sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bon Jovi

 

A primeira banda de rock que eu aprendi a gostar, há bastante tempo, foi o Bon Jovi (e ai de quem falar que não é rock. Se não for é o quê? Rap? Please!). Foi na época que ele lançou Keep the faith. Eu adorava a música, e pedi o CD de aniversário, e, o resultado disso é uma paixão que já dura uns bons anos. Então não é de surpreender ninguém que, quando foi confirmado (sim, porque antes disso houveram muitos boatos, todos infundados) que eles viriam para o Brasil na turnê The Circle, eu precisava ir ao show. E, dia 06 de outubro finalmente chegou e uma espera de 15 anos chegou ao fim. Pude matar a vontade de ver minha banda favorita (é, eu tenho várias) no palco mais uma vez. Sim, porque eu fui também 15 anos atrás.

Aquele show foi ótimo. Nem a chuva que começou 10 minutos antes do show começar, e acabou junto com o show, estragou a festa. Saí molhada, com frio, mas feliz da vida. Não lembro a data exata, mas foi mais ou menos nesta mesma época, e eu já tinha ficado extremamente contente porque ele cantou Blood on blood, que eu não imaginava que ele fosse fazer naquela época. Mas tenho que dizer que esse show não foi nada em comparação com as três horas de puro deleite deste último. Talvez minha ânsia de ver toda a energia (sem falar na beleza) de Jon e sua turma no palco esteja influenciando meu julgamento, mas não há outro jeito de descrever o show: perfeição. Tudo conspirou a favor: uma noite nem quente nem fria em São Paulo, no melhor estádio do mundo, e não tive que suportar a tortura do Fresno (tive que trabalhar e cheguei mais tarde. Graças a Deus, não perdi um minuto sequer do tão esperado show). Nem o fato de o show ser no meio da semana (de quem foi a idéia idiota de uma quarta-feira?), ou de eu ter uma prova de Clássicos no dia seguinte às 8 da manhã (que eu fui fazer, e fui bem por sinal) foram suficientes para estragar a festa. Então, sem mais delongas (apesar de eu já ter enrolado um bocado), vamos ao show em si.

Se eu fiquei surpresa por ele ter tocado Blood on Blood 15 anos atrás, imaginem o meu estado quando ele abriu com esta música. Tem razão de ser: ela é a preferida de Jon (nada de surpresa aí. Ela é bem pessoal, auto-biográfica). E também é uma das minhas preferidas (apesar de eu não ter uma preferida do Bon Jovi. Eu sei quais eu não gosto, mas amo muitas músicas igualmente, não consigo separar uma só). A magia tinha começado. Alegria sem fim.

Bon Jovi 1

Depois veio uma do The Circle, We weren’t meant to follow, que eu gosto muito também.  Mas pegou fogo mesmo na terceira: You give love a bad name. Aí o Morumbi veio abaixo, o público cantando cada verso com vontade. E, para incendiar ainda mais na sequência veio outro hit arrebatador: Na na na na na … Born to be my baby, claro. E eu nem errei a letra (como eu geralmente faço). Pronto, eu já estava no céu. Mas era só o começo de uma noite que eu vou lembrar para sempre.

Depois veio Lost Highway, seguida por mais uma do CD novo, Superman tonight, que eu adoro, com direito a imagens do clipe no telão. Mas meu queixo caiu mesmo com a próxima: In these arms, mais uma das minhas preferidas que ele não tocou em 95, para meu grande desapontamento. Quando os primeiros acordes começaram, eu não conseguia acreditar: eu ia ver In these arms ao vivo. Agradeci aos céus. Pedi muito para ele tocar esta música, e fui atendida.

A seguir veio Captain Crash and the beauty queen from Mars, uma das que eu mais gosto do Crush. E mais uma do The Circle: When we were beautiful (Jon honey you still are!), trilha do documentário sobre a turnê Lost Highway de 2008. E uma das melhores do CD (apesar de eu gostar muito de todas).

E aí sim, fomos surpreendidos novamente: Runaway, o primeiro single do Bon Jovi, de 1982, quando eu ainda nem sabia o que era Bon Jovi. Ele não consegue mais fazer os agudos do final, mas foi demais do mesmo jeito. A seguir We got it going on, seguida por mais um hit arrasa-quarteirão: It’s my life. De novo o povo foi à loucura.

Depois, o tradicional Is there a doctor in the house? anunciava Bad Medicine, entremeada com dois covers: Pretty woman e Shout (do filme Penetras bons de bico). A galera respondeu à altura nos hey hey hey desta última.

Após tudo isso, Jon passa o microfone para Ritchie, que anuncia que não era domingo, mas iria nos levar para a igreja. Ainda bem que ele se referia a Lay your hands on me, que, claro, ele cantou muitíssimo bem. Jon retorna, de camisa azul, que caía perfeitamente (mas como fui lembrada por minha irmã e minha amiga Mari, de qualquer coisa cai bem nele: com camisa, sem camisa…). Baladona: Always, que o público berrou cada verso do refrão.

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Aí, Jon pergunta se lembramos de Blaze of Glory. Claro meu querido. Com seu violão, lá vai ele lembrando a trilha de Jovens demais para morrer (eu preferia Miracle, mas não posso reclamar). E aí, mais uma de arrasar: I’ll be there for you, e Jon deixou a plateia cantar o refrão e os oh oh oh uma meia dúzia de vezes.

