domingo, 21 de dezembro de 2014

Jogos Vorazes - A Esperança - parte 1

Sendo meu livro preferido da trilogia (COMO ASSIM?, vocês pensam, mas é verdade. Mockingjay é o meu preferido mesmo), eu estava muito ansiosa para ver esse filme, principalmente por causa do que acontece com Peeta (e que graças à brilhante money, money, money ideia de dividir em 2, eu só vou ver no ano que vem). Mas chego lá daqui a pouco. Demorei pra ver nem sei porque, mas finalmente semana passada eu consegui um tempinho e fui conferir.

O filme começa com Katniss encolhida num canto qualquer do Distrito 13, apavorada e resmungando para si mesma, num loop infinito:

Meu nome é Katniss Everdeen. tenho 17 anos. Minha casa é o Distrito 12.. Eu participei dos Jogos Vorazes.Eu escapei. A Capital me odeia. Peeta foi feito prisioneiro. Dizem que ele está morto.É provavelmente melhor que ele esteja...

Até que se acalma o suficiente. A cena é desesperadora. Sim, Presidente Coin está certa ao dizer que os Jogos acabaram com ela. Jennifer Lawrence está sensacional. Ela passa para a gente que está assistindo exatamente o mesmo desespero da personagem. Mas logo vem alguém e tira Katniss desse estado de impotência.

E lá vai Katniss, agora totalmente controlada, falar com a Presidente Coin e Plutarch. E aqui já começamos a ver o jogo de manipulação que Plutarch faz, para que Katniss seja o símbolo da revolução. Claro, no fim, por tudo o que a Capital faz com Peeta, Katniss leva para o lado pessoal e acaba concordando em ser o Tordo, mas ainda acho impressionante a frieza de Plutarch ao tratar Kat, a facilidade com que ele a usa. E preciso dizer que Philip Seymor Hoffmann vai deixar saudade. Um ator excelente, que se foi muito cedo. E nem preciso dizer que Julianne Moore está fantástica como Presidente Coin. Até a caracterização dela, quase sem maquiagem, om os cabelos brancos, transpiram sobriedade. Parabéns ao pessoal da caracterização.



E falando em caracterização, finalmente conseguimos ver Elizabeth Banks por trás das perucas e maquiagem carregada de Effie Trinket. Perfeita. E com papel também de destaque. Effie ainda está naquela faze de negação do que aconteceu, do que a Capital realmente é, apesar de ter tomado um belo choque de realidade. E Elizabeth faz isso lindamente. A expressão cansada e abatida, resignada, mas com forças para seguir em frente, e fazer o que estiver a seu alcance, que sendo Effie, na verdade não é muita coisa, para ajudar a Revolução.

E ainda no quesito caracterização, não poderia deixar de mencionar Peeta. Uma das rezões para eu querer tanto assistir esse filme era exatamente a desconstrução dele. E, incidentalmente, essa também é a razão de eu gostar mais do terceiro livro. Acho que Suzanne Collins fez um belo trabalho desconstruindo Peeta, e depois juntando os caquinhos e tentando reconstruir o personagem, que no fim nunca será mais o mesmo. Ninguém será. Me desviei um pouco, mas deixa eu voltar. Caracterização. A primeira vez que Peeta aparece na TV ele está em ótimo estado, o Massacre Quaternário acabou de se encerrar, a Capital ainda não teve tempo de torturar Peeta. Mas a cada  nova aparição, é aparente a mudança física do personagem. Salva de palmas para o pessoal do CG, que fez um belo trabalho. E também a Josh Hutcherson, que também a cada aparição de Peeta, mostra que foi uma ótima escolha do casting. E era isso que eu queria ver. Não me decepcionei. (SPOILER) E o final, quando Peeta ataca Katniss, é brutal. De novo, show de interpretação. Ainda não vimos muito desse Psycho Peeta, porque mesmo no livro a participação dele é mínima nessa parte. Mas tenho certeza de que na segunda parte, Josh também vai fazer bonito.

