sábado, 31 de agosto de 2013

Ch ch ch changes…

 

Turn and face the strange
Ch ch ch changes…

Assim como dizem Butterfly Boucher e David Bowie na trilha de Shrek, mudanças às vezes são necessárias. Confesso que fosse por mim, eu não mudaria o blog, mas como vocês já devem ter percebido, o layout mudou. Fui forçada porque há algum tempo que o blog não carregava o template direito. Acho que duas coisas explicam: 1. o template era antigo e o blogger mudou a plataforma, além de meu antigo eu ter baixado e meu pai que fez não-sei-o-quê para encaixar no blogger, já que não era padrão; e 2. um maldito vírus se instalou, e eu não sei mais o que fazer (paguei 120,00 por um ano de assinatura do MacAffee, que veio com o meu note, passei e NADA! Não sei mais o que eu faço. Eu passo antivírus sempre, depois limpo o disco e nada, a porcaria continua lá…já falei com meu pai, aka, assessor de assuntos de informática, já que eu não entendo muita coisa Smiley piscando para dar um jeito).

Assim, mudei o template, mas acabou que gostei do resultado. A figura do cabeçalho eu tenho que agradecer à Nádia, do Palavra em Movimento (obrigada, querida! De coração!), mas o restou fui euzinha. Porque eu gostei: achei que ficou mais claro e  mais agradável. Também retornaram os botõezinhos de compartilhamento, que meu pai até colocou pra mim no antigo, já que não tinha, mas que do nada sumiram. O espaço útil também está maior, bem como a fonte, o que facilita a leitura.

Mas essas não são as únicas mudanças. Como vocês devem ter visto também, mudei o nome da coluna Música do Mês para Trilha do Mês, que combina mais com o blog. Mas aqui ao lado vai continuar com o mesmo nome, viu, por motivos de: preguiça extrema de mudar nos marcadores.

E mais uma novidade os aguarda, mas essa eu vou anunciar só mais tarde, quando for oficial. Acho que vocês irão gostar. provavelmente vou postar semana que vem. Então até lá, aguardem Alegre.

E como tudo isso agora só falta a coragem para eu pintar o cabelo de ruivo igual ao da Clary ou da mãe dela em Os Instrumentos Mortais, e mais coragem ainda para tatuar “O destino é inexorável” em saxão no meu braço (mais fácil a vaca fazer au au do que isso, mas nunca se sabe…venho pensando nisso faz tempo).

Beijos, espero que tenham gostado do novo visual e vejo vocês no próximo post!

Trilha do Mês – Skyscraper – Demi Lovato

 

Demi Lovato SkyscraperNão muito tempo atrás eu disse aqui como é bom ser surpreendida com coisas boas. E uma dessas foi essa música, de uma cantora que eu nunca imaginei comentar, muito menos esperava muita coisa. Eu não curto Demi Lovato, com seu pop produzido em massa e nada original pela Disney. Mas depois de passar por uma clínica de reabilitação, ela mostra que amadureceu bastante.

Skyscraper faz parte do álbum Unbroken, de 2011, o primeiro depois de seu período em reabilitação. Não vou posar de entendedora, porque na verdade só conheço mesmo essa e a mais sombria Heart by heart, da trilha de Os Instrumentos Mortais. Mas a julgar pelos High School Musical da vida, dá para notar um amadurecimento na cantora.

A letra de Skyscraper é intimista e faz uma bela metáfora, ainda que não genial ou muito original. Afinal, quem nunca ouviu a história antes? E mesmo assim, quem não precisa ouvir e afirmar que irá se reerguer novamente, como um arranha-céus de tempo em tempo?

A força da faixa não vem exatamente da letra, mas sim dos vocais crus e belíssimos. Demi transmite muito sentimento ao cantar, e sem exageros. Ela balança a emoção muito bem. De outra forma, esta faixa poderia facilmente cair nos moldes sentimentaloides de uma Mariah Carey ou Celine Dion. Não, Demi tem uma voz linda, e pode sim alcançar acordes altos, mas ela modula isso de forma a ficar melodioso e não gritado.

Os acordes, num crescendo moderado, são maravilhosos. O piano, instrumento predominante, dá o ritmo o tempo todo. Mais tarde entram também as cordas e a bateria, bem suaves, e em harmonia com a canção. Os backing vocals também são um bom apoio, delicados e dando um ar meio etéreo.

Sem mais a declarar, eu deixo vocês com o clipe, que também reflete bem o espírito da faixa, e tem uma bela fotografia do deserto americano:

Beijos e até o próximo post!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Dezessete Luas – Beautiful Creatures #2 – Kami Garcia, Margareth Stohl

 

17 luasATENÇÃO! SPOILERS CASO VOCÊ NÃO TENHA LIDO DEZESSEIS LUAS!

Depois do ano passado, eu achava que nada poderia ficar pior. Uma descoberta terrível, uma morte trágica…Mas pelo menos eu tinha Lena. Ela era a última pessoa com quem eu falava antes de dormir e a primeira ao acordar. Lena era mais do que minha namorada, ela era parte de mim.

Porém, desde o início do ano ela começou a se afastar mais e mais. Era estranho, e eu não conseguia entender o porquê. No princípio, achei que fosse somente a tristeza pela morte do tio, mas ela parecia se culpar de um jeito extremo e… seria impressão minha ou ela culpava a mim também?

Lena não era mais Lena. Pelo menos, não mais a minha Lena. Andando com Ridley – e se vestindo e agindo igual a ela –, pulando em garupas de motoqueiros misteriosos, me rejeitando, indo a festas de Conjuradores das Trevas…Será que ela havia finalmente escolhido um lado?

De repente, era como se tivesse voltado um ano no tempo, quando tudo o que queria era sair de Gatlin. A diferença é que eu já não podia. Das trevas ou não, querendo ou não, Lena fazia parte da minha vida. Sua maldição era minha maldição, e eu deveria ficar ao seu lado até o fim.

Mas como eu faria isso, quando tudo o que eu tinha era uma amiga bibliotecária cheia de meias palavras, um amigo que sabia ainda menos do que eu sobre o mundo de trevas e de luz e uma gata misteriosa? Sem contar com Liv, a aprendiz de Marian, que aparentemente queria me ajudar, mas só estava me deixando mais confuso em relação ao meus sentimentos…

Eu precisava acreditar. Em mim, em Lena, na ideia de que tudo vai ficar bem. Mas será  que isso vai ser suficiente para enfrentar o que há de pior nas trevas e, principalmente, para impedir que Lena siga esse caminho?

