terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A Batalha do Apocalipse

 

batalha apocalipse Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.
Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.

 

Assim que vi a capa desse livro, eu já fiquei fascinada. Já disse que, às vezes, julgo, sim, o livro pela capa, e essa é muito bonita. Claro que por se tratar de uma fantasia, também me chamava a atenção. Só tenho um queixa: mais ou menos uma semana de eu comprar, ele entrou em promoção com um descontão em todas as livrarias. Razão: saiu uma edição com mais ilustrações e cenas adicionais. Just my luck…

Mas, fora isso, fui surpreendida por uma leitura deliciosa, um passeio maravilhoso pela História da Humanidade, desde a queda da Babilônia até a Inglaterra medieval. E, falando em História, destaco também,bém a geopolítica criada pelo autor. Já explico. O livro oscila entre o passado e o futura. Mais precisamente, a ano de 2024 (ele não está explicitado, mas em certo ponto, é mencionado que as Olímpiadas foram no Rio de Janeiro há oito anos. Como os Jogos serão na cidade maravilhosa em 2016, até eu consigo fazer essa conta…). E o panorama mundial nesse futuro é sombrio, mas descrito de forma tão realista que me peguei pensando: “Opa, não me lembro disso nas aulas de História…Esqueci tudo!”. E ao ler, faz todo sentido…

E se desenrolam duas guerras ao mesmo tempo: uma no plano terreno e outra no plano místico (bem, não é bem plano místico, mas são tantas divisões que deixo para o leitor descobrir por si mesmo exatamente todas as divisões). O protagonista dessa guerra celeste é Ablon, um anjo renegado, expulso do plano celeste e condenado a permanecer na Haled, o plano humano.

Ablon é um querubim, uma casta de anjos guerreiros, e ele tem a patente de general. Como todo guerreiro, Ablon não conhece o medo, e não pode parar diante de um duelo anunciado. Como anjo, ele mantém suas emoções sob controle máximo, a não ser nas raras vezes em que sua ira é despertada. E ela é colossal. Daí, não há inimigo que não possa ser vencido. Outra característica de Ablon, é que ele é extremamente íntegro. Aliás, foi por essa razão que foi expulso do plano celeste. Por não concordar com as ideias de Miguel (sim, o poderoso arcanjo), ele é banido.

Em sua peregrinação pela Terra, Ablon se depara com Shamira, a Feiticeira de En-Dor.Ela estava sendo perseguida e seria executada na Babilônia. Comovido, ele a salva, e desde então, os dois são praticamente inseparáveis. Nem preciso dizer que Shamira se apaixona pelo belo anjo, e por ele, descobre um m meio de permanecer sempre jovem (não, ela não virou vampira) e logo se torna a pessoa em quem Ablon confia cegamente. É ela que traz um pouco de humanidade ao anjo, e esse laço vai se mostrar mais forte do ambos possam imaginar. Shamira é inteligente, independente e boa. Apesar de ser uma bruxa, ela tem uma pureza e uma luminosidade que impressionam.

Opostos a Ablon nesse combate estão Lúcifer, que culpa o Renegado por sua queda, e Miguel, que por ciúme da maior Criação, acha que toda a humanidade deve ser exterminada. Ambos são ambiciosos e impiedosos. Sem contar que são poderosíssimos e egoístas. Lúcifer, em especial, tem uma lábia e tanto, mas também não pensa duas vezes para trair quem quer que seja. Já Miguel é o tipo que faz tudo na surdina, ocultando suas intenções de todos.

No meio disso tudo, estão ainda Aziel, um ishim, ou anjo que controla os elementos da natureza, em especial, o fogo. Ele é aliado de Ablon,e se mostra um bom parceiro, apesar de sua compleição delgada. Além dele, também destaco Sieme, a Mestre da Mente, uma serafim com poderes de ler a mente humana (e dos anjos). Ela é curiosa e está sempre querendo saber mais sobre nós, humanos.

