domingo, 18 de maio de 2014

A Canção do Súcubo – Georgina Kincaid #1 – Richelle Mead

 

succubus bluesQuando se fala de empregos no inferno, ser um Súcubo parece bastante glamoroso. Uma garota pode ser qualquer coisa que ela quiser, o guarda-roupa é de matar e homens mortais farão qualquer coisa por apenas um toque. Claro, eles geralmente pagam com suas almas, mas por que ser tão técnico? Mas a vida da Súcubo de Seattle Georgina Kincaid é muito menos exótica. Seu chefe é um demônio de médio escalão com uma queda por filmes do John Cusack. Seus melhores amigos imortais (ou melhores amigas …) ainda não pararam de provocá-la por causa da vez em que ela se transformou na Deusa Demônio, completa, com chicote e asas. E ela não consegue ter um encontro decente sem sugar parte da vida do cara. Ao menos ela tem seu emprego diário em uma livraria local – livros de graça; Todos os mochas de chocolate branco que ela conseguir tomar; e acesso fácil ao sexy escritor de bestsellers, Seth Mortensen, aka Aquele por Quem Ela Daria Tudo Para Tocar mas Não Pode. Mas os sonhos sobre Seth vão ter que esperar. Algo estranho está acontecendo no submundo demônio de Seattle. E, dessa vez, todos os seus charmes e cantadas de cair morto não vão ajudá-la porque Georgina está para descobrir que há algumas criaturas que tanto Céu quanto o Inferno querem negar…

Fã de Richelle Mead que eu sou, desde que li Vampire Academy que tinha vontade de ler esse livro. Mas 1: eu não tinha; e 2, eu tinha um pouco de receio de ele ser parecido com A Irmandade da Adaga Negra (que eu detestei, aliás, julguem-me). O que me dava esperança é que eu já gostava de Richelle Mead, e ela é uma super contadora de histórias, então eu sabia que ela iria desenvolver uma história boa. E não me decepcionei.

Georgina Kincaid é uma jovem que trabalha numa livraria (babando) em Seattle, nos EUA. mas Georgina não é só isso. Ela é também um súcubo, espécie de demônio em forma de mulher que seduz homens e suga sua energia vital para sobreviver. Mas Georgina não quer ser assim. Depois de passar a eternidade usando homens, ela quer mais é levar uma vida normal, ou o mais próximo disso possível, já que ela realmente precisa da energia vital, mas ela fez um juramento solene a ela mesma de não se alimentar de caras legais. E ser súcubo tem também suas vantagens: ela pode tomar a forma que quiser, materializa para si a roupa e os sapatos que desejar, e como é imortal, vai ficar jovem e linda para sempre.

Além disso tudo, ela tem um bom emprego, bons amigos, e ainda teve a oportunidade de conhecer seu autor favorito. A vida vai relativamente bem para ela, seu chefe demônio não pega muito no seu pé, e ela tem bastante liberdade para fazer o que quiser. Mas quando seres sobrenaturais começam a morrer, Georgina é a primeira suspeita. Isso porque ela teve desentendimentos com eles pouco tempo antes de eles morrerem. Começa aí um mistério que vai se estender por todo o livro.

Georgina é forte, independente e não se intimida com qualquer coisa. Vai atrás do que quer, é sarcástica e inteligente, deduz muita coisa fácil. Com uma protagonista assim, claro que o livro já ganha muitos pontos. E ela não está sozinha. Seth Mortensen, o autor que eu falei ali em cima, é tímido, nerd, mas tem tiradas ótimas também. A princípio ele pode não parecer muita coisa, mas é só continuar lendo para ver que ele é sim, muito legal. E o contraponto a ele é Roman, um cara lindo, sociável e sexy para burro. Os personagens são muito bem construídos, e como sempre com Richelle Mead, nem tudo é o que parece.

A história segue de forma fluida, mas por ser um livro introdutório, ele às vezes se arrasta um pouquinho, mas nada que prejudique o resultado final. A narrativa se alterna entre o presente, e algumas passagens no passado, quando Georgina se tornou (e porquê) um súcubo. A trama também tem passagens eróticas, mais explícitas do que os fãs estão acostumados com VA ou Bloodlines. Mas ao contrário da série citada lá em cima, essas passagens são breves e em nenhum momento ofuscam a história, que vem sempre em primeiro lugar. E até dá para se entender isso, Georgina é um súcubo, é parte de sua natureza o sexo. Mas ao contrário do que acontece com a supracitada série, em nenhum momento essas cenas ofuscam a história, e os conflitos internos de Georgina, ou o desenrolar da trama são o centro da história.

Um livro leve, ótimo para espairecer e dar um tempo das guerras, batalhas e caos que eu tanto gosto. O mistério que há no livro prende, apesar de ser um tanto previsível. E como sempre, o livro tem ótimos cliffhangers para o próximo. E que venham mais aventuras de Georgina Kincaid.

Trilha sonora

Ultraviolet (light my way), do U2 foi mencionada, e só por ser linda e uma das minhas favoritas, já vale. Disarray, do Lifehouse também tem a ver.

Se você gostou de A Canção do Súcubo, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Bloodlines – Richelle Mead;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Ahmnat – Julien de Lucca.

6 comentários:

Lucy disse...

Richelle, como você disse é uma incrível contadora de histórias, e essa da Kincaid não poderia ser diferente; é uma estória fascinante de diversas formas. Já li toda a série e é incrível como ela se desenvolve. Daquele jeito desesperador que a Richelle sempre deixa seus leitores a cada final de livro. Pode continuar a ler porque não irá se arrepender.

Lucy

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Lu!

Eu imagino mesmo. As séries da Richelle sempre são assim, vão evoluindo e ficando cada vez melhores. Só preciso arranjar os próximos :)

Beijos!

Nadia Viana disse...

Oi, Fê.
Parece bem divertido. Eu ando cansada de romances sobrenaturais, mas um dia, se bater saudade, eu pego pra ler. :) A julgar por Academia de Vampiros, acredito que seja bem legal mesmo.
Beijos.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Na!

Você não vai se arrepender. As séries da Richelle são muito boas, para relaxar é ótimo.

Beijos!

Jéssica Soares disse...

Fêêêêêêê, você leu GK!!!!!!! haha Que bom que você gostou!! Meio difícil não curtir um livro da Richelle né?
Esses dias mesmo conheci um pessoal que tinha resistência de ler GK por achar que ela era parecida com "A Irmandade da Adaga Negra" e eu já estou começando a acreditar que essa série não é tão bom assim...
Enfim, é como você disse, mesmo com todo o erotismo, a história é o importante! E o Seth é meio apaixonante para mim, ou seja, já é impossível eu abandonar a série hehe Bjs
Jess

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Jess!

Nossa, que engraçado encontrar mais gente com a mesma resistência que eu tinha, e bom saber que nem todo mundo endeusa os irmãos da IdAN. Aff! Juro, quando falo que detestei, todo mundo me olha torto.
Já comprei mais dois da GK em e-book, só preciso carregar no kobo :) Logo, logo eu leio :)

Beijo!