sábado, 31 de julho de 2010

A Ordem Negra

 

Ordem negra Copenhagen…um misterioso incêndio em uma livraria obriga o Comandante Gray Pierce a iniciar uma caçada interminável por quatro continentes – e em um tenebroso mistério envolvendo experimentos terríveis realizados em um laboratório agora abandonado enterrado nas montanhas da Polônia.

Montanhas do Nepal…em um remoto monastério, monges budistas inexplicavelmante se voltam para o canibalismo e tortura – enquanto Painter Crowe, diretor da Força Sigma, começa a demostrar sinais da mesma doença desconcertante…e Lisa Cummings, uma dedicada médica americana, se torna o alvo de um brutal assassino.

Agora somente Gray Pierce e a Força Sigma podem salvar o mundo subitamente em grave risco. Porque um nova ordem está em ascenção – um crescente pesadelo aniquilador no centro do maior mistério de todos: a origem da vida.

Esse, por enquanto, é o meu preferido da coleção. Achei ainda mais intrigante do que O mapa dos ossos, apesar de ser mais confuso. E esse mostra um lado diferente dos personagens. Além de novos personagens, que acrescentam muito à história.

Para começar, Fiona, uma garota de desseseis anos que cai de para-quedas na ação, e que sabe-se lá porque, gruda em Gray como chiclete. Para mim, ela é a melhor do livro (fora Monk, claro), cheia de tiradas irônicas e seu hábito de furtar tudo o que vê pela frente. É hilário ver Gray como uma espécie de babá para a garota, e eu até gostaria que seu destino no livro fosse diferente. O que é bom é que para quem continuar lendo a série, provavelmente vai encontrar com Fiona de novo (posso adiantar que não é no próximo volume. Só acabei de xeretar isso no site de Rollins).

Outra surpresa boa é Painter Crowe. Quem diria que o diretor da Força Sigma poderia ser  um agente de campo tão bom? Claro que para ser diretor, ele deve ter sido agente antes, mas no livro anterior, ele fica só em sua sala em Washington, dando ordens. Mas não é que quando a coisa está feia, ele pode se tornar um verdadeiro Chuck Norris? Foi legal descobrir que ele não é só mais um engravatado.

A dra Lisa Cummnings também é uma nova personagem que mostra que é  mais que um rostinho bonito. Ela é uma médica que é mandada ao Nepal para investigar a causa da doença que está acometendo os monges budistas canibais. Acaba envolvida com Painter e daí não é difícil imaginar onde vai parar. Ela prova, no entanto, ser fundamental para o caso, e é graças a ela que muita coisa se resolve (girl power!).

Confesso que acho a trama mais confusa, mas ao mesmo tempo, é mais envolvente que O mapa dos ossos. Afinal, o que deu nos monges para virarem canibais? O que será que está matando as pessoas na África (waka waka he he. A maldição da jabulani?Tevez, Oezil e companhia? Com certeza é de matar de susto muita gente! hehe)? O certo é que dá até para ficar meio zonzo com tanto vai e vem: Europa, África, Ásia… Pelo menos as milhagens foram boas. Brincadeiras à parte, o leitor fica o tempo todo se perguntando onde é que isso tudo vai dar, e, no fim, não é que tudo faz sentido (ou pelo menos, tanto quanto é possível em uma aventura dessas)? E a gente não quer desgrudar do livro até que tudo se encaixe

Ação, aventura e romance se misturam bem, e para quem é fã da série (ou para quem gosta de uma boa leitura), é uma ótima pedida. Só uma observação; se você não leu O mapa dos ossos pode boiar um pouquinho nesse, então, é melhor ler na ordem.

Curiosidade

Não vou mencionar nada, porque para quem leu, o próprio autor dá informações sobre o limite entre ficção e realidade no fim do livro. E se você não leu, tá esperando o quê? :)

Se você gostou de A Ordem Negra, pode gostar também de:

  • O mapa dos ossos – James Rollins
  • A nova traição de Judas – James Rollins
  • O Código da Vinci – Dan Brown
  • Anjos e Demônios – Dan Brown
  • Trilogia Millenium – Stieg Larsson

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Encontro Explosivo

 

Encontro Fui assistir Encontro Explosivo (claro, Tom Cruise. Não podia deixar de ver). E o filme é uma delícia. Despretensioso e leve, apesar de agitado, é daqueles filmes que não faz a gente pensar e que deixa aquela sensação de bem-estar quando a gente sai do cinema.

Tom Cruise é um agente de alguma agência de espionagem (CIA, qualquer uma, who cares? Não interessa), que é tido como traidor porque rouba uma tal bateria que garante energia para um pequena cidade sem nunca acabar (óbvio). Por acaso tromba com Cameron Diaz, perfeita no papel de loura, burra e totalmente sem noção. Ela embarca no mesmo avião que ele e enquanto está no banheiro, Cruise mata todos os passageiros a bordo e a tripulação sem que ela note. Claro que ele consegue pousar o avião no meio do nada e ainda leva a mocinha para casa.