Do outro lado, há mais dois personagens que merecem menção: Apollyon e o Anjo Negro. O primeiro é o mais fiel servidor de Lúcifer, e inimigo mortal de Ablon. É um assassino cruel e mata por prazer. Já o Anjo Negro é o braço direito de Miguel, e é igualmente cruel. Além disso, ele é um mistério, que permeia todo o livro, pois sempre que aparece seu elmo esconde seu rosto.

Ainda destaco Orion, o Rei Caído de Atlântida. Por seus crimes enquanto monarca, ele é condenado ao Inferno e a integrar o exército de Lúcifer, mas sua alma ainda não foi corrompida. É observador e nunca toma uma decisão sem pensar antes. Apesar de estar do lado de Lúcifer, ele é grande amigo de Ablon, e sofre com tudo que o renegado tem que passar.

Uma bela aventura no tempo e no espaço, A Batalha do Apocalipse é um livro cheio de nuances e detalhes. É fácil se perder, mas vale a leitura. E tem um final surpreendente. E só mais uma coisinha que eu achei muito legal: apesar de de ser um anjo, Ablon reconhece as religiões e deuses antigos. E eles tem seu lugar no plano místico.

Trilha sonora

Várias músicas me passaram pela cabeça enquanto lia esse livro. Uma delas é Dare you to move, do Switchfoot. Também Halo, da Beyoncé (e é só essa que eu gosto dela), Sympathy for the devil, com o Guns, claro. Também as maravilhosas Everything e It is what it is, do Lifehouse. E para finalizar, Fallen, da Sarah McLachlan, especialmente para Ablon:

Heaven bent to take my hand
And lead me through the fire
Be the long awaited answer
To a long and painful fight

Though I've tried, I've fallen...
I have sunk so low
I have messed up
Better I should know
So don't come round here
And tell me I told you so...

E ainda dela, mas agora para Shamira, Angel (que também faz parte da trilha de Cidade dos Anjos)

Spend all your time waiting
For that second chance
For a break that would make it okay
There's always some reason
To feel not good enough

You're in the arms of the angel
Maybe you find some comfort here

Curiosidades

1) Ishtar, a amiga renegada de Ablon era na verdade uma deusa dos acádios (antecessores dos sumérios), que foi mais tarde assumida também pelos nórdicos. Ela era deusa da fertilidade e da primavera. (Fonte:Ishtar)

2) Ablon viveu por um tempo na Roma de Augusto. Ele foi o herdeiro de Júlio César e assumiu o poder através do segundo triunvirato, com Marco Antônio e Lépido. Mas ele derrota Antônio e se tornou único governante de Roma. Ele não quis implantar uma ditadura, com medo que pudesse ter o mesmo destino de seu tio Júlio César. Durante seu governo, Roma conheceu muita prosperidade e o mês de agosto é uma homenagem a ele. (Fonte: Augusto)

Se você gostou de A batalha do Apocalipse, pode gostar também de:

Não consegui pensar em nenhum livro que seja semelhante, mas algumas outras coisas bem legais:

  • série Roma (em especial a segunda temporada)
  • Constantine (que veio de uma HQ)
  • Supernatural (claro)

13 comentários:

Mente Cósmica disse...
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Unknown disse...

Achei que sua resenha transitiu muito bem todas as sensações que temos ao ler o livro. E cá entre nós, Ablon é o máximo!!!!
Quaaase terminando de ler, e adorando!

Alan Cosme disse...

Me pareceu interessante. Acho que vou adquirir esse livro.

Só acho engraçado esse pessoal alardeando que o fim está próximo. Desde que minha avó era menina falavam isso e até agora o mundo teima em não acabar.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Allan,

vale a pena ler. O livro é bem legal, com bastante ação, misturada com sobrenatural e História. E quanto ao outro comentário, eu nem dou atenção. Nema li até o fim.

Beijos!

Anônimo disse...

por favor, gostaria muito de ler esse livro a batalha do apocalipse mais não cosigo baixar o livro, se alguém puder me mandar por email, ficaria muito feliz. thiagojpe@gmail.com abraços a todos!

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Thiago!

