Como promessa é dívida, e eu tinha prometido contar tudo do show do Roxette, vim pagar. Depois de quase três meses de espera, finalmente chegou o momento. E depois de anos, foi muito bom rever o Roxette ao vivo.
Maio de 1992. O Roxette veio ao Brasil para a turnê Join the Joyride, e eu, fanática pela dupla que sou, claro que fui. E esse foi o segundo show que eu fui na minha vida. Ainda me lembro bem do show, que foi no Anhembi, com aquelas arquibancadas improvisadas de madeira e andaime (que por sinal era onde eu estava). Depois disso, eles ainda voltaram mais duas vezes, em 1994 e 1999. Mas não sei porquê, não fui em nenhum deles (my loss, burra!). Mas esse show meio que compensou pelas perdas.
Marie estava mais contida, mas não se enganem. Isso não é de forma alguma uma crítica, muito pelo contrário. Se eu já gostava dela antes, agora tenho verdadeira admiração por ela. E esse aparente bloqueio tem explicação. Em 2002, após desmaiar no banheiro e sofrer uma concussão, Marie foi diagnosticada com um tumor cerebral, que, após a recuperação da concussão, foi retirado com sucesso, mas não sem o seu preço. Marie teve alguns danos permanentes, como a perda da capacidade de contar, a visão do olho direito e os movimentos do lado direito também foram afetados. Por isso, ela merece cada um dos aplausos que recebeu ontem, pois mostra que, apesar de suas limitações, ainda está aqui, cantando maravilhosamente e com vigor suficiente para uma turnê mundial. Uma verdadeira vitória e um exemplo de vida. Espero que ela ainda tenha muitas outras vitórias.
Per, por outro lado, tinha entusiasmo pelos dois. Mais parecia um garoto e não aparentava em nada seus 52 anos. E ele mandou muito bem, com solos de guitarra fantásticos e com o vocal de arrasar. E hipersatisfeito. Outra coisa legal é que fica aparente a admiração que ele tem por Marie. Profissionalmente, que fique claro (ambos são casados, mas não um com o outro). E eu não posso discutir, pois, como já disse, ela é realmente admirável. Ah! E eu já ia me esquecendo da simpatia de ambos.
E falando em simpatia, destaque especial para a backing vocal (sinto muito, mas não seio nome dela. Um falha imensa, eu sei, afinal ela merece os créditos), sempre pulando e brincando. Além de cantar muito bem, claro. E destaque também para o guitarrista (de novo, um grande falha, pois de novo, não sei o nome dele), que é fera. O cara manda muitíssimo bem e é uma figuraça. Aliás, uma coisa bem bacana que eu notei é que a banda ainda é basicamente a mesma daquele mesmo show que eu fui em 1992.
E, durante uma hora e quarenta e cinco minutos, eles levantaram a plateia ao som de seus maiores sucessos, e algumas músicas do novo álbum, claro. O público do Credicard Hall, lotado, com certeza foi brindado com um verdadeiro presente. Presente que, para mim, foi muito bem vindo, já que meu aniversário é agora neste sábado. Comemorei mais cedo! Então, sem mais demora, vamos às músicas,
Eles abriram com um megahit, Dressed for success, do segundo álbum, Look Sharp! Muita gente acha que este foi o primeiro álbum deles, mas na verdade o primeiro é Pearls of passion, que só foi lançado depois aqui no Brasil. Voltando ao show, Dressed for success já levantou a galera de cara. E, como se não bastasse, logo depois veio outro hit de arrasar, Sleeping in my car, de Crash Boom Bang. Ambas bem animadas, com ótimos solos de guitarra. E seguidas por mais uma música bem querida do público, apesar de não ser exatamente um hit, The big L, do álbum Joyride. Esta última foi introduzida por Per, dizendo “This one you know”. Claro que a gente sabe!
Depois desse começo de arrasar, hora de acalmar um pouquinho, com a balada Wish I could fly, do álbum Have a nice day!. Marie arrasando nos vocais. E depois uma do álbum mais recente, Charm School, Only when I dream. Adoro essa música (sempre volto quando escuto no carro), e de novo, tanto Per quanto Marie arrasando nos vocais. Depois dela, o single de trabalho de Charm School, She’s got nothing on (but the radio), pra levantar a galera.