Depois de conseguir atrasar sua Invocação, e de um fim traumático, Lena não é mais a mesma, para desespero de Ethan. (SPOILER) Ele não sabe que morreu pelas mãos de Sarafine, mãe de Lena, e que Lena e Amma usaram o Livro das Luas para trazê-lo de volta, e que como preço, a vida de Macon foi tirada. O livro começa com o funeral de Macon, e assim, Lena se culpa pela morte do tio. O que Ethan não entende, obviamente. Lena começa a se afastar (e de novo eu me pergunto por que é sempre no segundo?), anda com Ridley e com um novo personagem, John Breed (falo dele já, já), e acaba terminando o namoro com Ethan.

É um tipo de punição auto-imposta, mas que ela nega, dizendo que é porque ela é das Trevas, e que por isso seu lugar é com Ridley e com John. Este último é um mistério. Tem os olhos verdes de um Conjurador, mas os poderes e força de um Incubus. E qual o objetivo de John? O que ele quer com Lena? Só levá-la para a Grande Barreira, onde supostamente os mundos dos Conjuradores e dos Mortais se juntam, e tudo ficará bem? Eu não posso elaborar mais porque em primeiro lugar ele não aparece muito, e depois, eu estragaria o final. Só que ele parece um personagem bem interessante.

Lena está mais apagadinha neste, por motivos óbvios. Ela se afasta, tanto física como mentalmente de Ethan, portanto não sabemos mais muita coisa além do que eu já coloquei ali em cima. E Ethan, por outro lado, está mais confuso, e começa a se questionar sobre seus sentimentos em relação a Lena. Que ele a amou certeza, mas será que era para ser? O que eu acho legal é que independentemente de estar ou não com ela, ela vai atrás para salvá-la fique ele com ela no fim ou não. Ele está mais maduro, um pouco mais à vontade sobre o mundo Conjurador também. E agora, ele começa a receber mensagens, visões, que só ele vê. Elas são para ele sozinho. E envolvem Macon. Assim, a gente descobre um pouco mais do passado dele, mas não vou contar mais para não estragar. E a confusão é ainda maior por causa da entrada de outra pessoa em sua vida, bem como por descobertas sobre sua família e seu destino, o que ele é, e que papel terá. Ele tem que conciliar tudo isso ao mesmo tempo que o tempo está se esgotando para Lena.

E a nova pessoa na vida dele é Liv, uma estudante inglesa (e aqui eu me arrependi um pouco de ter lido em português, porque com certeza havia algumas expressões idiomáticas e trocadilhos entre o inglês americano e o britânico no original que se perdem na tradução. Mas eu comprei em português porque a trilogia só estava completa assim, não havia o último em inglês na Saraiva) aprendiz de Marian, Ou seja, ela está estudando para ser uma Guardiã, a chefe (por assim dizer) da biblioteca Conjuradores (que tem um nome me latim, mas eu esqueci). Liv, apelido de Olivia, é inteligente, curiosa, e tem fascínio por astronomia. E, diferente de Marian, que pode observar tudo, mas não pode interferir, Liv conjura e vai com Ethan atrás de Lena. Liv tem uma queda por Ethan, e ele também sente certa atração por ela, e imagina como seria fácil a vida se ele tivesse uma namorada mortal, que não representasse um risco a sua vida, mas tanto Liv como Ethan sabem que não é bem assim.

E além de Liv, quem também ajuda Ethan é seu melhor amigo Link. Depois de levar um pé na bunda de Ridley, a última coisa que ele quer é ela de volta (ou é o que ele diz #denial), mas ainda assim vai atrás dela pelos túneis Conjuradores. Link é sarcástico, bem humorado, e sempre se pode contar com ele para cortar a tensão. Incrivelmente, é ele que tem os melhores insights com relação a tudo, sempre é ele que tem as melhores saídas, e geralmente as mais simples. Talvez por ser de fora. E agora ele vai atrás de Ridley sem o poder de persuasão dela o forçar. Ou seja, em algum momento o que eles tiveram foi real. e recíproco, porque ele em determinado momento diz para Ethan que tinha a impressão de que Rid não queria machucá-lo, mesmo sendo uma Sirena das Trevas. ela aparece também, e dá para notar que ela segue Lena e John meio que a contra-gosto, não muito à vontade. Mas de novo não posso falar mais sem entregar o final.

Ethan também recebe alguns ajudantes inesperados. O maior deles é Lucille Ball, a gata siamesa das Irmãs, que tem lá seus segredinhos. E também das tias de Lena, de Amma e até de suas tias-avó centenárias, e ainda mais fofas. Como eu disse antes, é uma viagem de conhecimento para Ethan, e várias surpresas o aguardam pelo caminho. Acima de tudo, é o auto-conhecimento, os conflitos comuns da idade, quem ele é, e qual o seu lugar no mundo. Isso permeia todo o livro, apesar de ele ser mais sombrio que Dezesseis Luas. Este também é mais cheio de incertezas, de sentimentos muitas vezes conflitantes, perdas e ganho, e questões como preconceito e identidade estão presentes também. A leitura também é fácil, prazerosa. Li em 3 dias. Ainda tem alguns clichês (que eu esqueci de mencionar na resenha anterior), mas nada que prejudique a história, que tem ainda mais reviravoltas e só faz ficar mais intrincada. Uma boa pedida para quem gosta de romance com pitadas de elementos sobrenaturais (eu até sonhei com uma parte. E garanto que não foi com o romance de Lena e Ethan Smiley piscando), mas fiquem tranquilos que não é nada que meta medo. Vale a pena.

Trilha sonora

Para começar, uma que Lena mesma usa (e que eu AMO!) e tem tudo a ver: Running to stand still, do U2. Seven Devils, do Florence and the machine ainda combina. Haunted, Hello (adoro!) e My immortal, todas do Evanescence, são perfeitas. Broken, do Seether com a Amy Lee também cai bem. Finalmente Disarray do Lifehouse também é muito boa para embalar a leitura.

Se você gostou de Dezessete Luas, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • Hunger Games – Suzanne Collins;
  • O retrato de Dorian Grey – Oscar Wilde;
  • A menina que não sabia ler – John Harding;
  • A sombra do vento – Carlos Ruiz Zafón;
  • Marina – Carlos Ruiz Zafón;
  • A volta do parafuso – Henry James;
  • Dragões de Éter – Raphael Draccon (só lembrei depois).

