sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Batalha do Labirinto

 

Battle of the labyrinth Descerás na escuridão do labirinto infinito,
O morto, o traidor e o perdido reerguidos.
Ascenderás ou cairás pelas mãos do rei espectral,
Da criança de Atena, a defesa final.
A destruição virá quando o último suspiro do herói
acontecer…

Percy está prestes a começar o ano letivo em uma nova escola. Ele já não esperava que a experiência fosse lá muito agradável, mas, ao dar de cara com líderes de torcida monstruosas e mortas de fome, percebe que tudo, sempre, pode ficar ainda pior.

Neste quarto volume da série, o tempo está se esgotando e a batalha entre deuses do Olimpo e Cronos, o senhor dos Titãs, fica cada vez mais próxima. Mesmo o Acampamento Meio-Sangue, o porto seguro dos heróis, torna-se vulnerável à medida que os exércitos de Cronos abrem caminho para atacar suas fronteiras, até então impenetráveis.

Para detê-los, Percy e seus amigos semideuses partirão em uma jornada pelo Labirinto de Dédalo – um interminável universo subterrâneo que, a cada curva, revela as mais temíveis surpresas.

Este, por enquanto é o mais sombrio da coleção. Talvez por se passar tanto tempo no subterrâneo. Ainda prefiro A Maldição do Titã, mas A Batalha do Labirinto também é muito legal. E, apesar de não gostar de fazer isso, é bem semelhante ao Cálice de Fogo, que é o meu preferido dos Harry Potter Cuidado! Spoiler à frente! Principalmente a parte final.

Pena que, como Mar de Monstros, não há tanta participação dos deuses. Mas tem uma participação bem importante de Hera, que pode até ser esposa de Zeus, mas é a peste em pessoa (ela jogou seu filho Hefesto do alto do Monte Olimpo! Presente para ela no dia das mães! Leia abaixo a nota cultural para maiores detalhes). Não se enganem pela aparência maternal e pelo fato de ela ser a deusa da família. Hera é osso duro de roer (não é à toa que Zeus vive pulando a cerca… Sé sendo deus mesmo pra aguentar).

Também há participação de Rachel, a mortal que vê através da Névoa e ajuda Percy no terceiro, deixando as coisas bem interessantes. Claro que Annabeth não gosta dela e vai começar uma competição entre as duas (não só pelos motivos óbvios – Percy – mas também pelo fato de Annabeth ser orgulhosa). Mas eu gosto de Rachel. Ela é uma personagem forte e espero que ela apareça mais no último livro. E algo me diz que ela terá um papel muito importante a desempenhar.

Falando em Annabeth, pela primeira vez ela aprece em dúvida. Mostra que tem um lado insegura, apesar do que aparenta. Não só em relação a seus sentimentos, mas pela primeira vez ela tem que encarar que não é tão sabichona como pensa. Gosto disso. Gostaria até que, pelo menos um pouquinho, a história fosse narrada por ela, só para saber o que se passa em sua cabeça (e deve ser bastante coisa, já que ela é filha de Atena. Aliás, já que mencionei isso, a parte que ela conta a Percy como foi concebida é hilária)

Outra coisa que eu gostei. Percy ganha um bichinho de estimação! Além de Blackjack, seu fiel pégaso (que aliás é engraçado com a história de chamar Percy de chefe), aparece Mrs. O´Leary, uma hellhound (desculpe, mas hellhound soa melhor que cão do inferno) bem amigável.

Passando para o lado mais dark, é o primeiro em que há uma batalha mesmo, antecipando a guerra que está por vir. E também há baixas. Pela primeira vez, Percy tem que lidar com a morte. Como acontece em Cálice de Fogo, é o fim da inocência. Agora, é pra valer.

Rick Riordan dá uma boa base para o quinto livro. E o final deixa uma pergunta no ar, Quem leu O Senhor dos Anéis em três volumes, como eu, sabe do que estou falando. É como acabar As Duas Torres e ficar sem saber se Frodo morreu ou não.

