domingo, 26 de fevereiro de 2012

O Tigre de Sharpe – Bernard Cornwell

 

Sharpe's tiger Em "O Tigre de Sharpe", Cornwell volta o olhar para a ocupação britânica da Índia. O Imperialismo europeu serve de base para uma aventura que se estende por mais de vinte volumes com o jovem Richard Sharpe - recruta analfabeto a serviço de Sua Majestade - como herói. Integrante de uma expedição enviada para derrubar o sultão Tipu e expulsar os franceses da Índia, Sharpe luta as mais incríveis batalhas. Neste primeiro volume da série, Sharpe, fingindo-se de desertor, deve penetrar a cidade do sultão e fazer contato com um espião escocês aprisionado. Se for bem-sucedido, ganhará suas divisas de sargento. Se fracassar, será entregue aos cruéis executores de Tipu ou aos seus tigres devoradores de homens. Neste mundo exótico e misterioso, um passo em falso significa a morte. A situação se complica ainda mais quando Sharpe descobre que deve lutar contra seus velhos camaradas para salvar o próprio pescoço. E ao mesmo tempo em que executa sua missão, Sharpe fica de olhos abertos para as belas prostitutas de Misore, coisas para saquear e a oportunidade de aprender a ler.
Enquanto o exército britânico avança pela Índia rumo a uma armadilha diabólica, o jovem recruta batalha contra homens e feras atrás das linhas inimigas. Mas quando o exército britânico ataca violentamente a cidade, Sharpe deve lutar com a ferocidade e a agilidade de um tigre para desarmar a armadilha de Tipu... e para não ser morto pelos compatriotas.

Já fazia um tempo que eu queria ler algum livro do Sharpe. E, nerd como sou, comecei pelo primeiro (a série tem uns 20 livros, mas não precisa ler em ordem). E minha curiosidade só aumentou quando descobri que a série gerou uma série  filmes para TV britânica, e Richard Sharpe é interpretado por ninguém menos que Sean Bean (quem me acompanha há algum tempo sabe que eu ADORO Sean Bean, bem antes de ele dar vida a Eddard Stark – chuif, chuif!). Nem todos os livros foram transformados em filmes, mas veja aqui os que foram, como também toda a filmografia deste ator incrível (que faz aniversário 6 dias antes de mim;D).

Este mostra Sharpe bem novinho (talvez por isso não tem filme. Porque Sean Bean pode ser tudo de bom, mas vamos combinar que não tem como ele passar por 22 aninhos, né?). Ele aqui é um soldado do exército britânico na Índia. E como eu já disse em Azincourt, se tem alguém que consegue escrever sobre um único fato sem ficar chato, esse alguém é Bernard Cornwell. Aqui, o fato é o cerco de Misore, que aconteceu mesmo.

E Sharpe tem a missão de se passar por desertor e se infiltrar nas linhas inimigas para resgatar um oficial capturado. Sharpe é o meu tipo de herói. Ou seja, o anti-herói. É honrado e inteligente, mas rouba e mente também, e sempre que pode tira um sarro com uma língua ferina do Sargento Hakeswill (acho que é assim que se escreve). E justamente por causa desse temperamento rebelde, ele começa o livro justamente pensando em desertar. Mas, ao se ver em território inimigo é que ele percebe que seu lugar é mesmo no exército inglês. E a astúcia é uma das ferramentas que o ajuda a sobreviver neste ambiente (até certo ponto. Não vou entregar nada, mas ele nem sempre consegue se safar). Ele de certa forma lembra bastante o Derfel das Crônicas de Artur. E já me apaixonei por ele na primeira pagina.

Ele não está sozinho na empreitada. Junto com ele está Mary, sua mulher (mais ou menos. Ela não é casada com ele, mas ainda assim é mulher dele). Mary é uma mulher forte e destemida. Viúva de um oficial inglês, ela é uma mulher de dois mundos, pois é mestiça de inglês e hindu. Então, não se encaixa nem entre os ingleses, nem entre os hindus. Ela é bonita, e por isso desperta a cobiça do tal Hakeswill (falo dele já, já), e por isso foge com Sharpe.

E completando o trio principal, está o Sargento Lawford, um jovem rico um pouquinho mais velho que Sharpe. O que é legal na história é que ao “desertarem”, Sharpe passa a ser o superior, fato que Lawford ressente um pouco. Mas ainda assim ele admira as qualidades de Sharpe (ele é mesmo o cara. Cuidado Jack Bauer, Chuck Norris e cia), e confia nos instintos de Dick (o apelido de Sharpe).

Já em Misore, eles encontram eventualmente o tal oficial McCandless, que na verdade é aparentado de Lawford (se não me engano é tio). McCandless é na verdade um espião, mas é capturado. É um homem de meia idade, e tem toda a sabedoria de anos no trabalho. É bem religioso e estudado. Mas também sabe lutar, afinal, ele não tem o cargo à toa.

E Hakeswill. Este é Sargento, e sofre de um caso crônico de inveja de Sharpe. É um ignorante total, mentiroso (mas não do jeito legal como Sharpe, que mente para sobreviver) e para ele tudo quanto é baboseira está nas Escrituras, contanto que seja vantajoso para ele. É um puxa-saco de primeira, sabe muito bem quando tem que mentir para se safar de algo que sabe que fez errado. E logo no começo ele apronta uma par cima de Sharpe que vai resultar em uma punição severa para Dick, tudo por causa de Mary. mas ele vai ter seu troco, claro. Até parece que Sharpe ia deixar barato. Como eu sempre digo, payback is a bitch.

A ambientação é fantástica, e Bernard Cornwell faz uma descrição perfeita deste mundo exótico da Índia, com toda a riqueza e ostentação, mas também mostra a pobreza e as condições precárias de higiene. Como sempre (e repito: se você tem estômago fraco, não leia Bernard Cornwell, porque os detalhes são bem descritos). O autor faz com que a gente imagine tudo perfeitamente, e a descrição do calor abafado á tal que a gente até sente também. Os tigres comedores de gente, por exemplo, são muito bem retratados, e na hora me veio à mente aquela cena de Gladiador, em que Maximus entra na arena com tigres também.

