ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU OS LIVROS!
Continuando o post, que ficou enorme, depois de deixar Bran e cia, Sam chega a Castle Black e vai direto falar com Maester Aemon. E logo quer se explicar, pois sabe que chegar em Castle Black com Gilly parece no mínimo suspeito. Gilly tenta ajudar, mas o velhote é cego, mas perspicaz como ninguém. Que bonitinho ele falando que ela tem nome de flor! (só para constar, o nome que deram em português para ela, Goiva não tem nada a ver com isso. significa formão para esculpir madeira, ou num regionalismo, leito profundo e estreito de uma corrente. Fonte: Goiva – definição. Assim já disse que sou radicalmente contra a tradução de nomes, mas se for fazer, pelo menos respeita isso. Coloca o nome de uma flor também, caramba!). E ela também já fica meio que encantada pelo simpático velhinho (como não?). Essa cena, aliás, concentrou toda a fofura do episódio. A hora que ela fala que o nome do bebê é Sam, a carinha dele foi a coisa mais cutsie do mundo. Inversão interessante aqui. Quando Maester Aemon questiona se Sam lembra do juramento, e Sam começa a recitar (“Night gathers, and now my watch begins…me arrepio toda vez que eu vejo. Amo esse juramento, acho lindo), é Sam que lembra ao velho maester que um dos deveres da Patrulha é “guardar os reinos dos homens”. E achei legal que aqui transcreveram e colocaram na boca de Sam o que Lorde Comandante Mormont disse: “Não se constrói uma muralha de setecentos pés para impedir que selvagens em peles roubem mulheres. A Muralha foi feita para guardar os reinos dos homens…” (ASoS, edição pocket americana, capa azul, p. 450).
E logo depois, as saber que “a noite está caindo”, o Maester já pede tinta e uma pena, e quem leu já sacou o que vinha. A carta contando que os white walkers está acordando, e que marcham para o sul. E eles enviarão todos os corvos.
Corta para Davos, lendo cartas junto a Shireen. e sabemos mais um pouco da história de Westeros com Shireen também, contando sobre Balerion. E quando Davos começa a ler a carta de Sam, como um presságio, começam a tocar os sinos. Que em Westeros só podem sinalizar uma coisa. E no caso, é a morte de Robb (deixa, Stannis. Só uma coisa: the North remembers. Quanto tempo você acha que vai durar quando Jon descobrir que você teve um dedo – ou melhor, uma gota – na morte de Robb?). Davos logo percebe que Melisandre quer levar o crédito (apesar de ela dizer que não. Eu acho que ela tem uma parcela de culpa sim) pela morte de Robb, e o velho pirata logo se opõe. E não tem medo de falar o que quiser na frente dela. Ela não disfarça o ceticismo com que encara a religião dela, e aponta para Stannis o erro de unificar os Sete Reinos pela magia. E logo cita a mesma história que Shireen menciona antes, da conquista de Westeros por Aegon Targaryen nas costas de Balerion. Stannis soa cada vez mais com um menininho mimado que ficou sem o pirulito (ninguém me ama, ninguém me quer, mimimi) e diz que usará qualquer arma que tenha à disposição para recuperar o reino. Acho isso muito estranho para um homem com tantos escrúpulos, a ponto de renegar bebida, sexo e alegria em geral. Por outro lado, ele pode negar o quanto quiser, mas soltou Davos exatamente porque sabe que Davos se opõe ao sacrifício de Gendry, e que o velho pirata não vai deixar isso como está.