Nota cultural

Ficou com pena de Hefesto? Não é para menos. A história dele é mesmo triste. Ele nasceu da ira de Hera, pois para variar, Zeus estava aprontando das suas. Quando Hefesto nasceu, era muito feio, Hera se arrependeu e o jogou do alto do Olimpo (que amor de pessoa – ops!, deusa). Imaginem como o próprio ficou depois da queda. Além de feio, ficou coxo, e foi banido do Olimpo. Ele então, para compensar suas imperfeições (ele é o único deus imperfeito), dedicou-se às forjas e ao trabalho manual, produzindo as mais belas peças para os deuses, entre elas o escudo usado pro Zeus na guerra contra os titãs. Hefesto casou-se com Afrodite, e, como desgraça pouca é bobagem, Afrodite o traía com Ares (lembra de O Ladrão de Raios?). Possesso, ele constrói uma armadilha para pegar os dois no flagra, como no livro, só que na época não existia televisão. Mesmo assim, Hefesto chamou todos os deuses para testemunhar sua desgraça (quer dizer, chifre), só que os deuses não deram a mínima (agora além de feio e manco, o cara é corno assumido!)

Mas ele também não é assim tão bonzinho (apesar de eu gostar dele no livro). No início, o fogo era um artigo dos deuses, e nós homens não éramos nada. Nascíamos e morríamos como poeira (literalmente). Até que Prometeu, com pena de nós, reles homens, roubou o fogo e nos deu. Claro que Zeus não gostou nada disso, e, em uma vingança brilhante, resolveu presentear Prometeu. Mas a expressão “presente de grego” não é à toa. Zeus convoca os deuses para fabricar esse presente, entre eles Hefesto. O tal presente era uma mulher (claro), construída por Hefesto, com qualidades dadas por cada um dos deuses (a beleza de Afrodite, a persuasão de Hermes, a habilidade no tear de Atena). O nome dessa mulher era Pandora, e ela era mesmo irresistível. Ela é enviada a Prometeu com uma caixa, onde carregava todos os males do mundo. Prometeu foi esperto e recusou o presente, mas seu irmão Epimeteu caiu como um patinho e tomou Pandora como esposa e abriu a tal caixa, libertando todos os males, e a esperança (ou melhor, espera de alguma coisa. Isso é bom porque poderia ser pior, mas não sabemos disso). Os males se espalharam, e recaíram sobre os homens (é, pagamos o pato), e por isso sofremos com a mortalidade, doenças, fome, temos que trabalhar para ter o nosso sustento. Lembrou do Gênesis. Pois é, até nas religiões, nada se cria, tudo se copia.

(Fonte: minhas aulas de Clássicos na faculdade – obrigada professora Elaine! e também Pandora e Hefesto e Os Trabalhos e os Dias, de  Hesíodo)

Se você gostou de A Batalha do Labirinto, pode gostar também de:

  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling
  • trilogia da Herança - Christopher Paolini
  • O Senhor do Anéis – J. R. R. Tolkien

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A Maldição do Titã

 

Maldição do titã Um chamado do amigo Grover deixa Percy a postos para mais uma missão: dois novos meios-sangues foram encontrados, e sua ascendência ainda é desconhecida. Como sempre, Percy sabe que precisará contar com o poder de seus aliados heróis, com sua leal espada Contracorrente... e com uma caroninha da mãe. O que eles ainda não sabem é que os jovens descobertos não são os únicos em perigo: Cronos, o Senhor dos Titãs, arquitetou um de seus planos mais traiçoeiros, e nossos heróis serão presas fáceis. Um monstro ancestral foi despertado – um ser com poder suficiente para destruir o Olimpo –, e Ártemis, a única deusa capaz de encontrá-lo, desapareceu. Percy e seus amigos têm apenas uma semana para resgatar a deusa sequestrada e solucionar o mistério que ronda o monstro que ela caçava.

Divertidíssima e repleta de ação, essa terceira aventura da série coloca nosso herói e seus aliados frente a frente com o maior desafio de suas vidas: a terrível profecia da maldição do titã.