O ritmo do livro também é bom, dá pra ler rápido, e não dá vontade de largar. E sempre temperado com o humor bem British, sutil e sarcástico. Há bastante ação e muitas reviravoltas no livro, e a gente sempre fica imaginando o que vai acontecer depois. Uma leitura pra lá de recomendada. Só lamento muito não poder ver os filmes (talvez na internet, mas além de ser de livros posteriores, não tenho paciência para assistir no computador). Quem sabe um dia chegue por aqui.

Trilha sonora

Duas músicas me vem a cabeça: The Battle, da trilha de Gladiador e Pirates of the Caribbean Theme, da trilha de Piratas do Caribe, ambas belíssimas e compostas por Hans Zimmer.

Se você gostou de O Tigre de Sharpe, pode gostar também de:

  • As Crônicas de Artur - Bernard Cornwell;
  • A busca do Graal – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell;
  • Azincourt – Bernard Cornwell;
  • Stonehenge – Bernard Cornwell;
  • Mundo Sem Fim – Ken Follett;
  • Os Pilares da Terra – Ken Follett;
  • Queda de Gigantes – Ken Follett;
  • O Imperador – Conn Iggulden

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Musica do mês – Adele – Rolling in the deep

 

Adele 2 Fevereiro, achou que eu ia escolher música de carnaval, né? Nah! Detesto carnaval. Nada contra, respeito quem gosta, mas meu negócio é sossego. E esse post vai ser rapidinho.

Escolhi esta música porque, além de adorar Adele, ela abocanhou todos os prêmios Grammy a que foi indicada. Foram eles:

  • melhor solo pop: Someone like you;
  • melhor álbum pop: 21;
  • melhor vídeo musical: Rolling in the deep;
  • melhor letra: Rolling in the deep;
  • melhor canção: Rolling in the deep.

Como já falei de Rolling in the deep no Faixa a faixa de 21, não vou repetir. Adoro a música, é uma das minhas preferidas dela, e ela é fantástica. Perfeita mesmo. E os prêmios forma pra lá de merecidos, né, vamocombiná. E um dos grandes mistérios do Unoverso:alguém aí me explica como é que esta deusa concorre na mesma categoria que Lady Caca? Mas confesso que foi show ver ela deixando Caca pra trás, foi. Uma coisa eu digo em relação a Lady Caca. Um tempo atrás, no twitter os fãs dela (ATENÇÃO!  Os FÃS! Não ela.) entraram numa de gozar a Adele, dizendo que Lady Caca não poderia vestir aquele traje (?) de carne (eca!) perto dela porque Adele comeria tudo (fala sério! Que coisa mais estapafúrdia! E sem contar que Adele é linda do jeito que é! Please!). Lady Gaga (agora nem merece o apelido carinhoso que minha irmã inventou) foi logo se desculpando em público pela atitude dos fãs e disse que não tolera preconceitos e que não considerava essas pessoas seus fãs. Ponto para ela, agiu como uma lady mesmo.

Voltando a Adele. Vou terminar este post com o vídeo da apresentação dela no Grammy, cantando Rolling in the deep. Algumas considerações: o que foi essa introdução a capella? E depois de uma cirurgia nas cordas vocais?! Pelamordedeus! A mulher é poderosa mesmo(enquanto isso, Chris Brown dublou sua apresentação).

Depois, o verso: you could’ve had THIS all…Ela alterou uma palavra na letra, e fez diferença. E toda a atitude dela na apresentação. Que dó do ex dela! Foi um tapa na cara. Segundo ela, no Royal Albert Hall (eu tenho o DVD, mas confesso que não entendo muita coisa do que ela fala, porque fala muito rápido. Só a ideia geral e algumas outras coisas. Ela adora a F word ;D), eles agora são amigos, mas mesmo assim…

Finalmente: olho nas celebridades vibrando ao final, em especial Paul McCartney, David Grohl (todo entusiasmado! E, falando nisso, o Foo Fighters também ganhou pelo menos um Grammy. Não sei se mais, não vi até o final e não acompanhei na net depois) e a própria Lady Gaga (essa aparece bem rapidinho, aos 4:35 min, meio que : Opa! A câmera tá chegando! Deixa eu levantar para aparecer!:D). E aí vai o vídeo:

Beijos e até o próximo post!

PS: O Foo Fighters também se apresentou e arrasou com Walk (Luana, eu sei o que você vai falar, mas Foo é show! E abril não pode chegar mais rápido? Mais precisamente dia 7, porque eu vou no show! YAY!). E também gostei muito do Maroon 5 com Beach Boys, mas não achei a apresentação toda. Aqui está Surfer girl, com Adam Levine mandando muito bem nesses vocais agudos.Desculpe a qualidade destes vídeos, mas foram os únicos que eu achei.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

The Big Bang Theory

 

big bang poster Outra série que eu adoro que atingiu uma marca importante essa semana (dessa vez foi aqui. Nos EUA já deve ter passado faz um tempinho) foi Big Bang Theory. Semana passada, a série chegou aos 100 episódios (repito: como assim?! Jááááááá?!).

Para quem não conhece, a série conta o cotidiano de 4 amigos supergênios, mas que não tem a mínima noção de como lidar com outros seres humanos (eu ia escrever com mulheres, mas a verdade é que nenhum deles tem muito jeito com quem quer que seja). As coisas se complicam quando uma linda jovem se muda para o aparamento em frente a dois deles.

big bang heroes

Bom, você que ainda não conhece deve estar se perguntando quem são esses seres. Bom, o time é liderado por Dr. Sheldon Cooper (Jim Parsons) que aluga o apartamento junto com Dr. Leonard Hofstadter (Johnny Galecki). Completando o quarteto estão Dr. Rajesh Koothrapali (Kunal Nayyar) e Howard Wolowitz (esse não é doutor, e é interpretado por Simon Helberg).E a bela jovem é Penny (Kayley Cuoco). Leonard tem uma paixão platônica por Penny, mas na hora do vamos ver, só se atrapalha.

