domingo, 22 de julho de 2012

Amante eterno –Irmandade das Adagas Negras #2 – J. R. Ward

 

Amante eterno Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra entre vampiros e seus carrascos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Possuído por uma besta letal, Rhage é o membro mais perigoso da Irmandade da Adaga Negra. Dentro da Irmandade, Rhage é o vampiro de apetites mais vorazes. É o melhor lutador, o mais rápido a reagir, baseado em seus instintos, e o amante mais voraz, porque em seu interior arde uma feroz maldição lançada pela Virgem Escriba. Possuído por esse lado sombrio, Rhage teme constantemente que o dragão dentro de si seja liberado, convertendo-o num perigo para todos à sua volta. Mary Luce, uma sobrevivente de muitas adversidades, entra de maneira involuntária no universo dos vampiros, contando apenas com a proteção de Rhage. Concentrada em combater a sua própria maldição, potencialmente mortal, Mary não está buscando o amor e perdeu sua fé em milagres tempos atrás. Mas quando a intensa atração animal de Rhage se transforma em algo mais emocional, ele sabe que Mary precisa ser sua e de mais ninguém. E enquanto os inimigos fecham o cerco, Mary luta desesperadamente para alcançar a vida eterna com aquele que ama...

Não li esse livro antes, apesar de ficar com água na boca depois do final do primeiro, porque eu já tinha planejado reler As Crônicas do Gelo e do Fogo. Então, intercalando os livros de George R. R. Martin, eu preciso de algo mais light, ou, no caso, absolutamente não-pensante. Mas um alerta: essa coleção eu recomendo só para as meninas, porque é livro de mulherzinha, falou?

Como diz a sinopse, este segundo é focado em Rhage, também conhecido como Hollywood. Isso porque o cara é lindo de morrer (óbvio), louro, alto a atlético. E se não me engano, além de ser membro da Irmandade, o cara é ator (isso está no primeiro, mas não lembro dos detalhes). Rhage não tem esse nome (fúria) à toa. Há aproximadamente 100 anos, ele fez uma besteira das grandes, e desagradou profundamente a Virgem Escriba (espécie de divindade adorada pelos vampiros. Mas esta entidade é bem real), que o amaldiçoou: durante 200 anos, sempre que se descontrola, Rhage vira uma espécie de dragão (em algum lugar, Dany deve estar fervendo de raiva) e nessas horas, ele não reconhece amigo ou inimigo. Para manter a besta sob controle, só há duas maneiras: brigas ou sexo. Por isso, o cara é meio instável, e o maior pegador da Irmandade. Mas isso só até aparecer na sua vida Mary.

Mary é um jovem um tanto amargurada com a vida, depois de assistir impotente à morte da mãe. E se isso não bastasse, ela ainda sofre de leucemia, e está para morrer. Tudo bem, isso não é nada legal, mas a moça é chata pra burro. E acho que bem insossa. Não se envolve com ninguém, não tem amigos, a não ser Bella (chego nela daqui a pouco). Não tem muita coisa para dizer sobre Mary, mas é claro que a vida dela vira de ponta cabeça quando surge Rhage. Até aí, o livro é bem como o primeiro, a mesma fórmula: menina sem graça e doente, solitária, encontra homem (ou vampiro) irresistível e um verdadeiro deus do sexo, que não sabe como lidar com as emoções.

E no meio disso tudo, a guerra entre a Irmandade e os Redutores corre solta. Após a derrota do primeiro, os Redutores estão se reagrupando, e com novas ideias para combater os vampiros e liquidar a Irmandade. O Sr. O continua subindo na organização, mas ainda está em posição inferior ao Sr. X. Mas neste, a gente descobre um pouco sobre o passado de O, antes dele virar um redutor.

Também destaco neste um novo personagem: John Mathew, um jovem franzino e mudo, que cresceu em diversos orfanatos. John na verdade é um vampiro, mas não sabe disso. E está bem próximo da transformação. E também Bella, a amiga de Mary, que também é vampira, e vai ser importante no próximo. Ela é a corajosa que chega perto de Zsadist, o vampiro mais cruel e mal-encarado da Irmandade. Beth e Butch também aparecem neste, mas pouco (mais Butch que Beth).