Claro que depois de ler os dois primeiros, eu tinha que ler A Maldição do Titã. O bom da coleção Percy Jackson e os Olimpianos é que ele já está completa (ou, em português, quase), então dá para emendar um no outro. Por outro lado, eu tenho que confessar que parte do encanto de Harry Potter era a espera entre um e outro, toda a especulação que criava (ai, que saudade!). Claro que eu ainda amo Harry Potter, e, pelo visto, Percy Jackson vai pelo mesmo caminho. Aliás, no ritmo que Rick Riordan está escrevendo e produzindo coisas uma em seguida da outra, Rowling e Stephenie Meyer que se cuidem.

De cara, uma coisa muito legal  desse terceiro livro é a presença de Thalia. Tempestuosa (sem trocadilhos) e mandona, ela mostra que é mesmo filha de Zeus. E tenho mais um motivo para gostar dela: a garota gosta de rock. Rebelde, ela não morre de amores pelo Olimpo (e tem razões para isso), mas é leal a seus amigos não tem medo de fazer o que é necessário,como uma verdadeira líder, o que deixa Percy um pouco enciumado.

Outra coisa legal é que os deuses tem participação maior neste livro. Não só isso, como também mais deuses aparecem, como  Ártemis e Apolo, que aliás é divertidíssimo (mas eu ainda prefiro Ares) e Afrodite, numa participação mais que especial e engraçada.

Falando nela, a atração que Percy começa a sentir por Annabeth no segundo se mostrará mais forte em A Maldição do Titã, apesar de Percy ainda estar em fase de negação. Para quem duvida, prova disso é que quando Percy vai encontrar Afrodite (que, para quem ainda não sabe, é a deusa do amor e do desejo), o que ele vê primeiro é a imagem de Annabeth, ele acha que Afrodite parece com ela. Eu me pergunto o que vai resultar disso, já que Atena e Poseidon não se dão lá muito bem.

Até agora, A Maldição do Titã é o melhor da série. Há mais emoções envolvidas (raiva, dúvida, frustração, rivalidade, amor) e o ritmo também é mais acelerado (eu li em dois dias) e maior participação dos deuses, indicando que a coisa vai esquentar.

Nota cultural

Você se pergunta porque Cronos e os outros deuses, em especial Zeus, se odeiam? Bem, a história é a seguinte:

No começo não havia nada, só o caos. Daí surgiram Urano (o Céu) e Gaia (a Terra). Como não tinham muito o que fazer (naquela época ainda não existia televisão), Urano fecundava constantemente Gaia e produzia filhos. Mas, com medo que as crias um dia o decepcionassem, Urano fazia Gaia engolir os filhos quando nasciam (um verdadeiro cavalheiro). Até que nasceu Cronos (o Tempo).

Gaia, cansada de comer os filhos, pede ajuda a Cronos, que consegue pegar uma foice e castrar (isso mesmo) o pai. Urano então não pode mais reinar e Cronos toma o poder. Ele se casa com Réia e gera filhos.

Já ouviu aquela música (maravilhosa, aliás) Como nossos pais? Pois é, Cronos, sabendo que os filhos poderiam um dia fazer com ele o mesmo que ele fez com seu pai, ele engole os filhos assim que nascem (não se preocupem. Eles são deuses, então continuam vivos).

Cronos engole Deméter, Hera, Hades e Poseidon. Mas aí nasce Zeus. Como antes, Réia o engana e entrega a ele uma pedra no lugar de Zeus. Como Cronos não era lá um gourmet, engole a pedra e nem nota a diferença e Zeus fica vivo.

Zeus então derrota e exila o pai, mas antes liberta seus irmãos e dá a cada um uma função:

  • Hades: senhor do Mundo Inferior
  • Deméter: deusa da agricultura e da terra
  • Hera: esposa de Zeus e deusa do casamento e da família
  • Poseidon: deus dos mares (só que ele não gostou disso, queria a terra. Por isso, Poseidon não se dá bem com Zeus)

(Fonte: minhas aulas de estudos clássicos na faculdade e também Cronos)

Trilha sonora

Who wants to live forever, do Queen, é em especial para as Caçadoras. I wouldn´t normally do this kind of thing, do Robbie Williams também cai bem.