A trama na verdade é fraquinha e batida, mas o que vale mesmo é a ação quase non-stop e os efeitos especias old-school, sem montagem gráfica (um refresco em tempos em que tudo quanto é filme sai em 3D). E uma coisa legal é que Cruise faz a maior parte de suas acrobacias.

Também é engraçado ver como seu personagem encara os acontecimentos, por exemplo quando conta a Diaz no avião que todos estão mortos e que ele matou o piloto que acidentalmente matou o co-piloto, como se não fosse nada demais, só mais um dia de trabalho, uma coisa corriqueira. Aliás, o filme tem vários momentos assim, e para quem curte um bom humor negro, como eu, é um prato cheio. O final é meio previsível, mas vale o ingresso.

Anjos e Demônios

Anjos e demonios Antes de decifrar "O Código Da Vinci", Robert Langdon, o famoso professor de simbologia de Harvard, vive sua primeira aventura em "Anjos e Demônios", quando tenta impedir que uma antiga sociedade secreta destrua a Cidade do Vaticano. Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Langdon é chamado às pressas para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado em um grande centro de pesquisas na Suíça. Ele descobre indícios de algo inimaginável: a assinatura macabra no corpo da vítima - um ambigrama que pode ser lido tanto de cabeça para cima quanto de cabeça para baixo - é dos Illuminati, uma poderosa fraternidade considerada extinta há quatrocentos anos. A antiga sociedade ressurgiu disposta a levar a cabo a lendária vingança contra a Igreja Católica, seu inimigo mais odiado. De posse de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal. Correndo contra o tempo, Langdon voa para Roma junto com Vittoria Vetra, uma bela cientista italiana. Numa caçada frenética por criptas, igrejas e catedrais, os dois desvendam enigmas e seguem uma trilha que pode levar ao covil dos Illuminati - um refúgio secreto onde está a única esperança de salvação da Igreja nesta guerra entre ciência e religião. Em "Anjos e Demônios", Dan Brown demonstra novamente sua extraordinária habilidade de entremear suspense com fascinantes informações sobre ciência, religião e história da arte, despertando a curiosidade dos leitores para os significados ocultos deixados em monumentos e documentos históricos.

Coincidência ou não, eu li esse livro exatamente quando o Papa João Paulo II morreu e estava acontecendo o conclave que elegeu Bento XVI, entào tudo parecia muio familiar. O que foi legal é que eu via acontecer o conclave enquanto eu lia: a fumaça, as portas fechadas…

A trama se passa antes de O Código da Vinci, e esse é mais chatinho que este último. Demora para as coisas acontecerem, e, ao contrário do Código, as explicações deste, sobre a tal de anti-matéria, são chatas e deixam o ritmo arrastado. E nessa brincadeira, lá se vão mais de cem páginas, até que o primeiro cardeal morre, quando começa a ficar legal. E tenho que admitir que as mortes são bem boladas. A minha preferida é do terceiro (mas o atentado na catedral de Colônia de O mapa dos ossos é muito melhor).

E os personagens fazem uma coisa que eu gostaria muito de fazer: entrar nos arquivos do Vaticano (como eu gostaria de uma capa de invisibilidade para fazer isso!). O que será que está escondido lá? Tenho uma curiosidade monstro. No livro, não é lá muito excitante, mas não deixa de ser uma passagem interessante.

Por outro lado, esse é mais forçado que o Código. Aquela parte no final que ele salta de um helicóptero e se salva com um lenço…Hello! Nem Jack Bauer (e olhe que ele morreu umas cinquenta vezes na série…). Ainda bem que deixaram isso de fora no filme.

Uma coisa que eu achei muito bem bolada foram os ambigramas. Não sei se Dan Brown imaginou, ou se ele os tirou de algum lugar, mas que são muito legais, isso são. E se existem mesmo, quem inventou deve ser um tremendo de um artista, porque desenhar as letras de modo que a palavra seja lida em ambos os sentidos, é um desafio. No mínimo, a pessoa tem que ter uma tremenda de uma noção espacial.

Como já mencionei, esse é mais parado, só começa a empolgar depois que o primeiro cardeal morre. A partir daí, começa uma corrida contra o tempo, onde Langdon tem que desvendar os segredos escondidos nas esculturas e monumenstos históricos de Roma. Admito que acho a ideia de Da Vinci, e as pinturas mais charmosa, mas não deixa de ser interessante apreder um pouco mais sobre Bernini e Rafael (de novo, duvido que algum deles tenha esculpido tentando esconder algo).

Os personagens, fora Langdon, não tem o mesmo charme que os de Código. Mas também acho difícil competir com Sir Leigh Teabing e, principalmente, com o sinistro Silas. Acho ele muito mais assustador que o Hassassin. O único que me agrada é o camerlengo Ventresca. De aparência frágil, ele é amigável e devotado ao papa. Mas por baixo da batina, se esconde um verdadeiro soldado, capaz de tudo para defender sua fé.

Anjos e Demônios não é tão empolgante como O Código Da Vinci, mas, para quem conseguir rersistir bravamente ao começo, garante uma boa leitura, cheia de reviravoltas e muita ação.

