quarta-feira, 4 de abril de 2012

Estrela da Noite – Alyson Noël

 

Estrela da noite Certa de que Ever é responsável pela morte de Roman, Haven está determinada a destruí-la. Seu primeiro passo é separá-la de Damen, e, para isso, conta com a arma ideal: um segredo terrível sobre suas vidas passadas, que lançará uma nova luz sobre o relacionamento de Ever e Jude. Obrigada a enfrentar seus maiores medos com relação ao companheiro que escolheu para a eternidade, Ever é lançada em um combate mortal contra Haven, que poderá significar a destruição de todos. É chegado o momento de se questionar: para sobreviver, ela seria mesmo capaz de condenar Haven à escuridão de Shadowland? E será que todo o seu futuro com Damen poderia mesmo depender de uma revelação do passado?

Uma coisa chata de ler livros que são séries é que você começa e quer terminar. E nem sempre isso é legal. A série Os Imortais me conquistou primeiro pela capa, como eu disse na resenha de Para Sempre. Mas ela passa longe de ser minha preferida. E este livro em particular deixa bem a desejar. Mas, já que comecei, vou até o fim.

Ever agora tem mais um problema. Depois da morte de Roman (sério? Alyson Noël matou o melhor personagem no quarto livro? Para quê? Quando terminei Chama Negra já fiquei meio desmotivada para continuar a leitura, mas como eu disse antes, já que comecei…), Haven a culpa e jura que vai se vingar. O que seria uma ameaça séria, principalmente vinda de alguém que costumava ser amiga. Mas desde que se tornou imortal, Haven mudou e começa a mostrar um lado invejoso e vingativo e absolutamente irracional. Certo, a garota tem uma família que é um pesadelo, mas isso não justifica suas atitudes e sua constante necessidade de atenção.

Lembra que eu disse que sua vingança seria coisa séria? Seria mesmo, se não fosse patética. Ela se limita a dominar o pátio na escola, manipulando todo mundo a ser seu amiguinho e se torna a abelha-rainha. Tudo para isolar Ever e Stacia, as duas que ela vê como responsáveis por tudo de ruim que lhe acontece. Então a coisa se resume a uma guerrinha no recreio, tipo: eu tô de mal de você! Isso me lembra quando eu estava na escola e as duas mais populares brigavam, criavam-se dois grupinhos: o das amiguinhas da Fulana X e o da Fulana Y. Mas isso quando eu estava na quarta série do primário, não no colegial! Claro que ela também quer matar Ever, mas só o que faz mesmo é provocar e brincar, como qualquer menininha mimada em busca de atenção. Ridículo. Ela faz questão de mostrar para Ever que é mais poderosa e tal, mas logo a razão aparece: ela ficou viciada no tal elixir, ele é o responsável. Mas ainda assim não passa de birra, criancice. Alyson Noël sacrificou seu melhor vilão por isso…Lamentável.

Enquanto isso, Ever continua a mesma chata. Agora, além do problemão de não conseguir tocar seu namorado, ela ainda se questiona se Damen é mesmo com quem deve ficar. Isso porque ela descobre que Damen ainda tem lá seus segredos, e que fez coisas terríveis s no seu passado. Tudo bem, a gente se pergunta o que pode ser tão terrível, mas no fim é mais uma decepção.  (SPOILER!) Porque seu imenso segredo é que ele a comprou uma vez, em uma de suas vidas passadas em que ela era escrava no sul dos EUA, separando a garota (que apanhava de seu amo, aliás) de sua família e da vida passada de Jude. Sério, você acha que algo cabeludo, tipo ele matou sei lá quantos, pra no final ser esse o grande drama. E, Ever, a drama queen por excelência, explode tudo bem mais do que realmente importa, e se afasta de Damen, sem explicação nenhuma, e sem ouvir o restante da história. De novo, criancice pura. Para piorar, na guerrinha pela popularidade na escola, Damen vai proteger Stacia da sede de poder vingativa de Haven, exatamente com fez em Lua azul. Daí, entra o ciúme.

E Damen definitivamente perdeu todo o charme que tinha nos livros anteriores. Agora que não tem mais nada a esconder, ele se tornou piegas e chato. E repetitivo. Tudo bem, as tulipas vermelhas são superfofas, mas cansa. Sempre que ele e Ever tem um discussãozinha qualquer, lá estão as tulipas. Cadê aquele cara misterioso, sexy e com ar de bad guy do primeiro? Cadê aquela cara que se arriscava e que não estava nem aí para as regras? É, porque agora até ir para a escola ele quer. Ou seja, Damen como o conhecíamos se foi.

E Jude, depois de matar Roman (foi ele, não Ever), se corroendo de culpa, nem fala direito com Ever, e também se tornou alvo de Haven. Ele também está diferente, seu bom humor e personalidade leve desapareceram, dando lugar a um sujeito de poucas palavras e deprimido. Ele tem lá seus motivos, e ainda tem esperança de conquistar Ever, mas perdeu o brilho. Só uma coisa não mudou: ele continua fazendo burrada e aparecendo nas horas mais inapropriadas.

