Aproveitando o feriado e o fato de eu detestar carnaval, dei uma passada na locadora. E, fã de Shrek que sou, vi o filme lá, dando sopa e resolvi pegar. Eu não assisti no cinema por um motivo simples: não gostei do terceiro. Adoro de paixão os dois primeiros, mas Shrek Terceiro foi uma decepção. Engraçadinho, sim, mas todos os elementos que fazem com que os dois primeiros funcionem e sejam geniais (sarcasmo, piadinhas de duplo sentido e as paródias de filmes famosos) ficaram de fora, fazendo com que o filme, para nós com um pouquinho mais de idade, ficasse infantil e forçado. Será que os produtores nunca ouviram dizer que em time que está ganhando não se mexe? Claro que não. Para provar o que eu digo: no final deste, quando os créditos vão subindo, há uma espécie de retrospectiva dos outros filmes, contando com personagens que já não aparecem. Artur (dublado em inglês por Justin Timberlake, já um sinal de fria) ficou de fora. Coincidência? Não acredito.
E este último, apesar de ser melhor que o terceiro, ainda parece forçado. A equipe parece que está tentando demais voltar ao formato original, mas ao mesmo tempo ser mais de acordo com a criançada (NEWSFLASH! Mesmo com toda a ironia, a molecada adora os primeiros!). A história é sem sentido, e parece apelativa, como se quisessem espremer mais algum dinheiro de uma franquia absurdamente lucrativa (o que obviamente conseguiram), mas que tinha perdido algo de seu encanto.
Tudo começa com um Shrek infeliz com a vida que leva junto a Fiona e seus filhos, saudoso dos tempos em que era um ogro aterrador. Típica crise de meia idade (Helloo! Compra um carro esportivo que passa!). E bem nessa hora aparece um duende ambicioso que engana o ogrão para assinar um contrato, prometendo sua antiga vida por um dia. Claro que tem uma pegadinha, e nem tudo sai do jeito que Shrek quer. Ele simplesmente não existe, ninguém o conhece e Far Far Away está de cabeça para baixo, sofrendo com a tirania do dito duende.
Rumpelstiltskin, o tal duende, não chega perto de Lorde Farquad ou da Fada Madrinha. Ao contrário, parece sim uma criança birrenta que bate o pé quando não pode brincar com seus brinquedos favoritos. E ele dá vários pitis no filme para provar. É um vilão sem graça nenhuma. Sinceramente podia ser melhor. Ficou muito abaixo do esperado. E, na história original, o contrato é quebrado ao se adivinhar seu nome, ao contrário do que acontece no filme. Não tenho nada contra as subversões dos contos de fada. Aliás, no segundo, com a Fada Madrinha como vilã isso deu muito certo, mas aqui deveriam ter se mantido fiéis ao original. Seria mais interessante. E não, não vou revelar como o contrato é quebrado, mas digo que é absolutamente idiota e nem um pouco original (já usado inclusive no próprio Shrek).
A melhor parte fica por conta do Gato de Botas, e neste caso, acho que é mais por uma piada interna. Neste filme, o gato virou um gato comum, gordo, preguiçoso e mimado, e me lembra muito o meu gato, Tito. A graça ficou por conta de eu ver o meu gato refletido no Puss. Acreditem, se meu gato falasse ,seria “Alimente-me, se puder”. Fora as semelhanças físicas entre os dois: a mesma cor e a mesma barriga protuberante (mas que eu adoro!). Para que quiser saber mais sobre o Tito, é só clicar no marcador Eu e minha dona. Lá tem uma foto e toda a personalidade do meu bichano.
O filme não é de todo ruim, mas serve mesmo só como uma sessão da tarde, num dia em que não temos nada mais interessante para fazer. Mas o charme dos primeiros passam longe deste.
2 comentários:
Que pena que você não gostou do filme, eu achei ele bem engraçado. E também sou super fã de Shrek!
Oi Thalinne!
É que em comparação aos dois primeiros, os dois últimos são uma decepção. Eu também achei várias partes engraçadas, mas não chega perto dos primeiros.
Beijos!
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