Filme

Ao contrário de O Código Da Vinci, o filme Anjos e Demônios me agradou. É melhor que o livro (olha que para eu falar isso é preciso muita coisa). No filme, toda a parte chata do começo é reduzida, e o filme é mais agitado. E um bônus é ter Ewan McGregor no elenco, que além de lindo, sempre desempenha muito bem os papéis que lhe dão. Uma curiosidade: a equipe conseguiu autorização especial do vaticano para filmar nos arquivos. Uma observação: no filme dá para ter uma ideia melhor da Guarda Suíça, que eu sei que é de elite, mas cá para nós, aquela roupinha ridícula não inspira muita confiança (e eu tive a maior dificuldade para visualizar isso enquanto lia o livro).

Curiosidade

O termo Illuminati na verdade se refere a diversos grupos que se dizem iluminados, alguns antigos e também modernos. Eles são parte de grupos conspiratórios que secretamente controlama os assuntos mundiais. Eles tem origem na Bavária, e há até um ramo no Brasil, conhecido como Os Aquisitores, cuja origem está na renúncia de jânio Quadros, por motivo de não aguentar as pressões de “forças terríveis”, que instauraram o Regime Militar em 1964. (Fonte: Illuminati)

Se você gostou de Anjos e Demônios, pode gostar também de:

  • O Código Da Vinci – Dan Brown
  • O símbolo perdido – Dan Brown
  • Coleção Força Sigma – James Rollins
  • Trilogia Millenium – Stieg Larsson

domingo, 18 de julho de 2010

Os homens que não amavam as mulheres

The girl dragon tatoo Vem da Suécia um dos maiores êxitos no gênero de mistério dos últimos anos: a trilogia Millennium - da qual este romance, "Os Homens que não Amavam as Mulheres", é o primeiro volume. Seu autor, Stieg Larsson, jornalista e ativista político muito respeitado na Suécia, morreu subitamente em 2004, aos cinqüenta anos, vítima de enfarte, e não pôde desfrutar do sucesso estrondoso de sua obra. Seus livros não só alcançaram o topo das vendas nos países em que foram lançados (além da própria Suécia -onde uma em cada quatro pessoas leu pelo menos um exemplar da série -, a Alemanha, a Noruega, a Itália, a Dinamarca, a França, a Espanha e a Inglaterra), como receberam críticas entusiasmadas.
Um dos segredos de tanto sucesso é a forma original com que Larsson engendra a trama, conduzindo-a por variados aspectos da vida contemporânea: do universo muitas vezes corrupto do mercado financeiro à invasão de privacidade, da violência sexual contra as mulheres aos movimentos neofascistas e ao abuso de poder de uma maneira geral. Outro é a criação de personagens extremamente bem construídos e originais, como a jovem e genial hacker Lisbeth Salander, magérrima, com o corpo repleto de piercings e tatuagens e comportamento que beira a delinqüência. O terceiro é a maestria em conduzir a narrativa, repleta de suspense da primeira à última página.
"Os Homens que não Amavam as Mulheres" é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada.
Quase quarenta anos depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mas as inquirições de Mikael não são bem-vindas pela família Vanger. Muitos querem vê-lo pelas costas. Ou mesmo morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois... até um momento presente, desconfortavelmente presente.

 

Basta começar a ler Os homens que não amavam as mulheres para entender o sucesso que a trilogia faz. Nem bem cheguei à metade, o livro já constava como um dos meus favoritos. Mas tenho uma ressalva: li em inglês, e o título é The girl with the dragon tattoo, numa referência a Lisbeth, mas eu prefiro o título em português. Esses tais homens realmente não amavam as mulheres.

Confesso que o começo é meio arrastado, com as informações sobre mercado financeiro da Suécia, mas só pelas primeiras cinquenta páginas. A partir daí, não dá para largar. Até tira o sono. O livro é muito bem escrito. No começo, com toda a história de Blonkvist sendo processado, eu ficava me perguntando :”afinal, o que isso tem a ver com o desparecimento? Quando Lisbeth vai aparecer?”. Logo, a trama vai se condensando, e o leitor passa a ver as conexões entre os fatos.

Os personagens são muito bem construídos. A melhor, sem dúvida nenhuma é Lisbeth, a hacker baixinha, tatuada e invocada que ajuda Blonkvist na investigação do desaparecimento de Harriet Vanger. Não se enganem com a aparência frágil de Lisbeth. Ela é forte e não leva desaforo para casa. Confesso que às vezes ela dá medo, mas suas ações são totalmente justificadas e a gente torce por ela, e fica até esperando para ver o que ela vai fazer. Independente, ela faz o que bem quer e não dá satisfações de seus atos a ninguém. Lisbeth é misteriosa, tem um passado triste, mas acho que há mais coisas aí, e mal posso esperar pelas sequencias para descobrir mais sobre ela.

Mikael Blonkvist, o jornalista contratado para desvendar o mistério do desaparecimento de Harriet, é idealista, e sofre com um processo por difamação, que pode por em risco tudo por que ele lutou a vida toda. Mulherengo, não tem quase nenhuma mulher no livro que ele não trace. É determinado, e vai até o fim com suas investigações. Seu defeito (além da galinhagem) é que ele é impulsivo, o que pode colocar todo seu trabalho, bem como sua vida, em risco.

