terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O filho de Netuno – Os Heróis do Olimpo 2 – Rick Riordan

 

Son of Neptune Percy está confuso. Quando ele acordou de seu longo sono. ele não sabia muito mais que seu nome. De alguma forma, ele conseguiu chegar a um acampamento para meio-sangues, mas ele não parece familiar. A única coisa de que ele consegue se lembrar de seu passado é outro nome: Annabeth.

Hazel deveria estar morta. Quando ela viveu, ela não viveu realmente. Agora, por causa de um erro que ela cometeu naquela época, o futuro do mundo está em risco. Hazel queria fugir de tudo isso no cavalo que aparece em seus sonhos.

Frank é desastrado. Sua avó diz que ele descende de heróis, mas ele não acredita. Seu físico avantajado o faz se sentir como um touro, especialmente em frente de Hazel, sua melhor amiga. Ele confia nela completamente – suficientemente para compartilhar o segredo que ele guarda mais próximo do coração.

Começando no “outro” acampamento e se estendendo até a terra além dos deuses, este segundo volume da série Os Heróis do Olimpo introduz novos semideuses, revive monstros pavorosos, e apresenta novas criaturas formidáveis, todos destinados a fazer parte da Profecia dos Sete.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU A SÉRIE PERCY JACKSON E O HERÓI PERDIDO!

Este começa uns seis meses depois do final de O Herói Perdido. Percy está na encosta de uma colina fugindo de duas górgonas. E esta é prova que ele precisa passar para provar que pode fazer parte do Acampamento Júpiter, como Jason previu no final do anterior. Só que ele não se lembra de nada, a não ser seu nome e do de Annabeth, e do fato que ela é sua namorada (pausa para o own!). Mas sua amnésia não é tão séria como a de Jason, ele sabe que é semideus, e que fica mais forte perto da água. Até sabe que água salgada é melhor. Fora isso, ele luta por puro instinto. E quer a todo custo chegar ao acampamento, para recuperar sua memória. Só que ao chegar, ele não reconhece o lugar, nem as pessoas a seu redor. E ainda tem que enfrentar a desconfiança dos meio-sangues romanos. Só depois de muita conversa ele consegue uma medalha de probatio, que quer dizer que ela ainda está em período de teste.

Aos poucos, sua memória vai voltando, em flashes. Como quando ele vê a Profecia dos Sete (a que Rachel fez), e lembra de que já conhece a tal. Ou quando ele depara com Ares (ops, Marte) pela primeira vez no acampamento. Que é hilário, aliás:

“- Você é o deus da guerra – disse Percy – você não quer carnificina sem fim?

Os óculos infra-vermelho de Marte brilharam ainda mais.

- Insolente, não é? Talvez eu tenha brigado mesmo com você antes. Eu posso entender porque eu gostaria de te matar.” (p. 147)

Apesar de desmemoriado, ele está mais maduro que nos outros. Ele tem consciência do seu poder. E sabe que a profecia se refere a ele de alguma forma. E, como diz acima, ele lembra muito bem do significado que Annabeth tem para ele. Até faz planos para o futuro com ela (nova pausa para own!). Mas ele se sente deslocado, sabe que aquele não é o seu lugar. O que não importa, porque no fim das contas, Percy luta pelo Acampamento Júpiter como se lutasse pelo Acampamento Meio-Sangue. E, sendo Percy filho de quem é (além de enfrentar a desconfiança dos romanos por ser grego, descobre que os romanos também não são lá muito fãs do seu papi), e com os poderes que tem, Percy se dá conta logo que apresenta um problema para a política do Acampamento (logo falo desse outro acampamento), gerando um certo desequilíbrio.

Marte aparece no acampamento justamente para passar a missão que Percy tem que levar a cabo. Tanatos, o deus da Morte (Hades é o senhor do Submundo, mas a Morte mesmo é Tanatos), foi capturado por Alcyoneus, um dos gigantes a serviço de Gaia. E é por isso que os monstros não morrem, e outros personagens que deveriam estar no Tártaro, voltaram à vida (lembra que eu falei para guardar essa informação no primeiro?).

