domingo, 30 de setembro de 2012

Avatar

 

avatarAcho que até ontem eu era a única no mundo que ainda não tinha visto Avatar. Não fui ver no cinema quando saiu, mesmo sendo 3D e tendo revolucionado o mundo do cinema, aqueles seres azuis não me chamavam atenção. Ainda não chamam e acho uma super. sacanagem transformar o monumento que é Sam Worthington em um.

E para falar bem a verdade, eu não achei tudo isso que todo mundo fala. Talvez porque vi na TV e não no cinema. Certo, visualmente o filme é lindo, mas sou meio das antigas, prefiro os cenários reais, ou se for para ter cenários virtuais, criados por computação gráfica, que eles sejam em número limitado, dando preferência ao cinema old school.

Bom, se é que tem alguém que ainda não viu, a história é a seguinte: um veterano paraplégico do exército americano, Jake Sully (Sam Worthington) é chamado para ir para Pandora, um mundo selvagem habitado pelos Na’Vi (os tais seres azuis). Os humanos gananciosos e exploradores querem um mineral (acho) que fica bem embaixo da Árvore onde os Na’Vi moram. Para poder extrair o tal elemento, eles precisam que os Na’Vi se mudem, mas os nativos, claro, não querem e oferecem muita resistência.

É aí que entra Jake. Seu irmão gêmeo morreu, e somente ele pode se ligar ao avatar azul do irmão. Assim, ele tem a missão de se infiltrar entre os Na’Vi, ganhar sua confiança e persuadir os azuizinhos (modo de falar, porque na verdade são gigantes azuis) a se mudar. O que Jake não contava era se apaixonar por Natiri (Zoe Saldanha).

Jake e Natiri

História na verdade fraquinha e cheia de estereótipos (o militar cabeça dura que só fica feliz ao explodir coisas, o empresário ganancioso e inescrupuloso, a cientista idealista e brilhante, a militar que não concorda com o superior, o mocinho que abre mão de tudo pelo amor, e mocinha forte e que protege seu povo,etc), mas com forte apelo ambiental. Só vale mesmo pelo visual. A recriação de Pandora é perfeita, tenho que admitir. E a ideia de que tudo está conectado, como um só organismo, é muito bonita.

Em termos de atuação, fica difícil avaliar. Isso porque boa parte dos atores principais está por trás dos avatares azuis. Destaco destes Sam Worthington, mas pelos videologs que ele faz durante o filme. Essa é outra desvantagem da computação gráfica. E diga-se de passagem que nenhum dos personagens aqui é um Gollum, que mesmo sendo virtual, é sensacional. Nenhum chega nem perto. Nenhum tem a dramaticidade de Gollum.

Do outro lado destaco Giovanni Ribisi como o empresário inescrupuloso. Adoro ele, mas para mim, ele vai ser sempre o Frank Jr, irmão com uns neurônios a menos da Phoebe Buffay de Friends. Mas sua participação é pequena. Uma pena, porque ele está ótimo no papel.

Pandora

Para mim, mais do que a mensagem ecológica, o que chamou a atenção foi a exploração de Pandora mesmo. Não pude deixar de relacionar isso com a colonização tanto da América como da África, e os massacres dos nativos que habitavam essa terras há séculos. O extermínio de mulheres e crianças indiscriminadamente, sem se importar com as vidas em jogo, simplesmente porque eu posso e por dinheiro. Isso sim é chocante. E não se limita à Idade Média, ainda hoje isso ocorre. Triste isso.

No geral, o filme é um bom entretenimento. Não achei nada de excepcional, mas dá para divertir. E apesar de ser comprido, não é cansativo. Mas o principal menos foi a revolução cinematográfica que causou, sem dúvida. Porque de resto, é um filme mediano. Eu sei que vão me apedrejar por isso, mas honestamente, não passa de puro entretenimento. Nada mais. Confira o trailer:

Fonte: YouTube

Beijos e até o próximo post!

5 comentários:

Wander disse...

Oi Fer, acho que ngm vai te apedrejar não rs. Ja foi se passou toda a época do buzz de Avatar, então hoje os ânimos ja se acalmaram.