Big Bang cast

Confesso que eu não curtia muito no começo, e só comecei a acompanhar de verdade a partir da segunda temporada. A primeira é mais fraquinha (mas ainda assim, excelente), mas depois eu acho que a série só fez melhorar. E uma boa parte dessa melhora se deve ao fato de a história crescer a cada temporada. Hoje, há também mais duas personagens que na minha opinião sé fizeram complementar o que já era bom: Big Bang girls Bernadette (Melissa Rauch, a noiva de Howard, por incrível que pareça) e Amy Farrah Fowler (Mayim Bialik, a hilária “namorada” de Sheldon). Isso sem esquecer dos impagáveis personagens flutuantes: Barry Kripke (John Ross Bowie), Leslie Winkle (Sara Gilbert) e, claro, o inimigo #1 de Sheldon: Wil Wheaton (interpretando ele mesmo. Já falei dele quando falei de Conta Comigo).

bazinga O elenco é muito bom, todos tem uma química forte em cena. E fala sério, decorar todas aquelas falas de ciência não deve ser fácil. Mas destaque mesmo vai para Jim Parsons como Sheldon.  O cara não é nada se não brilhante (e já ganhou vários prêmios pro causa disso). E depois, Sheldon rules! Kayley Cuoco era  amis fraquinha (melhorou muito desde o começo. Ou seu personagem é que ficou melhor, não sei), mas sempre teve uma química incrível com Sheldon, desde o começo.

E como acontece com NCIS, eu não consigo escolher um momento mais engraçado, então decidi colocar uma compilação dos melhores momentos de Sheldon. Aí vai (a cena da piscina de bolinhas é uma das minhas preferidas! Me lembra o meu cachorro Murruga. Ele ia adorar uma piscina dessas):

E, só pra relembrar, aí vai a música de abertura, com o Barenaked Ladies ( e a letra está abaixo):

Vamos lá, todo mundo:

Our whole universe was in a hot dense state,
Then nearly fourteen billion years ago expansion started. Wait...
The Earth began to cool,
The autotrophs began to drool,
Neanderthals developed tools,
We built a wall (we built the pyramids),
Math, science, history, unraveling the mysteries,
That all started with the big bang!

"Since the dawn of man" is really not that long,
As every galaxy was formed in less time than it takes to sing this song.
A fraction of a second and the elements were made.
The bipeds stood up straight,
The dinosaurs all met their fate,
They tried to leap but they were late
And they all died (they froze their asses off)
The oceans and pangea
See ya wouldn't wanna be ya
Set in motion by the same big bang!

It all started with the big BANG!

It's expanding ever outward but one day
It will cause the stars to go the other way,
Collapsing ever inward, we won't be here, it wont be heard
Our best and brightest figure that it'll make an even bigger bang!

Australopithecus would really have been sick of us
Debating out while here they're catching deer (we're catching viruses)
Religion or astronomy, Encarta, Deuteronomy
It all started with the big bang!

Music and mythology, Einstein and astrology
It all started with the big bang!
It all started with the big BANG!

E aí? alguém conseguiu acompanhar? ;D

Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

NCIS

 

NCIS Já faz um tempo eu estava devendo um post sobre essa série maravilhosa de investigação. E, com ela atingiu recentemente a marca de 200 episódios (como assim?! Jááááá?) nos EUA (claro. Aqui tá um tanto atrasada), eu resolvi cumprir a promessa.

NCIS (Naval Criminal Investigative Service) gira em torno de uma equipe de agentes especiais dedicados a investigar crimes envolvendo oficiais da Marinha dos Estados Unidos. Ela é na verdade um spin-off (derivada) de JAG, mas ganhou autonomia e até rendeu uma série derivada (NCIS Los Angeles, mas esta eu nunca assisti). Está no ar desde 2003 e foi ganhando audiência aos poucos, a ponto de ameaçar CSI.

O que eu adoro em NCIS é que apesar de tratar de assuntos pesados (alguns episódios são de virar o estômago), ela sempre tem uma pitada de humor, o que dá leveza à série. Todo episódio tem sua dose de humor, uns mais, outros menos, mas sempre dá pra dar uma risada.

Quem lidera a equipe é Leroy Jethro Gibbs, um ex- marine durão, mas que no fundo é um paizão. Adoro toda vez que ele dá aquele tapa na cabeça de DiNozzo ou McGee. Depois dele vem Anthony DiNozzo, o agente sênior, e completando o time de campo estão Timothy McGee e Ziva David. A equipe ainda conta com Ducky Mallard, o médico legista, e Abby Sciuto, a cientista gótica mais fofa do universo. Quase me esqueço de Jimmy Palmer, o legista assistente e engraçadíssimo. E que foi inicialmente escalado para uns poucos episódios, mas caiu nas graças de todo mundo e continua na série.

NCIS cast

Que dá vida a estes personagens deliciosos são: Mark Harmon (Gibbs), Michael Weatherly (DiNozzo), Cote de Pablo (Ziva), Sean Murray (McGee), David McCallum (Ducky), Pauley Perrette (Abby) e Brian Dietzen (Jimmy). Eles tem uma química incrível, o elenco inteiro funciona muito bem junto, especialmente Ziva e DiNozzo, e passa mesmo a ideia de ser uma grande família (curiosidade: no caso de Sean Murray, isso é bem verdade. Ele já contracenou com a irmã, que fez a irmã de McGee, e seu irmão pertencia à produção. E o filho de Mark Harmon também já interpretou Gibbs novinho). E dá pra ver que eles se divertem no trabalho.

Ducky

Outra coisa legal é que o elenco se manteve praticamente o mesmo desde o começo. Houve poucas alterações ao longo dos anos. Uma troca importante foi a saída de Kate (Sasha Alexander), antiga oficial de campo, para a entrada de Ziva. Nada contra Kate, mas Ziva é uma personagem bem melhor. Adoro ela. E no papel de diretor, alguns nomes já ocuparam o cargo, entre eles Lauren Holly. O mais recente, e que ainda permanece (acho que esse foi o que ocupou o cargo por mais tempo) é Rocky Carroll, que faz o Diretor Vance.