Se você gostou de A Maldição do Titã, pode gostar também de:

  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling
  • coleção da Herança – Christopher Paolini

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Retrato de Dorian Gray

Dorian Gray Dorian Gray é um belo e ingênuo rapaz retratado pelo artista Basil Hallward em uma pintura. Mais do que um mero modelo, Dorian Gray torna-se inspiração a Basil em diversas outras obras. Devido ao fato de todo seu íntimo estar exposto em sua obra prima, Basil não divulga a pintura e decide presentear Dorian Gray com o quadro. Com a convivência junto a Lorde Henry Wotton, um cínico e hedonista aristocrata muito amigo de Basil, Dorian Gray é seduzido ao mundo da beleza e dos prazeres imediatos e irresponsáveis, espírito que foi intensificado após, finalmente, conferir seu retrato pronto e apaixonar-se por si mesmo. A partir de então, o aprendiz Dorian Gray supera seu mestre e cada vez mais se entrega à superficialidade e ao egoísmo. O belo rapaz, ao contrário da natureza humana, misteriosamente preserva seus sinais físicos de juventude enquanto os demais envelhecem e sofrem com as marcas da idade.

Eu comecei a ler este livro porque vai sair (pelo menos, eu espero) o filme (versão recente, de 2009. Já tem um mais antigo), então queria ler antes de estrear. E A DO REI. Já está entre os meus favoritos. Claro que eu já conhecia a história do jovem que deixa seu retrato envelhecer em seu lugar, mas nunca tinha lido o livro.

O livro, apesar de ter sido escrito no século XIX, é muito atual, com todo esse culto besta à beleza e à perfeição. Se Dorian Gray vivesse nos dias de hoje, com certeza seria um daqueles que faz plástica em cima de plástica para tentar atingir a perfeição. Já que ele não tinha um cirurgião plástico à disposição, resolveu fazer um pacto com o Diabo mesmo, e funcionou bem até demais. Sabe aquele ditado que diz: “Cuidado com o que você deseja, pois pode ser que seja atendido”? Então foi exatamente isso que aconteceu. O que Dorian não sabia era que em troca da beleza eterna, ele perderia sua alma.

Mas, como no livro, é impossível não se apaixonar por Dorian Gray. Ele nem sempre foi mal (e por mim ele poderia ser ainda mais malvado). No começo, era um adolescente comum, sem um pingo de vaidade. Até ver seu retrato pintado por seu amigo Basil Hallward. Daí ele passa por um sério caso de complexo de Narciso (pra quem não sabe, Narciso era um jovem belíssimo que se apaixonou no pelo próprio reflexo), e começa sua ruína. Ele se torna fútil e arrogante, o que não melhora porque todos o adoram (e ele ama ser adorado, como um deus). E quando ele tenta se redimir, já é tarde demais.

Se Dorian é assim, é porque seu “grande” amigo Lorde Henry Watton o fez. Por sua influência é que Dorian degenera. Não sei exatamente porque, não ficou claro no livro qual o motivo de Lorde Henry fazer isso, acho que por tédio mesmo. Ele é ainda mais superficial que Dorian, e ainda por cima é manipulador, fazendo com que as pessoas eventualmente sigam seus nada sábios conselhos.

Do lado oposto, disputando a atenção de Dorian, está o retratista Basil Hallward. Esse mais comedido, expressa verdadeiro temor por seu amigo quando percebe que ele está se degenerando. A imagem que tenho de Lorde Henry e Basil é aquela do anjinho e o diabinho dos desenhos em quadrinhos, os dois bancando a consciência de Dorian.

Umm personagem sombrio, uma história bem atual, que faz a gente pensar sobre algumas coisas, e um retrato (sem trocadilhos) fiel e ácido da sociedade inglesa (principalmente a burguesia) do século XIX. Um clássico que merece ser lido (observação: nem todos merecem, mesmo que sejam clássicos).

Trilha sonora

Três músicas vêm à mente: Sympathy for thje devil, do Guns (que, com perdão dos fãs de Rolling Stones, é bem melhor), My immortal, do Evanescence (a letra parece atpe um diálogo de Dorian com seu retrato), e Perfect strangers, do Deep Purple.

