segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Lado Bom da Vida - Matthew Quick

 

O lado bom da vidaPat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.

Comprei esse livro por motivos de: Bradley Cooper na capa. Alegre Mas sério, eu assisti o filme, e gostei e desde então eu tinha vontade de ler. Acabei enrolando um pouco (eu comprei esse ano, então passou na frente de vários da estante) nem sei porquê, mas compensou.

Pat Peoples está saindo da clinica psiquiátrica, depois de ter passado o que acredita serem apenas alguns meses lá. Ele não se lembra de muita coisa do que aconteceu no “lugar ruim”, nem porque foi parar lá. Só o que ele sabe é que está em um “tempo separado” de sua mulher, Nikki, e está mais determinado do que nunca a ser um marido melhor agora, porque ele mesmo reconhece que não foi um marido bom para Nikki. Por isso, agora ele pratica ser gentil, em vez de ter razão.

O que eu gosto muito em Pat é que ele é o eterno otimista, e acredita piamente em ver o “lado bom da vida” (em inglês deve ser mais legal, porque a expressão é silver lining, em referência àquela linha prateada que contorna as nuvens de chuva. E ela significa ver o lado bom de todas as coisas, que mesmo nas situações mais difíceis, sempre há beleza e uma coisa boa). Claro que Pat ainda leva consigo as sequelas de ter ficado no hospital, mas acho que todos nós aprendemos alguma coisa com ele e seu otimismo. Bem tipo Polianna e o jogo do feliz. E esse é um jogo que todos nós devemos tentar, pelo menos, jogar (e é super difícil).

E nem tudo é bom na vida de Pat. Seu pai não fala com ele, Nikki não entra em contato, e Pat tem que ir a sessões de terapia toda semana para não voltar para o “lugar ruim”. Esqueci de dizer que Pat só sai da clínica porque sua mãe conseguiu uma ordem judicial. Para compensar, Pat faz exercícios físicos como louco, assiste aos jogos de seu time de futebol americano, os Eagles, e procura ler os livros que Nikki recomendava a seus alunos em seu curso de literatura.

E nessa de fazer exercícios, Pat corre por quilômetros todo dia, e acaba conhecendo Tifanny, uma jovem viúva que também beira a depressão, como ele. E uma estranha amizade começa entre eles. Eles não conversam muito, na verdade Pat acha meio irritante o modo como Tifanny corre com ele, mas entre eles há uma cumplicidade muito grande, que ultrapassa as palavras.

Tifanny perdeu seu marido há uns anos, e depois disso perdeu eu emprego, e agora vive nos fundos da casa dos pais e se dedica a participar de concursos de dança para compensar a falta do marido. Ela usa outras coisas para compensar também, mas não quero falar caso você não tenha visto o filme e nem tenha lido o livro. Tifanny é inteligente e bem direta, fala francamente aquilo que lhe vem à cabeça. E essa personalidade mais aberta complementa perfeitamente o jeito mais soturno de Pat.

Também vale destacar o terapeuta de Pat, Cliff, um indiano fanático pelos Eagles também. E Cliff age mais como amigo de Pat do que como terapeuta, mas sabe exatamente o limite de quando ser o médico e quando ser o amigo. E a mãe de Pat, pequena e mãezona mesmo. Adorei a parte que ela faz greve geral com o marido. E isso resume bem a personagem: ela faz de tudo pela família, mas tem voz própria também, e acaba agindo como elo entre todos.

O livro é escrito em forma mais ou menos de diário, com a narração em primeira pessoa de Pat. É uma leitura leve, os capítulos são curtinhos, e a história é uma delicinha. Só o que enche um pouco a paciência são as inúmeras narrações dos jogos de futebol americano, e para mim, a obsessão de Pat por Nikki (o que na verdade dá para entender), mas nada disso atrapalha a leitura. Li em 3 dias, e isso porque meio que segurei a leitura (e tinha que fazer um lesson plan para o trabalho, e nadar, comer, dormir…). Vale a leitura, Uma ótima lição de otimismo.

Trilha sonora

Fairytales and Castles, Fool, Make me over e Butterfly todas do Lifehouse, e combinam perfeitamente. Total eclipse of the heart. da Bonnie Tyler não poderia ficar de fora (quem leu já sacou. E eu sei que a música é meio brega, mas eu ADORO!). E finalmente Gonna fly now, de Bill Conti, que eu nem gosto, mas quem leu vai entender, e depois, não dá pra não associar essa música com treino e trabalho duro, encaixa direitinho com as sessões suicidas exaustivas de musculação de Pat no porão.

Filme

Faz um tempo que eu vi, mas a adaptação ficou muito boa. Só o final é um pouco diferente, mas no geral, praticamente igual ao livro. E as atuações de Bradley Cooper e Jennifer Lawrence são exemplares (não sei se dignas de Oscar, mas com certeza brilhantes). E ainda tem o Robert de Niro. O que mais você quer?

Se você gostou de O Lado Bom da Vida, pode gostar também de:

  • As Vantagens de ser Invisível – Stephen Chbosky.

4 comentários:

Nadia Viana disse...

Oi, Fê.
Também assisti ao filme e adorei. Vou ler o livro também. Deve ser uma delícia mesmo. E também adoro o Bradley Cooper na capa. :)
Beijos.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Na!

Você vai ler rapidinho. É bem gostosinho mesmo. E o Bradley Copper na capa só deixa o livro ainda mais nham! :D

Beijo!

Jéssica Soares disse...

Oi, Fê! Tudo bem? Eu gostei bastante do livro e do filme também, principalmente do segundo porque este amenizava essa obsessão louca do Pat por Nikki (mesmo compreensível, vamos combinar que é beeem chato né). Não sabia do significado do "silver lining", mas achei incrível, pena que no português não há um equivalente tão bacana assim. De qualquer forma, eu gostei bastante da história, da mensagem que ela traz e até mesmo das descrições dos jogos (encarei isso como uma curiosidade e confesso que fui no youtube procurar a dancinha dos Eagles hehe). Bjs
Jess

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Jess!

Exatamente, a mensagem do livro é ótima. E é verdade, no filme a neura do Pat com a Nikki é bem amenizada. E eu também gostei mais do final do filme, com a competição de dança e tals, achei mais emocionante.

Beijo!