Mas Percy não está sozinho nessa jornada. Um dos que o acompanham é Frank, o desengonçado semideus que ainda não foi reconhecido por seu pai (não vou dizer quem o pai dele, vou manter a surpresa. O que não significa que não vou dar dicas!). Frank é grandalhão, mas com cara de bebê, apesar dos seus 16 anos. É inseguro e tem medo de tudo. E não é para menos. Sua mãe morreu algumas semanas antes de ele ir para o acampamento, no Afeganistão, na guerra (já adivinhou? Não? Então tenha paciência e leia o livro), uma oficial que sabe de suas responsabilidades. Mas antes de morrer, ela deixou com a avó de Frank, uma chino-canadense linha dura (sério, de ve ser descendente de Mao-Tsé Tung) uma especial de profecia que Juno (aquela flor de deusa conhecida também por Hera) de que sua vida seria brilhante e fugaz. Ele morre quando um tal pedaço de lenha se queimar por completo. Então, não é de se espantar que ele tenha muito cuidado com suas ações. E ele ainda tem mais um dom de família, que ele não sabe bem o que é, mas que será essencial para a Profecia. Mas ao longo do livro, Frank amadurece, e prova ser mesmo filho de quem é. Mais ou menos como Neville Longbottom.

Completando o trio está Hazel, uma menina de 13 anos que deveria estar morta, mas não está (só por isso já dá para imaginar quem é seu pai, não?). Ela não faz parte dos que escaparam depois do aprisionamento de Tanatos, é outra coisa. Hazel guarda um segredo terrível. Ela é de outra época (parece com alguém que vocês conhecem? Um outro semideus, filho de um dos Big 3?), e estranha um pouco as coisas. E nessa outra época ela, para ajudar a mãe, uma espécie de bruxa de Nova Orleans (o que quer dizer que ela mexia com vodu), acaba cometendo um erro grave, que acaba por levar aos acontecimentos de agora. Hazel é madura para a idade, destemida (seu único medo é descobrirem seu segredo) e tem iniciativa. Ela também muda durante o livro, amadurece um pouco mais.

Os três se dão bem logo no início, com uma ligação parecida com a que Percy tem com Grover e Annabeth, apesar de não tão forte. mas a cumplicidade, por serem todos os três menosprezados no acampamento, e a necessidade de colaborarem os faz bons amigos. A tal ponto de um perceber o que se passa na cabeça do outro, e até prever um curso de ação, sem estabelecer antes.

Ah! Quase me esqueço do Acampamento. Ele é bem diferente do Acampamento Meio-Sangue (sinceramente, prefiro este último. Parece mais divertido). Como na Roma antiga, ele tem Senado, o exército é todo organizado, os chalés (que aqui tem outro nome) não são divididos de acordo com os deuses, mas igualmente preenchidos numericamente. Há uma hierarquia a ser seguida os pretores são quem manda, e é exatamente esse balanço que a presença de Percy ameaça. Jason é pretor aqui, mas está no outro, lembra?) eleições e um período obrigatório de serviço. Mas também tem mais coisas a oferecer, como moradia permanente, onde até descendentes de semideuses podem morar depois do serviço, com faculdade e tudo. E é exatamente isso que faz Percy começar a pensar no futuro, como seria.

E provavelmente por conhecer bem Percy, tenho a impressão, depois de ler este segundo, que esta série é mais madura que Percy Jackson e os Olimpianos. Só cheguei a essa conclusão agora porque, como disse, conheço Percy. No primeiro, quem aparece mais é Annabeth, mas ela não é o foco. Como no primeiro, este tem três pontos de vista: de Percy, de Hazel e de Frank. E como Percy é um dos focos deste, dá para notar esta diferença. Não de forma negativa, pelo contrário. Como Harry Potter, dá para notar um amadurecimento natural, no ritmo dos personagens. Neste série, eles estão mais velhos (Hazel é a mais nova). E a trama também está mais complexa. O que torna o livro bem mais interessante (não me leve a mal, eu AMO a série Percy Jackson de coração!). O que meio que vai de encontro com as declarações do próprio Rick Riordan no blog dele Myth & Mystery, que é bem legal, aliás. Lá dá para acompanhar as novidades, o que ele anda fazendo, até as viagens em família dele. Só que para ele, os livro dele são infanto-juvenis. Tudo bem, são mesmo, mas agradam todo mundo, e apesar do que ele diz aqui, eu pelo menos notei essa diferença.

De qualquer modo, este segue a mesma fórmula dos outros, ritmo acelerado (de novo, eu li em 3, 4 dias), muito bom humor, como por exemplo, as placas de direções no Acampamento Júpiter: BERKELEY 5 MILHAS; NOVA ROMA 1 MILHA; VELHA ROMA 7280 MILHAS; HADES 2310 MILHAS (apontando diretamente para baixo); RENO 208 MILHAS, e MORTE CERTA: VOCÊ ESTÁ AQUI (p.32. Desculpa pessoal, não sei a conversão para km). E romance, aventura e mistério na medida certa.

