sábado, 12 de março de 2011

Para Sempre

 

para sempre Ever Bloom tinha uma vida perfeita: era uma garota popular, acabara de se tornar líder de torcida do principal time da escola e morava numa casa maravilhosa, com o pai, a mãe, uma irmãzinha e a cadela Buttercup. Nada no mundo parecia capaz de interferir em sua felicidade, o céu era o limite! Até que um desastre de automóvel transformou tudo em um pesadelo angustiante. Ever perdeu toda a sua família. Mudou de cidade, de escola, de amigos, e agora, além de todas essas transformações em sua vida, ela precisa aprender a conviver com uma realidade insuportável: após o acidente, ela adquiriu dons especiais. Ever enxerga a aura das outras pessoas, pode ouvir seus pensamentos e, com um simples toque, é capaz de conhecer a vida inteira de alguém. É insuportável. Ela foge do contato humano, esconde-se sob um capuz e não tira dos ouvidos os fones do i-pod, cujo som alto encobre o som das mentes a seu redor. Até que surge Damen. Tudo parece cessar quando ele se aproxima. Só ele consegue calar as vozes que a perturbam tão intensamente. Ever não entende o porquê disso, mas é incapaz de resistir à paz que ele lhe proporciona, à sensação de, novamente, ser uma pessoa normal. Ela não faz ideia de quem ou o quê Damen realmente é. Sua única certeza é estar cada vez mais envolvida... e apaixonada.

Já falei mais de uma vez, e vou repetir que julgo, sim, o livro pela capa. E bastou uma olhada na capa de Para Sempre para me fisgar. Sinceramente, acho que é uma das capas mais lindas que eu já vi (aliás, todas da coleção Os Imortais são maravilhosas). E, depois de um período lendo livros cheios de batalhas sangrentas (que eu adoro. Quanto mais sangrento melhor) e ritmo frenético, eu precisava de algo mais light. E esse livro me pareceu a saída perfeita. E não me enganei.

Não gosto muito de fazer comparações, mas neste caso é inevitável. Este é uma cópia quase idêntica de Crepúsculo, com alguns detalhes diferentes. E antes de ser apedrejada em praça pública pelo comentário, já vou esclarecer que não vejo nada de errado nisso. Aliás, na Antiguidade, copiar alguém era a mais alta forma de elogio. Dito isto, vamos ao que interessa: Ever não é nem de longe tão chata e sem graça como Bella. E Damen, apesar de ser super do bem e certinho, não me parece ser tão careta quanto sua contraparte brilhante.

Ever é uma adolescente típica, tem namorado, é líder de torcida e uma família feliz. Mas tudo muda com o acidente que mata sua família e quase a leva desta para melhor. Ela então tem que mudar de cidade, já que ficou sob a tutela da tia, que mora em Orange County, de escola e de amigos. Agora, Ever é uma menina retraída que se esconde sob um capuz e do i-pod em volume máximo. E com razão. Após o acidente ela voltou com um dom estranho de ver a aura das pessoas e saber tudo o que se passa com elas num simples toque. Mas, para alguém que diz saber de tudo, ela é bem burrinha. Demora mais da metade do livro para descobrir o que se passa com seu namorado.

E chegamos a ele. Damen. Podem dar a desculpa que for, mas essa de Damen não ser um vampiro não colou. Tudo bem, ele não suga o sangue de ninguém, mas ser imortal não é o mesmo que ter poderes mágicos e se mover mais rápido que a luz. Mas, para que não criar mais polêmica, vamos pela premissa da autora. Damen é só imortal. E é perfeito, bom em tudo que faz e ainda serve de amortecedor para o dom de Ever. Não gosta da escola (o cara é esperto, ao contrário de uns e outros) e está sempre à procura de uma desculpa para matar aula. Aposta nos cavalos e não disfarça o desejo que tem por Ever. Quer dizer, ele sabe se controlar, mas não faz objeção nenhuma a levar a coisa mais adiante. Não é nada demais, nada acontece, mas em algum lugar Edward Cullen está vermelho de vergonha só de imaginar.

Claro que sendo tão perfeito, Ever tem uma dura competição. Uma que disputa a tenção do bonitão é a amiga de Ever, Haven. Mas esta é uma coitada, não ameaça ninguém. Falo mais dela daqui a pouco. A outra é Drina, outra imortal que conhece Damen há muito tempo e que se considera sua dona. Típico caso de namorada compulsiva e controladora. Drina arquiteta todo tipo de trapaça para tirar Ever do caminho, mas é de dar pena, porque é claro que ela perde sempre. Chega a ser patético. Mas ela dá uma sacudida na história, o que é sempre bom, senão a história ficaria muito chata. mas ela ainda não é uma vilã.

Os amigos de Ever são um caso à parte. Haven é uma garota que faz de tudo para chamar a atenção dos pais ausentes. E, para falar a verdade, não é lá muito amiga. Ever sabe disso porque lê seus pensamentos, mas mesmo assim, Ever continua a seu lado e se preocupa com ela. E Miles é um adolescente gay assumido que adora chocar o pai. É mais amiga que Haven, mas inda assim não se liga muito na amiga. Está mais interessado em manter seus namoros digitais. Apesar de serem os dois únicos amigos de Ever, ambos são egocêntricos e não estão muito aí para o que se passa com a amiga.

A melhor parte do livro fica por conta de Riley, a irmã mais nova de Ever que continua fazendo visitas à irmã mais velha. Uma das partes mais legais é quando Riley diz que foi espionar celebridades e volta com os podres de um certo ator (confesso que fiquei curiosa de saber quem é). Riley é um refresco na vida de Ever (e na dos leitores). É inquieta e curiosa, como qualquer garota de doze anos. Foi muito divertido nas horas em que ela aparecia com uma fantasia diferente.

Tenho que dizer que achei a leitura por vezes superficial, e meio sem sentido. Explico: a autora passa de uma coisa para outra totalmente diferente e aparentemente sem ligação com a anterior muito rápido. É como se ela não soubesse direito sobre o que escrever. Por outro lado, gostei dessa coisa de ver a aura (eu sempre ia ver no começo o que cada cor quer dizer) e o negócio das reencarnações. Achei bonito esse conceito. Mas, apesar de meio solta, a leitura é prazerosa e, pelo menos neste, o ritmo é gostoso, dá pra ler rapidinho (já vi em outros lugares e minha irmã me contou que o segundo é mais lento). Recomendo para quando se quer dar aquela relaxada.

Trilha sonora

Só porque é mencionado no livro (e porque eu adoro), qualquer música do Evanescence. E uma que cai bem, é Heavy in your arms, da Florence and the Machine. E ainda, não sei bem porque, mas acho que Lying is the most fun a girl can have, do Panic! At the disco.

Se você gostou de Para Sempre, pode gostar também de:

  • Saga Crepúsculo – Stephenie Meyer
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith
  • coleção O beijo das sombras – Richelle Mead
  • coleção House of Night – P. C. e Kristin Cast

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