sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Último Templário

O último templário Durante o ataque muçulmano, em 1291, à antiga cidade de Acre, no Reino Latino de Jerusalém, a galé Templo do Falcão zarpa, levando um pequeno grupo de cavaleiros, entre eles o jovem templário Martin de Carmaux, seu mestre, Aimard de Villiers, e um misterioso baú a eles confiado pelo grão-mestre da Ordem dos Templários momentos antes de sua morte. O barco desaparece sem deixar rastro.

Sete séculos depois, na cidade de Nova York, quatro homens vestidos de templários e montados a cavalo irrompem na festa de abertura de uma exposição de relíquias do Vaticano no museu Metropolitan, espalhando pânico e roubando os objetos expostos. A arqueóloga Tess Chaykin, uma das convidadas da festa, testemunha quando um dos cavaleiros, que parece liderar o grupo, se atém, como num ritual solene, a um único objeto: um misterioso decodificador medieval.

Após o incidente, o FBI instaura uma investigação sobre o caso liderada pelo especialista em antiterrorismo Sean Reilly. Juntos, Reilly e Tess se envolvem em uma corrida mortal por três continentes em busca do local de descanso do Templo do Falcão e da perturbadora verdade sobre sua carga.

Já fazia tempo que eu queria ler este livro, mas só agora consegui (claro, minha irmã trabalhando numa biblioteca que tinha o livro ajudou muito). Pelo nome, eu já sabia que iria gostar. Adoro tudo que tenha a ver com a Idade Média, como já disse, e também ADORO se a trama envolve algum dogma da Igreja. Deixe-me esclarecer uma coisa: sou católica, mas não praticante e tenho minhas próprias ideias a respeito de religião. Acredito em Deus, mas não consigo engolir a Bíblia. Acho que sou racional demais para isso. Não quero dizer que ela toda seja mito, mas não consigo acreditar numa coisa que foi escrita bem depois da época que deveria, sem contar que todos sabem que ela foi editada. Não me levem a mal,não quero ofender ninguém, e respeito as crenças de todo mundo. Mas quando vejo algo que desafia a Igreja, simplesmente não resisto (será que é porque estudei em escola de padres?).

Anyway, voltando ao livro. Trata-se de um suspense cheio de ação, no estilo de O Código Da Vinci, mas  a trama gira em torno do suposto segredo dos templários (não, não é o Graal), segredo este que promete mudar o mundo (será que ele existe? eu me pergunto). E tenho que dizer que, em termos de teatralidade, o ataque ao Metropolitan está empatado com o ataque à Catedral de Colônia de O Mapa dos Ossos. Quatro homens, vestidos como cavaleiros templários invadem a festa, o líder decapita um segurança logo na entrada do museu, e há aquele banho de sangue típico.Muito legal (dá até para imaginar a cena no cinema).

Para investigar o caso, o FBI chama Sean Reilly, homem muito religioso (alguém aí pensou no detetive Seeley Booth, de Bones. Taí uma ótima sugestão para o papel no filme – hehehe), e que trabalha pelas regras. Ele vive sozinho, assombrado pelo peso de um trauma de infância. Para ajudar na investigação, ele conta com Tess Chaikyn, uma arqueóloga gnóstica (quer dizer que ela não põe muita fé em religião – ha! Dra Temperance Brennan, a Bones!) divorciada com uma filha e desesperada para ter aquela chance na carreira. Juntos, eles embarcarão em uma frenética corrida contra o tempo para descobrir a verdade por trás dos ataques.

A dupla até que tem um bom relacionamento, é bem clichê, mas Tess, na minha opinião é egoísta e burra. Faça-me o favor! Quem é que em sã consciência iria se confraternizar com o inimigo? E não estou falando do velho keep your friends close and your enemies closer. Parece que a fulana gosta mesmo de ser o alvo de uma metralhadora(será que tem a ver com ela ser loira? Brincadeirinha, hehehe).

O ritmo do livro é bom, nem muito corrido, nem muito lento, mas eu acho que ele perde um pouco de momentum. Começa cheio de ação, depois para um pouco, para retomar com tudo no final. Mas ainda assim, prende o leitor e as explicações são bem interessantes. E o legal, é que o autor, em vez de contar como um professor, como no Código, muda o tempo e cenário da ação do século XXI para a Idade Média.

É uma boa leitura, embora O Código Da Vinci e a trilogia Sigma sejam melhores. Ainda assim, fiquei com gostinho de quero mais, e me pergunto se o detetive Reilly vai voltar à ativa.

Nota histórica

Os cavaleiros templários tinham a  missão de proteger os peregrinos após a conquista de Jerusalém. Sua sede era no antigo Templo de Salomão, daí seu nome. Eles tinham muito prestígio e acumularam muitas riquezas, durante cerca de dois séculos, até que em 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, o papa Clemente V, juntamente com o Rei Filipe o Belo, da França, condenou todos os templários à prisão, e ordenou a morte de uns tantos (daí sexta-feira 13 ter a fama de ser dia de azar), acusados de heresia. Muitos foram queimados na fogueira. Ao contrário do que se especula, a Igreja simplesmente temia o poder e a influência dos templários, e achou essa desculpa para manter sua hegemonia. Uma batalha de poder, simplesmente. Se os templários realmente acharam um tesouro, ou um segredo poderoso, não passa de especulação (mas que é uma delícia formular essas teorias conspiratórias, isso é)

Filme

Na verdade, não há projetos para transformar esse livro em filme, apesar que daria um blockbuster. Mas o autor é também roteirista, então, quem sabe?

Se você gostou deste livro, pode gostar também de:

  • O Código Da Vinci – Dan Brown
  • Anjos e Demônios – Dan Brown
  • trilogia Força Sigma – James Rollins

6 comentários:

Thiago disse...

estou louco para ler esse livro mas num acho nenhum disponivel,deve ser muito bom.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Pensando bem, faz tempo mesmo que eu não vejo esse livro nas livrarias, Thiago. Como já li, parei de procurar. Eu li da biblioteca que minha irmã trabalha.

Beijos!

Unknown disse...

Nossa, esse livro parece ser muito bom! Fiquei morrendo de vontade de ler!

Anônimo disse...

tem um filme para tv sim!!! o filme foi feito para rede ABC em duas partes!!!! vale a pena conferir !! tem pra baixar,eh o mesmo nome do livro

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Olá!

Eu sei, já assisti. A resenha do filme está com o mesmo marcador do livro.

Beijos!

Anônimo disse...

Estou fazendo uma pesquisa pessoal a respeito do ódio nazista, e cheguei em um ponto onde na grande guerra eclodiu depois de uma desavença entre as Maçonarias dos países envolvidos na época, por esse motivo o titulo desse livro me chamou atenção, e ate mesmo fazer uma leitura mais tranqüila do que eu já estou lendo um tempo, mas me parece q os fatos principalmente q ocorreu na segunda parte do livro apenas uma grande fantasia. Gostaria de saber ate onde é verdade ? Me preocupo mais em ler algo q existiu ou que poderá nos influenciar.