A família Vanger é um verdadeiro ninho de cobras, de gente mesquinha, ambiciosa e corrupta. Não dá para isolar um só membro, e eu não sei de que lado cada um deles está. Nenhum deles diz toda a verdade, e todos tem seus segredos. Não dá para confiar em ninguém. E todos eles levantam suspeitas. Uma hora eu desconfiava de um, outra de outro.

Mais para o final, fica meio previsível o que acontece, mas até lá, o mistéio é absoluto, e o leitor fica se perguntando onde é que tudo vai dar. E há histórias inacabadas. deixando brechas para os outros dois livros que completam a trilogia.

Coincidência ou não, eu li esse livro justamente quando o Brasil está de cabelos em pé com o caso Bruno (do Flamengo). Taí um cara que na real não ama as mulheres (nem ele, nem seus comparsas, porque o cara é culpado mesmo, ainda que ele não tenha sido o executor da ex-namorada. Não era mais fácil pagar a pensão?), e enquanto eu vejo as notícias do caso, não posso deixar de fazer ligação com o livro. Como na vida real, o livro não é para quem tem estômago fraco, pois os níveis de violência são bem parecidos.

De qualquer maneira, Os homens que não amavam as mulheres é um excelente suspense, daqueles que dão medo, mas que ao mesmo tempo não podemos deixar de lado.

Se você gostou de Os homens que não amavam as mulheres, pode gostar também de:

  • A menina que brincava com fogo – Stieg Larsson
  • A Rainha do castelo de ar – Stieg Larsson
  • trilogia Força Sigma – James Rollins
  • Nada dura para sempre – Sidney Sheldon

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O Código Da Vinci

 

Da vinci code Um assassinato dentro do Museu do Louvre, em Paris, traz à tona uma sinistra conspiração para revelar um segredo que foi protegido por uma sociedade secreta desde os tempos de Jesus Cristo. A vítima é o respeitado curador do museu, Jacques Saunière, um dos líderes dessa antiga fraternidade, o Priorado de Sião, que já teve como membros Leonardo da Vinci, Victor Hugo e Isaac Newton. Momentos antes de morrer, Saunière consegue deixar uma mensagem cifrada na cena do crime que apenas sua neta, a criptógrafa francesa Sophie Neveu, e Robert Langdon, um famoso simbologista de Harvard, podem desvendar. Os dois transformam-se em suspeitos e em detetives enquanto percorrem as ruas de Paris e de Londres tentando decifrar um intricado quebra-cabeças que pode lhes revelar um segredo milenar que envolve a Igreja Católica.
Apenas alguns passos à frente das autoridades e do perigoso assassino, Sophie e Robert vão à procura de pistas ocultas nas obras de Da Vinci e se debruçam sobre alguns dos maiores mistérios da cultura ocidental - da natureza do sorriso da Mona Lisa ao significado do Santo Graal. Mesclando com perfeição os ingredientes de uma envolvente história de suspense com informações sobre obras de arte, documentos e rituais secretos, Dan Brown consagrou-se como um dos autores mais brilhantes da atualidade. "O Código Da Vinci" prende o leitor da primeira à última página.

 

Tanta controvérsia em torno de O Código Da Vinci, e, somado a isso, minha fascinação natural por qualquer coisa que desafie os dogmas da Igreja, claro que eu tinha que ler. E gostei. Nem tanto das cenas de ação, mas principalmente das partes que Langdon passa explicando a conspiração e a história por trás dela.

Dan Brown é criativo, e o começo, quando Saunière é assassinado no Louvre é chocante (apesar de nem de longe ser a melhor cena de assassinato que eu já li). E a descrição é tão bem feita que deixa pouco para a imaginação. Aliás, o livro todo é bem escrito, e o ritmo acelerado deixa a leitura fácil, mesmo quando Langdon faz suas explicações.

Robert Langdon é um professor de Harvard, claustrofóbico, apegado a um certo relógio do Mickey e de raciocínio rápido. Tem um senso de humor refinado e irônico e traz consigo um trauma de infância. Apesar de professor, tem porte atlético e se vira bem em situações de risco à vida (mas nem de longe é páreo para o professor Indiana Jones).

Sua parceira neste livro é Sophie Neveu, neta de Jacques Saunière. Ela trabalha como criptógrafa da polícia francesa, e é ela quem decifra o código macabro que seu avô deixou escrito com sangue. Inteligente e destemida, ela embarca com Langdon em busca das pistas para solucionar o assassinato de Saunière. Presta mais atenção do que dá informações, e na realidade cortou relações com seu avô por um motivo que será revelado no desenvolver da trama.

No encalço de Langdon e Neveu está Bezu Fache, o capitão de polícia. Fache é determinado e não poupará esforços para capturar os dois. É extremamente religioso, e não suporta que duvidem de sua fé.

também no grupo dos perseguidores está Silas, o terrível assassino albino. Na minha opinião, ele é o melhor personagem do livro. Perturbado e fanático, ele se automutila em nome de sua fé, e ainda é frio e não expressa emoção ao matar, pois acredita que está fazendo um trabalho divino.Outro personagem que eu gosto é Leigh Teabing. Bem humorado, ele é fascinado pela história do graal, e embarca na aventura com entusiasmo, apesar de sua deficiência.