E há também alguns personagens recorrentes bem legais, como o agente do FBI Fornell (que tem uma amizade bem engraçada com Gibbs), Mike Franks e o terrorista mais sexy de todos, Ari Haswari (eu adoro ele! Queria que ele participasse mais!).

Bom, por enquanto é só. Fica a dica: se você gosta de séries investigativas, não pode perder NCIS. Aqui ela passa no canal pago AXN e também, se não me engano, na Bandeirantes (não tenho certeza, porque assisto no AXN. Mas tenho uma amiga que não perde na Band, e ai de mim se eu ligar para ela na hora que passa!). Aí vai uma coletânea de alguns moimentos engraçados para você ter vontade de assistir (eu escolhi assim porque seria bem complicado escolher um trecho em especial para colocar. São tantos… Por isso eu também não escolhi nenhum momento especial para comentar):

Beijos e até o próximo post!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Millennium – Os homens que não amavam as mulheres

 

Millenium- homens que não Um filme que eu estava louca para ver é Millennium – Os homens que não amavam as mulheres (escrevi assim para diferenciar da versão sueca). E o que eu achei? Bom, muito bom. A versão sueca, na minha opinião, ainda é melhor, mais fiel ao livro bem como ao clima da história de Stieg Larsson. A versão sueca é m,ais sombria, mas isso não quer dizer que a versão americana não valha a pena. Vale sim, e muito.

O que é diferente na americana é que deram uma amenizada na violência, mas isso eu até já esperava, pois Hollywood sofre de um falso moralismo patético. Mas não foi só isso. O tom também é mais leve em Hollywood, com umas pitadas de sarcasmo aqui e ali. Não que a gente ria, nem nada, mas pra quem entende elas estão lá. E também isso não é nada que afete a história em si. Que aliás continua a mesma. Este também é bem fiel ao livro.

O que eu achei muito legal foi que a história ainda se passa na Suécia. Tudo que é escrito, como a revista, jornais, noticiários de TV, tudo está escrito em sueco, apesar de o filme ser falado em inglês. E, como no outro, a fotografia é linda também.

blomkvist

O elenco também é excelente, com destaque especial a Daniel Craig, que faz Blomkvist, e Stellan Skarsgard, no papel de Martin Vanger. Rooney Mara também está bem no papel de Lisbeth, e até merece a indicação que recebeu ao Oscar. Mas eu prefiro Noomi Rapace. E a caracterização dela no sueco está melhor também. Um bônus foi ver Goran Visnjic como o chefe de Lisbeth, Dragan Armansky (ai, que saudade do Dr. Kovac de ER…Com um médico desse, eu não saía daquela sala de emergência ;D).

lisbeth

A trilha sonora também é bacana, e a música dos créditos iniciais é muito boa (confira aqui - The girl with the dragon tatoo opening credits), mas eu sinceramente não entendi essa abertura.

Então fica a recomendação: vá assistir, mesmo que você não tenha lido o livro ou assistido a versão sueca (ah! Antes que eu esqueça. A versão sueca está completa, tem a trilogia inteira, mas eu só assisti o primeiro. Louquinha pra ver o resto…), vale a pena. No mínimo, você vai ser presenteado com um ótimo filme.

E mais uma coisinha. Se quiser saber o que eu achei do livros e do outro filme, é só clicar aqui. E aí vai o trailer para você ficar com aquela vontade:

Beijos e até o próximo post!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Rainha da Tempestade – Marion Zimmer Bradley

 

Rainha da tempestade A grande epopeia do mundo sob o sol vermelho conhecido como Darkover não começou com a chegada dos terráqueos. começou muito antes, durante os dias sinistros da civilização que veio a ser conhecida como era do caos. este é o primeiro romance da autora, sobre os tempo em que a matriz estava nas mãos de homens ambiciosos, quando a interferência genética produzia prodígios e detentores de estranhos poderes, quando o herdeiro dos Hasturs encontrou o seu destino nas pessoas de mulher-feiticeira a quem amava e da criança mutante que jurou proteger.

Outro livro que nem sei quantas vezes eu li. A primeira foi com uns 12/13 anos, e me apaixonei instantaneamente. Mas deixa eu explicar algumas coisinhas sobre a série Darkover e a história deste em especial.

Darkover é um planeta distante, mais frio que a Terra. Não é como Westeros, o inverno só dura mesmo uma estação, a não ser na cordilheira chamada Muralha ao Redor do Mundo. O sol é vermelho, constantemente sendo chamado de Sol Sangrento, e o céu noturno é provavelmente o mais lindo do universo, com 4 luas, uma violeta, uma azul, uma verde e uma perolada. Cada uma tem nome e tamanho diferente, mas eu não sei qual é qual. O plante é habitado por humanos, mas eles tem um dom especial. Bom, nem todos, só os nobres, também chamados Comyn. São poderes psíquicos que permitem que, apesar de o planeta equivaler à nossa Idade Medieval (daí porque eu adoro a série), eles tem coisas bem avançadas, como carros aéreos, luzes e elevadores, construídos com esse poderes, que são aumentados com uma pedra chamada matriz. Todo personagem com laran (esse é o nome dos poderes) tem uma pedra de matriz, e ela é sintonizada a seu dono, de forma que só ele, ou uma guardiã, pode tocá-la. Se alguém sem preparo fizer isso, pode significar a morte.

A série tem 3 eras distintas: a Era do Caos (minha preferida, e onde se passa a história deste), os Cem Reinos e depois da chegada dos terráqueos. Há várias sagas, como a das Renunciantes (que eu não gosto muito), de Sharra e livros meio complementares, mas eles sempre se situam em uma dessas épicas e podem ocorrer simultaneamente. E também não há necessidade de se ler em ordem, mas eu prefiro, pra entender bem, porque chega uma hora que é bem confuso. Ao contrário do que diz a sinopse, este não é o primeiro segundo a cronologia da série, e sim o segundo. Mas para quem se interessar, eu recomendo que comece com este, que é um dos meus preferidos.

