sábado, 14 de dezembro de 2013

Divergente – Divergente #1 – Veronica Roth

 

DivergentNuma Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.

A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.

E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

Eu não sei bem porque não li esse livro antes, mas com a proximidade do filme (mais ou menos) e muitas recomendações de amigos, eu resolvi tentar. E como eu havia antecipado no vídeo com as Dicas de Leitura para as Férias, não é que eu viciei? Li rapidinho, e a cada página cada vez mais envolvida com a história de Tris.

Beatrice vive com sua família na facção da Abnegação, numa Chicago futurista onde os cidadãos são divididos entre facções. Ela tem 16 anos e está prestes a passar pela cerimônia de escolha, para definir onde será seu futuro. Mas Beatrice tem um problema: ela nasceu e cresceu na Abnegação, mas como o nome da facção diz, ela não se sente nada abnegada e altruísta. Ela sempre se considerou uma intrusa na própria família por causa disso. E vamocombiná que a vida na Abnegação não é nada agradável: todo mundo anda com as mesmas roupas, mesmo tipo de corte de cabelo, as casas são todas iguais e o estilo de vida é minimalista. Senso de individualidade não existe porque isso é auto-indulgência. E Tris nunca se sentiu assim. É vista pelos outros como egoísta e mentirosa.´

Só que ai fazer seu teste de aptidão antes da cerimônia de escolha, seu resultado foi inconclusivo. Ou seja, ela é divergente. E por isso sua estranheza. E assim ela escolhe ir para a facção Audácia, que como o nome diz, só preza a coragem. Loucura e desejos suicidas me parecem mais apropriados. Porém, ser divergente é algo perigoso, e Tris deve manter seu status em segredo, com risco a sua própria vida se alguém descobrir o que ela é de fato.

Tris começa o livro como uma garota insegura e até um pouco ingênua, ambas as características fruto de sua criação protegida e rígida. Seu pai vê sua escolha pela Audácia como uma traição, para se ter uma ideia. Mas aos poucos, com o treinamento que recebe em Audácia, ela se transforma em uma das protagonistas femininas mais fortes que eu já vi. Ela é perspicaz e inteligente, destemida e decidida. Contudo, ela ainda mantém um pouco da menina proveniente da Abnegação. Mas não vou falar como nem porque para não estragar.

E claro que para uma grande mocinha tem que haver um grande mocinho. e no caso ele responde pelo número Quatro. Calma, minha gente, eu não confundi com John de Os Legados de Lorien. Quatro é instrutor de Tris, e ele tem nome, mas não vou falar por enquanto para não estragar a surpresa. Quatro é um professor dos bons, mas que acredita no método tough love de ensino. O que nem é de se surpreender no caso da Audácia, né? Vocês não esperavam um Professor Lupin, não é mesmo? Só que Quatro tem um outro lado mais suave, sem ser piegas ou meloso. Ele é bem novinho também, só tem 18 anos, e é super badass. Na verdade eu não posso falar muito mais de Quatro sem entregar nada, por isso vou parar por aqui.

E se Tris se sentia sozinha e isolada na Abnegação, na Audácia ela faz alguns amigos, dos quais vale destacar Christina, uma transferência vinda da Franqueza. Ela é, como diz o nome de sua facção de origem, ela é brutalmente honesta, e não sabe quando calar a boca, então ela é até um pouco grosseira às vezes. Mas também é doce e uma boa amiga. Will, uma transferência da Erudição, analítico e bem humorado; Uriah, que apesar desse nome horroroso, é um fofo. E também, não na Audácia, mas na Erudição, preciso falar do irmão de Tris, Caleb. Ele é o perfeito habitante da Abnegação, mas acaba escolhendo a Erudição, o que é considerado uma traição ainda maior que a de Tris, porque há uma rivalidade entre as duas facções. Já explico um pouco melhor o lance das facções.