Filme

Dorian Gray movie Na Inglaterra, estreou em setembro de 2009. Aqui, não encontrei previsão (e olha que eu procurei até dezembro!). Mas acabou de estrear em Portugal, então ainda pode chegar por aqui. Quem interpreta Dorian é Ben Barnes (o Príncipe Caspian). Estou torcendo para passar no cinema, e não posso esperar pra ver. A foto aí ao lado é um dos cartazes do filme, que eu achei muito bem bolado.

Nota histórica

Entre os séculos XVIII e XIX, ocorreu s Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra. Assim, nesse período houve uma hegemonia mundial britânica. Foi o período de grandes navegações para os ingleses e acelerado crescimento econômico. Por ser o período de reinado da Rainha Vitória, também é chamada de Era Vitoriana.

Fonte:Revolução Industrial

sábado, 10 de abril de 2010

Lançamentos

 

Minha ideia original era que eu colocaria os lançamentos de livros (ou pelo menos os que eu acho interessantes) todo mês, mas isso é difícil, por dois motivos: 1) eu nem sempre tenho tempo para escrever, e 2) as editoras às vezes só liberam os lançamentos na data prevista, ou seja, nem sempre dá para saber com antecedência. Mas vou tentar fazer isso, sempre que conseguir. então vamos lá.

Bree Tanner O primeiro é para os fãs de Crepúsculo. Mas não se animem muito, pois não se trata de ser uma continuação, apesar de estar relacionado. The Short Second Life of Bree Tanner da Stephenie Meyer. Para quem não lembra , a Bree é aquela vampira novata que aparece no final de Eclipse. Eu acho muito legal, já que gostei da Bree, e também porque os novatos realmente tem muitas histórias para contar ( lembra que Eclipse é o meu preferido). Pena que quem leu a saga já sabe como esse termina. Ainda acho que Stephenie Meyer deveria publicar Midnight Sun, mas quem sabe ela cresça (é, acho a atitude dela muito infantil nesse sentido) e publique (ou os editores pressionem). De qualquer maneira, nos Estados Unidos, o livro vai ser lançado dia 5 de junho. Por aqui…não encontrei nada no site da Intrínseca. Para saber mais, acesse Stephenie Meyer.

Terra em chamas O segundo é para quem gosta de romances históricos, particularmente de Bernard Cornwell. Trata-se de Terra Em Chamas, quinto livro das Crônicas Saxônicas. Mas a Record ainda não divulgou a data de lançamento. Eu já li os dois primeiros, em inglês, antes de chegar ao Brasil, e são muito bons (claro, é Bernard Cornwell), mas vou ter que reler tudo de novo porque já não lembro bem. Para saber mais, veja Terra em Chamas.

Por enquanto é só. Vou tentar postar mais à medida que descobrir.

Até mais!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Conspiração Franciscana

 

Conspiração franciscana A Conspiração Franciscana é uma versão fictícia mas extremamente verossímil para explicar o roubo dos restos mortais de São Francisco de Assis e o aparecimento dos estigmas em seu corpo.

Tendo como pano de fundo o caos da sociedade italiana em pleno século XIII, em que a pobreza extrema do povo contrastava com a opulência dos comerciantes e dos altos escalões do poder religioso, este romance traz à tona uma armação da Igreja para encobrir um fato que poderia abalar para sempre a fé no santo de Assis.

Recusando-se a levar esse segredo para o túmulo, frei Leo – um dos companheiros mais próximos de São Francisco – deixa uma estranha mensagem ao eremita Conrad de Offida, incitando-o a investigar minuciosamente a vida e a morte da fundador da Ordem.

Cedendo ao último pedido do amigo, Conrad parte em busca de respostas e se vê pedido em um terrível labirinto que parece não ter fim. Em cada etapa. ele é forçado a enfrentar seus medos mais profundos para encontrar a verdade e salvar sua própria vida.

A Conspiração Franciscana prende o leitor da primeira à última página numa trama emocionante, repleta de inesperadas reviravoltas.