O livro tem boas sequencias de ação, e, com eu já disse, as teorias sobre o graal e tudo o mais são fascinantes. Não que eu acredite que Maria Madalena seja o graal, mas eu acho que é uma POSSBILIDADE ela ter sido casada com Jesus, sim. Ninguém aqui pode provar, pois ninguém viveu naquela época, mas uma coisa é fato: Jesus era judeu, e era inconcebível que um judeu com trinta anos fosse solteiro naquela época. Também não acredito que Da Vinci tenha pintado a Mona Lisa ou A Última Ceia pensando em esconder uma mensagem neles (tá, talvez na Mona Lisa), mas a noção é intrigante. Controvérsias à parte, O Código Da Vinci é um bom livro se suspense e ação.

Filme

Não gostei muito do filme. Achei meio parado. E o elenco,  com exceção de Paul Bettany como Silas não é o que eu escolheria. Adoro Tom Hanks, mas ele não é herói de ação (Russel Crowe seria melhor no papel), e Bezu Fache no livro é negro, o que de cara impediria Jean Reno de fazê-lo (eu preferia Michael Clarke Duncan, o Rei do Crime de Daredevil). Mas até que o filme é bem fiel ao livro.

Se você gostou de O Código Da Vinci, pode gostar também de:

  • Anjos e Demônios – Dan Brown
  • O símbolo perdido – Dan Brown
  • Coleção Força Sigma – James Rollins

domingo, 11 de julho de 2010

Eclipse

 

Eclipse Aproveitei o feriado para assistir à terceira parte da saga Crepúsculo (aliás, alguém aí acha ridículo a nome do filme ser A saga Crepúsculo: Eclipse? Por que não deixar só Eclipse?). E, como já era de se esperar, claro que o livro é melhor. Esse filme, por sua vez, é melhor que o primeiro, mas eu ainda prefiro o segundo filme.

O que esse filme tem de legal é que tem um pouco mais de humor. A cena de Bella e seu pai tendo “a” conversa, por exemplo, é ótima (apesar de no livro, com Edward sabendo, é mais engraçado). Aliás, várias coisas eu prefiro no livro. Por exemplo, eu gosto mais do fato de Edward contar para Bella que Jacob é o verdadeiro alfa, e faltou a melhor tirada do livro: Edward dizendo que leu os pensamento dos lobos e, consequentemente, toda a baixaria de um deles ser um bastardo, e dizer que isso é melhor que novela. Mas essas coisas são inevitáveis, os livros sempre são melhores.

Gostei muito de Riley. O cara que escolheram para representá-lo (Xavier Samuel) o faz muito bem e é uma pena que Riley morra (o cara é bonitinho, ainda por cima). E Bree faz sua participação de forma comovente.

Na maior parte do filme, no entanto, Robert Pattinson está, na minha opinião, apático, mas acho que isso vem do personagem, porque em certos momentos ele mostra que é um bom ator. Gostei muito da cena na tenda, com ele falando com Jacob (uma das minhas preferidas no livro também) e quando Bella volta com a mão quebrada depois de socar Jacob. A interação de Robert com Taylor Lautner nessa cena é muito boa.

Taylor Lautner, por outro lado, apesar de todos acharem que está melhor no filme, achei que forçou muito a atuação nos momentos que está com Bella, aparentemente sofrendo por sua amada estar apaixonada por outro. Não me convenceu muito, ficou meio canastrão. Mas como eu já disse, ele também tem seus momentos.

Já Kirsten Stweart continua sem sal e chata do mesmo jeito. A melhor cena dela é mesmo a conversa com o pai (aquela mesma que eu falei acima).E Dakota Fanning infelizmente teve uma participação pequena. Ela é a melhor deles, e seu visual está perfeito e assustador (justamente porque ela tem aquela carinha de anjo, mas é uma sádica de primeira. Combinação assustadora)

Pena também que no filme não ficou muito explícito que tanto Jacob quanto Edward estão jogando um jogo onde Bella é o prêmio (sério, o que que essa fulana tem que os dois brigam tanto por ela?). No livro isso fica bem claro, como quando Edward saca que o beijo que Bella pede a Jacob não passa de uma jogada deste último. Por outro lado, meu queridinho Jasper tem participação maior.

Para quem gosta, é um prato cheio.

O Mapa dos Ossos

 

Mapa dos ossos Um grupo de mercenários disfarçados de monges rouba ossos dos Reis Magos e extermina fiéis com hóstias envenenadas. Ao seguir a única pista deixada pelos assassinos - o símbolo de dragão na roupa do líder -, a equipe de Gray Pierce se depara com um segredo sagrado há muito perdido e que colocará as chaves do mundo na mão do seu descobridor. É impossível largar esse romance enquanto não terminar a corrida contra o tempo para salvar o planeta de uma fraternidade tão antiga e secreta quanto mortal.

