domingo, 14 de julho de 2013

Assassin´s Creed: Renascença – Oliver Bowden

 

assassin´s creedTraído pelas famílias que governam as cidades-estado italianas, um jovem embarca em uma jornada épica em busca de vingança. Para erradicar a corrupção e restaurar a honra de sua família, ele irá aprender a Arte dos Assassinos. Ao longo do caminho, Ezio terá de contar com a sabedoria de grandes mentores, como Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel, sabendo que sua sobrevivência depende inteiramente de sua perícia e habilidade. Para os seus aliados, ele será uma força para trazer a mudança lutando pela liberdade e pela justiça. Para os seus inimigos, ele será uma ameaça que procura destruir os tiranos que oprimem o povo da Itália. Assim começa uma épica história de poder, vingança e conspiração.

Confesso que não jogo o videogame, até porque nem tenho, mas a trama, envolvendo Idade Média e alguns personagens históricos, além da capa, que convenhamos, é bem legal, me chamava a atenção. E a história é mesmo legal, interessante. Mas não me cativou tanto, nem vou ler as continuações. Talvez exatamente porque não jogue.

Ezio, um jovem de 17 anos, agitado e não se dá muito bem com regras. Ele vive em Florença com sua família. E é uma vida muito boa, já que seu pai é banqueiro e um dos homens mais ricos e poderosos da cidade. Claro que com isso vem inimigos, no caos os Pazzi. A cidade, aliás, é dividida por essa rixa entre as duas famílias, os Pazzi e os Auditore. Mesmo nessa idade, Ezio é um bom lutador, e volta e meia compra briga com os Pazzi.

E essa briga, entremeada de conspirações e traições, acaba culminando com a morte do pai e dos irmãos de Ezio, que assiste tudo. Assim, depois de se assegurar da segurança da irmã e da mãe, ele parte para a vingança, deixando para trás além das duas, a namorada e seu grande amor, Cristina. Isso porque assim que decide isso, ele recebe ajuda de seu tio, Marco, e descobre que seu destino é mesmo maior que ficar em Florença e continuar no negócio da família. Até porque agora ele é procurado como traidor.

Assim que se encontra a salvo na propriedade de seu tio, Ezio descobre que na realidade ele faz parte, ou irá fazer, de um grupo de Credo de Assassinos, e precisa treinar para desbaratar não só a traição que matou seu pai e seus irmãos, mas muito mais. Porque a morte de seus parentes é só parte do que o grupo rival, os Templários, que é comandada por ninguém menos que Rodrigo Bórgia, e que acima de tudo, procura poder, e não o conhecimento e o bem maior da humanidade.

Durante seu treinamento, ele acaba descobrindo folhas de pergaminho deixadas em vários lugares, e que juntas formam um mapa, e há desenhos intrincados nelas, que são na verdade projetos de armas letais. Como Ezio não sabe decifrá-los, ele os leva para um amigo, simplesmente Leonardo da Vinci, aqui um jovem de uns 25 anos (no começo), inventivo, curioso e muito bem humorado. E aqui vai uma criticazinha. Essa parte da história é muito parecida com Da Vinci´s Demons, uma série muito boa que estreou esse ano. Aliás, a trama é quase igual, e até envolve muitos dos mesmos personagens, como Lorenzo Medici e Girolamo Riario. Medici, aliás, é um grande amigo da família de Ezio, e acaba ajudando o rapaz a fugir de Florença.

O livro é cheio de ação e muitas lutas, mas a escrita não é lá essas coisas. A ambientação poderia ser melhor. Eu vi por aí que ele é o roteiro do jogo, e como eu não jogo, talvez por isso não tenha me animado mais com o livro. Há também muitos personagens, mas eles não são muito bem desenvolvidos, com exceção de Ezio, que tem o foco principal. Outra coisa que me incomodou foi que o livro faz uns saltos temporais enormes, de um capítulo para outro, mas a linha da história é a mesma, então não há uma evolução legal dos personagens. Eles são sempre os mesmos, muito lineares e sem profundidade. Nada contra a narrativa ser baseada em videogame (eu não jogo não porque não goste, mas porque não tenho. Gostaria de ter, acredite. O console é até que razoável, mas os preços dos jogos é proibitivo), mas me parece que o autor poderia ter extrapolado os limites do jogo, até porque no livro ele pode fazer isso.Ele tem vpários elementos pra fazer a história interessante, mas não soube desenvolver bem.