E claro que Tris também acaba fazendo alguns inimigos. Principalmente entre os que nasceram na Audácia. Entre eles, e eu acho que o pior, é Peter. ele fica incomodado ao ver que os resultados de Tris no treinamento vão ficando cada vez melhores. E por inveja, ele sempre acha um jeito de fazer a vida de Tris ainda mais difícil do que já é. E também Eric, o outro instrutor da Audácia. Eric é um sádico de primeira, e gosta de abusar dos iniciantes. Só que Eric não é bem o que aparenta ser, há mais nele, mas não posso falar. E preciso falar de Jeanine, a chefona da facção Erudição. Ela é a típica líder sedenta de poder, e é inteligente e sádica também. Ela não aprece muito ainda, mas o pouco que está presente é de gelar o sangue, e aposto que ela ainda vai causar muitos problemas nos próximos. Fazendo um paralelo, ela é a versão de saias do Presidente Snow de The Hunger Games. E guardem isso que vou retomar.

Lembra que eu falei que ia explicar melhor o lance das facções? Bom, depois de algum desastre, que não fica claro neste primeiro, pelo menos, Chicago está em ruínas e onde antes haviam os Grandes Lagos agora há só um pântano. O que há além disso, não se sabe. E a cidade agora é cercada por um muro, ou cerca. E os habitantes da Audácia são responsáveis pela segurança de todos.  Além da Abnegação e da Audácia, há também as facções Erudição, Franqueza e Amizade. Ao completar 16 anos, todos os jovens passam por um teste de aptidão e depois escolhem suas futuras facções. Na maioria dos casos, eles ficam na mesma de origem, mas há algumas transferências. E os divergentes, que são raros e não se encaixam em nenhuma facção específica, porque tem características que se encaixam em mais de uma. Os governantes vem da Abnegação, porque acredita-se que os habitantes dessa facção, por serem naturalmente altruístas, e assim podem governar para o bem de todos. Mas claro que isso não agrada a todos, e logo começam a se espalhar rumores de corrupção na Abnegação. E isso leva a um sério conflito. E Tris se vê no meio de tudo isso. Novamente fazendo um paralelo, ela age mais ou menos com Katniss em desencadear a revolução.

E falando nisso, é clara a influência de vários outros livros na narrativa de Veronica Roth: o mundo distópico, a divisão em facções (ou distritos) de Jogos Vorazes; a divisão por habilidades de Harry Potter; a narrativa ágil de Percy Jackson; o romance de Os Instrumentos Mortais. E como eu disse no vídeo mencionado lá em cima, não vejo nada de errado nisso, contanto que o autor saiba levar a história. E Veronica Roth sabe. A narrativa é em primeira pessoa, na visão de Tris, e ágil, repleta de ação e reviravoltas. Algumas coisas são previsíveis, mas outras pegam a gente de surpresa. Mas talvez a previsibilidade venha exatamente por eu já ter lido todas as outras séries. No começo, parece que não acontece muita coisa, mas o final totalmente compensa por isso. E não estou dizendo que a narrativa se arrasta, pelo contrário. As coisas acontecem bem rápido, e a gente não desgruda do livro até o final. E o filme sai em março do ano que vem (pelo menos lá fora. Aqui já não tenho certeza), então fique com o trailer:

Trilha sonora

Send the pain below, do Chevelle é perfeita. Right before your eyes, do Hoobastank também. Nerve damage, do Lifehouse também é boa, Whataya want from me, da Pink com o Adam Lambert é tema de Tris e Quatro, e finalmente Set fire to the rain, da Adele. (Atualização) Também You found me, do The Fray.

Se você gostou de Divergente, pode gostar também de:

  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • Percy Jackson – Rick Riordan;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Jogos Vorazes – Suzanne Collins;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Bloodlines – Richelle Mead.

4 comentários:

Wander disse...

Ola Fer!! I'm back! hahahaha
Vi que vc compartilhou a postagem no face e nao resisti pra ver a sua review sobre esse livro.
Eu li ele a cerca de um ano e meio atrás, e nem lembro se eu cheguei a te indicar ou não; mas eu curti bastante. Na epoca o filme era um projeto e nem sequer tinha o nome da Kate Winslet envolvido.

