Harry Potter é um menino bastante fora do comum. Está ansioso pelo término das férias de verão. se empenha em realizar todos os deveres de casa e, além de tudo, ele é um bruxo.
Ao regressar para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a atmosfera é tensa. Sirius Black, por muitos considerado um servo de Lord Voldemort, esteve preso por doze longos anos na temível fortaleza de Azkaban, condenado pela morte de treze pessoas com um único feitiço, e agora está foragido. Uma pista indica o lugar para onde se dirigiu – os guardas de Azkaban o ouviam murmurar enquanto dormia: “Ele está em Hogwarts…ele está em Hogwarts.”
Harry Potter não está seguro nem mesmo entre as paredes de sua escola de magia, rodeado de amigos. Porque, ainda por cima, pode haver um traidor no meio deles.
Claro que depois de ser fisgada por Pedra Filosofal e Câmara Secreta, eu tinha que ler Prisioneiro de Azkaban logo que foi lançado. E, a partir deste, já dá para notar um amadurecimento de Rowling como escritora. Ele não é tão infantil e começa a abordar temas mais complexos, como o preconceito. E Prisioneiro de Azkaban também traz um tom mais dark para a série.
Pela primeira vez, dá para sentir a real ameaça de Lord Voldemort, com seu suposto discípulo solto e ameaçando Harry de morte. O sentimento de medo se intensifica pela presença dos Dementadores nos portões de Hogwarts (e, vamos falar sério, eles são assustadores). E daqui pra frente as coisas só tendem a piorar (digo, em termos de ameaça).
E os personagens já amadureceram um pouquinho. Harry já não tem mais tanto medo e começa a se arriscar mais, enfrentado mais os outros.E também mostra crescimento ao começar a notar garotas. Hermione, por sua vez, devido a sua extrema cautela, pode por a amizade do trio em risco. Pela primeira vez, eles brigam sério, a ponto de não se falarem.
Uma coisa que eu acho muito legal é que começamos a descobrir um pouco da história de Tiago e Lílian, e assim, aos poucos o mistério em torno de Harry começa a ser desvendado. Uma boa adição aos personagens foi o Prof. Lupin. Aliás, ele é o outro lobisomem que eu gosto (lembra do Seth, de Crepúsculo? E são só eles dois mesmo). Ele é como uma luz, uma lufada de esperança com seu jeito calmo e ponderado. E ele é um ótimo exemplo de professor, do tipo que acredita realmente no potencial dos alunos, sempre os encorajando. A cena dele chamando Neville para o ajudar na primeira aula (que aliás é hilária, com o Snape bicho-papão saindo do armário – sem trocadilhos) é um exemplo disso.
Lembra que eu falei que Rowling aborda preconceito? Pois bem, Lupin é exemplo disso também. A a partir do momento que se descobre que ele é lobisomem, começam as desconfianças. E Hagrid também é vítima por seu parentesco com gigantes. Claro, isso já tinha sido mencionado em Câmara, onde pela primeira vez aparece o termo sangue ruim, mas em Prisioneiro isso está mais evidente, culminado com a expulsão de Lupin da escola por ser o que é.
Para quem ainda não leu nenhum livro da série, e nem viu nenhum dos filmes, e pretende começar, eu recomendaria começar por este. Não que haja algo de errado com os outros dois, mas como são mais bobinhos, pode não ser muito estimulante para alguém com mais idade (o que não foi o meu caso).
Curiosidade
Quando Rowling escreveu HP e o Prisioneiro de Azkaban, estava com depressão, daí criou os Dementadores, sua metáfora para esta doença. Quem já sofreu, mesmo que de leve, sabe que a descrição é precisa.
Filme
Foi uma ótima adaptação. E a mudança de diretor, de Chris Columbus para Alfonso Cuarón, foi muito benéfica. Cuarón pegou direitinho o espírito do filme. Algumas coisas ele poderia ter explorado melhor. Por exemplo, poderia entregar o Firebolt para Harry como no livro e explorado a briga do trio, ao invés de deixar isso para o final, quando todo mundo já sabia quem era Sirius de verdade.E aquele freeze do Harry no final é um take ridículo. Confesso também que fiquei um pouco decepcionada quando vi que Lupin não seria Ewan McGregor, como havia sido especulado na época (ele não pôde porque estava filmando Star Wars na época). Mas David Thewlis manda bem e no final acabei gostando. Outra boa coisa foi escolher Michael Gambon para o lugar de Dumbledore, no lugar de Richard Harris, que morreu antes. Nada contra Richard Harris, ele era um ótimo ator (por exemplo como Marco Aurélio em Gladiador ele é fantástico), mas o Dimbledore de Michael Gambon é mais ativo. E a caracterização do Prof. Flitwick está bem melhor. Em lugar nenhum diz que ele é um duende. E, neste filme, a participação dos gêmeos é maior (eba! Eles são meus favoritos).
Se você gostou de O Prisioneiro de Azkaban, pode gostar também de:
- coleção Harry Potter – J.K. Rowling
- trilogia da Herança – Christopher Paolini
- O Senhor dos Anéis – J.R.R. Tolkien
- Percy Jakson e os Olimpianops – Rick Riordan
- coleção House of Night – P.C. e Kristin Cast
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