E é nessa hora que Davos mostra a carta de Sam a Stannis, e alerta para o perigo que está por vir. E esqueci de dizer que Davos, diferente de Stannis, percebe a mudança que se opera em seu soberano. Davos sabe que Stannis sozinho não sacrificaria o sobrinho, mesmo sendo bastardo. Stannis, se mais nada, é – ou era – muito justo. Mas é irredutível quanto a matar Gendry. Mas Davos, que já havia ficado amiguinho de Gendry, em uma cena que eu amei, eles falando sobre suas vidas em Flea Bottom (atuações excelentes, aliás. E um pouco de humor negro de Gendry. Show!), solta o segundo bastardo mais desejado de Westeros (preciso dizer quem é o primeiro? ) para alegria e felicidade nossa e de Arya, claro, que mesmo distante, certeza que não quer que ele morra. E sim, me refiro ao fato de achar que eles vão se reencontrar e mais um pouquinho mais lá no futuro. Sinceramente, eu acho que essas cenas entre Davos e Gendry foram alguns dos pontos altos desse episódio. Liam Cunningham e Joe Dempsie estão simplesmente fantásticos em cena. E assim, Gendry parte, para onde, só os Sete sabem. Pitaco meu: o destino era King´s Landing, mas acho que em algum lugar seu caminho irá se desviar e ele não irá para lá. Afinal, na minha humilde opinião, ele ainda tem que se reencontrar com a Irmandade Sem Fronteiras, e ir parar lá naquela estalagem, cuidado dos órfãos. E mais tarde encontrar Brienne também. Mais um pitaco, dessa vez sobre o livro: eu acho que seria muito legal que ele encontrasse Nymeria também nesse meio tempo, e quando reencontrasse Arya ele estivesse com sua loba. #wishfulthinking
Mais tarde, Davos vai atrás de Stannis e enfrenta as consequências de seu ato. E mais um embate ocorre entre e Mulher Vermelha e Davos. Não vejo a hora dela quebrar a cara, sério. Ela se acha tão segura de tudo, e está tão enganada…Mas isso é outro assunto. E eu me enganei ali em ciam, é nessa hora que Davos entrega a carta a Stannis. Ao saber da traição de Davos (OK, porque eu amo Davos por ter salvo Gendry não quer dizer que não foi traição), Stannis o sentencia à morte. Ao que Davos responde mostrando a carta e dizendo que Stannis vai precisar dele. E a cara de Stannis ao descobrir que Davos sabe ler foi sensacional. Espanto geral. E nesta hora também ocorre uma inversão interessante. Melisandre, que até ali apoiava a morte de Davos, ao ler a carta muda de ideia e vê no fogo que Davos realmente será necessário. Me fez pensar. A fala de Melisandre ao queimar a carta e olhar no fogo é: “A morte está vindo para todos nós. Só você pode detê-la. Mas não sozinho.” (SPOILER) Mel com certeza está fazendo menção ao fato de achar que Stannis é Azor Ahai renascido. Quem me acompanha sabe que eu acho que ela está redondamente enganada, e AA é na verdade Jon. Veja aqui - Jon Snow e a Quebra do Juramento uma das minhas teorias malucas (mas nem tanto
) sobre isso. O que eu fiquei pensando é que talvez Davos tenha um papel maior que simplesmente encontrar Rickon. Será um spoilerzinho da série para o livro?
Voltando à Muralha, Jon chega mais pra lá que pra cá. E quem vai encontrar Jon? Sam e Pyp. Não sei se já falei antes, mas acho que há 3 irmãos de Patrulha que Jon pode confiar com a vida: Sam, Pyp e Grenn. Havia Edd também, mas (SPOILER) Edd morre defendendo os portões de Castle Black. Eles formam um vínculo muito forte depois que Jon começa a ensiná-los a lutar. E aqui fica a minha dúvida: vão matar Edd e Grenn na série? Porque nos livros eles voltam pra Castle Black, mas Maester Aemon diz em sua carta que somente Sam retornou. OK, vamos dar um crédito e manter a esperança, já que Sam não sabe se os outros estão vivos ou não. E depois eles dois, Grenn e Pyp, quero dizer, terão um papel importante no futuro. E a cena acabou aqui. Vou falar mais um pouco sobre isso daqui a pouco.
E terminando o episódio, Dany está nos portões de Yunkai, depois de ter conquistado a cidade, na expectativa do que irá acontecer. Tensão palpável no ar. E pela primeira vez Dany se pergunta se fez a coisa certa, talvez eles não quisessem ser conquistados. Ser Jorah lembra que ela não os conquistou, mas libertou. Finalmente uma multidão maltrapilha sai dos muros da cidade, e se dirige a Dany. E pára para ouvir seu discurso libertador. Mais tensão, até que finalmente um deles grita “Mhysa” e é aí que Dany percebe que ã multidão não quer seu mal. Mhysa é ghiscari para bolsa família, ops, mãe (desculpa, Leandro, eu tive que me apropriar da piada! Muito boa pra deixar passar!
). E Dany parte pra galera, antes mandando seus dragões voar. Juro que pensei que ia rolar um Dracarys, mas nada. Acabou assim. Cena na minha opinião tosca e sem sentido. O que valeu aqui: a música, linda. Mas de resto, dispensável. E como uma leitora do Drunkwookieblog, a Luiza, que também tem um blog, o Gueixa Metálica, comentou, um episódio que tem o nome como referência a Dany deveria dar mais destaque a ela. Colocar uma cena dela, de poucos minutos e xoxa desse jeito no final foi só mesmo para justificar a presença dela.
