Com mais de 15 milhões de exemplares vendidos no mundo, a trilogia Millennium é uma das mais bem-sucedidas séries policiais dos últimos anos, e já conta com uma versão cinematográfica prevista para estrear no Brasil. Quer seja tratando da violência contra as mulheres, quer seja enfocando os crimes cometidos por magnatas ou pelo Estado, a saga cumpre sua principal missão: a de nos prender numa leitura envolvente, cheia de mistérios.
Neste terceiro e último volume da série, Lisbeth Salander se recupera, num hospital, de ferimentos que quase lhe tiraram a vida, enquanto Mikael Blomkvist procura conduzir uma investigação paralela que prove a inocência de sua amiga, acusada de vários crimes. Mas a jovem não fica parada, e muito mais do que uma chance para defender-se, ela quer uma oportunidade para dar o troco. E agora conta com excelentes aliados. Além de Mikael, jornalista investigativo que já desbaratou esquemas fraudulentos e solucionou crimes escabrosos, no mesmo front estão Annika Giannini, advogada especializada em defender mulheres vítimas de violência, e o inspetor Jan Bublanski, que segue sua própria linha investigativa, na contramão da promotoria.
Com a ajuda deles, Lisbeth está muito perto de desmantelar um plano sórdido que durante anos se articulou nos subterrâneos do Estado sueco, um complô em cujo centro está um perigoso espião russo que ela já tentou matar. Duas vezes.
"A Rainha do Castelo de Ar" enfoca de modo original as mazelas da sociedade atual, tendo conquistado um lugar único na literatura policial contemporânea.
Lisbeth vai à forra nesta última parte da Trilogia Millenium. Após sofrer diversos abusos por parte da família e das autoridades suecas, ela parte para o ataque. E podem se preparar, porque uma vez que essa baixinha começa uma coisa, ela vai até o fim.
O livro começa exatamente onde A menina que brincava com fogo termina. Após quase morrer, Lisbeth se recupera no hospital, e está presa, acusada de vários crimes. Ela está isolada em seu quarto, e nem imagina que há uma terrível conspiração para mantê-la presa em um sanatório para o resto da vida. Mas se por um lado há uma porção de gente conspirando contra ela, também há um outro contingente brigando por ela.
Dentre estes, claro, está seu fiel amigo Mikael Blomkvist. Incansável, Blomkvist arriscará tudo até provar a inocência de nossa querida hacker. E, no meio do caminho, não é que o ladies man acaba encontrando uma mulher que o dome? Só que Blomkvist também estará em perigo mortal ao tentar ajudar Lisbeth.
Mais personagens interessantes aparecem no desfecho da trilogia, como a advogada Annika Giannini. Irmã de Blomkvist, ela é persuadida por este a defender Lisbeth. E tenho que dizer que eu não dava muito crédito a ela. Inicialmente relutante a representar Lisbeth, Giannini se mostra à altura do desafio, e surpreende a todos com sua sagacidade.
Outra personagem de destaque é Monica Figuerola, uma inspetora da polícia secreta sueca, viciada em malhação e que encontra em Blomkvist o maior desafio que teve na vida. Destemida, ela entra na investigação contra os conspiradores dentro da polícia secreta, que inclui vários homens poderosos, sem pestanejar.
Erika Berger, amante de Blomkvist, é que parece estar meio deslocada na trama, após sua saída de Millenium. Mas o que acontece é que ela também acaba sendo vítima de um stalker, numa trama paralela que pode acabar com sua vida. E ela mostra um lado desconhecido até então.
Destaque ainda para Ian Bublanski, detetive da polícia sueca que Não tem medo de enfrentar figurões do alto escalão do governo e segue numa investigação paralela sobre o verdadeiro assassino de Dag Svensson e sua namorada Mia no livro anterior. Ajudando o Inspetor Bubble está Modig, uma mulher corajosa e incansável, que não descansa até que se faça justiça.
A ação deste último volume da série se desenrola um pouco mais devagar que nos outros dois, e é preciso prestar muita atenção a todas as traições que acontecem no desenrolar do livro, para não se perder no meio de tanta sujeira. E demora um pouco para que a história engrene. Mas vale à pena, porque o final é simplesmente uma delícia de se ler. Os fãs da série não irão se decepcionar com o desfecho. Uma trama de espiões para Jason Bourne nenhum, botar defeito
Trilha sonora
In the end, do Linkin Park, é perfeita (in the end, it doesn’t even matter). Won’t get fooled again, do The Who, também.
Se você gostou de A Rainha do Castelo de Ar, pode gostar também de:
- Os homens que não amavam as mulheres – Stieg Larsson
- A menina que brincava com fogo – Stieg Larsson
- coleção Jason Bourne – Robert Ludlum ( incluindo os 3 filmes)
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