sábado, 12 de abril de 2014

Ordem de Extermínio – Maze Runner Prequel – James Dashner

 

The Kill OrderAntes de o CRUEL existir, antes que houvesse o Labirinto e muito antes que Thomas ingressasse na Clareira, as chamas solares assolaram a Terra e destruíram o mundo que a humanidade considerava salvo... Mark e Trina estavam lá quando tudo aconteceu, e sobreviveram. Mas sobreviver às chamas foi fácil se comparado ao que viria depois. Agora, um vírus que toma conta da mente com violência e dor se espalha por todo lugar e existe algo muito suspeito sobre sua origem. Pior ainda: ele está em mutação e as evidências sugerem que a humanidade se ajoelhará diante do caos, prevendo uma morte inevitável e assustadora. Mark e Trina estão convencidos de que existe uma maneira de salvar os poucos que restaram. E estão certos de que podem encontrá-los. Porque neste novo e devastado mundo, cada vida tem um preço. A sua também. E para alguns, você vale muito mais morto do que vivo. Ordem de Extermínio é a origem da trilogia Maze Runner, best-seller do New York Times, sucesso internacional em vários idiomas. Aqui encontraremos a história da destruição do mundo e da civilização, e de como o Fulgor fez com que alguns planejassem soluções drásticas e cruéis para a sobrevivência dos seres humanos... e do planeta à beira do caos e da extinção.

Em primeiro lugar, esclarecendo (mesmo porque acabei de ver isso no skoob), este não é o livro quatro da série Maze Runner. É, sim, uma prequel, ou seja, narra os acontecimentos anteriores à WICKED, ao labirinto, a Thomas e cia.

O prólogo até mostra Thomas e Teresa, no momento em que Thomas está se encaminhando para a caixa que vai deixá-lo na Clareira, mas é só. Daí corta para algum tempo atrás, mais exatamente um ano após as explosões solares que devastaram o planeta. Mark, um garoto de 17 anos, sobrevive junto a um grupo num assentamento em algum lugar das Montanhas Rochosas, creio eu. Os poucos sobreviventes do grupo se organizaram em um acampamento e vivem da caça que conseguem encontrar. E a vida segue sem maiores problemas até que um grupo uniformizado, com roupas protetoras para radiação, e que sem motivo aparente saem atirando em todo mundo com uma espécie de dardo. Quem é atingido cai imediatamente, e quem resiste, aos poucos vai desenvolvendo atitudes estranhas, comportamento violento e psicótico. Já reconheceu a tal da Flare, não?

Mark consegue escapar, junto com sua amiga (e provavelmente um pouco mais) Trina, Alec, um veterano de guerra que já havia ajudado Mark quando as explosões começaram, e mais um punhado de pessoas, que nem tem muita participação mais para a frente. E a partir daqui, a vida desse pequeno grupo é correr, ou morrer, sem trocadilho. E o objetivo é saber quem, e por quê, está por trás do ataque. No caminho, eles passam por outra aldeia, totalmente dizimada, exceto por uma menininha de 5 anos, Deedee. Assustada e sozinha no mundo, Deedee vai se mostrar muito importante para a trama.

Mark é o personagem principal nesta prequel. Ele é um jovem de 17 anos que teve que amadurecer muito rápido, por causa das explosões. Determinado, Mark não tem medo do que tem que fazer para sobreviver e proteger seus amigos. Mas ele, até pela idade, ainda tem um pouco de inocência, e não consegue deixar de se espantar quando o assunto é ter que matar alguém. Porém, Mark aprende rápido, e logo o menino dá lugar a um jovem mais endurecido. Mark faz o que for necessário para proteger Trina, principalmente, mas na realidade quem quer que ele considere amigo. Mark é inteligente e curioso, o que se prova uma ótima combinação em se tratando de saber o que realmente aconteceu. Mas ele também tem momentos de reflexão mais profunda, e até dá pra sentir aquela paixonite dele em relação a Trina, típica de adolescente. É até bonitinho.

E Trina? Bem, ela é uma garota da mesma idade de Mark, é bem madura e prática, não é do tipo que fica se lamentando e parte para a ação. Só que a visão que temos dela é meio idealizada por Mark, o que não anula de jeito nenhum o que eu já coloquei. E Trina também tem o mesmo instinto protetor de Mark. Ela protege Deedee de tudo, mesmo depois de uma tragédia se abater sobre ela, mas não posso elaborar muito Trina para não dar spoiler.