Mais uma desacelerada, e dessa vez, duas das minhas músicas preferidas, ambas do álbum Joyride: Perfect day (também uma das preferidas de Marie) e Things will never be the same, que apesar de ser uma versão mais lenta do que no álbum (na verdade, igual à versão de Tourism), valeu, porque amo essa música de qualquer jeito. E o público aprovou também.
Per de novo introduziu a próxima música, explicando que ela era inicialmente uma canção de Natal, mas que foi parar em Hollywood. Para quem conhece a dupla, já sacou que se tratava de It must have been love. Marie fez só uma introdução e depois deixou o público cantar toda a primeira parte, para só então cantar a música toda. Foi lindo.
E depois uma animadinha, com Opportunity Nox, da coletânea The Party Hits. E mais uma do álbum Have a nice day!, 7twenty7. E nessa mais uma vez solos de arrasar e público animado.
E mais uma relaxada, com Fading like a flower, para alegria da minha irmã. E de novo, levantou a galera. Logo depois foi a vez de Stars, do álbum Have a nice day!, mas com uma pegada mais rock do que eletrônica e dançante, como no álbum. Adorei esta versão, tanto quanto gosto da versão do álbum.
E daí uma do álbum Tourism, misturada com outro megahit, How do you do! e Dangerous.A primeira eu chamo carinhosamente de música-chiclete, porque quando estou com ela na cabeça, ela não sai. E a segunda é do álbum Look Sharp! Per então apresenta a banda e logo parte para mais outro hit, Joyride. Paradinha estratégica para o bis.
Menos de cinco minutos depois eles voltam com mais uma do álbum Joyride, mas calminha. Watercolours in the rain, que eu adoro também. Mas aí veio aquela baladona, Spending my time, que apesar de ser superdeprê, levantou o público e novamente eles deixaram a audiência cantar a primeira parte. Antes de deixar o palco mais uma vez, aquele primeiro hit, responsável pelo estrondo nos anos 90, lembra da história, do estudante de intercâmbio? The look, com direito a uma palhinha de Beatles. E, como já disse, mais uma paradinha (agora é moda parar duas vezes).
Mas claro que ainda faltava uma música e eles voltaram, com direito a Marie vestindo camisa da seleção brasileira (Per não usa porque não é preta:D). A primeira foi Way out. Lembra que eu falei que ela ficaria bem legal ao vivo? Ficou mesmo. O baterista mostro que também é fera. Depois dela, a tal música que faltava, Listen to your heart, a música que finalmente fez com que o Roxette explodisse no Brasil. Para encerrar, mais uma música do álbum Joyride, que eu amo, Church of your heart. E assim acabava um grande concerto. Mas com promessa de Per que eles voltariam. Vamos cobrar, hem!
E na saída do show, já na rua, mais uma surpresa me esperava. A van com a banda (não, infelizmente tenho quase certeza que Per e Marie não estavam nela) passou bem do lado do meu carro, com a fofa da backing vocal na janela, fazendo tchau pra todo mundo. E quase me esqueço de falar do show de abertura, com o Ludov. Eu já tinha ouvido falar deles, mas não conhecia nenhuma música. A vocalista canta muito bem, e é bastante simpática, mas sinceramente não é a minha praia. Mas eles mandaram bem também.
Bom, por hoje é só. Espero que dê pra ter uma ideia do que foi o show. Beijos e até a próxima!
PS: vídeos extraídos do site Roxette Brasil. Eles não são do dia que eu fui, mas do dia 14, mas foi basicamente o mesmo show, com a diferença que dia 14 eles não tocaram Stars, mas tocaram uma das minhas favoritas, Silver blue.
2 comentários:
Ahhhh eu amo Roxette... desde jovem, rs... e é algo q não sai de moda ou perde a graça né? é um dos shows q sonho ir... quem sabe .)
ps: sou fã do seu blog,
Oi Paula!
Concordo, tem coisas que nunca saem de moda mesmo. E o roxette é prova disso! Vinte e tantoas anos e eles estão aí, fazendo o que sempre fizeram, de forma fantástica! E eu também sou fã do seu blog, a começar pelo nome! É um dos meus livros preferidos!
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