Rainha da Tempestade conta a história de Dorilys, uma menina de sangue nobre e com o dom de, como diz o título, comandar as tempestades. Ela é filha de Lorde Aldaran, senhor de um dos Domínios de Darkover. O planeta se encontra e guerra e numa tentativa de manter o poder, Lorde Aldaran força o casamento de Dorilys com seu meio irmão Donal. Claro que este ato terá consequências gravíssimas. E este livro se passa na Era do Caos, onde armas fabricadas com o poder de matriz são usadas indiscriminadamente. Uma das piores é o fogo viscoso, uma substância que queima tudo o que encontra de forma voraz (Luana, você deve conhecer algo do gênero ;D). E outra coisa importante de se destacar é que os casamentos e as rivalidades se dão por causa de um tal programa de reprodução que visa preservar os dons de laran mais poderosos. É manipulação genética pura (e olha que o livro é de 1978! Bem anterior aos transgênicos e etc e tal).

Bom, agora que todo mundo já está bem situado, é hora de partir para a resenha em si. Dorilys é provavelmente uma das personagens mais fascinantes que eu já vi. Ela já começa a demonstrar seus poderes ao nascimento, numa cena tensa e violenta. A garota cresce e aos 11/12 anos seu poder já causa terror em todos. É mimada demais e arrogante, porque todos temem sua ira, que desencadeia tempestades e convoca raios onde ela quiser. E não se engane, esse poder é letal (apesar de bem legal). Dorilys sabe muito bem seu efeito sobre as pessoas, e usa esse poder indiscriminadamente, só resguardando seu pai e seu irmão. Mas, com tamanho poder, como alguns personagens notam mesmo, ela é uma criança precoce, achando-se adulta, mas que ainda tem atitudes bem infantis. Sim, ela é detestável, mas com certeza uma personagem muito forte. E o casamento forçado com Donal só faz aumentar a confusão em sua cabeça. O que Lorde Aldaran se recusa a entender é que Dorilys não pode ser usada como um jogo político, sob o risco de destruir o planeta. Mesmo assim, desafio alguém a não gostar de Dorilys. Confesso, ela me irrita, dá raiva, mas eu a adoro. E queria muito que existisse um livro em que ela voltasse (BIG SPOILER! SE NÃO QUISER SABER O FINAL, NÃO LEIA ATÉ O FINAL DO PARÁGRAFO! No final, depois de causar uma das maiores tragédias na minha opinião, ela pede para ficar em sono suspenso por laran indefinidamente e é levada para a Torre de Hali. Trezentos anos depois, em A Herança de Hastur ou O exílio de Sharra, não lembro qual, um personagem entra em Hali, que a esta altura está abandonada, e vê o esquife de Dorilys e ela ainda está adormecida. O que eu queria muito ler é uma história onde Dorilys acordasse).

Donal, ah! Donal! Meio irmão de Dorilys por parte de mãe, ele foi a minha primeira paixonite literária. Donal também tem um laran relacionado ao tempo, mas não tão forte como o de Dorilys. Ele consegue sentir as correntes de ar e elétricas e desviar raios, mas não criá-los, como Dorilys, ou sempre (só quando está assustado). Donal é tudo de bom. É alegre e afetuoso, dedicado ao pai adotivo (Lorde Aldaran) e não é ambicioso. Também é apaixonado (e apaixonante). Não tem muito o que falar dele: é perfeito, fofíssimo (mais um candidato ao Top Piriguetagem 2012 ;D). E ele tem plena consciência do perigo que sua irmã representa, mas nada pode fazer para convencer seu pai.

Lorde Aldaran, por sua vez, é um homem duro e teimoso. Sua obsessão em manter o castelo e o Domínio é que vão desencadear toda a desgraça descrita no livro. Dá raiva, muita raiva. Só que ele até tem razão de ser assim. Sua mulher não consegue lhe dar filhos vivos, o que era uma desgraça, e os filhos que teve com a primeira esposa morreram na adolescência, da doença do limiar (esqueci de dizer que o laran se desenvolve plenamente nesta fase, e é frequentemente mortal. E o laran de Aldaran é especialmente letal). Por isso, mima tanto Dorilys. E ama Donal como um filho. A teimosia que insiste que mantenha Aldaran o leva a uma guerra com seu irmão, Scathfell. Mas isso vai custar ao velho muito mais do que a perda do castelo representaria.

Lembra que Donal é apaixonado? Bom, a sortuda que tem ele nas mãos (e nos braços, na cama…) é Renata, uma leronis da Torre de Hali (explicação: torres são lugares onde eles treinam e trabalham com matriz. E leronis são as mulheres que mexem com isso. Há homens também, como vamos ver mais adiante). Renata chega a Aldaran para tentar ensinar Dorilys a dominar seu dom e assim sobreviver à doença do limiar. É uma moça (novinha mesmo, uns 18/19 anos, mas já considerada mulher) independente e é feminista. Acredita que as mulheres forma feitas para bem mais do que gerar filhos. Na verdade, no começo ela despreza as mulheres que pensam assim e nem pensa em filhos. Também não sabe o que é o amor e não se interessa muito (o que não quer dizer que ela seja uma virgem amargurada, muito pelo contrário). Claro que isso muda quando conhece Donal. É uma mulher forte, mas gentil e não se deixa intimidar por Dorilys (ainda que a tema). Gosto muito dela. Ela é a voz da razão no livro, mas, claro, não lhe do ouvidos.