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Citação do Mês

 

Essa vem de uma série que eu amo, mas que é extremamente injustiçada e menosprezada. E não deveria, de forma alguma.

“Desgraças sempre chegam aos que esperam. O segredo é encontrar a felicidade nos breves intervalos  entre os desastres”

Brisingr, Christopher Paolini, p. 154

Não lembro exatamente quem disse isso, acho que foi a Arya (de vez em quando ela dá uma dentro), mas pouco importa. A frase é muito bonita.

Brisingr

Aproveito para recomendar a série. Ela começa mais ou menos, mas juro pra vocês que ela fica muito boa. E aliás, vocês sabiam que essa semana fez 10 anos do lançamento de Eragon?

Beijos e até o próximo post!

Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos – filme

 

City of BonesOutro filme que eu estava louca pra ver, porque também adoro a série era Cidade dos Ossos. Então nem perdi tempo e fui assim que deu pro cinema. E me surpreendi muito. Eu amo os livros, claro, mas como sempre acontece, eu estava meio apreensiva para a adaptação. Um dos motivos era a escolha do ator para fazer o Jace, que eu imaginava bem diferente, mas já falo dele e do resto do elenco.

O filme começa com Clary acordando na manhã de seu aniversário, falando com Simon ao telefone. É uma manhã normal, até que Clary (Lily Collins, excelente. Tem a quem puxar) decide ir com Simon ao Pandemonium. É quando ela vê Jace (que até aqui ela não sabe quem é), Isabelle e Alec matando alguém. Só que ninguém mais vê. A partir daí, sua vida vai mudar de uma forma que ela nem imagina.

Clary

No dia seguinte, ela acorda assustada com o que viu, e além de tudo, ela começou a desenhar um símbolo que não sabe o que significa por todo o quarto. Ela sai para encontrar Simon (Robert Sheehan, perfeito no papel), e encontra Jace de novo. E como ninguém mais o vê, a cena é hilária, com ela falando como se estivesse sozinha, enquanto dois policiais observam.

JocelynEnquanto isso, no apartamento de Clary, o caos se instala. Jocelyn, sua mãe (nossa lindíssima e querida Queen Cersei – sim, eu sei que ela é Lannister, mas eu a amo do mesmo jeito! E Lena Headey está maravilhosa no papel de Jocelyn) luta contra os enviados de Valentim (chego nele daqui a pouco) e acaba sendo levada por eles depois de beber aquela poção. Lena Headey aparece ativamente no filme pouquíssimo tempo, mas arrasa em cena.

JaceComeça aí então a busca de Clary por sua mãe. Ela chega ao Instituto e começa a descobrir coisas sobre si mesma que não sabia. Para isso ela conta com a ajuda de Jace, por quem também imediatamente desenvolve uma atração. E volto ao que eu tinha dito lá em cima. Eu estava receosa em relação a Jace. Principalmente porque eu achava que ele seria mais bonitinho. E vamocombiná que Jaime Campbell Bower é meio esquisitinho. E magro demais, alguém por favor dê alguma comida pra ele! Alegre . Brincadeiras à parte, ele manda bem no papel. Só que deveria ser mais sarcástico. Ele retratou o personagem mais sombrio e mais sério. Mas tudo isso fica pra trás quando ele finalmente tem que enfrentar Valentim.

VelentimEsse sim roubou a acena. Só apareceu mesmo no final, mas fez toda a diferença. Claro que ser Jonathan Rhys-Meyers diz tudo, e eu nem esperava menos dele, mas foi um deleite vê-lo em cena. Valentim é demente e obcecado na medida certa. E Jonathan Rhys-Meyers se apropriou do personagem perfeitamente. Ele brilha. É de arrepiar cada vez que ele sibila os Ss (não como Gollum, mas de um jeito ultra sexy), e olha com aqueles olhos azuis penetrantes. Maravilhoso. Quero ver mais dele no futuro. Se mais nada, o filme valeu por isso.

Aliás, o elenco inteiro é muito bom. Godfrey Gao pode não ser negro (longe disso, como o nome dele diz) como Bane nos livros, mas isso não impede de encarnar o personagem muitíssimo bem. E além disso, também presente está Kevin Durand como Pangborn, deixando o lacaio de Valentim ainda mais assustador com todo aquele tamanho. Jemima West está linda como Isabelle (e que queria aquele chicote dela) e Kevin Zegers está maravilhoso como Alec. Aliás, a cena em que Clary o enfrenta, jogando na cara dele que ele está apaixonado por Jace é sensacional. E não posso esquecer a excelente CCH Pounder como Dorothea, e Jared Harris brilhando como Hodge.

Alec

SimonE meninos, podem levar as namoradas sossegados. O filme é recheado de ação, o romance entre Jace e Clary fica em segundo plano (o que não impediu as adolescentes atrás de nós de soltar um aawwwwnnnnn!!!! bem alto na hora que Clary cai por cima de Jace. Eu a minha amiga Fernanda tivemos que nos esforçar pra abafar as risadas). Os efeitos especiais são bem feitos, achei bem bacana o portal. A caracterização também está ótima. Os irmãos silenciosos são assustadores, eu queria pintar o cabelo pra ficar da cor do de Clary, Lena Headey fica ainda mais linda ruiva, a delicinha Aidan Turner (aka Kili) está perfeito como Luke, e quando ele vira lobisomem deixa o pobre Lupin no chinelo. Porém, senti falta de Raphael como líder dos vampiros. Por outro lado, ficou mais legal no filme Simon pendurado no teto e sem se transformar em rato. E nada impede de Raphael aparecer numa continuação, afinal Simon ainda não virou vampiro.