Uma carinha alegre no telão anunciava: Have a nice day! Eu eu estava tendo, junto com as 70 mil pessoas presentes no estádio. Mais uma surpresa: I’ll sleep when I’m dead. Delícia de música, e, já deu pra perceber, mais uma das minhas preferidas (viu só porque eu não consigo isolar uma só?). Aí, de volta ao novo álbum, pela última vez: Work for the working man. Depois Who says you can’t go home, seguida de Keep the faith, pra encerrar a primeira parte com chave de ouro.

Claro que Jon se despediu do público aqui, mas as luzes não se acenderam e, como de costume, sempre tem uns tontos que saem do show nesse hora. Ele voltou ao palco, e lá vem gente voltando correndo. Hello! Nunca foram em show não? E quem saiu mesmo nessa hora perdeu o bis, que foi também muito bom.

Ele voltou, vestindo uma camiseta vermelha sem mangas (be still my heart!) com outra surpresinha para nós: These days, minha preferida do álbum, e que eu não sabia que ele ia tocar. Tudo bem, saiu um playlist antes que dizia que ele tocaria These days no bis, mas até que aconteça no palco, podia não ter tocado, então, foi com muita alegria que eu recebi essa surpresa.

Bon Jovi 3

Logo depois, veio Wanted dead or alive. E senti falta de Jon falando “This is for the cowboys out there”, como de costume. E Ritchie também não estava, como sempre nessa música, com o sobretudo. Tudo bem, não tava frio, mas é como marca registrada.

E, como se não fosse suficiente, mais uma surpresa: Someday I’ll be Saturday night, agitando a galera. E de novo, mais uma das minhas preferidas. Eu adoro o refrão dessa música;

Hey, man I’m alive
And I’m taking each day and night at a time
I’m feeling like Monday
But someday I’ll be Saturday night

Pena que não era Saturday night, mas bem que parecia.

Claro que a banda não podia deixar o palco sem tocar esta próxima música. Estou falando, claro, de Living on a prayer. Jon começou o refrão antes, deixando o público cantar sozinho, e todo mundo mandou ver. Até adiantado, fazendo com que ele pedisse para esperar. Acabou, nova despedida, abraços no palco, e Jon e Ritchie como que paralisados, estupefatos, com a reação do público. E, ao invés de sair do palco, a banda fez uma rodinha, para discutir alguma coisa. Alguns minutos depois, a última surpresa, que parecia que foi bolada especialmente para nós: Bed of roses. E, pela reação da banda antes de tocar, acho que foi mesmo decidido ali, naquela hora. E assim, Bon Jovi fechou com chave de ouro o show, que foi, repito, simplesmente perfeito.

Jon parecia extremamente feliz de estar ali, naquele palco, naquela noite. Acho que ele não esperava tamanha reação. Aliás, tenho certeza disso, porque ele mesmo falou: “It’s been a long long time since we’ve been here”. O público, claro, afirmou, ao que ele completa, para Ritchie: “Judging by the reaction, we should have come back a long time ago. We should have come back every year”. Deveriam mesmo. E tomara que não demore mais 15 anos para isso acontecer.

Como todo fã ardoroso, claro que eu queria mais. Queria ver Dry County, Never say goodbye, Fields of fire, I believe, Hey God (que eu adoro gritar a plenos pulmões), In and out of love, Something to believe in, Love me back to life, Everyday…Mas se tocassem todas as que eu acho que deveriam, amanhecia o dia e o show não tinha acabado. Infelizmente, all good things must come to an end. E eu não posso reclamar, afinal foram 3 horas de show. O que mais eu queria?

Como se tudo isso não fosse suficiente, qual não foi minha satisfação ao chagar no estádio, claro, antes do show começar, e escuto Spin, de ninguém menos Lifehouse (que todo mundo já sabe ser uma das minhas bandas favoritas) tocando no alto-falante! E depois, o DJ ainda tocou Dance dance, do Fall Out Boy, Over my head, do The Fray, Everything you want, do Vertical Horizon e Come along (que eu não lembro a banda e não consigo achar para baixar). Foi a cereja do bolo!

Aliás, falando em bolo, dia 07 de outubro é aniversário do tico Torres, o baterista do BJ. Jon anunciou pra plateia e puxou o Happy Birthday, que foi cantado por todo mundo. Aposto que foi o melhor presente de aniversário de Tico.

Só uma coisa estragou essa noite maravilhosa: o preço pra lá de abusivo do estacionamento no Shopping Butantã. Eu frequento esse shopping quase todo dia, e o estacionamento não é pago (graças a Deus), mas quando tem jogo no Morumbi, eles cobram. Quando fui assistir São Paulo e Fluminense dois anos atrás, já custou mais caro: R$ 50,00. Eu achava que seria mais ou menos o mesmo preço, que já é absurdo. Qual não foi a minha surpresa quando vejo R$ 100,00! É isso mesmo, você viu certo! Reclamei, claro, afinal, o estacionamento foi mais caro que o meu ingresso! Mas o que eu ia fazer? Deixar na rua é que não. E, na hora que eu cheguei, depois de trabalhar até 18:30, todos os estacionamentos em volta do estádio deviam estar lotados. Hell, no Butantã tava quase lotado! Fica aqui meu desabafo.

Só me resta uma coisa: bom show pra você que vai no Rio! Eu queria muito ir de novo!

Ah! E um doce pra quem adivinhar o que eu estou escutando enquanto escrevo! Bon Jovi, claro, o CD Lost highway, seguido de These days. E mais algumas, como When we were beautiful e Superman tonight no you tube (o CD está no carro e eu estou com preguiça de pegar).

Um comentário:

Dyana Colares disse...

Também fui ao show do Bon Jovi no Morumbi! AMEI DEMAAAAIS! Foi muito legal verem todos indo à loucuura com os sucessos! ;D