Ainda há mais dois personagens importantes: Allart e sua esposa Cassandra. Allart começa o livro como um noviço no mosteiro de São Valentim das Neves. Sua religião é parecida com o cristianismo, mas as regras são bem rígidas. Os noviços passam frio absurdo (tipo, e congelar mesmo. E isso me lembra. Darkover tem a sua própria mitologia. Além desta religião deste mosteiro, há outra que venera Hastur e Cassilda e tem um inferno gelado dividido em pelo menos nove. O senhor deste inferno é Zandru e, tanto eu como minha irmã, às vezes praguejamos contra o frio usando a citação dos darkovanos: está mais frio que o nono inferno de Zandru ;D), chegando ao extremo de dormirem nus sobre as pedras congeladas do mosteiro. Ele é descendente de Hastur (que além de uma espécie de deus, também é a família mais importante do planeta. Mais ou menos como os Kennedys nos EUA), e quando a linha de sucessão ao trono fica complicada, ele é forçado a sair do mosteiro por seu pai e se casar. O que ele não quer de jeito nenhum. Allart tem laran também, e o dele é a presciência. Mas não é só adivinhar o futuro. Seu laran mostra não só o futuro real, como todas as possibilidades. Ele se vê em diversas situações: morto, matando o pai, etc. E ele tem medo desses futuros pois não sabe qual se concretizará. Por isso ele se refugiou no mosteiro. E quanto a casar, além de ser forçado, ele não quer gerar filhos que tenham a mesma maldição que ele para o tal programa de reprodução. É inseguro e na verdade muito irritante no começo, mas ele muda quando conhece sua esposa, Cassandra, a quem ama acima de tudo. E ele passa de um rapaz inseguro e assustado a um competente e poderoso operador de matriz. Aos poucos ele domina seu medo e passa a encarar seu dom como um aliado e não como uma maldição.

E Cassandra é uma moça mais ou menos da idade de Renata (uma observação: tirando o velho Aldaran, todos os personagens são bem novinhos. Allart é o mais velho e tem uns 24/25 anos). Ela cresceu sabendo que era prometida a Allart e com a concepção de que seu papel era somente ser sua esposa e gerar filhos para o clã. Ela sofre um pouco no começo do casamento com Allart por causa do juramento dele de não gerar filhos (o que o impede de… entendeu, né?). É totalmente dependente de Allart, ingênua e insegura. Mas depois de passar um tempo na torre, ela começa a aprender a desenvolver seu laran e começa a pensar por si mesma. Ama Allart com a mesma intensidade em que é correspondida e passa a ser uma mulher forte determinada. Ela lembra muito a Danaerys, das Crônicas do Gelo e do Fogo.

É importante ressaltar que a guerra entre Lorde Aldaran e seu irmão não é a única. Allart também trava uma guerra com seu irmão, Damon-Rafael. Alias, como eu disse antes, este livro se situa na Era do Caos, e ela não tem esse nome à toa. O planeta todo está dividido por guerras. E, apesar de ser um outro mundo, é fácil esquecer que não é a nossa Terra. A história prende, é muito emocionante e cativante, cheia de ação e reviravoltas. Para mim, é o melhor da série (também gosto muito de outros, como A dama do falcão, Dois para conquistar e toda a saga de Sharra, mas eles não se igualam a este). E uma coisa bem legal é que Marion Zimmer Bradley morreu, mas deixou vários discípulos. Ela colaborava constantemente com eles, escrevendo livros para tapar os buracos deixados na série. A mais notória é Deborah J. Ross, mas não se nota a diferença na autoria. Recomendadíssimo.

Trilha sonora

Queen of rain, do Roxette, sempre foi e sempre será a música de Dorilys. Desde que a ouvi pela primeira vez, lá na década de 90, quando comprei o álbum (detalhe: era vinil ainda. Acho que tem gente aí que nem sabe o que é isso) Tourism, que eu já comentei aqui. Também Days go by, do Lifehouse 9repara na foto do Jason sorrindo, que fofo! Raridade isso! E o Rick tinha cabelo!). E ainda Your winter, do Sister Hazel (AMO essa música! E é bem como no vídeo que eu imagino as Hellers, as montanhas onde fica Aldaran, menos a estrada pavimentada).

Se você gostou de Rainha da Tempestade, pode gostar também de:

  • série Darkover – Marion Zimmer Bradley;
  • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley;
  • O trílio negro – Marion Zimmer Bradley;
  • As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R.Martin;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Destinada – House of Night # 9 – P. C. e Kristin Cast

 

Destined Há novas forças trabalhando na Morada da Noite. Algumas delas ameaçam sua estabilidade. Zoey está finalmente em casa, segura, ao lado do guerreiro Stark, se preparando para enfrentar Neferet. Kalona lançou seu poder sobre Rephaim. E, após terem sido presenteados por Nyx com uma parte humana, Rephaim e Stevie Rae estão finalmente juntos – isso se ele puder andar no caminho da Deusa e ficar livre da sombra de seu pai...Há também o belo e misterioso Aurox, um adolescente que é mais ou menos humano. Apenas Neferet sabe que ele foi criado para ser sua maior arma. Mas Zoey pode sentir a parte de sua alma que ainda é humana. Há algo estranhamente familiar nele. Será que a verdadeira natureza de Neferet será revelada antes que ele consiga silenciar a todos? E Zoey será capaz de tocar a parte humana de Aurox na hora de proteger a ele, e a todos, a partir de seu próprio destino?

ATENÇÃO! SPOILERS SR VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DA SÉRIE HOUSE OF NIGHT!

Como meu nome do meio é Cristina (mentira, é Ansiedade. Não consegui esperar uns dias para a versão em português), eu não consegui esperar e comprei em inglês e já fui logo embalando na leitura do anterior. Este começa exatamente onde Despertada acabou, ou seja, com Zoey acordando após sentir a morte da mãe e ver Nyx recebê-la no Mundo do Além. Ela está de volta definitivamente à Morada da Noite de Tulsa, mas morando nos túneis junto com Stevie Rae e os novatos vermelhos de seu grupo. E também muito bem acompanhada por Stark. Engraçado é que apesar de sentir e ter quase certeza da morte de sua mãe, Zoey não parece muito abalada por isso. Tudo bem, ela tem lá seus momentos de depressão, mas no geral ela não parece muito afetada por isso. Ela ainda tem que enfrentar o fato de estar na mesma escola que Neferet, mas sem provas, nada pode fazer, e ainda tem que fingir indiferença diante da vampirona do mal. 