 

Não sei dizer ao certo o que me atraiu neste livro, talvez a história dos ossos dos Reis Magos, mas o fato é que adorei e hoje sou fã da série Força Sigma. Outra coisa interessante é que o autor é veterinário nas horas vagas (é, até nos EUA a coisa tá feia pra veterinária – hehehe), e aí já criou uma empatia.

De cara, tenho que dizer que esse livro tem a melhor cena de morte, a mais chocante, e deixa as de Dan Brown no chinelo. Tudo começa com um atentado na catedral de Colônia, onde um grupo disfarçado de monges ataca. E, claro, como não podia deixar de ser, a equipe liderada por Gray Pierce encontra uma única pista que pode levar a um segredo que pode abalar as fundações da humanidade, blablablá. Nada de novo aí, mas o diferencial está na equipe. Ao contrário de O Código Da Vinci, Gray é um militar formado em ciência, não caiu de pára-quedas na missão. Aliás, o único membro da equipe que não se encaixa muito bem é o Monsenhor Verona.

Gray Pierce é um comandante, inteligente e destemido, com séios problemas de intimidade. Mas não tem como não gostar dele. Ele faz o tipo machão sensível (não espalha, é segredo – hehehe), e é um líder nato. Só é sério demais, falta um pouco de senso de humor pro cara, não que ele não tenha seus momentos.

Seu segundo em comando é Monk, um grego baixinho e invocado com mil e uma utilidades. Monk sim é dono de um senso de humor sarcástico (eba!) e é responsável pelas tiradas mais inteligentes do livro. Melhor amigo de Gray, é fiel e nunca abandona seu companheiro. Vive dando em cima de sua companheira Kat, sem sucesso. O mais legal de Monk são seus brinquedinhos. Daria inveja a James Bond.

Completando a equipe está a tenente dos caribinieri (a polícia italiana) Rachel Verona, sobrinha do Monsenhor. Corajosa e durona, ela se mostra um elemento importante na equipe. Tem uma ligação muito forte com sua nonna, que aliás faz uma participação especial bem controversa. Imagina só: a velhota anda com uma Luger na bolsa (pra quem não sabe, e eu não sabia também até ler, a tal da Luger é uma arma. Imagina quem tenta assaltar a doce senhora), ao mesmo tempo que quer que a neta produza belíssimos bambini com Gray. Rachel também é solitária, e prática. Não é de muita enrolação.

Ao decorrer do livro, fica claro que quem está por trás do ataque em Colônia é uma organização chamada de Guilda, sob o comando de Seichan, a sensual espiã euro-asiática. Durona, ela bate de igual para igual em Gray, sem piedade. E ainda parace se diverir com isso. Seichan é misteriosa, e sempre que aparece, pode apostar que a coisa vai se complicar.

Com ritmo acelerado e muita ação, o livro prende o leitor. Claro que muitas coisas são além do forçado, mas a intenção é entreter, e não causar polêmica. E isso o livro faz muito bem.

Trilha sonora

Tem que ser bem agitada. A música dos filmes de Jason Bourne (que aliás eu adoro) é perfeita. Também um pouco de rock (claro), como Linkin Park (What I’ve done, One step closer, New divide) ou Metallica (a de Missão Impossível, por exemplo).

Se você gostou de O Mapa deo Ossos, pode gostar também de:

  • O Código da Vinci – Dan Brown
  • Anjos e Demônios – Dan Brown
  • O Último Templário – Raymond Khoury

Filme

Ainda não há nada sendo feito, mas a boa notícia é que um produtor de Holliwood comprou os direitos e vai transformar a coleção Força Sigma em uma franquia (ou seja, em filmes). Mal posso esperar. E mais uma curiosidade: James Rollins é autor do livro Indiana Jones e a Caveira de Cristal (pelo que eu entendi do site dele, ele transformou o roteiro em romance). Para saber mais, visite o site do autor (listado aí do lado, em Sites interessantes)

terça-feira, 6 de julho de 2010

O Incêndio de Tróia

 

Tróia Em O Incêndio de Tróia, Marion Zimmer Bradley, autora de As Brumas de Avalon, recria a história da Guerra de Tróia – e a narra a partir do ponto de vista de Kassandra, bela e atormentada princesa de Tróia. Na brilhante recriação que autora faz da famosa lenda, a queda de Tróia acontece de uma forma nova e ousada, desde a provação de Páris, o rapto de Helena (neste livro, não a cruel adúltera da lenda, mas uma mulher afetuosa, dedicada a Páris e aos filhos) e a convocação dos exércitos gregos por Agamenon, o enfurecido cunhado de Helena, à tragédia final da destruição da cidade, condenada pelos deuses – e pelo orgulho voluntarioso de seus líderes. A heroína deste épico é Kassandra, e a forte tensão do romance provém tanto da luta interna desta com seu sentimento de lealdade dividido (pois sua lealdade ao pai, o rei, e aos irmãos é contraposta à crescente fidelidade à velha fé no matriarcado e na Mãe Terra) quanto do sério conflito entre gregos e troianos, no qual ela – abençoada, ou amaldiçoada, que é com o poder da profecia – prevê de forma obsessiva que tudo aquilo que mais ama será destruído. O romance começa com o nascimento de Kassandra e de seu irmão gêmeo Páris. Este é criado por uma família de pastores, em virtude de uma profecia de que gêmeos trazem má sorte. Kassandra cresce sem sequer saber da existência do irmão – a não ser pelas visões inexplicáveis em que enxerga os ventos através dos olhos dele... Sua mãe, a rainha Hécuba, era uma amazona antes de se casar, e quando Kassandra está prestes a se tornar mulher, é enviada para passar um ano com as tribos das amazonas, onde toma conhecimento dos poderes das mulheres antes que estas fossem subjugadas por uma nova onda de patriarcado. Ao voltar para Tróia, Kassandra dedica-se a tornar-se sacerdotisa de Apolo, o Deus-Sol; mas, dentro dela, desenvolve-se um conflito forte e perturbador entre os “velhos costumes”, em que as mulheres mandavam e a religião originava-se da Mãe Terra, e o novo mundo de deuses e reis do sexo masculino – um mundo caracterizado por disputas sem sentido e uma ânsia de sangue que levam ao cerco de sua amada cidade.