Como todos os outros livros que tratam de algum dogma da Igreja, ou que fala de alguma conspiração dela, é claro que A Conspiração Franciscana chamou minha atenção. Além, é claro que eu, como veterinária, sou bem pegada a São Francisco de Assis, que para quem não sabe, é o santo protetor dos animais, e também padroeiro dos veterinários (todo veterinário que se preze é devoto de São Francisco).

Uma coisa chama a tenção de cara. Ao contrário de O Código Da Vinci ou O Último Templário, ele se passa todo na Idade Média, com apenas alguns anos de separação dos fatos no tempo. Entre o roubo do corpo do santo e a investigação de Conrad passam-se somente uns cinquenta anos.

E, ao contrário também dos outros, o investigador é frei Conrad, eremita extremamente fanático, na minha opinião. Ele acredita, por exemplo que tomar banho é um ato altamente pecaminoso, pois assim estamos expostos à nossa própria nudez. Tudo bem que naquela época as pessoa não tinham as nossas noções de higiene, e realmente não tomavam banho com frequencia, mas daí a passar cinquenta anos com a mesma túnica, sem nunca lavar é demais (imagina a catinga…). Conrad é absolutamente firme em suas crenças e não aceita nenhuma opinião diferente da sua, fato que muitas vezes o coloca em posições delicadas.

A seu lado na investigação está Amata, jovem com um passado violento e com sede de vingança. Mulher forte e destemida, começa a história num convento, mas não é lá muito fã da Igreja (e ela tem bons motivos para isso). Mesmo sendo o oposto de Conrad, acaba firmando com ele uma amizade verdadeira e profunda.

Conrad ainda conta com a ajuda de Donna Giacoma, senhora nobre e muito respeitada. Gosto dela porque ela dá uns bons safanões em Conrad devido a sua aparência (nhaca mesmo), e Orfeo, jovem de Assis que tem uma ligação com Amata, e amigo pessoal do papa Gregório X. Do outro lado está frei Bonaventura, que junto com outros frades, é responsável pela conspiração envolvendo o roubo do santo.

A história é complexa, com várias tramas paralelas (que eu pessoalmente prefiro), mas o ritmo é meio devagar. Melhora na segunda parte, mas o começo não é fácil. E acho que o tal segredo também deixa a desejar. Podia ser mais cabeludo (com certeza não é algo que pode abalar a história do mundo, pelo menos pra mim). Nesse sentido, O Código da Vinci (e outros do gênero) são melhores. Mas para quem gosta de teorias conspiratórias é uma boa pedida.

Nota histórica

São Francisco de Assis nasceu em Assis, na Itália, em 1181 ou 1182 e morreu em 3 de outubro de 1226. Após uma vida de luxo e farra, renunciou a tudo, passando a viver na pobreza e pregando que o Evangelho deveria ser seguido à risca. É um marco muito importante na História da Igreja porque na sua época, os monges ficavam isolados nos mosteiros. São Francisco pregava abertamente, de forma itinerante. Isso o aproximava do povo. Foi canonizado menos de dois anos após morrer. Foi o primeiro santo a ser estigmatizado, quer dizer, a ter no corpo as mesmas feridas de Cristo crucificado, mas isso só foi revelado depois de sua morte. Dizem que quando ele morreu, aves pousaram no telhado de seu eremitério. Frei Elias relatou seu desaparecimento e também os estigmas, e o povo veio a Assis para homenageá-lo, e muitos queiram examinar seu corpo para confirmar os estigmas.(Fonte: São Francisco de Assis)

Se você gostou de A Conspiração Franciscana, pode gostar de:

  • O Código Da Vinci – Dan Brown
  • Anjos e Demônios – Dan Brown
  • O Último Templário – Raymond Khoury
  • Trilogia Força Sigma – James Rollins

domingo, 4 de abril de 2010

O Mar de Monstros

 

Mar de Montros O modo como ele disse o meu nome me deu um frio na espinha. Ninguém me chamava de Perseu, a não ser aqueles que conheciam minha verdadeira identidade. Amigos…e inimigos.