Ao mesmo tempo, Stark, apesar de no geral estar sempre do lado de Zoey e fazê-la se sentir melhor (fala sério, quem não se sentiria melhor com ele do lado? Já falei antes, sério candidato a Top Piriguetagem 2012 ;D), mas ele começa a sentir a influência da Kalona (lembra que eu falei que um pedaço da imortalidade de Kalona salvou o garoto do arco, como diz Aphrodite, no Mundo do Além?). O imortal ainda entra nos sonhos do guerreiro, mas de um jeito diferente. A influência de Kalona vem em forma de atitudes meio egoístas e contraditórias. E Zoey começa a sentir isso. Mas Stark é mais forte, assim como seu amor por Zoey, e ele consegue resistir ao imortal. Até quando ele vai conseguir, só vamos saber no próximo. Falando em Stark, ele tem a habilidade de imitar Seoras, o Guerreiro escocês da Ilha de Skye. E agora é uma crítica à tradução (e aqui eu digo que apesar de a tradução ser razoável, eu prefiro o original). Em português, quando ele faz isso chama Zoey de ‘moçoila’. Em inglês é ‘lassie’ (além do nome da Collie linda dos filmes, isso quer dizer ‘moça’, e é típico da Escócia. E eu suspeitava que era essa palavra). E, não sei vocês, mas ‘moçoila’, para mim, tem um sentido meio pejorativo. Não é um termo lá muito elegante. Tudo bem que a linguagem não preza pelo decoro, mas no livro o sentido da palavra não é pejorativo, de forma alguma. É um termo carinhoso e brincalhão que Stark usa com Zoey. Quem traduziu deveria tomar muito cuidado com essas coisas.

O imortal, por sua vez, está mais afastado dos acontecimentos, o que não quer dizer que ele está alienado de tudo. Na verdade, ele se ressente da escolha de Rephaim, e sente falta do filho preferido, mas não admite abertamente. Só que acontecimentos importantes envolvendo o filho vão colocar seu amor paternal à prova e possivelmente mudar o rumo (mais uma vez) da história.

Já Rephaim esta feliz como nunca agora que é humano parte do tempo. Após pedir perdão a Nyx e declarar seu amor por Stevie Rae, a deusa o agraciou com a forma humana durante a noite e de corvo durante o dia (esta última parte é por causa de seus crimes. Ele ainda tem que pagar. E isso me lembra muito um filme velhinho que eu adoro, O Feitiço de Áquila. Veja o trailer aqui e confira Matthew Broderick e Michelle Pfeiffer bem novinhos). Agora ele pode estar com Stevie Rae, que é o seu maior desejo, mas ao mesmo tempo, ele sente a falta do pai e ainda espera que o imortal possa se redimir. O que vai causar alguns problemas com os novatos de Zoey, assim como na escola. Fato que eu ADOREI: adivinha qual o programa de TV favorito dele? Game of Thrones, claro (‘tem corvos’, palavras dele). Winter is coming! E Stevie Rae está cada vez mais assumindo o papel de Grande Sacerdotisa vermelha.

Um dos que tem um problema grave com Rephaim é Dragon Langford. Não que o mestre as armas não tenha motivos. Antes de conhecer Stevie Rae e ganhar sua humanidade, Rephaim matou Anastasia, a esposa de Dragon. Este aliás ganha seu ponto de vista neste livro (e só para saber, tem um livro só dele. Confira em House of Night series). Ele está perdido e agora não parece mais do lado de Zoey e cia. E, pior, as Trevas começam a se aproximar muito dele.

Outra que ganha seu ponto de vista neste livro é Lenobia, a mestre dos cavalos (e ela também tem um livro só dela. Veja no link acima). A professora, aliada de Zoey, tem agora que lidar com o fato de ter um ajudante humano nos estábulos. O tal é um cowboy que mexe com a cabeça das novatas (e com a dela) chamado Travis. Sinceramente? Eu achei a parte dela meio solta no livro. Acredito que ela será mais desenvolvida nos próximos, mas neste ficou deslocada. Só serviu mesmo para mostrar que a mestra ganhou um boyfriend.

Outra personagem que ganhou voz própria, neste caso em mais sentidos que um, foi Shaunee. A metade das Gêmeas mostrou que pode sim pensar por si mesma. Ela simpatiza com Rephaim, porque ela mesma tem problemas com o pai, fato que esconde de todo mundo, até mesmo da Gêmea. Gostei dela assim, mais sensível e insegura. E como um indivíduo e não metade de nada. Erin, por outro lado, continua fútil e, para mim, insuportável. E egoísta. Sério, até este, eu achava que as Gêmeas eram completamente descartáveis. Agora, Shaunee é legal, mas Erin ainda pode sair da história que não afetará em nada (pelo menos pelo que foi narrado até aqui).

E falta falar de um personagem novo. Aurox (sério, eu sei que ele foi criado e eu até entendo o porque do nome, mas que nominho infeliz!). Ele foi criado pelo touro das Trevas, como presente para Neferet, no final de Despertada, mas como o sacrifício de Neferet foi incompleto, permitiu uma falha. E Nyx, se aproveitando disso, mandou a alma de Heath para dentro da criatura. O ser esquisito parece um garoto normal, mas basta Neferet mandar que ele destrói tudo se transformando em um treco estranho com cascos e chifres de touro. Ele é na verdade um receptáculo, e não deveria ter pensamentos próprios e nem sentimentos. Seu único objetivo é obediência cega à vampirona do mal. Mas, como o sacrifício foi imperfeito, ele não funciona lá muito bem. Honestamente não gostei dele. Ele como personagem até tem seu apelo, mas na verdade o que me incomoda é que ele parece mais uma tentativa desesperada de manter Heath na história. Tudo bem que ele está aí como trunfo para ajudar Zoey, mas cansa esse monte de namorados dela. E acho que as autoras ainda não se convenceram disso. Quer dizer, quando ele finalmente ela se contenta com um só (e que um ;D), outro volta. Nada contra Heath, mas ele deveria permanecer bem morto.

