A primeira coisa que eu fiz nas férias foi matar a saudade de uma das minhas séries preferidas, Pushing Daisies. É realmente uma pena que ela tenha sido curta.
Comprei a primeira temporada outro dia, e, assim que cheguei em casa, já pus no DVD pra assistir. Para quem não sabe, ela conta as desventuras de Ned, um fazedor de tortas com um dom peculiar: com um toque ele pode trazer à vida aqueles que já foram desta para melhor, o que rendeu o nome infeliz “Um toque de vida” em português. Digo infeliz porque o dom de Ned tem uma pegadinha: o felizardo que é tocado por Ned só pode viver por um minuto, ou alguém tem que morrer no seu lugar. E ainda por cima, se Ned tocar esse ser (vale tanto para pessoas, como animais e vegetais) uma segunda vez, é morte de novo, desta vez definitiva.
Esse pequeno dom de Ned vem bem a calhar para Emerson Cod, um investigador particular que usa o toquinho de Ned para resolver seus casos, e, claro, ganhar mais dinheiro. E é num desses casos que o destino prega uma piada cruel em Ned: sua amada de infância, Chuck, morre, e ele a traz de volta.
Com essa premissa no mínimo criativa, Pushing Daisies é uma das melhores séries que eu assisti. Como já disse, infelizmente ela teve somente duas temporadas, ambas curtinhas. E além dessa trama central, a série ainda conta com um elenco de primeira e um humor negro refinado. Não é daquelas de se acabar de rir, como Friends (que eu também amo), mas dá pra dar algumas risadas.
E para quem adora cinema, a série ainda conta com várias referências a filmes famosos, como ET, O mágico de Oz, A fantástica fábrica de chocolates, O fabuloso destino de Amélie Poulan e Os pássaros, de Alfred Hitchcock. Mas é preciso ficar atento para perceber, porque algumas delas são bem sutis.
Os cenários são caprichados, as tortas de Ned dão vontade cair de boca (apesar de ele usar frutas com qualidade no mínimo duvidosa) e a série se passa numa época meio indeterminada, o que dá um certo charme à história. E, apesar de torcer sempre por Ned e Chuck, acho que se houvesse uma brecha no seu dom, parte desse charme desapareceria. O legal da série é mesmo esse dilema em que Ned se encontra: a mulher que ele mais ama, e que mais deseja é a única que ele não pode tocar. E assistir aos conflitos que partem daí é parte do atrativo.
Enfim, para quem curte humor negro, Pushing Daisies é um prato cheio. Não consegui assistir a segunda temporada (acho que passou num horário que eu não podia assistir), mas agora que terminei a primeira, não vejo a hora de ver a segunda.
Só para dar um gostinho: Pushing Daisies. E esse trailer mostra bem o estilão da série.
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