Desde a morte de sua mãe, Carter e Sadie viveram perto de estranhos. Enquanto Sadie viveu com os avós, em Londres, seu irmão viajava pelo mundo com seu pai, o egiptólogo brilhante, Dr. Julius Kane.
Uma noite, o Dr. Kane traz os irmãos juntos para uma experiência de “pesquisa” no Museu Britânico, onde ele espera para acertar as coisas para sua família. Ao contrário, ele liberta o deus egípcio Set, que expulsa-lo ao esquecimento e forças das crianças a fugir para salvar suas vidas.
Logo, Sadie e Carter descobre que os deuses do Egito estão acordando e, o pior deles – Set – tem a sua visão sobre os Kane. Para detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa viagem em todo o mundo – uma busca que traz os cada vez mais perto da verdade sobre sua família e seus vínculos com uma ordem secreta que existiu desde o tempo dos faraós.
Como diz minha irmã, Rick Riordan ainda vai me levar à falência. Não bastasse ter escrito uma séria fantástica como Percy Jackson, misturando mitologia grega com muita aventura, agora é a vez dos deuses egípcios darem as caras. E sua participação, assim como a dos deuses gregos, é bem divertida.
Mas vamos começar pelo início. Essa história gira em torno de dois irmãos, Sadie e Carter, que precisam resgatar seu pai do malvado deus Set, o senhor do caos. Mas eles não sabem que seu envolvimento com os deuses é bem mais profundo do que eles imaginam.
Carter é o mais velho e mais certinho. Ele vive com o pai, indo de um lugar para outro e visitando os lugares mais exóticos por conta do trabalho do pai, que é arqueólogo. Carter é inteligente, gosta de ler e se veste bem. Ele também é o mais sério dos dois irmãos. Como vive viajando de um lado para o outro, Carter aprendeu tudo com o pai. Mas apesar de ser sério, ele tem senso de humor e é um lutador nato.
Sadie, por outro lado, é bem sarcástica e tem uma vivacidade incrível. Ela mora com os avós em Londres e vai para a escola como todo mundo. Mas se ressente de Carter pelo tempo que o irmão passa com o pai (ele também se ressente de Sadie por ela ter uma vida normal). Ela só passa dois dias por ano com o pai e o irmão, mas quando seu pai é capturado por Set, ela não hesita em se juntar ao irmão para salvar o pai. E, apesar de ser quase uma estranha para o irmão, é absolutamente leal a ele.
E apesar de os irmãos Kane serem muito legais, um doce par quem, adivinhar o meu personagem favorito. Bastet, claro, a deusa-gata. Ela ajuda e protege os Kane durante sua busca, bem como também os ensina muito. Ela e sábia e tem atitudes típicas dos gatos (sim, eles realmente dominam o mundo), o que deixa sua partici[ação bem divertida, especialmente para quem tem gatos (algumas coisas só nós, gateiros, entendemos).
Também ajudando, estão Amós e Zia. O primeiro é tio de Carter e Sadie, e devo admitir que ele é meio assustador. Desconfiado, ele está constantemente olhado por sobre os ombros. Já Zia é uma aprendiz na Casa da Vida, onde todos os magos egípcios apendem. Ela é corajosa e poderosa, mais do que se dá crédito.
Do outro lado estão os magos da Casa, que tem uma rixa antiga com os Kane por terem quebrado uma regra da Casa, que era a de nunca invocar os deuses. Carter e Sadie não sabem disso no começo, mas isso tem a ver com a morte de sua mãe, e o responsável por esse delito é seu pai. Desjardins é o líder desse grupo. Ele é um mago fanático, daqueles que atiram primeiro para perguntar depois.
E os deuses, claro. O melhor é, sem dúvida, Tot, o deus do conhecimento. Ele aparece como um cientista meio maluco (alguém aí pensou no Sheldon, de Big Bang Theory?), cercado de babuínos (seu animal sagrado). E Anúbis, o deus ceifador (ele não é o deus dos mortos, esse é Osíris), que aparece como um adolescente por quem Sadie tem uma quedinha (na verdade, acho que é um precipício). Ísis e Hórus também aparecem, mas vou deixar para voc6es descobrirem como.
Uma coisa que eu gostei bastante no livro foi a forma como foi escrito, como se os irmãos Kane tivessem gravado tudo e alguém recuperasse a gravação. E uma das coisas mais legais no livro é exatamente as interferências deles, entre parênteses, mostrando uma relação entre irmãos como outra qualquer, com sopapos e provocações constantes. E os avisos do “autor” no começo e no final dão um toque todo especial.
E tem mais uma coisa. Apesar de serem outros deuses, eles reconhecem a existência de outros (ao contrário de várias outras religiões, inclusive o catolicismo) e não interferem com os outros. Até tem uma passagem bem engraçada com Tot reclamando de ser comparado com Hermes (apesar de eles se parecerem um pouquinho).
Mais uma vez, Rick Riordan acertou na mosca, com um livro recheado de bom humor e ação. Vale a leitura. Ah! E uma boa notícia: o segundo livro da série, The throne of fire (O trono de fogo, possivelmente), vai ser lançado dia 3 de maio nos EUA!
Trilha sonora
Algo me diz que Sadie gostaria de alguma coisa do 30 seconds to Mars, como Kings and queens, The Kill ou A beautiful lie. E, com eles Bad romance é ótima também para embalar o livro.
Curiosidade
Bastet era a deusa egípcia da fertilidade e protetora das mulheres grávidas. Ela era uma divindade solar, mas quando os gregos chegaram ao Egito, associaram Bastet a Ártemis, e ela passou a ser uma divindade da lua, em vez do sol. (Fonte: Bastet)
Filme
Já esclareço, não, não é baseado no livro, mas é impossível não associar com A Múmia e seus filhotinhos. Particularmente, gosto mais do primeiro, mas O retorno da múmia também é bem divertido, principalmente pela capacidade de tirar um barato com o anterior. O terceiro é mais fraquinho, e acho que parte do encanto se foi junto com Rachel Weiz (substituída por Maria Bello no terceiro), de qualquer jeito e sempre uma delícia ver Brendan Fraser trabalhando.
Se você gostou de A pirâmide vermelha, pode gostar também de:
- Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan
- coleção Harry Potter – J. K. Rowling
- coleção Ramsés – Christian Jacq
- coleção A pedra da luz – Christian Jacq
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