Ainda fazendo parte do grupo de Mark está Alec, o tal veterano do exército. Ele atua como um comandante, justamente porque tem experiência militar, mas apesar do tipo durão, ele na verdade é bem paizão. Só que ele sabe que às vezes tem que tomar decisões mais duras, mesmo que isso pese em sua consciência depois, e que vai ter que viver com isso. é ele quem resgata Mark e Trina quando as explosões solares acontecem, e vira meio que o líder do grupo depois disso.

Do outro lado, só mesmo a WICKED, que a esta altura não tem este nome, mas agora não lembro também. E ela é representada por várias pessoas, não uma só, e nenhuma delas aparece por muito tempo. E nenhuma delas tem respostas muito claras quanto ao que está acontecendo. Por isso, um aviso: apesar de se tratar de uma prequel, leia antes a trilogia Maze Runner, porque senão você pode não entender. Porque nós sabemos no que isso vai dar por causa de Maze Runner, neste as coisas não ficam muito esclarecidas. Assim, não dão motivo dos ataques, por exemplo, e ficamos com várias informações vagas (de novo, caso você não tenha lido Maze Runner, realmente se perde aqui). E isso me incomodou um pouco.

A narrativa se divide em duas: uma em que Mark, Trina, Alec e cia. tem que ir atrás da WICKED para tentar descobrir o que acontece, e ao mesmo tempo que tem que sobreviver. E outra em sonhos, relembrando o momento das explosões solares. Interessante que a narrativa principal é no passado, e os flashbacks são narrados no presente. Achei osso interessante porque confere mais dramaticidade e imediatismo ao que já passou, em vez do que está se desenrolando. E a narrativa como um todo é boa, e prende a atenção, só que a trilogia original é melhor. Não sei se o autor pretende fazer uma continuação deste, porque muitas coisas não foram respondidas, e achei que o prólogo e o epílogo, que já entrego que conta com os personagens de Maze Runner, ficaram meio jogadas, não entendi o propósito. Tenho minhas suposições, mas não posso discutir sem dar spoilers.

Trilha sonora

Só consegui pensar em uma: Explorers, do Muse (a world lush and green, with rivers running wild, they´ll be re-routed south, with none left for you or for me).

Se você gostou de Ordem de Extermínio, pode gostar também de:

  • Maze Runner – James Dashner;
  • Jogos Vorazes – Suzanne Collins;
  • Divergente – Veronica Roth.

PS: demorei para postar porque terminei o livro justamente quando começou a quarta temporada de GoT, e daí já viu, né? Minha atenção foi praticamente toda tomada por isso. A resenha do primeiro episódio também me deu um trabalhinho para escrever, e tomou muito tempo, e acabei atrasando essa. Também peço desculpas porque esta não está tão boa, mas é que terminei agora, e já acabei o livro tem um tempinho. Obrigada pela compreensão!

2 comentários:

Golimix (Lina) disse...

Olá. Acabei de ver o 1º filme de "Maze Runner" achei interessante mas fiquei com muita vontade de aprofundar em livro, já que sempre acho que filmes abordam os livros muitooo superficialmente. Como gosto dos estilo decidi investigar sobre os livros para encomendá-los.

E isso me trouxe ao seu blogue! =)
Tenho algumas questões que, se pudesse, gostaria que respondesse.

Aqui em Portugal, que é onde vivo, não falam nesse livro a tal prequela, "Ordem de Extermínio". Ou pelo menos eu não encontrei. Só existirá em Inglês ou aí no Brazil?
Não cheguei a perceber se nos aconselha a ler esse primeiro ou os outros?

Obrigada, e claro, parabéns pelo Blogue é ótimo! ;)

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Lina!

Muito obrigada!

Olha, eu li em inglês, mas já vi aqui em português também. E eu sinceramente não gostei muito desse prequel, acho que a trilogia é bem melhor, mas não vou aconselhar você, decida-se por você. Mas se decidir ler, leia primeiro os outros livros, ou você vai se perder, apesar de este em teoria se passar antes.

Beijo!