Trilha sonora

Em primeiro lugar, Stand my ground, do Within Temptation é uma boa pedida. Especialmente para Frank, Clumsy, do Our Lady Peace. Para Hazel, What I've done, do Linkin Park e From Hell, do We are the fallen (e agora que eu percebi que ela também serve para Leo, de O Herói Perdido). Para Percy, Disarray, do Lifehouse e Here without you, do 3 Doors Down. E mais genéricas Walk on, do U2 e Head over heels (in this life), do Switchfoot.

Nota Cultural

Periclymenus, o ancestral de Frank, era um dos Argonautas, ou seja, um dos tripulantes do Argo, o navio de Jasão (aquele que roubou o Velocino de Ouro, com ajuda de Medéia). Ele era filho de Poseidon (sim, parente de Percy também) e tinha o poder de mudar de forma. Podia assumir a forma de vários animais. Ele foi morto por Heracles, em Pilos, apesar de tentar fugir com a forma de uma águia. Também há um Periclymenus entre os pretendentes de Penélope, a esposa de Ulisses (Odisseu), na Odisséia. (Fonte: Periclymenus – Wikipedia).

Se você gostou de O filho de Netuno, pode gostar também de:

  • coleção Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • As Crônicas dos Kane – Rick Riordan;
  • O Herói Perdido – Rick Riordan;
  • Tequila Vermelha – Rick Riordan;
  • coleção Harry Poytter – J. K. Rowling;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien;
  • As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis

10 comentários:

Fefa Rodrigues disse...

Fefefe... eu achei que ia dar tempo de ler Percy Jackson na praia, mas acabou que eu não terminei ainda Queda de Gigantes... acredita que na correria de arrumar as malas eu esqueci meus oculos (tenho 4 graus de miopia + 2 de asigmatismo - nem sei se assim q escreve) e só levei as lentes de contato, dai a produção de leitura cai demais com lentes pq elas só tem a correção da miopia, leio menos e mais devagar... to no finzinho mas dai não deu pra partir pra nada novo ainda.... aaiii e depois não sei, acho que não vou resistir a Tormenta de Espadas!!! Então, o Percy vai ficar pra daki um tempinho.... hehehe... mas eu leio suas resenhas mesmo assim pq não ligo pra spoilers!!!

Ahhh... sabe, eu tenho uma irmã, a Tata, ela entra sempre aki no seu blog pra escolher livros, pq ela adora vampiros e essas coisas tbm hehehe... ela mandou te dizer que gosta muito do seu blog, viu!!!:o)

bjossss

fefa

Paula disse...

PRECISO ler esse livro... eu amei o primeiro dessa série... as vezes acho q, mesmo amando Percy Jackson, essa nova série é ainda melhor e mais bem escrita... aiiiii :\

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Paula!

Você vai adorar esse também! E também acho que essa série está melhor, mais sombria e mais madura. Mas sempre com o mesmo bom-humor!

Beijos!

maykon disse...

por melhor q seja o jason ele nunca vai chegar aos pes do percy minha opinião

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Maykon!

O Jason é legal mesmo, mas o Percy é o Percy. Só acho que esta nova coleção é mais legal.

Beijos!

Fernanda

cecilia disse...

eu preciso desse livro!li os do percy adorei todos.comecei a ler o heroi perdido e nao parei.li um spoiler do filho de netuno fiquei com + vontade.assim como voce eu adoro ler e tambem quero fazre letras.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Cecília!

Você vai gostar bastante desse. E boa sorte tentando letras! Se você gosta de ler, vai fazer a coisa certa.

Beijos!

Fernanda

kimn. disse...

Bom post. Você já leu a Marca de Atena? Eu gostaria de ler um post seu sobre este, foi incrível este livro (para não dar spoiler né rs).

Eu li ontem uma versão traduzida, não muito bem traduzida né, tipo, a original era "Oh, sweet.", em vez de traduzirem "Oh, querido." colocaram "Oh, açúcar", e por causa do contexto (após essa frase havia a resposta para a pergunta que estava sendo feita) foi uma leitura bem cuidadosa, mas serviu muito bem para matar a curiosidade.

Se você não tiver lido ainda, e quiser só matar a curiosidade, eu posso te mandar o link (:

Acabei de conhecer o seu site, vou passar a acompanhar xD

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Kimn!

Não precisa mandar o link não, eu comprei The Mark of Athena ontem, e agora estou no maior dilema, porque comprei também The Casual Vacancy da minha Goddess Rowling e não sei quel ler primeiro ;D

Ai, doeu esse açúcar de tradução...por isso que eu prefiro ler original...

Seja muito bem vindo e volte sempre, sim!

Beijos!

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Ah! Mas obrigada pela oferta do mesmo jeito!

Beijos!