Isabelle

A trilha sonora é outro atrativo. É ótima, incluindo uma música de Demi Lovato (a segunda dela que me agrada), Heart by heart e de Colbie Caillat, When the darkness comes, ambas lindas (mas era mesmo necessário colocar a legenda? Meio que fez perder o efeito). Assim, não me resta mais nada a não ser deixar vocês como trailer:

Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Dezesseis Luas – Bautiful Creatures #1- Kami Garcia, Margareth Stohl

 

16 luasEm Gatlin não havia surpresas. Pelo menos era isso que eu achava…Só que eu não poderia estar mais errado. Havia uma maldição. Havia uma garota. E, no fim, havia um túmulo. Mas vamos por partes.
Quando Lena chegou a Gatlin, eu só tinha certeza de uma coisa: ela não se parecia com ninguém que o pessoal daqui já vira. E as diferenças não estavam apenas na aparência, mas isso eu só descobri depois. Ela a mais nova gata da escola, só que, infelizmente, morava com o tio, em Ravenwood – leia-se o “recluso da cidade” na “casa mal assombrada”.
E ainda assim eu não conseguia desgrudar os olhos dela. Ela era linda. E diferente. E de fora. Eu tinha certeza de que já havíamos nos encontrado antes, talvez nos sonhos. E, sei que parece idiota, mas eu vinha sonhando com alguém há tempos, alguém que eu não conhecia, alguém que, no sonho, precisava ser salva, ou tipo isso.
Antes de Lena eu estava contando os meses para deixar Gatlin, suas fofocas, preconceitos e encarnações da Guerra Civil. Agora era diferente: havia Lena. E havia algo entre nós, uma atração que não conseguia explicar. Eu precisava conhecê-la melhor e entender o que eu estava sentindo. Mas, para isso, teria de me aproximar. E, no caminho, enfrentar seu tio com fama de louco; Amma, nossa governanta supersticiosa, que tinha praticamente me criado; meu pai, que desde a morte de minha mãe só ficava trancado no escritório “trabalhando”; meus amigos e inimigos; as garotas populares da escola…
Pois é, e ainda havia o segredo, um tipo de segredo que não ficaria oculto por muito tempo em um lugar como Gatlin, um tipo de segredo que pode mudar tudo a sua volta…

Eu sempre achei a capa desse livro linda, mas não me interessava muito por ele porque, pelo nome, eu achava que se tratava de lobisomens, e eu não sou muito chegada a eles. Daí saiu o filme (que eu ainda não vi, mas vi que tem no Netflix, por isso li agora), e a Nádia, do Palavra em Movimento assistiu e falou bem do filme. E, dia desses, andando pela Av. Paulista, e claro, entrando naquele templo que é a Livraria Cultura de lá, eu não vejo o livro com 50% de desconto. Nem precisa adivinha no que deu, né? Claro que eu trouxe pra casa. E nem esperava muita coisa, só uma leitura leve e descompromissada, não pensante, como Crepúsculo. Mas é muito bom ser surpreendida às vezes. Foi o que aconteceu comigo. Peguei para ler, depois de reler toda a coleção Percy Jackson (de O ladrão de raios até A marca de Atena, e sofrer de novo com o final deste – ai!), e não conseguia largar o livro. Li em um fim de semana. Mas chega de enrolação.

Ethan Wate é um adolescente normal de 16 anos. Leva uma vida mais que pacata, sem nada a fazer, numa cidadezinha do interior da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Estuda na mesma escola de sempre, com as mesmas pessoas de sempre, joga no time de basquete e flerta com as mesmas meninas de sempre. Tudo OK, a não ser pelo fato de ele ter perdido a mãe em um acidente alguns meses atrás, e que seu pai agora é um recluso que não sai do escritório para nada, nem deixa que ninguém entre. Ethan tenta levar tudo isso da melhor forma possível, mas no fundo anseia por mais. Ele não vê a hora de sair de Gatlin, e ir estudar em outro lugar na faculdade. E além disso, Ethan também esconde segredos só seus. Ele adora ler, lê o tempo todo, mas como isso é muito diferente dos hábitos das pessoas do lugar, para manter as aparências, ele não diz nada. Chego a isso já, é uma parte importante da história.

Voltando a Ethan, sabe aquele ditado que diz para ter cuidado com o que deseja, porque você pode conseguir? É, bem isso. Ethan vive sua vida entediado, fazendo o melhor que pode num lugar perdido no meio do nada como Gatlin, com tradições seculares e estanques. Ele é um garoto introspectivo, mas não necessariamente tímido, mais no sentido de pensar muito, característica que herdou dos pais, ambos escritores e que estudaram em faculdades de fora, e por isso mesmo, vistos com desconfiança pela população local. Ethan quer mesmo encontrar seu lugar no mundo sua identidade. E no meio de tudo isso, eis que surge Lena, a exótica sobrinha de Macon Ravenwood, o esquisito local. Daí o mundo de Ethan dá um salto de 180 graus, e ele se vê no meio de uma guerra de proporções gigantescas. E que mudarão sua vida para sempre.

Lena é uma garota de 15 anos, quieta mas fascinante, principalmente por ser de fora, e ainda por cima sobrinha do Velho Ravenwood. Ethan imediatamente sente uma atração inexplicável por lena, Esqueci de dizer que Ethan andava tendo sonhos com ela, sem saber que era ela. Lena é inteligente e escreve o tempo todo. Mas tem mais sobre ela. Coisas estranhas, como um furacão de grandes proporções, acontecem quando ela está contrariada ou amedrontada. O que acontece com frequência. Além de enfrentar o preconceito das pessoas da escola, ela ainda tem que enfrentar uma maldição que corre em sua família. Veja, Lena é uma Conjuradora, e quando completar 16 anos, o que será em breve, ela será Invocada, e isso significa que ela pode se tornar uma Conjuradora das Trevas ou da Luz, e não depende da vontade dela. Além de tudo isso, ela ainda tem que lidar como fato de estar se apaixonando por Ethan, o que é novo, tanto para ela quanto para ele. E no caso deles, não é tão simples assim.

Lena corre perigo constante, e por isso tem a proteção de seu tio, o excêntrico Macon Ravenwood. Macon é misterioso, de poucas palavras, mas quando ele fala, é bom prestar atenção. Some e aparece quando quer. Mas não há nada que ele não faça para proteger a sobrinha. Mesmo. E quando Ethan aparece, claro que as coisas ficam mais difíceis. Macon tem um segredo também, que pode botar abaixo tudo pelo que ele luta para proteger Lena. Confesso que Macon me dá um pouco de medo. Mas é um bom personagem.

E do lado de Ethan, há Amma, a governanta que quase o criou, e que depois da morte da mãe de Ethan, faz as vezes de pai e mãe do garoto. Amma é supersticiosa, e tem conhecimentos de vodu, sempre com um amuleto pronto para espantar qualquer mal. É autoritária, e consegue colocar Ethan nos eixos mesmo que ele tenha 1,89 m e ela meros 1,50. Mas ela também é meiga, e como Macon, faz de tudo para proteger o seu menino, como ela diz.

Uma personagem que eu não posso deixar de mencionar é Ridley, prima de Lena. Ridley é uma Sirena, e das Trevas ainda por cima. Ela pode controlar quem quiser, como uma sereia mesmo. É desinibida (pra não dizer outra coisa), e não escrúpulos. Não posso elaborar muito, mas ela tem papel importante na história, especialmente depois de seduzir Link, o melhor amigo de Ethan, e o único em Gatlin que gosta de Lena.