O ano de Percy Jackson foi surpreendentemente calmo. Nenhum monstro que colocasse os pés no campus de sua escola, nenhum acidente esquisito, nenhuma briga em sala de aula. Mas quando um inocente jogo de queimado entre ele e seus colegas torna-se uma disputa mortal contra uma tenebrosa gangue de gigantes canibais, as coisas ficam, digamos, feias. E a inesperada chegada de sua amiga Annabeth traz outras más notícias: as fronteiras mágicas que protegem o Acampamento Meio- Sangue foram envenenadas por um inimigo misterioso, e, a menos que um antídoto seja encontrado, o único porto seguro dos semideuses será destruído.

Nesta vibrante e divertidíssima continuação da série iniciada com O Ladrão de Raios, Percy e seus amigos precisam se aventurar no Mar de Monstros para salvar o acampamento dos meio-sangues. Antes, porém, nosso herói entrará em confronto com um mistério atordoante sobre sua família – algo que o fará questionar se ser filho de Poseidon é uma honra ou uma terrível maldição.

 

Quando acabei de ler  O Ladrão de Raios mal podia esperar para ler a continuação, O Mar de Monstros. E a hora não podia ser melhor: acabei de estudar a Odisséia na faculdade. Eu explico: Mar de Monstros é uma releitura bem divertida da Odisséia, o que por si só já vale a leitura. Mas falo disso mais tarde.

Neste segundo livro, Percy está mais à vontade em sua condição de semideus e não vê a hora de voltar para o Acampamento Meio-Sangue. Só tem um problema: o acampamento corre grande perigo e não é mais um lugar seguro. E ele deve partir para libertar seu amigo Grover e assim salvar o acampamento. Ele também descobre que tem novos poderes, que lhe serrão muito úteis nesta nova missão. Ao mesmo tempo, está saindo da infância e entrando na adolescência, e pela primeira vez nota Annabeth como garota e não só como mais uma amiga.

Um novo personagem também aparece: Tyson, o ciclope bebê, que apesar de ser um monstro, é de confiança, mostrando que tudo depende de quem está ao seu lado para guiá-lo (ou, no caso, protegê-lo). Tyson tem uma estranha ligação com Percy, que no decorrer do livro, vai ficar bem clara.

Por outro lado, senti falta dos deuses. Apesar de serem mencionados durante o livro todo, só Hermes faz uma pequena participação, bem divertida, por sinal. Nem tanto por ele, mas por seus companheiros George e Martha, duas cobrinhas muito simpáticas. Eles me lembram um pouco Os Padrinhos Mágicos. Apesar de eu achar o desenho bem xarope, eu gosto de George e Martha. E Hermes parece um cara legal, considerando-se que além de mensageiro dos deuses (ou, agora, empresário do ramo de logística, ou seja, de entregas), é também o deus dos ladrões (é, na Grécia Antiga até os ladrões tem um protetor).

Comparado a O Ladrão de Raios, O Mar de Monstros perde um pouco. O ritmo continua acelerado, mas não há tantas ligações com o nosso mundo como no primeiro, como a rede de lojas de donuts que é na verdade um ninho de monstros (imagina então o McDonald´s! Deve ser um verdadeiro criatório exportador!), o que eu acho que é uma pena. Ainda assim, o livro guarda boas surpresas, principalmente o final, que deixa a gente com gostinho de quero mais.

Nota cultural

Como já disse, Mar de Monstros é uma releitura da Odisséia, de Homero (que eu pretendo ler logo, logo).

Após a queda de Tróia, relatada na Ilíada, todos os sobreviventes retornam para casa. Todos, menos Ulisses (ou Odisseu). Ele não consegue retornar a seu lar na ilha de Ítaca, onde é rei, porque não fez um sacrifício a Poseidon (coisa que os deuses levam muito a sério). Poseidon então o impede de chegar em casa e ele fica vagando pelos mares por dez anos.

