quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O Último Olimpiano

 

Último Olipiano Um meio-sangue, dos deuses antigos filho,
Chegará aos dezesseis apesar de empecilhos
Num sono sem fim o mundo estará
E a alma do herói, a lâmina maldita ceifará
Uma escolha seus dias vai encerrar
O Olimpo preservar ou arrasar

Os meios-sangues passaram o ano inteiro preparando-se para a batalha contra os titãs, e sabem que as chances de vitória são pequenas. O exército de Cronos está mais poderoso que nunca, e cada novo deus ou semideus que se une à causa confere mais força ao vingativo titã.

Enquanto os olimpianos se ocupam de conter a fúria do monstro Tifão, Cronos avança em direção à cidade de Nova York, onde o Monte Olimpo está precariamente vigiado. Agora, apenas Percy Jackson e seu exército de heróis podem deter o Senhor do Tempo.

Neste aguardado desfecho da série, o combate que pode acarretar o fim da civilização ocidental ganha as ruas de Manhattan, e Percy tem a terrível sensação de que sua luta, na verdade, é contra o próprio destino. Revelada a sinistra profecia acerca do décimo sexto aniversário do herói, ele enfim encontra seu verdadeiro caminho.

Agora é guerra! O livro praticamente todo é batalha atrás de batalha, mas isso em nada tira a delícia que é ler. Aliás, depois de A Maldição do Titã, esse é provavelmente o meu preferido. Mas, como aconteceu com As Relíquias da Morte, também deixa o coração apertadinho pelo fato de a gente saber que é o último. E quando acaba, fica aquele gostinho de quero mais. Mas não percam as esperanças! Deixem ela bem protegida na Caixa de Pandora, porque Rick Riordan ainda dá um ganchinho para um próximo livro sobre os Olimpianos, talvez não com Percy (se bem que eu gostaria muito de ler mais algumas aventuras dele), mas quem sabe outro herói.

Como em Relíquias, podem esperar várias baixas neste livro, embora não tantas (Rowling fez um verdadeiro banho de sangue no último Harry. Mas falo dele mais tarde. Vou reler o livro mais perto do filme, até pra poder meter o pau no filme –porque com certeza eu vou me decepcionar- com autoridade). Mas algumas são de partir o coração (não vou falar quais pra manter o suspense).

Percy está mais destemido neste último livro, assumindo riscos maiores, mas também está mais determinado do que nunca a destruir Cronos (em termos, já que Cronos é um titã e não pode ser totalmente destruído) e a salvar o mundo. Como todo nova-iorquino, Percy se vê pessoalmente ofendido quando o titã resolve acabar com NYC (se você acha que eu estou inventando isso, lembre-se da cena de Spider-man quando o Duende verde ataca Spidey na ponte. O que o povo faz com o verdinho? Apedreja. Nova-iorquinos são assim mesmo). E isso desperta nele uma raiva imensa, que acaba influenciando muitos de seus atos.

Por outro lado, Percy também está mais maduro, mas não perde o senso de humor sarcástico (delícia!) e nem a impulsividade que são tão característicos dele. E, para meu absoluto deleite, continua tapado pacas no que diz respeito a garotas (me rendeu muitas risadas!). Mas (cuidado! Spoiler!), ele aprende mais rápido que Harry, por exemplo.

Annabeth continua sabichona, mas também está mais briguenta, no sentido que já não pensa muito antes de agir (claro que ela avalia todas as possibilidades, afinal é filha de Atena, mas não perde muito tempo fazendo isso). E Grover já não está tão medroso. Pena que ele não apareça muito. E Tyson cresceu (digamos que ele agora e um ciclope adolescente) e prova que é mesmo irmão de Percy e filho de Poseidon.

E Nico di Angelo também tem participação maior.E ele se revela um personagem ótimo. Não dá pra saber o que ele pensa, ou o que quer, até o final. Fiquei o tempo todo me perguntando qual era a dele. Às vezes achava que ele estava realmente ajudando Percy, às vezes achava o contrário. O que ele realmente é, claro que não vou contar.

Como também não vou contar o que Rachel é. Que ela não é uma humana normal, isso quem leu os outros sabe. Mas como ela se encaixa no mundo dos semideuses, isso não digo. Mas ela tem papel fundamental na história. E, como bônus, rola uma ceninha de ciúme entre ela e Annabeth.

Os deuses também não aparecem muito, mas os que aparecem deixam sua marca. Para alegria de muita gente (inclusive a minha), Hades volta, e até mostra que, para o deus dos mortos, e bem coração-mole. Sua mulher, Perséfone, também aparece, junto com sua mãe, Deméter, o que dá bons momentos, com ela implicando com Hades, como toda sogra (só uma sogra-deusa mesmo pra chamar Hades de traste). Pena que Ares não dê muito as caras, mas quando finalmente aparece, mostra um lado seu que acho que ninguém suspeitava. Mas senti falta dele chamando Percy de pivete.

Novamente, tudo se passa rápido, o livro todo acontece no período de uma semana, mas parece que se passa mais tempo. E o ritmo acelerado faz com que a gente leia mais rápido ainda. Eu li em três dias. E teria lido mais rápido, mas eu tenho outras coisas pra fazer. E já deixou saudade.

Trilha sonora

Para embalar o fim do mundo, só com It’s the end of the world as we know it, do REM (aliás, que me perdoem quem gosta deles, mas uma das poucas musicas boas deles). Também Stand my ground, What have you done,  ambas do Within Temptation, e Invincible do Muse (não, não gosto do Muse só porque a Stephanie Meyer gosta. Mas os caras tem musicas boas. No mínimo, ela tem bom gosto). Outra música que cai bem é The awakening, do Switchfoot. E para fechar com chave de ouro, uma banda que, apesar de ser minha favorita, eu ainda não tinha usado como trilha Lifehouse, claro. E a música é Blind.

Curiosidade

Tifão era o deus grego responsável pelos ventos fortes e violentos. Era filho de Gaia e Tártaro. Junto com a esposa, Equidna, foi pai de vários monstros, como a Hidra de Lerna (que aparece no filme O ladrão de raios), o Leão de Neméia e Cérbero (aquele cachorro gigante de três cabeças que guarda os portões do Inferno. Alguém aí lembrou do Fofo, o simpático cãozinho de estimação de Hagrid?) e também da Quimera. Para vingar a mãe, Tifão entra em guerra com os deuses, que, temerosos, fogem para o Egito, transformados em animais (por isso, segundo os gregos, os deuses egípcios são metade homens, metade animais). De lá, Zeus ataca Tifão com seus raios. Mas Tifão havia chamado vários dragões para ajudá-lo, e acaba vencendo Zeus, que perde sues raios e é desmembrado por Tifão. Zeus então convence Cadmo (alguns dizem que foi Hermes) a disfarçar-se de pastor e cantar uma música para atrair Tifão, que se aproxima. Zeus então faz descer uma nuvem para se esconder, e, com a distração de Tifão, recupera os raios e os membros. Tifão percebe por fim, e foge para a Sicília, onde é finalmente derrotado por Zeus. E como reconpensa pela ajuda, Zeus dá Harmonia como esposa para Cadmo. (fonte:Tifão)

Se você gostou de O último Olimpiano, pode gostar também de:

  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling
  • coleção da Herança – Christopher Paolini

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