Bom, Gatlin. A população da cidade é quase um personagem à parte. No interior da Carolina do Sul, Gatlin é cheia de batistas e metodistas, que frequentam a igreja todo domingo (inclusive as 3 tias de Ethan, mas elas são fofas), e em sua maioria, são pessoas tacanhas e de mente estreita. Não aceitam nada diferente, que saia das normas, e nem forasteiros. O fanatismo se resume na Sra. Lincoln, mãe de Link, e que chega a fazer petição para banir os livros de Harry Potter da biblioteca e queimá-los, nas integrantes das FRA, Filhas da Revolução Americana. São tradicionais ao extremo, e muito seletivas quanto a quem pode fazer parte de seu grupinho. Ethan despreza isso tudo, especialmente porque sua mãe, sendo de fora, também enfrentou o mesmo tipo de desconfiança, o que só acabou quando ela morreu, numa tremenda hipocrisia. O que aliás sobra em Gatlin.

Outra coisa importante a se saber sobre Ethan e Lena é que eles não se encontram, nem sonham um com o outro à toa. Há um motivo para isso. Ligando os destinos dos dois (e o destino é inexorável, né, Derfel?) há a história de Genevieve e Ethan, outro, que se passa em plena Guerra Civil Americana. A história deles é contada em flashbacks, através de um medalhão, e vivenciada por lena e o Ethan contemporâneo. E a história deles tem muito a ver com a passada.

Há ainda mais personagens bacanas, mas não posso comentar muito, primeiro porque eles não aparecem muito, e depois porque senão fico aqui até amanhã e a resenha não sai. É o caso dos familiares de Lena, Tia Del, a fofa avó dela, a gracinha Riley, e a amiga de Ethan Dra. Ashcroft, bibliotecária de Gatlin. Os personagens são muito bem construídos, tem várias camadas, nenhum é exatamente o que parece. A narrativa é em terceira pessoa, mas contada por Ethan, o que eu achei bem bacana e original, já que esse tipo de história geralmente é contada pela mocinha. A trama é complexa, cheia de histórias dentro de histórias, e fala de temas como preconceito, fanatismo, adaptação social. É fluida, também, vai fácil, e envolvente, com toques de sobrenatural e sombrio, no melhor estilo Poe, Oscar Wilde, Anne Rice e Henry James. Recomendadíssimo.

Trilha sonora

Seven Devils, do Florence and the machine está no trailer do filme, e tem tudo a ver com a história. You´ll be in my heart, do Phil Collins pode não ser sombria como o livro, mas a letra tem tudo a ver (e eu AMO essa música). Ethan usa Sympathy for the devil para definir Ridley. Com os Stones, mas eu prefiro com o Guns. Mil vezes melhor. The monster´s loose tem partes da letra que tem a ver (The monster´s loose, and now you have to choose, and prove that you can take it, to the top and never fall). Ela tem a ver também com um personagem em especial, mas não posso dizer quem. If this is the last kiss (let´s make it last all night) também combina. Ambas do Meat Loaf. My heart is broken e Lost in paradise, do Evanescence e finalmente All I need, do Within Temptation.

Se você gostou de Dezesseis Luas, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • Hunger Games – Suzanne Collins;
  • O retrato de Dorian Grey – Oscar Wilde;
  • A menina que não sabia ler – John Harding;
  • A volta do parafuso – Henry James;
  • A sombra do vento – Carlos Ruiz Zafón;
  • Marina – Carlos Ruiz Zafón.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Percy Jackson e o Mar de Monstros – filme

 

PJ and SOMFã ardorosa de Percy Jackson como eu sou (e não se engane, eu sou mesmo. E reler a série só me lembrou o quanto eu amo o filho do deus do mar), claro que eu estava louquinha para ver o filme. A espera foi longa, afinal de contas. Três anos de muitas incertezas, mas finalmente o filme saiu. Depois do primeiro, eu nem tinha muitas expectativas quanto a fidelidade do filme ao livro. e não me entenda mal, eu gosto bastante do primeiro filme também, com mudanças e tudo. E, arriscando a ira dos fãs dos livros (que chega a ser assustadora no caso de Percy Jackson. Eu entendo que as mudanças irritam, eu também adoraria ver o livro que eu li todinho, página por página, na telona. Mas eu também entendo o conceito de adaptação, e que mudanças às vezes são necessárias, e muitas vezes mesmo bem-vindas, e contanto que elas não afetem o andar da história, nem descaracterizem totalmente o original, fine by me), eu digo que gostei do filme. Como tal, é diversão garantida. Não é nem de longe o melhor que eu vi esse ano (Hades, nem do último mês), mas como eu disse, sou apaixonada verdadeiramente por Percy, e isso pra mim basta.

Luke   Annabeth   Grover

O filme começa com Percy narrando a chegada de Annabeth, Grover, Thalia e Luke no Acampamento, e como Thalia se sacrificou, desta forma criando a barreira mágica que protege os meio-sangues de monstros e afins. A sequência é bem bacana, e eu não lembro como estava no livro, mas eu gostei do fato de terem feito como se fosse à noite. Deixou mais angustiante e assustador. E gostei também de Percy narrando, lembrou o livro no sentido de que o livro é narrado por ele.

Corta para o presente e Percy no Acampamento Meio-Sangue, no meio de uma disputa com Clarisse, óbvio. Se não é possível passar para a tela a parede de escalada com erupções vulcânicas, pelo menos inventaram um substituto à altura. Uma mistura de parede de escalada, com carrossel da morte e mesa de pebolim (o que eu já levei de porrada na barriga com aqueles ferros que controlam os jogadores não é brincadeira. Eu jogava pra caramba quando era pequena, na escola. Foi a coisa mais próxima que eu encontrei pra comparar) é igualmente bacana, e potencialmente letal.  E já começa uma sequência de tirar o fôlego. Melhor para Clarisse nessa, e daí vem a lista de recentes fracassos de Percy, numa cena bem divertida, e com direito até a menção de eventos narrados em The Demigod Files. Pontos para o filme. Quase me esqueço de Grover apostando em Percy, para desaprovação de Annabeth. Perfeito.