Em um desses desvios, Ulisses vai para na ilha do ciclope Polifemo, onde é feito prisioneiro. Para escapar, Ulisses ordena os seus homens (os que restaram) a se pendurar no ventre das ovelhas do rebanho de Polifemo (como Percy), que era um monstro carnívoro que se alimentava de carne humana crua (devia ter um caso sério de príon!). Ao sair da caverna, Ulisses fere Polifemo, que pergunta quem fez aquilo, ao que Ulisses responde: “Meu nome é ninguém”. Mas Polifemo é também filho de Poseidon. Oh-oh, mais uma ofensa ao deus do mar, e mais tempo vagando sem chegar a Ítaca…

Ulisses ainda passa por vários lugares, como a ilha de Circe, que transforma metade de sua tripulação em porcos, pela ilha de Calipso, uma deusa que queria se casar com Ulisses e lhe oferece a imortalidade, mas Ulisses quer mesmo é voltar para casa.

Enquanto isso, em Ítaca, sua mulher Penélope fica sozinha com seu filho Telêmaco. Como Ulisses é dado por morto, já que ninguém sabe o que aconteceu com ele, aparecem vários pretendentes para casar com Penélope, e se tornarem reis, já que ela é rainha. Mas ela não quer casar com ninguém, então bola um estratagema para escapar do casamento. Ela começa a tecer um tapete e diz que só se casará quando acabar o tapete. Só que ela tece durante o dia e desfaz à noite (igual ao Grover). e assim consegue enrolar seus pretendentes.

Mas Ulisses conta com a ajuda de Palas Atena (sim, a mãe de Annabeth!), por sua astúcia, e quando finalmente chega a Ítaca, Ulisses encontra um verdadeiro pandemônio em sua casa, já que os pretendentes, cara de pau que são, moram no seu palácio e consomem sua comida e seu vinho, em uma tremenda afronta aos deuses e às leis da hospitalidade. Ulisses então mata os pretendentes um por um (e eram muitos) e assim recupera sua terra natal e sua identidade (ele era Ninguém, lembram?).

Trilha sonora

Monters do Hurricane Bells, da trilha de Lua Nova, parece meio óbvia, pelo título do livro e da música. Também Fairytales and Castles, do Lifehouse, e já que boa parte do livro se passa navegando, porque não Sailing, do ´N Sync?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Faz tempo…

 

Já faz um tempo que eu não escrevo, mas não pensem que eu abandonei o blog. É que simplesmente ando ocupada, agora que comecei a faculdade, e não estou lendo tão rápido. Não que não esteja lendo nada. Pelo contrário. Ainda não acabei A Conspiração Franciscana e estou lendo também O Mar de Monstros. Esse último vou acabar rapidinho, então logo, logo ele estará aqui. Sem contar as inúmeras leituras para a faculdade, que eu tenho certeza que não vou conseguir acabar, mesmo contando com o fato de eu não ter aula esta semana por causa do feriado de amanhã (é, o feriado é só amanhã, mas eu não tenho aula a semana inteira. Não que eu esteja reclamando…)

Sinto falta de escrever. Na verdade, eu não sabia que eu gostava tanto até começar o blog. Na verdade, nunca me vi como uma pessoa muito criativa, mas recentemente descobri que isso também não é verdade. Não me refiro somente a escrever, mas também a atividades que eu desenvolvo para as minhas aulas. Dá trabalho, mas eu gosto de fazer isso, e, claro, tenho que ser criativa para isso.

Mas eu estou divagando. De volta ao blog: eu também não esqueci que ainda falta postar sobre As relíquias da Morte. Só que quero reler o livro antes, para ter mais certeza do que vou escrever. E vou fazer isso logo também, já que o filme sai esse ano (ai estou até com medo…Esse diretor é muito ruim, acho que o resultado vai ser catastrófico…Espero que eu esteja errada).

Falando em filmes, esse mês, mais precisamente no dia 21, estreia Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, que eu estou louquinha para ver.  Em primeiro lugar, AMO Tim Burton, e o cara é amigão de outro cara que eu adoro: Johnny Depp. Claro que eu TENHO que ver. E minha irmã acabou de me dizer que passou Avatar – yey!

Bom, acho que por hoje é só. Boa Páscoa para todo mundo!

Easter