 

Também não sei quantas vezes li este livro. Claro, sendo de Marion Zimmer Bradley (uma das minhas autoras preferidas), já seria motivo, e ainda por cima sobre a guerra de Tróia? Alguma dúvida que eu tinha que ler?

Claro que há muitas diferenças em relação à Ilíada, mas nem era para ser fiel, mesmo. O Incêndio de Tróia conta a história do ponto de vista de Kassandra, irmã gêmea de Páris. Vidente, ela vive desde a infância com a maldição (é maldição mesmo) de predizer o que vai acontecer a Tróia, mas ninguém acredita nela. Todos a consideram louca. Na verdade, Kassandra é uma mulher forte, que carrega o fardo de suas previsões sem reclamar. Obstinada, nunca perde a esperança de que Tróia de alguma forma resista. É ultra fiel a sua família, inclusive Páris, que só a trata mal.

Páris é um mimado. Ao nascer, foi feita uma profecia a seu respeito, de que ele traria a desgraça para Tróia. Com medo, seu pai, Príamo, o manda para ser criado por um casal de pastores e o menino cresce sem ter ideia de sua origem real. Ele se torna um filho atencioso para seu pai adotivo, e é um pastor competente. Tudo corre bem, até que um belo dia ele vai a uma feira em Tróia, onde toma conhecimento de sua verdadeira identidade. Daí, Páris conhece a riqueza, e passa de um humilde pastor para um comandante arrogante. Imediatamente, ele esquece sua família de adoção, bem como sua mulher, não reconhecendo inclusive o filho que tem com ela. Tudo o que importa para Páris é a beleza e a liderança, motivo pelo qual ele se ressente de Heitor.

Ah! Heitor! Como não se apaixonar por Heitor? Ele é meu segundo personagem preferido na literatura (a primeira é Morgana, de Brumas). Heitor é um herói troiano com todas as qualidades. Não luta porque quer, mas porque os deuses assim determinaram, ama sua família devotamente, principalmente sua mulher Andrômaca e seu filho Astíanax, e é o único que não duvida de Kassandra e a trata como um irmão mais velho trataria a irmã mais nova. Heitor morre, todo mundo sabe, e da primeira vez que eu li, chorei nessa hora, ao mesmo tempo que me sentia indignada com o que Akiles (Marion preferiu preservar a grafia grega, por isso o K) faz com seu corpo.

E já que falei de Akiles, vamos a ele. Akiles não passa de um  garoto mimado e violento, que acredita ser protegido dos deuses e que não pode morrer. Temperamental, passa boa parte da guerra entocado em sua tenda, por causa de uma disputa com Agamenon (aliás, é aqui que começa a Ilíada) por uma escrava. Mas, ao contrário do filme, não porque tivesse se apaixonada por Briseida, mas porque ela era sua propriedade (escravos eram um sinal de status). Akiles só retorna a luta quando seu “amigo” Pátroklo morre pelas mãos de Heitor. Enfurecido, Akiles mata Heitor e sai carregando seu cadáver atrás da biga (como no filme, mas ele arrasta o corpo por dias). Akiles, ao contrário de Heitor, só pensa em lutar, e não vê valor em mais nada. Seu romance com Pátroklo fica subentendido, nunca sendo realmente mencionado o fato (mas, convenhamos, ele não voltaria para a guerra para vingar a morte de Pátroklo se não fossem amantes).

Helena aqui é retratada como uma mulher amorosa, devota à família e ama realmente Páris. A princípio é vista com desconfiança pelos troianos, mas logo conquista a todos com seu jeito meigo e simples de ser. Também fica amiga de Kassandra, e também não duvida de suas previsões, chegando até a brigar com Páris por este ser tão mesquinho com a irmã.