Percy   Mr. DÉ quando um touro de Colchis invade o Acampamento. Depois de uma luta insana, com participação de todos os campistas, Percy finalmente derrota o autômato e Luke aparece. Achei legal que fizeram uma ligação como final do primeiro, quando Percy afoga Luke. este agora tem um tremendo ressentimento em relação ao Seaweed Brain, e apresenta seus planos de ressuscitar Cronos e menciona uma profecia. Ou melhor, A profecia. Percy então é direcionado ao sótão e ouve a profecia pela primeira vez. Achei bem bacana a animação da queda de Cronos sob as mãos dos deuses. E aqui mais um ponto. Uma das coisas que incomoda muita gente nos filmes é p fato de Percy ser mais velho. Eu particularmente acho isso bem bacana, até porque ao ler os livros, a gente tem impressão de que Percy é mesmo mais velho. Mesmo lendo O ladrão de raios ou Mar de Monstros minha sensação é de que Percy é mais velho, e não um garoto de 12, 13 anos. Mas isso impunha um problema com a Profecia:

Um meio-sangue, dos deuses antigos filho,
Chegará aos dezesseis apesar de empecilhos
Num sono sem fim o mundo estará
E a alma do herói, a lâmina maldita ceifará
Uma escolha seus dias vai encerrar
O Olimpo preservar ou arrasar

O que foi imediatamente remediado pela simples troca de 16 por vinte. There, problem solved. Enquanto Percy tenta digerir a notícia de que pode potencialmente trazer o mundo ao caos, Annabeth e Grover tentam achar um meio de curar a árvore de Thalia, que Percy descobriu antes que foi envenenada por Luke. Quando Annabeth chega à resposta, ela vai direto a Mr. D (interpretado maravilhosamente por Stanley Tucci, errando os nomes de todos os semi-deuses e tudo. Hilário) e daí é só organizar uma expedição para recuperar o Velocino de Ouro. A escolhida é Clarisse, como no livro, mas Percy e cia. acabam indo atrás.

TysonEsqueci de mencionar antes Tyson, que chega sozinho no Acampamento, e já reclamado por Poseidon. Mesmo depois de ajudar a derrotar o touro, e mostrar sua invulnerabilidade ao fogo, Tyson ainda sofre a desconfiança dos outros semi-deuses, e Percy tentando conciliar a ideia de que tem um meio-irmão ciclope é ótima. Além das piadinhas de Clarisse, claro. E Douglas Smith consegue elevar Tyson mais um nível na escala de fofice. Está perfeito no papel. É ainda mais difícil não se apaixonar por ele no filme. E outra coisa que eu gostei é que Tyson no filme não é tão bebê como no livro.

A partir daqui, as coisas se afastam bem do livro, mas não necessariamente para o ruim. A corrida no Taxi da Morte é bem legal, e Grover é raptado, mas não antes do começo da história, no caminho para o Triângulo das Bermudas, aka Mar de Monstros. Sinceramente, também achei isso mais legal, e também gostei que não colocaram o vínculo psíquico de Grover com Percy. Acho isso muito creepy, mesmo no livro. Me incomoda mesmo. E agora, além de partir para ajudar Clarisse, sem que ela saiba, Percy e cia trem que achar Grover. Para isso eles contam com a ajuda de Hermes, numa participação pra lá de engraçada de Nathan Fillion (brilhante), na companhia de Martha e George (fofíssimos para duas cobrinhas). E assim, Percy, Annabeth e Tyson acabam no barco de Luke, o Andrômeda, onde Percy vê pela primeira vez o sarcófago de Cronos.

Percy   Annabeth

A viagem para o Mar de Monstros é que é bem diferente. E o final do filme também. Senti falta da ilha de Circe (eu queria tanto ver Percy como porquinho da índia…), mas fora o fato de que Percy não encontra Hylla e Reyna aqui, não faz diferença. E vamos considerar que não sei nem se vão filmar até Os Heróis do Olimpo (acho que pelo menos um terceiro filme está meio que garantido, mesmo porque o contrato inicial do trio principal era para 3 filmes, pelo que eu sei). O foco mesmo foi em Polifemo, que foi dublado pelo excelente Ron Perlman (pessoalmente acho que ela faria um ótimo Hefesto, #justsaying), e Grover aparece de noiva, bem engraçado. E a hora que Polifemo descobre que Grover é um sátiro, e macho ainda por cima, é hilária (You´re a dude?! – rachei).

ClarisseE mesmo o final sendo bem diferente, eu achei bem legal. (SPOILER) A ascensão de Cronos é bem bacana, com os pedacinhos dele flutuando ao redor. Em 3D deve ter ficado legal, mas eu vi normal. O filme é bem recheado de ação frenética, misturado com boas doses de humor. E as partes mais dramáticas também são boas, como Percy tentando aceitar Tyson como seu irmão, e o sentimento de derrota antes do final. O elenco está muito bem. Logan Lerman segura as pontas muito bem como Percy (e ele tentando NÃO falar com Poseidon é lindo e triste ao mesmo tempo, como quando ele reconta a profecia a Quíron. e eu tenho que dizer que Logan Lerman só faz ficar cada vez mais lindinho com o tempo), Alexandra Daddario está ainda mais á vontade como Annabeth (e mais bonita que no primeiro, com os lindos cabelos loiros, e parecendo mais nova do que na realidade é), Brandon T. Jackson é um ótimo alívio cômico com Grover, mas também manda muito bem na ação, e Leven Rambin está ótima como Clarisse. Isso além das ótimas participações de Stanley Tucci, Nathan Fillion, como eu já mencionei, e Anthony Head como Quíron (sinceramente eu até prefiro ele a Pierce Brosnan. Anthony consegue transmitir melhor a placidez misturada com conhecimento e autoridade do personagem). Quem não me convenceu aqui foi Jake Abel como Luke. Me pareceu apático e não transmitiu a convicção de Luke para reviver Cronos. Vale lembrar que Luke aqui ainda não está possuído por Cronos, o que poderia explicar a apatia.

