Nora deveria saber que sua vida estava longe de ser perfeita. Apesar de começar uma relação com seu anjo da guarda, Patch (quem, título à parte, pode ser descrito como qualquer coisa, menos angelical), e sobreviver a um atentado a sua vida, as coisas não parecem melhorar. Patch está começando a se afastar e Nora não consegue descobrir se é para o seu próprio bem ou se o seu interesse voltou-se para sua arqui-inimiga, Marcie Millar. Sem contar que Nora é assombrada por imagens de seu pai e ela fica obcecada querendo descobrir o que realmente aconteceu com ele naquela noite em que ele partiu para Portland e nunca voltou para casa. Quanto mais Nora se aprofunda no mistério da morte de seu pai, mais ela começa a se perguntar se sua ascendência nefilim tem algo a ver com isso, assim como o por quê de ela estar em perigo com mais freqüência do que as garotas normais. Já que Patch não está respondendo suas perguntas e parece estar atrapalhando, ela tem que começar a procurar as respostas por si só. Confiar demais no fato de que ela tem um anjo da guarda põe Nora em perigo de novo e de novo. Mas ela pode mesmo contar com Patch ou ele está escondendo segredos mais obscuros do que ela pode imaginar?
Como eu disse no final da resenha de Sussurro, eu logo mergulhei na leitura de Crescendo. E só demorei mais para ler porque minhas férias acabaram oficialmente essa semana (quer dizer: voltei ao trabalho, e estou trabalhando mais que semestre passado). E adorei. Como eu disse antes, eu comecei a ler Sussurro sem muitas expectativas, e nem achava muita coisa no começo, mas aos poucos a história de Nora e Patch foi me envolvendo.
E, a maldição do segundo livro está à solta: para variar, Patch e Nora se separam neste. E de novo eu me pergunto: por que é sempre no segundo? A diferença aqui é que, em vez de o cara se afastar, quem termina tudo é Nora. Ela tem lá seus motivos, e pode acreditar, eles são tanto nobres como também uma baita prova de amor. Ela está disposta a abrir mão da sua felicidade para salvar Patch.
“Estar perto de você, da forma que for, é melhor que nada. Não vou perdê-la. (…) mas já caí uma vez. Se eu der aos arcanjos motivos para imaginarem que estou apaixonado por você, eles vão me mandar para o inferno. Para sempre.” (p.43)
Mas ela não fica se lamentando. Ela sofre, claro, ainda mais quando vê que Patch começa a se interessar por ninguém menos que Marcie Millar, sua arqui-inimiga na escola. Não bastasse isso, a garota tem fama de fácil, o que deixa Nora ainda mais ciumenta. Em sua cabeça, Patch está fazendo tudo e mais um pouco com Marcie, e cá para nós, quem pode culpá-la?
Mas, por outro lado, ela também conhece Scott, na verdade um antigo amigo de infância, mas que ela, por bons motivos, tinha bloqueado da memória. Scott, agora um gato, claro, chama a atenção de Nora. E o fato de o cara só irritar (acredite, ele é realmente um pé), a atração é inegável. Só que Scott não está em Coldwater à toa. Ele tem um passado misterioso, e na verdade o cara não é lá muito estável. O mais engraçado sobre Scott é na verdade sua mãe. A mulher é completamente sem noção. Para ela o filho é a maior maravilha do mundo, mas não faz a menor ideia de que o garoto é na verdade um completo demente. Mas ele vai ter papel fundamental no final, e espero que ele retorne no próximo livro.
Voltando a Patch, Nora ainda descobre que ele esconde mais coisas dela, coisas que afastariam Nora dele, e das quais ele não se orgulha. Ou pelo menos se arrepende profundamente.Ele até tenta se explicar para Nora, mas ela não dá chance. E, mesmo afastado dela, ele não deixa de lado seu novo papel de anjo da guarda. Está sempre por perto. Infelizmente com Marcie.
Mas há um motivo que o leva exatamente para Marcie. Não vou dar spoiler, mas é uma revelação bombástica, que com certeza vai mudar a direção da história. Marcie, por sua vez, aparece mais neste livro. Acho que nem cheguei a mencioná-la na resenha de Sussurro, porque ela até então me parecia irrelevante. Mas agora, com mais destaque, vejo que ela é simplesmente detestável. Ela tem motivos para destratar Nora, mas não deixa de ser horrível do mesmo jeito. É infantil e mesquinha, mas acho que ainda vamos ver mais dela no próximo livro.
Em meio a isso tudo, a guerra dos nefilins com os anjos caídos continua, e ganha um capítulo mais assustador, com a revelação da sociedade secreta criada por Chauncey, a Mão Negra. E Nora descobre que eles tem relação com a morte do pai, que começa a aparecer para ela. Como se a vida de Nora já não fosse complicada o bastante.
Quem também ganha mais destaque neste é Vee. Ela subiu um pouquinho no meu conceito, mas não muito. Continua folgada e muito sem noção. A garota tem a mania irritante de impor o que quer para Nora, e parece que tem prazer em fazer a amiga passar vergonha. O que quero dizer com isso é que Vee fala o que vem à cabeça sem a menor consideração para os sentimentos de Nora, ou sem se importar em humilhar aquela que supostamente é sua melhor amiga.
Mais ação e mais emoções se misturam neste livro. Raiva, ciúme, traição, decepção, paixão, desilusão, tudo isso se mistura em Crescendo. Achei melhor que Sussurro, e a mistura também de tramas paralelas deixa a história mais intrigante. E já aviso que o final dá vontade de matar Becca Fitzpatrick. Acaba (não se preocupem, não vou dizer como) bem no meio de uma cena emocionante. O terceiro, Silence, já está em pré-venda nos Estados Unidos, mas pelo visto ainda vai demorar um pouquinho para chegar por aqui. Só nos resta mesmo esperar (tanto faz se você lê em inglês ou não).
Trilha sonora
No sign of pain, de Azure Ray, é ótima, e bate direitinho com Patch, pelo menos. Mais uma vez Enjoy the silence, do Depeche Mode (Mike Shinoda mix). Ainda Your guardian angel, do Red Jumpsuit Apparatus, All about us, das TATU (em mais um vídeo fan made, inspirado em Vampire Academy), Wrecking ball, do meu querido Lifehouse, Vulnerable, do Roxette e Heavy in your arms, do Florence and the Machine. E, de novo, para quem quiser, no site oficial dos fãs da série, tem uma playlist para Crescendo, como eu já havia falado no post sobre Sussurro. É só acessar Fallen Archangel playlists para conferir. Mas aí vão as minhas preferidas da lista: Pain, do Three Days Grace (essa mais uma vez é o tema de Patch), Fighting, do Yellowcard, Haunted, da Kelly Clarkson e Hear me out, de Frou Frou.
Se você gostou de Crescendo, pode gostar também de:
- série Fallen – Lauren Kate;
- série Vampire Academy – Richelle Mead;
- saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
- série Os Imortais – Alyson Nöel;
- The Vampire Diaries – L. J. Smith;
- série House of Night – P.C. e Kristin Cast;
- A batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr
Um comentário:
Feeee... eu ADORO suas visitas e seus comentários... vc definiu perceitamente oq eu nãoe stava conseguindo definir... Crônicas do Gelo e Fogo é uma fantasia que PARECE verdade...
Sabe... queria que cv morasse aqui em Tatuí, assim ia ter alguém para conversar por horas e horas sobre livros heheheheh...
Estou terminadno Azincourt... uns 3 dias e começo Guerras do Trono...
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