Marion mistura várias das lendas antigas neste romance, como os centauros (que não são retratados como meio homens, meio cavalos) e as amazonas, dando sempre seu toque e valorizando o culto na deusa Mãe-Terra, como também o faz em Brumas. E às vezes isso entra em conflito com a lenda de Tróia. Por exemplo, Tróia não era a cidade de Apolo, mas sim de Afrodite. Era a cidade da beleza. E quem queria a destruição de Tróia eram Hera e Atena, que perderam no concurso em que Páris diz qual das deusas é a mais bela. E, como todos sabem, Tróia cai por causa do famigerado cavalo, ideia de Odisseu, para colocar os gregos dentro dos muros. Mas isso não tira em nada o encanto do livro, e a história é envolvente e emocionante.

Trilha sonora

Uma música que eu adoro e que cairia bem é Now we are free, tema de Gladiador (é a que toca no final). Além disso, as instrumentais de Hans Zimmer (o cara por trás da trilha de Gladiador) ou as do filme mesmo. Aliás, a que toca no final,

Filme

Apesar das críticas de todos os lados, eu adoro o filme Tróia. Claro que ele tem várias diferenças, sendo que a mais gritante é que Aquiles não é amante de Pátroclo, mas dá pra entender, né? Imagina ver Brad Pitt e Garret Hedlund making out na tela… (nào tenho nada contra homossexuais, mas ver homem com homem não é o meu negócio) Melhor só ver ele com Briseida mesmo (ai, que delícia!). E Agamenon morre ao voltar para casa, assassinado pelo amante da mulher (claro que Klitemnestra tinha um amante. Agamenon passou dez anos na guerra, o que ele queria?). Fora isso, até que o filme é bem fiel à Ilíada. Depois, existe uma coisa chamada liberdade criativa, que permite que se baseie uma obra em outra. Eu também acho que o elenco é muito bom, com destaque para Eric Bana como Heitor (adivinha quem eu imaginava como Heitor…). Gosto muito dele, em todos os filmes que faz, e acho que a cena dele e Aquiles se preparando para o confronto em que Heitor morre é uma das melhores que eu já vi, e sem nenhum diálogo. E a caracterização é muito boa também. E ninguém melhor que a lindíssima Diane Kruger como Helena (que era a mulher mais bela do mundo na época. Que tal ela para Afrodite se um dia resolverem filmar os outros Percy Jackson?)

Se você gostou de O Incêndio de Tróia, pode gostar também de:

  • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley
  • Coleção Ramsés – Christian Jacq

Curiosidade

Há rumores que a cidade de Tróia realmente existiu, e que na realidade foram muitas, que caíram, devido a terremotos ou guerras, mas outra cidade era erguida no lugar. Hoje, é o nome de um sítio arqueológico próximo a Hissarlik, na Anatólia, na costa da Turquia, aos pés do Monte Ida. A Tróia homérica (e, consequentemente, a retratada no romance de MZB é denominada Tróia VII (todas as cidades encontradas lá são chamadas Tróia).

(Fonte: Tróia)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Toy Story 3

 

Toy Story Consegui uma sessão legendada de Toy Story para assistir! O ruim é que o desrespeito continua. A única sessão legendada é às 21:40, e tenho que dizer que tinha bastante gente e, fora uns três aborrecentes, a plateia era composta de adultos. Prova de que nós também gostamos de animação, e legendada. Fica aí o meu protesto.

Voltando ao filme. Uma palavra: fofíssimo! E é o melhor deles. Pelo menos, o mais engraçado. Mas tem os momentos de partir o coração. Tudo começa com o dilema vivido por Woody e sua turma quando Andy parte para a faculdade. O que será dos nossos amiguinhos? No fim, claro, tudo acaba bem (até com um ganchinho para quem sabe um quarto), mas os brinquedos mais fofos do mundo passam por poucas e boas até chegar lá.

Por um engano, chegam à creche, onde vão conhecer um urso do mal, mas que parece superfofo, e, o melhor, um Ken metrossexual muito cômico.Ele é o responsável por boa parte das risadas no filme, por exemplo, quando protesta dizendo que não é brinquedo de menina (há até melhores, mas aí vou estragar uma parte do filme. Para saber o que é, assista).

Os novos brinquedos são uma boa adição à turma, como o já mencionado urso do mal, Lotso. A princípio amigável, Lotso não demora para mostrar seus verdadeiros objetivos. E se mostra um manipulador de primeira, além de um ditador implacável.

Também houveram baixas durante os anos: Bo, a namoradinha de Woody, e aquele pinguinzinho, foram embora (em venda de garagem ou para doação), o que reforça o medo dos brinquedos sobre qual será seu futuro: o lixão ou doação?

O tempo também passou para o simpático cachorrinho de Andy. Agora, já gordinho e grisalho, continua fiel a Woody, mas não tem mais o pique de antes.

Sobretudo, o filme é sobre o crescimento e os dilemas que enfrentamos durante o processo. Andy está inda para a faculdade, mas ainda tem um pezinho na infância, e Woody, por outro lado, vive com a angústia de ver seu dono querido ir embora, e tem dificuldades para aceitar que ele não vai mais brincar como antes. O filme trata com delicadeza esse assunto, e muitas vezes as lágrimas chegaram perto de cair.

Uma ótima animação, não só para as crianças, mas também para os adultos, e muitas das piadinhas são entendidas só mesmo por adultos. Vale o ingresso.