Fazendo um balanço, o último episódio foi meio fraco. Claro que será muito difícil conseguirem novamente o nível de The Rains of Castamere, mas eu esperava mais. Houve altos e baixos, o episódio começou bem, mas logo caiu no marasmo e enrolação. Para ter um final assim, era melhor colocarem o nono episódio como final e terem explorado melhor a relação de Jaime e Brienne, também de Gendry e Arya e Sam e Gilly. Também poderia ter colocado Mãos Frias e estendido a estada de Jon com os selvagens. Ou terminar com o ataque dos selvagens em Castle Black. Faltaram cliffhangers, e aquele gostinho de quero mais, e para ontem, que tivemos no final da temporada passada. Claro que a terceira temporada só cobriu parte do terceiro livro, mas ainda assim poderiam ter deixado muitos ganchos para a próxima temporada, como um certo casamento (e por falar nisso, sento falta dos Tyrell no season finale) que ainda está por vir, o próprio ataque a Castle Black, e o resultado final do Red Wedding (quem leu sabe do que estou falando, a cena final do livro, mas não vou falar mais). Seria mais digno do nível da série. E um aproveitamento melhor do próprio texto de GRRM.
Já sobre a temporada em si, começou com ritmo mais arrastado, mas depois foi ficando cada vez melhor, com exceção deste último episódio. Muitas reviravoltas, como no livro, e muitas surpresas, mesmo para quem leu o livro. O que é muito bom. Introdução de bons novos personagens, como Lady Olenna e Daario. Confesso que não terminei essa temporada com a mesma síndrome de abstinência do ano passado. Claro que quero que esse ano passe logo e abril de 2014 chegue logo, mas não do mesmo jeito que fiquei depois do final da segunda temporada. Mas gostei, achei a temporada muito boa, cheia de spoilers e surpresas.
Peço desculpas pela demora, mas esse final de temporada coincidiu com o final do semestre também. E com muitas coisas na cabeça, eu tive dificuldade em encontrar inspiração. Acho que o desgaste que o nono episódio me causou também tem uma parcela de participação. E, acredite, não só este post, mas tenho outros na cabeça, e mesmo começados, que eu ainda não postei, e já estão atrasados. Só posso agradecer a compreensão e a paciência.
Beijos e até o próximo post! (que não vai demorar muito, porque a partir dessa semana minha vida volta mais ao normal).
5 comentários:
Olá passando para conhecer e seguir o blog, gostei ele possui muita informação da forma que realmente queremos absorve-las (risos), deixo o convite para conhecer o meu blog:
http:donskedar.blogspot.com.br
Oi Donnefar!
Obrigada pelo comentário!
Beijos!
Fernanda
Oi Fernanda!
Concordo com praticamente tudo, eu achei um episódio bem mediano. Não ruim, mas acho que talvez mal pensado. A escolha de personagens a aparecer e seu tempo na tela podia ter sido melhor. Mas tivemos muitas partes boas.
Quanto a Azor Ahai, minha teoria é diferente. Eu acredito que ele seja Beric Dondarrion, ainda mais depois da cena de Melisandre com ele que foi inserida na série. O cara luta com uma espada de fogo (de verdade) e é praticamente imortal! O que acontece mais pra frente (não sei se pode dar spoiler aqui, hahah!) deixa essa teoria mais doida ainda. Mas acho que a idéia geral é que o Stannis não é esse cara. Dá pra ver que Melisandre realmente quer que ele o seja, e é interessante ver como que alguém que pode ver o futuro das chamas ainda acaba tendenciado pelos próprios desejos.
Eu só gostaria que a Luminífera aparecesse mais... :P
Beijinhos!
Oi Luiza!
Spoilers estão liberados!Até porque eu mesma dou vários, então não posso proibir.
Eu não sei até que ponto você leu (ou se só assistiu a série), mas não dá para Beric ser AA. Impossível. Mas eu concordo com o Stannis não ser AA, isso é certeza. Melisandre quer muito que seja ele, mas ela se engana e sua vintade é tanta que ela chega a acreditar que seja ele.
Obrigada pelo comentário, e volte sempre!
Beijos!
Fê
Sor Gregor "A Montanha que Cavalga" Clegane versus o Príncipe Oberyn Nymeros Martell, a Víbora Vermelha.
http://mccomseycomix.wordpress.com/2013/06/26/the-red-viper-vs-the-mountain-that-rides-a-12-page-comic/
Muito bom ...
Minha parte favorita é o olhar real de choque, pavor e terror no rosto do Príncipe Oberyn Martell e que ele se esforça em vão para salvar sua vida, quando "A Montanha" o agarra no final da luta. A Víbora Vermelha facilmente poderia ser retratado como um desafiante inabalável e uma caricatura da ira vingativa até o final e, provavelmente, foi antes, no entanto, o artista Jeff McComsey nos dá algo bastante diferente e na minha opinião bem mais interessante. Seu Oberyn Martell é subitamente confrontado com o alto preço que ele vai ter pagar pela confissão e vingança por sua irmã Elia Martell (violentada e assassinada) e percebe que nos últimos segundos de sua vida que ele realmente não quer pagar esse preço...
... Mas já é tarde demais!
Postar um comentário