P   A   G   T

Como eu disse lá em cima, não é o melhor filme que eu vi recentemente, nem perto, mas diverte, e analisando friamente, as mudanças nem tem tanta importância assim (ai, prevejo um ataque de fãs dos livros em praça pública). Veja bem, a profecia já foi mencionada. OK, Percy não vira porquinho da Índia, mas e daí:? Ainda souberam deixar cliffhangers para a continuação. ATENÇÃO! SPOILERS A PARTIR DAQUI! Cronos vai ressurgir novamente, Luke ainda vai voltar e Thalia saiu da árvore, deixando a profecia dúbia. Ou seja, ainda há chance de Cronos marchar com seu exército sobre NY. Mas também temos que considerar que, como eu disse, talvez só haja mais UM filme, o que quer dizer que as coisas tem que ser aceleradas e muita coisa fique de fora. desta forma, a linha principal da história, que é mesmo o ressurgimento de Cronos, e a profecia, não foram afetados. Mas eu lembro de novo que trata-se de uma adaptação, e não cópia fiel. E eu também entendo que, embora eu goste muito de Percy, eu não sou o público-alvo nem do filme, nem do livro. Por isso, eu em particular não me incomodo como fato de o filme ser mais infantil (em termos) do que o livro. Enfim, repetindo o que já disse, não espere uma adaptação fiel, mas prepare-se para um filme divertido. Aí vai o trailer:

Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O Homem de Aço

 

Man of SteelEu não sou lá muito fã de Superman (OK, eu assistia Smallville, mas depois de um tempo ela cansou, e não em pequena parte por causa de Clark mesmo. Sim, Tom Welling é lindo, e era um dos motivos de eu ver, mas o personagem é extremamente chato, que me desculpem os fãs mais apaixonados). Mas havia dois motivos para eu ver esse filme (mesmo depois de perder todas as esperanças de um filme decente de Superman, depois da tortura de ver Superman returns – apaguem isso da história cinematográfica, pelamordedeus!): Henry Cavill e Christopher Nolan, que assina a produção deste. E minha fé na humanidade foi restaurada.

Jor-El

Homem de Aço começa com o nascimento de Kal-El, e com Krypton já em vias da destruição. Jor El, belissimamente interpretado por Russel Crowe, faz o parto de sua mulher Lara. É preciso ressaltar a tensão nessa cena, não somente pelo nascimento em si, mas Kal-El também não é um bebê comum. Ele é o primeiro bebê NASCIDO em Krypton em séculos. É, bem, para poupar vocês de spoilers, deixo por conta de sua imaginação saber como os kryptonianos se reproduzem.

ZodBom, só vou dizer que foram os próprios kryptonianos que provocaram seu fim, e isso, claro teve repercussão e gerou muitos conflitos. Um dos dissidentes é Zod (Michael Shannon, ótimo), que mais que tudo tenta preservar, e mais tarde repopular algum planeta, com sua gente. Compreensível, mas ele usa de todos os métodos errados para isso. E como eu já falei ali em cima, Michael Shannon faz bonito ao retratar esse general implacável e sem nenhuma restrição moral. Sua braço direito, Faora (Antje Traue, eita nominho difícil! Curiosidade: a atriz nasceu na Alemanha) é tão desequilibrada como Zod. E tanto Michael Shannon como Antje Traue passam perfeitamente a frieza dos personagens.

Faora

Destaco aqui a reconstrução de Krypton. Apesar de estar em vias de destruição total, neste filme retratarem Krypton um pouco diferente do que eu imaginava, até pelo que via nos filmes anteriores. A aspereza e aridez do lugar são quebradas um pouco com uma fauna exuberante. O planeta aqui tem um pouco mais de vida. E eu gostei disso. Palmas para o pessoal do CGI. Também a recriação da tecnologia kryptoniana está linda. Adorei os comunicadores deles.

E assim, num último ato desesperado, Jor-El lança seu filho através da galáxia para a Terra, e o resto é história. Clark cresce na fazenda dos Kent (vividos por Kevin Costner, que andava meio sumido, e Diane Lane, ambos em interpretações um pouco diferentes de Jonathan e Martha Kent. Ambos são mais proativos, mesmo a doce Martha). Essa parte é mostrada em flashbacks, e destaco as participações de Dylan Sprayberry e Cooper Timberline, Clark respectivamente aos 13 e aos 9 anos. Cooper em particular dá show quando pequenino Clark descobre, de uma só vez, seus poderes. Lembrou a cena de Matt acordando depois de seu acidente em Daredevil (e Scott Terra também dá show na cena), e logo depois Martha ensinando o filho a controlar isso (guardem isso, que vou retomar). Mas Dylan também faz bonito, e suas cenas são mais dramáticas. O resgate do ônibus é muito bem feito, e a cena subsequente, quando Jonathan diz que Clark tem que esconder suas habilidades, é linda. Uma coisa bem legal desses flashbacks é mostrar que Clark é um garoto normal, e tem uma infância feliz, apesar de tudo. E aqui há um dos conflitos que Clark tem que enfrentar depois de crescido: esconder quem realmente é, como quer Jonathan, ou assumir sua identidade, como aconselha Jor-El? Esse conflito permeia o filme inteiro.

Jonathan   clark 13

Isso porque logo depois da destruição de Krypton, Zod e seus amiguinhos, que haviam sido presos, escapam (acho que isso nem é spoiler, já que eles aparecem no trailer aqui na Terra) e acabam descobrindo que Clark está aqui entre nós. E ele vem atrás, pois antes de mandar seu baby pelos confins da galáxia, Jor-El escondeu algo em sua nave, e agora Zod quer de volta. E a ameaça que ele faz é exatamente que Clark se entregue. E aí aparece o dilema de Clark.

Superman

E você deve estar se perguntando onde está Clark nisso tudo? Fale, falei e nada dele propriamente ainda. Fiz de propósito. Quando adulto, ele é vivido pelo lindo, maravilhoso, gostoso, e tudo o mais Henry Cavill. E muito bem, diga-se de passagem. Além de ser muito parecido fisicamente com o personagem, ele atua muito bem. Clark/Superman nesse filme é um pouco mais humano que os anteriores, e um pouco mais atormentado (mas não muito). Assim, era preciso além da semelhança física alguém que pudesse levar o papel adiante à altura. Não me entenda mal, eu assisti o primeiro filme, com o saudoso Christopher Reeve quando era bem pequena, então não me lembro bem e não posso julgar. Estou baseando isso nas interpretações mais recentes do personagem. Não consigo, por exemplo, imaginar Tom Welling num papel com tanta carga dramática como esse (sim, ele é lindo e faz aniversário perto de mim, o que é um plus, mas vamocombiná que ele é um ator no máximo mediano). O que deixa a desejar não é por culpa de Henry, mas pelo próprio personagem, já muito bem estabelecido (apesar que eu acho que poderiam dar uma sacudida maior nele, como Christian Bale e o próprio Christopher Nolan, fizeram com Batman). Clark, por mais que esteja mais perturbado neste filme, ainda é muito limitado por obrigações morais. Exemplo: quando Zod exige que Clark se entregue a fim de salvar a Terra, Clark se rende à ameaça. Quando o Coringa (sniff, sniff, RIP Heath Ledger), Bruce não o faz. Isso porque ele entende que o Coringa não vai cumprir o seu lado do trato. Já Clark até desconfia disso, mas até pela educação que os Kent lhe deram (que é exemplar, admito), se entrega às autoridades (guardem isso) pois sua honra o guia. Nesse sentido ele é parecido com Ned de ASOIAF. E é justamente essa limitação que eu acho que estraga um pouco o personagem. Falta ele ter uma área cinzenta, e chegar mais perto do Lado Negro, exatamente como Batman e o Green Arrow de Stephen Amell. Deixa eu explicar: tanto Batman como Green Arrow não são exatamente os bad guys, mas sabem muito bem que às vezes, para que se faça cumprir a lei e pelo bem maior, é necessário que a lei seja quebrada.

