sexta-feira, 25 de junho de 2010

Eu e minha dona – parte 5

 

Kira O quê? Hã, o quê está acontecendo? Ah, é para contar minha história? Então tá. Acho que dá para fazer isso. Me chamo Kira, e, acredite, apesar de parecer um trapo velho, sou uma gata. Sei que não sou muito fotogênica, mas minhas donas me acham linda. E acho que elas não mentiriam para mim. Tenho até raça e pedigree! Sou persa, e muuuuuito tranquila.

Nasci em 2001, e nem sempre vivi aqui. Acontece que minha ex-dona, a Bel, criava gato persa, e eu era uma delas. Era para eu ter filhotinhos para ela vender, o que não me incomodava. O problema, reconheço, é que não era uma mãe muito boa. Vou poupar os detalhes, mas digo que ser mãe, amamentar, etc, não era muito a minha praia (até eu conhecer meu filhote Tito, mas isso foi muuuuito depois). Então, fui castrada (que alívio. Não tinha problema dar as crias, mas o cio…Que incômodo!), e fiquei por lá, na clínica da Bel. E até levava uma vida boa. Tinha uma porção de amigos comigo. Mas, a Bel teve que mudar para a Malásia, e como ela é amiga da Fê, que sempre quis um gato persa, ela não teve dúvidas em me dar uma nova dona.

No começo eu estranhei. Em primeiro lugar, estava acostumada com uma sala com os meus amigos, e quando cheguei aqui, vi que tinha uma casa enorme para eu explorar. E mais amigos, que eu não conhecia. Tinha um pouco de medo de sair andando pela casa. Mas não demorou para eu me acostumar. E logo de cara gostei da Honey e da mãe dela, a Sheyna. As duas foram muito simpáticas comigo. Na época, tinha uma amiguinha gatinha, a Linnel, que não quis muita amizade, mas também não me hostilizava. Vivíamos em paz. Uma vez, eu me empolguei e saí para passear, mas não sabia como voltar. Dei um baita susto nas minhas donas. Fiquei longe de casa por cinco dias, até a Linnel me achar e me trazer de volta. Nunca mais saí de casa. Mas um dia, a Linnel se machucou feio, e não aguentou. Mas eu tenho certeza que ela está lá no céu, com a Sheyna, brincando bastante.

Fiquei só com a Sheyna e a Honey por um tempo, até que a Fê teve que fechar o pet e trouxe a Sara, a Sophia e o Murruga. Até tentei fazer amizade com as gatas, mas não deu certo. Só com o Murruga eu me entendi. Mas isso já faz tempo, e agora ele deu para me perseguir pela casa. Me dá cada susto! Mas tudo bem, vida em família é assim mesmo.

Mas a minha paixão é mesmo meu filhote Tito. Finalmente o instinto maternal bateu, e acabei adotando ele. Eu adoro meu filhote, e dou vários beijos nele. Ele fica todo feliz! E, tenho que contar um segredo: ele morre de ciúme,e de mim! Não pode ver ninguém mexendo comigo que logo se mete no meio. Mas eu não ligo. Afinal, é meu filhote.

Levo uma vida muito pacata. Passeio um pouquinho no telhado (sem sair de casa), relaxo na cozinha, na pia (é que sinto muito calor, e a pia é fresquinha) ou em cima do fogão (que tem tampo de vidro. É tão refrescante!), mimo um pouco meu filhote, deito com as minhas donas para ver TV (na verdade, eu durmo no colo delas). Eu adoro colo! E ronrono bastante! Minhas donas até falam que quando eu e o Tito ronronamos, é uma sinfonia de ronrom! Só não gosto muito que me penteiem. Nas costas até é gostoso e relaxante, mas na barriga… Ai dá até arrepio só de pensar! Pior que isso, só banho. Se bem que eu fico um charme de lacinhos e brinquinhos!

Bem, vou terminando por aqui, que está dando um sonin… (RRRRRRR).

Um comentário:

Fefa Rodrigues disse...

Ahhhhh!!! Vc tem um filhote do Banguela na sua casa!!!!!!