Infelizmente não posso te ajudar, porque comprei o livro. Mas tente com alguém no Skoob. provavelmente você vai achar alguém que pode te mandar.

Beijos!

Kathleen disse...

Sua resenha ficou legal, quero ler mas tô com preguiça rsrsrs.
Mas pelo jeito é bem legal =D

Gostei da sua playlist, Symphaty For The Devil do Gun's N' Roses é maravilhosa adoro essa musica - se formos levar em conta o nome da musica tem uma musica do Breaking Benjamin que se chama Dance With the Devil que eu também gosto!

Bjkss ;*
http://blogkathleen.blogspot.com

Anônimo disse...

as primeiras paginas não me chamaram muita atenção, mas resolvi continuar,e pra minha surpresa a história ficou tão interessante. Ainda não terminei, mas já recomendo com certeza.

Anônimo disse...

e a proposito,embora você já deve saber, já tem o segundo livro que embora não seja continuação, tem relação com este. ''Filhos do Éden
Herdeiros de Atlântida (Vol. 1)''. Quando comprei o primeiro já havia este junto, mas precisava saber se eu ia gostar. Pretendo ter em breve. você já leu?

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Olá!

Não sei quem você é, mas concordo. Demora um pouco para engatar, mas depois fica muito bacana. Adorei este livro.

Eu sei que ele lançou mais um livro, Filhos do Eden. E já estou lendo. Eu nem ia ler agora, ia dar um tempo na fantasia, mas depois de ler Ahmnat, me deu vontade. Estou bem no comecinho, mas estou gostando. E ele é mais ágil, pelo que pude perceber, então já empolga desde o começo.

Obrigada pelo comentário e pela visita! Volte sempre! E da próxima vez, deixe seu nome, para eu poder responder adequadamente.


Beijos!

Fernanda

Marilia disse...

Oi Fernanda!
Acho que comprei o livro na mesma época que vc... Eita, sorte errada, hein? u.u

Mas até hj não li. Minto: li 20 páginas e me entediei com a escrita do Sphor, chamando cada personagem com 358 nomes diferentes, um em cada parágrafo. Me perdi lindamente. Acho que a última vez que me perdi tanto lendo assim foi ao pegar o Silmerillion...A diferença é que mesmo perdida no Silmarillion eu achei que a história valia a pena, com a ABDA, desisti. Ainda mais pq Guerra dos Tronos estava me esperando, na estante, com os 4 livros a me encarar.... e desde então estou imersa wm Westeros. A Batalha do Apocalípse vai ter que ficar pra próxima. ;]

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Olá!

Eu não sei seu nome, mas respondo do mesmo jeito. O começo é bem chatinho mesmo, mas depois melhora bastante, e a gente não quer largar. Mas eu entedno perfeitamente: com A Guerra dos tronos esperando...Mas tente retomar mais tarde. Vale a pena. Aliás, eu não consegui terminar O SIlmarillion...eu acho a história bem legal, mas a escrita dele é pesada e cansa um pouco. O que é uma pena, na verdade.

Beijos!



PS: da próxima vez deixe seu nome para eu responder direitinho!

Marilia disse...

Oi Fernanda.
Achei que o Post ia sair com o meu nome pq eu tava logada no Blogger, mas vai entender, né?

Realmente, o Silmarillion é bem cansativo, tanto que eu tive que começar do zero umas 3 vezes até entender tudo o que estava acontecendo... Mas confesso que sou bem fresca mesmo com livros. Comecei a ler ABdA e fui me aborrecendo a cada página. Primeiro porque a impressão das letras (pelo menos na minha edição) etá bem ruim, depois porque o Spohr é bem confuso e, quando encontrei um erro de português perdido no meio de uma das páginas falei "Okay, chega, vamos pra Guerra dos Tronos!"

Mas ainda não desisti dele não. Tá lá, na estante, esperando. Pensei em, antes de lê-lo, pergar Os Filhos do Eden, que todo mundo diz ser mais simples, para me acostumar com universo dele e, aí sim, partir para a Batalha. ;]

Beijos,
Marilia (agora com nome ;])