu não posso falar muito mais de Quatro sem entregar nada, por isso vou parar por aqui.

E se Tris se sentia sozinha e isolada na Abnegação, na Audácia ela faz alguns amigos, dos quais vale destacar Christina, uma transferência vinda da Franqueza. Ela é, como diz o nome de sua facção de origem, ela é brutalmente honesta, e não sabe quando calar a boca, então ela é até um pouco grosseira às vezes. Mas também é doce e uma boa amiga. Will, uma transferência da Erudição, analítico e bem humorado; Uriah, que apesar desse nome horroroso, é um fofo. E também, não na Audácia, mas na Erudição, preciso falar do irmão de Tris, Caleb. Ele é o perfeito habitante da Abnegação, mas acaba escolhendo a Erudição, o que é considerado uma traição ainda maior que a de Tris, porque há uma rivalidade entre as duas facções. Já explico um pouco melhor o lance das facções.

E claro que Tris também acaba fazendo alguns inimigos. Principalmente entre os que nasceram na Audácia. Entre eles, e eu acho que o pior, é Peter. ele fica incomodado ao ver que os resultados de Tris no treinamento vão ficando cada vez melhores. E por inveja, ele sempre acha um jeito de fazer a vida de Tris ainda mais difícil do que já é. E também Eric, o outro instrutor da Audácia. Eric é um sádico de primeira, e gosta de abusar dos iniciantes. Só que Eric não é bem o que aparenta ser, há mais nele, mas não posso falar. E preciso falar de Jeanine, a chefona da facção Erudição. Ela é a típica líder sedenta de poder, e é inteligente e sádica também. Ela não aprece muito ainda, mas o pouco que está presente é de gelar o sangue, e aposto que ela ainda vai causar muitos problemas nos próximos. Fazendo um paralelo, ela é a versão de saias do Presidente Snow de The Hunger Games. E guardem isso que vou retomar.

Lembra que eu falei que ia explicar melhor o lance das facções? Bom, depois de algum desastre, que não fica claro neste primeiro, pelo menos, Chicago está em ruínas e onde antes haviam os Grandes Lagos agora há só um pântano. O que há além disso, não se sabe. E a cidade agora é cercada por um muro, ou cerca. E os habitantes da Audácia são responsáveis pela segurança de todos.  Além da Abnegação e da Audácia, há também as facções Erudição, Franqueza e Amizade. Ao completar 16 anos, todos os jovens passam por um teste de aptidão e depois escolhem suas futuras facções. Na maioria dos casos, eles ficam na mesma de origem, mas há algumas transferências. E os divergentes, que são raros e não se encaixam em nenhuma facção específica, porque tem características que se encaixam em mais de uma. Os governantes vem da Abnegação, porque acredita-se que os habitantes dessa facção, por serem naturalmente altruístas, e assim podem governar para o bem de todos. Mas claro que isso não agrada a todos, e logo começam a se espalhar rumores de corrupção na Abnegação. E isso leva a um sério conflito. E Tris se vê no meio de tudo isso. Novamente fazendo um paralelo, ela age mais ou menos com Katniss em desencadear a revolução.

E falando nisso, é clara a influência de vários outros livros na narrativa de Veronica Roth: o mundo distópico, a divisão em facções (ou distritos) de Jogos Vorazes; a divisão por habilidades de Harry Potter; a narrativa ágil de Percy Jackson; o romance de Os Instrumentos Mortais. E como eu disse no vídeo mencionado lá em cima, não vejo nada de errado nisso, contanto que o autor saiba levar a história. E Veronica Roth sabe. A narrativa é em primeira pessoa, na visão de Tris, e ágil, repleta de ação e reviravoltas. Algumas coisas são previsíveis, mas outras pegam a gente de surpresa. Mas talvez a previsibilidade venha exatamente por eu já ter lido todas as outras séries. No começo, parece que não acontece muita coisa, mas o final totalmente compensa por isso. E não estou dizendo que a narrativa se arrasta, pelo contrário. As coisas acontecem bem rápido, e a gente não desgruda do livro até o final. E o filme sai em março do ano que vem (pelo menos lá fora. Aqui já não tenho certeza), então fique com o trailer:

Trilha sonora

Send the pain below, do Chevelle é perfeita. Right before your eyes, do Hoobastank também. Nerve damage, do Lifehouse também é boa, Whataya want from me, da Pink com o Adam Lambert é tema de Tris e Quatro, e finalmente Set fire to the rain, da Adele. (Atualização) Também You found me, do The Fray.

Se você gostou de Divergente, pode gostar também de:

  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • Percy Jackson – Rick Riordan;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Jogos Vorazes – Suzanne Collins;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Bloodlines – Richelle Mead.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Tag - Dicas de leitura para as férias

 

Oi gente! Quem me indicou essa (mais ou menos) tag foi o Vítor, do blog O Guardião da Muralha. E, como o nome diz, trago algumas (várias) dicas de livros para as férias.

Livros mencionados:

Beijos e até o próximo post!