Eu vou reler o livro novamente agora no inicio do proximo ano, pra me aquecer pro filme que estréia em março, mas eu tenho minha memória fresca em algumas coisas, outras não lembro mesmo haha. Eu curti bastante, nada genial como THG, mas bem longe de ser a decepção que foi ler Instrumentos Mortais ou Feios (da série Perfeitos). A protagonista é muito bem desenvolvida, impossivel voce nao se envolver e torcer por ela. O 4 tbm é otimo. A historia deles é bem estruturada. Voce fez bastante misterio acerca dele na review, mas o trailer do filme entrega quase tudo hahaha. Vale a pena tbm citar a Tori, que é a responsavel por aplicar o teste e é quem descobre que ela é divergente e a adverte para esconder isso, e obviamente, esconde algo que esta envolvido a isso.

Quando eu reler vou ter uma opinião melhor, mas eu me surpreendi positivamente. Estou com medo do filme, porque estou torcendo muito para que seja sucesso, não apenas porque gostei do livro, mas tbm pelo elenco excelente!! Adoro a Shailene (ela foi elogiadíssima por Os Descendentes e tbm por um filme indie lançado esse ano, Spetacular Now), Ashley Judd a diva Maggie Q (de Nikita), isso claro pra não citar a espetacular e uma das melhores atriz do cinema, Kate Winslet. Essa mulher tem uma filmografia impecável, não acredito que ela não aceitaria participar desse projeto, sem antes ter certeza que se trata de algo bom.

Estou com Insurgent pra ler a quase um ano, mas vou deixar pro ano que vem.

Beijos Fer, estava com saudades de comentar por aqui rs. ótima review, como sempre!!!!

PS: Voce citou Os Legados de Lorien, voce continuou com a serie?? Li os tres primeiros livros, e descobri que o ator abandonou o projeto no final do The Power of Six. Estou no aguardo do lançamento do quarto, A Queda do Cinco, mas o anterior foi tão fraco, que mal lembro da historia hahaha.

Nadia Viana disse...

Oi, Fê.
Já tenho os dois primeiros livros, mas tenho andado devagar para dar conta de todos rsrs. Mas estou louca pra ler. Li muitos elogios sobre o livro. Antes da estreia do filme eu leio. :)

Beijos.

Jéssica Soares disse...

Oi, Fê! Que bom que vc gostou de "Divergente"!!! Concordo com muita coisa que você disse e sobre o livro se parecer com THG, eu acho isso natural tbm no sentido que é uma distopia, é óbvio que os dois livros teriam elementos iguais... Querendo ou não, as novas distopias estão se parecendo com alguma coisa que a gente leu por esse motivo mesmo. Nós já lemos e assim faremos associações... Mas eu fico louca da vida quando falam que é imitação pura, garrei um amor por "Divergente" que agora estou defendendo com unhas e dentes haha Ainda não li "Insurgente", mas estou empolgada! Bjão
Jess

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi gente!

Wander, que saudades! Realmente, não tem a genialidade de THG, mas eh bom também. Nao acho que o trailer entrega tanto assim quem o Quatro eh, só mesmo se você souber de antemão. A concordo, a Kate Winslet eh sensacional, nao acho que faria algo besta ou de pouca qualidade pelo dinheiro. So ver a filmografia dela. Ah! Eu só li os dois primeiros de Lorien, por enquanto, mas gostei deles. O segundo mais que o primeiro.

Nádia, você vai gostar bastante. E vai ler rapidinho, você vai ver.

Jess, eu concordo com você, nada a ver esse negocio de ficar comparando uma coma outra. E tem espaço tanto para THG como Divergente. E quanto a ser previsível, ou se parecer muito com outros, eu não logo muito, porque diferente de muita gente, Veronica Roth soube desenvolver bem a historia e seus personagens. Ja estou terminando o segundo, e ele totalmente me pegou de surpresa.

Beijos!

Fer