Outra coisa que contribui para este livro não ser lá muita coisa é a falta das gêmeas. Elas quase não aparecem, o que é muito chato, porque elas dão leveza à narrativa. Elas continuam na Terra, adoram a escola e estão sob os cuidados de Ava, mas sua aparição é rápida.

O livro, como é contado por Ever em primeira pessoa, fica o tempo todo nos pensamentos dela, se concentrando numa maneira de controlar Haven e proteger Jude. O ritmo se arrasta e nada acontece de fato até depois da metade. E mesmo assim, não é lá muito empolgante. Francamente, este foi pura enrolação, tanto que levei 3 dias para ler, o que é muito, considerando-se que o livro tem apenas 234 páginas. Eu já li mais longos em menos tempo, comparativamente. E também me incomoda que a autora ainda tem um narrativa meio fragmentada. Deixa eu explicar: tem horas que ela termina um capítulo num lugar e no próximo começa com algo totalmente diferente, às vezes com um salto no tempo, e que aparentemente não tem nada a ver com o anterior. Não há conexão clara entre os eventos, e isso pode ficar confuso. Mas vamos ver como termina a série (se é que termina, né? Hoje em dia sempre aparece mais uma continuação de tudo). Como eu disse antes, essa série está bem longe de ser minha favorita (na verdade, pra mim é descartável), mas tem lá seus momentos. Só não vi nada disso neste. E que fique claro, o restante da série (leia toas as resenhas até agora aqui) não são ruins. Não são memoráveis, mas são de leitura simples e relaxante. Foi este que deixou muito a desejar.

Trilha sonora

The space between, do Dave Matthews Band ainda se aplica. Também With or without you, do U2 e Everybody's fool, do Evanescence (apesar de eu achar que este livro não merece músicas tão boas como essas, mas elas tem a ver). E justamente porque deixou muito a desejar, Meant to live, do Switchfoot.

Se você gostou de Estrela da Noite, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • série Fallen – Lauren Kate;
  • série Hush, hush – Becca Fitzpatrick;
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith;
  • série House of Night – P.C. e Kristin Cast.

5 comentários:

Nana Barcellos disse...

Hey Nanda!
Sem problemas, boa sorte aí no trabalho, viu?

Então, minha prima adora essa série.. eu comecei a ler.. porque ela sempre compra todos e agora ta comprando os da série da Riley... eu gostei bastante do primeiro.. mas é aquilo que leio em todas as resenha.. que a história cai um pouco.. uma pena =/

beijos e um ótimo feriado pra você
Nana - Obsession Valley

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Nana!

Obrigada! Eu estou gostando bastante do novo emprego.

Essa série começa prometendo muito, mas cai um pouco mesmo. E esse último...bom, eu disse tudo: decepciona, tédio...Mas o seguinte começou melhorzinho, vamos ver como fica.

Beijos e boa páscoa!

Wander disse...

Acho que Immortals sofreu do mesmo mal de House of Night... Ambas começaram interessantes, com um primeiro livro mt legal (no caso de HoN eu sonsidero Traida o melhor), e depois vai cainda a uma derrocada total! Serio, poucas series me causaram tanto arrependimento de ter começado, mas fica dificil ingolir Os Imortais, porque a cada livro tudo vai ficando mais ridiculo! A autora fez questao de acabar com todos os pontos interessantes da historia e maximizar tudo que era enfadonho e chato. O resultado: nao tem mais nada que preste nessa serie.

Um casal que nao pode se tocar??? REALLY?! ISSO CONSEGUE SER PIOR QUE O DRAMINHA DE EDWARD E BELLA! Ele ainda me mata o Roman, e transforma a Haven na queen B mais desinteressante e fake da toda a literatura mundial! Ah vou me poupar dos detalhes dessa historia. Ate o Jude que era meu sopro de esperança, ela fez questao de deixa-lo boring.

Sinceramente nao sei se terei paciencia pra mais um livro, mas sofro do mesmo mal que vc Fê, quando começo uma série, tenho que terminar :s

Ps.: Voce ja se interessou em ler os livros de Gossip Girl?

Beijos.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Wander!

Pois é, Alyson Noël não soube mesmo desenvolver a série. Prometia muito, mas...Como você disse, ela tirou todos os pontos interessantes e deixou só o chato. Pra mim, o pior foi matar Roman, e no quarto livro ainda, muito cedo. ë mesmo ainda mais ridículo que o só casando de Edward...Mas a série tem algumas coisas bem interessantes, só que faltou à autora pulso para desenvolver.


Olha não sou muito fã de Gossip Girl não. Nem a série na TV eu assisti. O que não quer dizer que eu nào goste do Chuck (mas quando ele não está no personagem ;D) e do Nate ;D Gosto de coisas mais sombrias (tipo Harry Potter ou Vampire Academy) ou então sangrentas e caóticas, tipo Game of Thrones ou Hunger Games(rs!). Mas sempre que vejo algo sobre essa série, é sempre favorável.

Beijos e boa páscoa!

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Ah! Mais uma coisa! House of Night é meia-boca, tem uns absurdos, mas é viciante, a gente começa e não quer parar. O que não dá pra dizer de Imortais...

Beijos!