terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tequila vermelha

 

red tequila Jackson 'Tres' Navarre retorna para sua cidade natal dez anos após o assassinato de seu pai. Porém, o caminho para as respostas em San Antonio, Texas, é bem mais difícil do que se pensava. Encontros com a máfia, jogos políticos, corrupção e dramas familiares tentarão desviar Tres da verdade ou matá-lo, o que acontecer primeiro.

Só por ser de Rick Riordan eu já sabia que ia gostar desse livro. E quando vi por R9,90 (que depois acabou saindo de graça, por causa dos pontos do cartão) na Saraiva, eu não pensei duas vezes. Veio para casa. Já aviso para os fãs de Percy Jackson e dos irmãos Kane que Tequila vermelha não tem nada a ver com nenhum deles, a não ser pelo autor.m Este é dirigido ao público mais adulto, mas não deixa de ter o bom-humor que já é marca registrada de Riordan. E, antes que eu me esqueça, ele faz parte de uma coleção (já disse, Rick Riordan vai me levar à falência).

Tequila vermelha conta a história de Tres Navarre, um detetive particular sem licença do Texas, que retorna a sua cidade natal de San Antonio depois que sua ex-namorada entra em contato. Ele tam,bém quer descobrir mais sobre a morte do pai, dez anos antes (época em que ele deixou a cidade). Mas no meio do caminho o que ele encontra mesmo é muita confusão, traições, quase morre algumas vezes e ainda por cima sua namorada (sim, aquela ex) Lillian desaparece.

Acreditando que os dois eventos – a morte do pai e o desaparecimento de Lillian – estão conectados, Tres começa a investigar e remexer em coisas que eram melhor ficar enterradas, e a partir daí, sua vida fica bem complicada. Desde uma prisão até ser atropelado com um Thuderbird, Tres tem sua vida virada de cabeça para baixo. Nada que ele já não esteja acostumado.

Isso porque Tres é o típico anti-herói. Não liga muito para as regras, é impulsivo, cabeça-dura, é viciado em tequila e seus amigos não são exatamente cidadãos exemplares. Tres ainda tem um humor sarcástico e auto-depreciativo bem parecido com Percy. Seus comentários são uma atração à parte. Olha só a observação dele sobre o advogado que sua mãe chama para tirá-lo da cadeia:

“Na segunda cadeira, uma encarnação de 50 anos do boneco Ken, vestido num terno Armani branco” (p 193)

Achei sensacional e imediatamente me lembrei do Ken de Toy Story 3. E Tres é assim mesmo nas situações mais difíceis.

O livro está recheado de personagens curiosas. Fica até difícil destacar os melhores. Um deles é o meio-irmão de Tres, Garret. Ele é mais velho que Tres, paraplégico depois de perder as pernas num acidente com um trem, vive chapado e dirige uma Kombi pintada com figuras de Carmen Miranda e com frutas plásticas no teto. E a Kombi se chama….Carmen Miranda. Ele trabalha como programador, e de vez em quando cria uns programas nada bem intencionados..

Outro personagem interessante é Ralph Arguello, um antigo colega de escola de Tres. Agora ele age como agiota e gângster, mas sempre tem um jeito amigável de “negociar”. Ele é daqueles que consegue ser ameaçador mantendo um constante sorriso no rosto. E uma coisa importante sobre ele: ele tem contatos em todos os lugares e sempre consegue achar informações que mesmo a polícia não consegue. Nada acontece na cidade sem que ele saiba.

Maia Lee é uma amiga de Tres de San Francisco, e também ex-amante. Quando Tres liga pedindo ajuda, ela não hesita em pular num avião e ir atrás dele em San Antonio. Foi ela que ensinou tudo a Tres, e a mulher é astuta, e influente. Como representante de uma importante firma de advocacia de San Francisco, ela conhece muita gente importante, e também não tem muito respeito para as regras, como Tres.

Se você acha que os amigos de Tres são dureza, os inimigos não são florezinhas também. De um lado, os Sheff, família poderosa, cujo filho era noivo de Lillian, um vereador corrupto (grande surpresa), uns policiais igualmente corruptos e um traficante de cocaína que foi preso por seu pai.

Assim como Percy Jackson e as Crônicas Kane, Tequila vermelha também tem um ritmo bem acelerado. Os capítulos são curtos e uma se encaixa no outro, de modo que a gente fica sempre curiosos parta saber o que vai acontecer em seguida. E o final é surpreendente, não dá para prever nada até que o mistério se revele. Tequila vermelha é um thriller alucinante e prende a gente do começo ao fim. Mal posso esperar por mais aventuras de Tres Navarre.

Trilha sonora

Vindicated do Dashboard Confessional é perfeita (e uma nota pessoal: eu amo essa música e o clipe é muito bem feitinho, em quadrinhos)

I am Vindicated, I am selfish
I am wrong, I am right
I swear I'm right
I swear I knew it all along
And I am flawed, but I am cleaning up so well
I am seeing in me now the things you swore you saw yourself

E também How you remind me do Nickelback, Send the pain below do Chevelle e Painted on my heart do Cult.

Se você gostou de Tequila vermelha, pode gostar também de:

  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • As Crônicas Kane – Rick Riordan;
  • Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • trilogia Força Sigma – James Rollings

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