Também com participação menor, mas muito boa, e bastante expressiva, Sam Claflin traz um Finnick abatido e arrasado por não ter conseguido proteger sua Annie. Adorei a parte em que ele solta todos os podres do Presidente Snow. E, como Katniss, Finnick tem motivos de sobra para odiar a Capital e entrar para a Revolução. Pena que...deixa pra lá, vejam ano que vem na parte 2.

Já Gale, agora com papel de destaque no meio dos rebeldes, vamos dizer assim, está muito bem como guerrilheiro. Liam Hemsworth está bem no papel. E gostei que ele não tem tanto destaque, sua participação está mais ou menos como no livro. E, como no livro, Gale está meio que tomado pelo fanatismo quanto à Revolução. OK, ele tem lá seus motivos, viu toda a destruição do Distrito 12, mas ainda assim, essa fé cega na Revolução é uma coisa que me incomoda muito. Ele não para para medir as consequências dos seus atos, e até mesmo Katniss, em certo momento, diz mais ou menos isso para ele.



Destaco também a participação de Natalie Dormer como Cressida, a diretora dos propops (não lembro se é assim), aquelas chamadas que Katniss faz para incentivar a Revolução. Ela está perfeita no papel, e a caracterização dela está bem bacana, com a tatuagem e os cabelos raspados (e ela não fica menos linda por isso).



E falando nos propops, não posso deixar de comentar a melhor parte do filme: Katniss cantando The Hanging Tree. 1. Jennifer Lawrence tem a voz linda, e se um dia quiser se lançar como cantora, vai se dar bem também; e 2. todo mundo cantando, na hora que eles acabam com a energia. De arrepiar! Confira o resultado abaixo:


A cenografia também é excelente. A escassez e sobriedade do Distrito 13 estão bem representadas nos cenários, o Distrito 12 arrasado, com os esqueletos de seus habitantes servindo de chão está arrepiante, e a opulência da Capital em contraste é marcante. Uma reclamação: eu senti falta de Katniss na frente da padaria, falando com Peeta, mostrando o que a Capital fez com seu lar. Acho que deveria constar. Os efeitos especiais também estão bons, e eu adorei o arco cheio de flechas recheadas de diferentes presentinhos de Katniss (Oliver Queen approves). O filme tem lá seu tanto de enrolação, algumas coisas poderiam ser mais curtas, ou cortadas de vez. Não havia necessidade de separar o último em duas partes (havia sim, Fernanda, $$$$$$), mas o resultado final é uma adaptação fiel, até com alguns extras que são muito bem vindos. Afinal, no livro somos limitados à visão de Katniss, e no filme ela é mais abrangente. E até dá para entender a divisão: ela acontece mesmo no livro, ele tem duas partes bem distintas. E o corte foi exatamente onde eu imaginava, e onde deveria ser. Uma boa preparação para a parte 2. Confira o trailer:




PS: eu demorei para postar porque demorei para ver o filme, e depois eu meio que travei na review e minha internet falhou, por isso a review não ficou muito boa. Beijos!

2 comentários:

Jéssica Soares disse...

Oi, Fê! Tudo bem?
Também não vi nenhuma necessidade, além do money, de dividir o filme em dois, acho que isso acabou contribuindo para esse clima mais paradão da primeira parte, que já era de se esperar. Ao contrário de você, eu não curto muito o terceiro livro e não acho que essa adaptação tenha superado o "Em Chamas", mas reconheço que muita gente se entregou ali! O Josh é o exemplo máximo, mesmo com pouquíssimas cenas, ele arrasou! Espero muito dele na parte dois! Algo que você lembrou foi a frieza do Plutarch com relação a Katniss, a "relação" entre eles ficou sensacional e é bem oposta quando comparada ao Haymitch que, mesmo ajudando para a causa da Revolução, ainda se importa com ela. The Hanging Tree é o meu momento favorito, Jen que já destruidora de emoções abala qualquer um até mesmo cantando! Agora estou ansiosa para conferir o próximo filme, mas não tão animada por motivos de: Finnick. É. Tenso. Bjs, Fê!
Jess

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Jess!

Também não acho que este supera a adaptação de Em Chamas, acho o segundo bem melhor. E também receosa e ansiosa ao mesmo tempo para o próximo pelos mesmos motivos que você.

Beijo!