Nem tudo é ruim. A história é legal, e há um mistério que até prende um pouco. Poderia ser melhor trabalhado, mas desperta a curiosidade. E a presença dos personagens históricos reais é o mais legal. Eu ficava toda hora imaginando Os Bórgias e Da Vinci´s Demons (aliás, adivinha se eu não imaginava o cara que faz o Leonardo, Tom Riley, lindo e com um sotaque inglês delicioso toda vez que o Da Vinci aparecia neste?), duas séries muito boas e que eu adoro (preciso terminar de ver, mas pelo pouco que vi das duas, já gostei). Se você gosta do jogo, provavelmente vai gostar do livro. Mas eu fico por aqui mesmo, não vou nem atrás dos outros. E, perdoem-me, mas nem tenho sugestões de livros similares para dar a vocês, não consigo pensar em nenhum. Também não vou falar das personagens reais, como faço normalmente como curiosidade, porque são muitas.

Trilha sonora

Stand my ground e What have you done do Within Temptation batem com a história.

7 comentários:

Nadia Viana disse...

Oi, Fê.
Eu não me animei a ler esse livro, agora fiquei menos animada ainda hehe. Acho que deve ser uma boa pra quem joga. Fora isso, sei lá, não chama atenção.

Beijos.

Ná.

Vitor disse...

Fernanda, eu quero muito ler os livros, eu já joguei o Assassin's Creed 2 e o Revelations, e gostei da história, tem muita coisa no Revelations que deixa conclui no 2, acho que vale a pena você continuar lendo, mas cada um tem uma opinião, então...
Abraços,
Vitor

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi gente!

Na, eu via muito gente lendo, a capa é bemlegal e a sinopse parecia interessanrte, e tem tudo pra ser uma boa história, mas foi muito mal desenvolvida, infelizmente. Não sei se o autor tem obrigação contratual a se prender ao roteiro do jogo, mas poderia ter explorado melhor o universo e os personagens.

Vitor, como você joga, pra você pode ser mais legal do que eu achei.

Beijos!

Jéssica Soares disse...

Oi, Fernanda! Então, eu gosto dos jogos de Assassin´s Creed, sempre que dá para ir na casa dos meus primos só dá eu na frente da televisão jogando haha Mas ainda assim, eu nunca joguei muito a franquia a ponto de ficar realmente viciada e, de fato, por conhecer a trama dos jogos superficialmente, acredito que ela não daria um livro tão envolvente como são os games.
É como você disse, acho que quanto mais uma pessoa conhece a série, mais ela irá se interessar pelo livro. Apesar de muitas críticas negativas eu o dei de presente a um amigo fã de AC e eles gostou demais. De qualquer forma, qualquer narrativa que não é muito bem ambientada e não dá profundidade aos personagens, eu acabo rejeitando, acho que nem irei ler o livro... Beijos!
Jéssica

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Jéssica!

Aí é que está, eu acho que se o autor quisesse poderia escrever um livro muito bacana, mas não soube desenvolver (ou não pode por motivos contratuais, vai saber?). E que poderia atrair pessoas que não jogam o game. Eu por exemplo adoro filmes baseados em histórias em quadrinhos, e não leio quadrinhos. Claro que depende do filme, e do tratamento dado. Acho que aqui seria a mesma coisa.

Beijos!

Washington R disse...

Realmente o Livro deve ser melhor para quem já jogou o Assassin's Creed 2.
Eu jogo a serie porem ainda não li os livros, mas tenho um amigo que esta lendo, e ele disse que é bem legal.

Como sou fã da serie é obrigatório que eu leia rs. Ainda mais esse que mostra a cara do Ezio mulherengo.

Ótimo Post.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Washington!

Realmente, só pra quem joga. O que eu acho uma pena, porque ele tem tudo pra ser um livro bem legal, e que poderia ser melhor desenvolvido, atraindo até quem não joga. Meu problema não é pelo fato de ser de videogame, mas por não ser bem desenvolvido.

Beijos!