Novamente, a história é fraca, e no caso deste livro, demorou para emplacar (eu só persisti porque queria muito reler A Storm os Swords, e queria começar logo). E a autora se superou nas cenas de sexo. Sério, George Martin ia ficar bem ruborizado com elas. Como eu disse na resenha do primeiro, não tenho nada contra, mas elas beiram a baixaria. Mas na verdade, é isso que mais vale no livro, porque como eu disse, não tem muita história. E a ação fica em segundo plano. Este também deixa um gancho para o próximo livro da série. E só mais uma coisa que eu esqueci de mencionar no outro: para uma série de vampiros, ela tem surpreendentemente pouco sangue. Como eu já disse, não é nada especial, só mesmo um alívio entre um livro denso (leia-se melhor) e outro. Mas descartável.

Trilha sonora

The number of the beast, do Iron Maiden (e fala sério, esses vampiros dessa série tem um mau gosto musical do caramba: 2Pac, 50 Cent…argh! Esqueci de mencionar isso no outro post). E The monster's loose, do Meat Loaf (mas esta última merece livros e personagens melhores, como eu já relacionei aqui, por exemplo).

Se você gostou de Amante Eterno, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • As Crônicas de Sookie Stackhouse – Charlaine Harris (e a série True Blood);
  • As Crônicas vampirescas – Anne Rice;
  • Drácula – Bram Stoker.

4 comentários:

Nadia Viana disse...

"George Martin ia ficar bem ruborizado" hahahaha. Você leu a entrevista dele que publicaram no GameofThronesBR? Muito boa. Falando de como alguns leitores acham normal a descrição de um machado entrando em um crânio mas se incomodam com a descrição de uma relação sexual rs. Adorei o que ele falou.
Eu vi umas pessoas no skoob reclamando do Ken Follett também. Gente, quanto puritanismo dessas pessoas. A volência é super banalizada, mas o sexo ainda é tabu. Fico perplexa com isso.
Fê, eu adoro vampiros, mas não li quase nada. Li os mais antigos: Dracula e Carmilla. Estou pensando em ler os da Anne Rice. Você leu algum dela?
Beijos,
Nadia

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Nádia!

Li sim, adorei. Até compartilhei no FB. E concordo com ele, um machado na cabeça de alguém não faz mal, mas alguém transando, é o fim do mundo...Mas sério que as que ele escreve são fichinha perto desse livro...Sào assim, 2,3 páginas pormenorizadas, com cada movimento, etc. Não tenho nada contra (se tivesse, teria parado no primeiro da série), mas chega muito perto da baixaria mesmo.


Olha, eu li Entrevista com o vampiro e Rainha dos Condenados, mas faz tempo. Lembro que gostei bastante, mas só isso.

Beijos!

Wander disse...

Boa noite!

Que preconceito Fê, dizer que é livro de mulherzinha! LOL... Estou brincando kkkkk. Eu comecei a ler os livros d'A Irmandade da Armada Negra há uns 3 anos, quando no auge de meu fascínio pela mitologia vampírica, queria ler o máximo de livros de vampiros possiveis; mas nunca terminei a serie, só li ate o fim do 6º e sei que tem mais livros lançados, mas nunca me interessei. Na epoca eu baixei mesmo, pq nem tinham sido lançados aqui.

Eh como tu disse; pra mim esses livros são um Twilight pornô, mas de forma procedural rs. A formula vai se repetindo, mas eu ate gostei do livro do Rhage e tbm gostei muito do Z (acho que eh o 3º ou 4º, nao me recordo bem). E esse foi um dos motivos que fez eu largar.

E tbm acho que tem muito pouco sangue.. Acho a descrição dos guerreiros meios exageradas, sempre o imaginos como Alcide de True Blood kkk. Ou entao estou confundindo com os livros de Midnight Breed que eu tbm li na mesma epoca (e eu gostei mais do que a Irmandade) e seguem a mesmíssima formula, inclusive nas descrições das cenas de sexo. Nada contra, mas eu ate achava enjoativo em algumas parte e ia pulando haha.

Beijos Fê.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Wander!

KKKKKKKKKK...mas é mesmo! E chega uma hora que enjoa mesmo ler só sobre sexo, sexo...sério, nada mais acontece nesses livros...Mas como eu disse, é descartável, só pra descontrair mesmo de leituras mais legais, como Game of Thrones,por exemplo (porque também só sangue e caos ninguém aguenta ;D mas eu prefiro mil vezes!). Eu tenho até o quinto, então vou lert até aí com certeza, mas não sei quanto ao resto. Como eu falei, cansa sempre a mesma coisa.

Beijos!