Eu vi o filme 2 vezes no cinema, primero eu vi normal, pq 3D era novidade na minha cidade e era impossivel conseguir comprar ingressos para as sessões com menos de 5 dias de antecedência e depois, qd já não era novidade, eu fui conferir em 3D.

Bem, dizer do apelo visual é chover no molhado. James Cameron passou 12 anos captando recursos e desenvolvendo a tecnologia que foi utilizada no filme, entao dar nota menos que excepcional para o trabalho, não faria sentido.

Gostei de algumas atuações, como vc disse, como tudo era virtual e, apesar de usarem uma tecnologia parecida com foi usada para fazer o Gollum (onde fios e sensores conectados ao rosto captavam as emoções e expressões faciais do ator e as mesmas eram colocadas no Gollum através de um programa), essa tecnologia não era tão desenvolvida assim; mas eu gostei particularmente do trabalho da Sigourney Weaver, uma atriz que eu adoro desde a trilogia Alien; e Michele Rodriguez interpretando ela msm né rs.

Eu tbm achei a historia clichê, mas com fortíssimo apelo emocional. Mas pra mim o forte do filme nem foi o apelo, e sim a metáfora, parábola comparando o enredo do filme com questões ambientais. Lembro de várias pessoas, principalmente mulheres de meia idade (inclusive a mãe de minha amiga que foi conosco ver o filme), revoltadíssimas com os humanos, uma soltou "Que vergonha de eu nascer humana". Acho que esse foi a grande sacada do James, a partir do momento em que o publico se indentifica tanto com a historia e cria uma ligação tão forte e emocional com ela, um roteiro que aparentemente é clichê e superficial, se mostra muito mais profundo do que parece. Acho que por causa dessa ligação, nao achei tão surpreendentes que grande publico voltou ao cinema, como vários outros viram o filme mas de 30 vezes, o que eh claro contribuiu pra se tornar a maior bilheteria da historia! Algo que eu gostei mt no filme tbm são as curiosidades; tipo, o James Cameron (em parceria com especialistas) criou uma lingua para os Na'vi, com alfabeto, fonética, verbetes e tudo mais. Achei isso bárbaro! Rs.

Eu, particularmente, não achei justo o filme perder o Oscar de melhor filme e diretor pra Guerra ao Terror (com o Jeremy Remmer), que não passa de uma propaganda pro-americana pra justificar suas invasões ao afeganistão e Iraque.

Beijos.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Wander!

Eu também acho que o que chamou mais atenção foi a exploração mesmo, muito mais que a mensagem ecológica. Revolta mesmo. Gosto da Sigourney Weaver, mas acho que neste filme ela não se destacou. Seu papel era meio apagado. E Michelle Rodriguez fez papel dela mesma, realmente ;D

Mas visualmente o filme é lindo, sem dúvida, e impecável. Mas eu prefiro old school, como disse.

O negócio da língua é legal, sim, mas Tolkien já tinha feito isso em OSDA e GoT também tem uma equipe só pra desenvolver a língua Dothraki e o valiriano, então não acho que seja assim tão extraordinário. Mas vale mencionar, sim.

Beijos!

Gabi Lopes disse...

Eu gostei do filme, assisti no cinema e acho a produção impecável.
Mas também não acho assim "O" filme, na minha lista de preferidos existem alguns muitos à frente.

Apesar dos esteriótipos eu gostei da história, mas principalmente pelo foco ambiental, achei bem bacana essa abordagem.

Abraços
Gabi
sonhosaventuras.blogspot.com

Fefa Rodrigues disse...

Fe, não vou te apedrejar pq concordo com vc, é um filme mediano, uma boa diversão, mais nada... acho q não vi tudo que diziam pq prefiro filmes de época, então, coisas muito futuristas não me cativam... a história tbm não é das mis elaboradas... nada que Pocahontas já não tenha nos contado... portanto, concordo totalmente com vc!!!

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi meninas!

Não é que eu não tenha gostado do filme, só não achei tudo isso.

E concordo Fefa, Pocahontas já tinha abordado o tema bem antes.

Beijos!