Clark 3Por outro lado, é muito bacana descobrir junto com Clark seus poderes. Uma das melhores cenas é quando ele descobre que pode voar. Dá vontade de gritar junto. Henry Cavill balança lindamente esse lado meio infantil com o peso de ser um alien (numa metáfora belíssima daquele que n]ao pertence, que não se encaixa, é diferente). Ele até tem um lado meio rebelde, e senso de humor, bem discreto, mas que eu gostei bastante. Além de também ser um bom lutador. Só mais uma coisa que eu tenho que comentar, e que novamente não é culpa dos roteiristas, mas do personagem. Lembra quando eu falei para guardar a informação de que os pais de Clark o ensinaram a controlar seus poderes? Bem, numa cena, Zod perde seu capacete e é inundado de uma vez só com todos eles ao mesmo tempo. E no meio da luta, o que Clark faz? Diz pra Zod como controlar isso. OI! COLEGA, VOCÊ ACHA UMA FRAQUEZA NO CARA E NÃO TIRA PROVEITO? EM VEZ DISSO ENSINA O CARA A SE DEFENDER???? OK, vai, Superman pode ter superpoderes bem bacanas, mas superinteligência não é um deles. Pelo contrário, o cara é bem burrinho, vamos admitir.

LoisEsqueci de falar da Lois. Aqui ela é interpretada por Amy Adams, e eu gostei bastante da atuação dela, e de como ela deu vida a Lois. Lois não faz o tipo mocinha indefesa, e o que falta de inteligência em Clark, sobra em Lois. Ela é determinada e desinibida, fala o que quer. É ela quem primeiro descobre que há aliens entre nós, e é ela quem primeiro descobre o que Zod quer. E também, diferente do que vimos até aqui, foi ela que descobriu quem Clark é realmente, sem que ele precise contar. E ela o apoia em todo o caminho, nunca o abandona nem deixa de acreditar nele. Porque claro que ao saber que ele é um alien, e da mesma raça de Zod ainda por cima, os excitadinhos do exército americano já vão logo prendendo o cara, sem parar pra ouvir. O que na verdade acaba sendo engraçado, porque eles nem imaginam que Clark se deixou capturar e que só usa as algemas porque quer. E mais outra idiotice, e bem típica dos rapidinhos no gatilho do exército: vocês não veem que os kryptonianos são imunes ás balas? Então por que continuam atirando? Bando de cabeção. Tem mais uma coisa que eu quero falar sobre isso, mas vou deixar mais pra frente.

Clark 2Com isso, o filme carrega nas explosões, lutas e muita ação. Mas tudo bem balanceado com dramaticidade. Bem típico dos filmes do Nolan. Peca por algumas coisas, que são mais ligadas á história original do que propriamente ao filme., Por exemplo: depois que Metrópolis (que na verdade em momento algum é nominada) e Smallville vira Nothingville, que todo o mundo viu quem é o Superman, no final (e não é spoiler, porque é fato conhecido de todos) ele diz que precisa de um emprego que permita que ele vá a lugares sem levantar suspeitas, coloca um óculos, e BAM! Nasce a identidade secreta mais ridícula da história! (segredinho: quando eu tiro o óculos eu viro uma super-heroína mais baddass que Superman, falou? Smiley piscando). E mais uma coisa: você acha que Capitão América é o cúmulo do patriotismo americano? Pense novamente. Primeiro porque o filme nem é tão apelativo pra esse lado, e depois uma cena totalmente descartável neste resume bem essa idiotice: depois de Superman salvar o mundo, lá vem o general sabichão (#sóquenão) do exército prender o cara com a desculpa: como eu vou saber que você não vai se voltar contra os interesses da América? Veja bem que ele se refere aos EUA, o resto do mundo pode explodir. e a resposta de Clark não poderia ser mais cafona: eu cresci  no Kansas, não poderia ser mais americano. OI! Ridículo! Pelo menos em The Avengers isso foi mais sutil.

Mas mesmo com tudo isso, O Homem de Aço com certeza é o melhor dos últimos filmes que eu vi (e isso inclui Wolverine Imortal). A história é um pouco arrastada, mas trata-se de um começo, então isso é necessário. Exatamente como foi com Batman Begins. Os efeitos especiais são muito bons, e as cenas de ação são de tirar o fôlego. O figurino é bem bacana, e aqui um bônus por terem tirado a cueca de cima das calças do uniforme do Superman (sério, aquilo é ridículo. Ele ainda precisa de umas dicas da Edna Moda, though, porque aquela capa é um risco constante Smiley piscando). E o uniforme até pega uma sujeirinha! Fiquei impressionada. E a trilha sonora também é outro atrativo, com músicas belíssimas de Hans Zimmer, e o bônus da ótima Seasons, na lindíssima voz de Chris Cornell. Confira o vídeo abaixo:

Mesmo sem grandes cliffhangers para uma continuação, o filme deixa aquele gostinho de quero mais. Afinal, cadê Jimmy Olsen? Superman aqui é ou não vulnerável a kryptonita?  E ONDE ESTÁ LEX LUTHOR? Respostas que creio eu que teremos no futuro. então, sem mais, eu deixo vocês com o trailer do filme:

Antes de eu ir embora uma explicação. Eu sei que faz um tempo que eu não posto a resenha de algum livro, e acredite, eu sinto falta disso, mas há uma razão para isso. Aproveitei as férias para reler Mundo Sem Fim, porque queria assistir a série (falta eu ver um DVD, mas a resenha dela sai em breve) e com a aproximação de Percy Jackson e o Mar de Monstros no cinema, eu precisava reler também, mas claro que não ficaria somente em Mar de Monstros, e estou relendo toda a série. Mas como essa eu leio rapidinho, logo eu volto à rotina.

Beijos e até o próximo post!