E falando em morte, quem dá as caras na Morada da Noite de Tulsa é Thanatos, a vampira do Conselho Supremo que tem afinidade com a Morte. Gosto dela. Ela é inteligente e não se deixa enganar por Neferet. E ela está lá com um objetivo bem claro: conseguir provas contra Neferet, não que esta última saiba ou sequer desconfie de alguma coisa.

O ritmo também é mais lento do que os outros, e na minha opinião, é mais fraco que Queimada, Tentada e Caçada, que para mim são os melhores. Tem mais enrolação neste e o principal acontece mesmo no final. Ele tem pontos bem legais, como eu disse, mas parece que as autoras estão perdendo o fio da meada. Como eu disse, elas misturaram muita coisa, e não sei se vão conseguir sair desta confusão. É esperar pelos próximos para ver. Mas a narrativa continua gostosa e prende a gente até o fim. Para quem gosta, vale a pena conferir.

Trilha sonora

Para começar, Walk, do Foo Fighters. E depois 4 do meu querido Lifehouse: Simon (uma das minhas preferidas, e com a qual eu totalmente me identifico), Somewhere in between, Good enough (que também é trilha do desenho superfofo Selvagem, da Disney) e Blind. E finalmente What have we become, do Daughtry e My immortal, do Evanescence.

Se você gostou de Destinada, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Irmandade das Adagas Negras – J. R. Ward;
  • Vampire Diaries – L. J. Smith;
  • As Crônicas de Sookie Stackhouse – Charlaine Harris;
  • série Fallen – Lauren Kate;
  • série Sussurro – Becca Fitzpatrick.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Selinho

 

Oi gente!

Esse post rapidinho é só pra dizer que ganhei mais um selinho! Dessa vez foi a Gabi, do Abrindo os livros. Obrigada pela indicação Gabi!

best blog selinho

Basta seguir as regras:

  • dizer 7 coisas sobre você:

Sou teimosa como toda boa taurina;
Todo mundo aqui sabe, mas sou apaixonada por livros, filmes e séries;
Me formei em veterinária, mas não exerço mais a profissão (no regrets!);
Trabalho como professora de inglês:
Outros vícios: chocolate e Coca-cola (nem vem com Pepsi…Não pode ser não!);
Apesar de ter o blog (que eu AMO!), não sou viciada em computador;
Se deixar falo até com a porta de tão tagarela que eu sou.

  • indicar para 7 blogs:

Arte around the world

Gato Feio

Gatos na biblioteca

Hunfs (esse não é exatamente sobre livros, mas eu me divirto com as aventuras da Luana lá na Bélgica – ops! Nárnia do Sul!)

Mundo de Tinta

TOC

Viagem literária

Bom, por enquanto é só. Beijos!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Silêncio – Becca Fitzpatrick

 

Silencio Nora Grey não consegue se lembrar dos últimos cinco meses. Depois do choque inicial de acordar em um cemitério e descobrir que ficou desaparecida por semanas, ela precisa retomar sua rotina, voltar à escola, reencontrar a melhor amiga, Vee, e ainda aprender a conviver com o novo namorado da mãe.
Em meio a tudo isso, Nora é assombrada por constantes pensamentos com a cor preta, que surge em sua mente nos momentos mais improváveis e parece conversar com ela. Alucinações, visões de anjos, criaturas sobrenaturais. Aparentemente, nada disso tem a ver com sua antiga vida.
A sensação é de que parte dela se perdeu. É então que o caminho de Nora cruza o de um sexy desconhecido, a quem ela se sente estranhamente ligada. Ele parece saber todas as respostas… e também o caminho até o coração de Nora. Cada minuto a seu lado confirma isso, até que Nora se dá conta de que pode estar apaixonada. De novo.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DA SÉRIE HUSH, HUSH!

Depois daquele final torturante de Crescendo (lembra que eu falei que dava vontade de matar Becca Fitzpatrick?), com o seqüestro de Nora, foi dureza esperar até o lançamento do terceiro livro da série (eu não consegui encontrar antes em inglês para acalmar a ansiedade…humpf!). Finalmente chegou e eu peguei o livro cheia da expectativas. Mas…

Logo que li a sinopse já previ que seria uma enrolação só. Depois de passar 3 meses nas mãos do Mão Negra (também conhecido como papi), Nora acorda no cemitério, e sem lembrar de absolutamente nada dos 5 meses anteriores. E até ela lembrar, lá vai metade do livro, com muita lenga-lenga e nada acontecendo de fato. Isso foi meio chato. A única coisa legal foi que nesse meio tempo, aparece Scott, que havia fugido após ser descoberto como mestiço de anjo e ter traído Mão Negra. É ele que começa a juntar as peças para Nora, mas até chegar a isso…

Mas daí pra frente, até parece outro livro. Patch, que até aí estava meio afastado de Nora, só aparecendo para ela sob seu nome verdadeiro (Jev), volta de vez para a história e muda o ruma dos acontecimentos. O que eu gostei bastante foi do prólogo, que é com ele e mostra todo o lado implacável dele. Bem mais legal que seu lado anjinho da guarda. Ele vem subindo no meu conceito a cada livro. Anda mais sóbrio e também sedutor.

Nora enche o saco com a amnésia. Mas também já não é mais a mesma menina assustada do primeiro. O que também é sacal é a insegurança dela, que ocupa boa parte do livro. E como ele é narrado por ela, tem que aguentar. Ela também vai ter grandes surpresas neste, e começa a perceber seu poder de meio-sangue nefilim.

Outra que vai ter uma surpresa, mas desta vez nada agradável, é Marcie. No segundo, com a descoberta de que ela e Nora são irmãs, elas meio que começam a se aproximar. Nada como Aphrodite e Zoey em House of Night. Pena que novamente ela não tem muito espaço. Ela ainda é detestável, infantil, mas agora, depois de ler este, tenho até pena dela.

Um que ganha bastante destaque é justamente Hank Millar, pai de Marcie e Nora, também conhecido como Mão Negra. Líder dos nefilins, ele tem o plano de formar um exército para combater os anjos caídos. E ainda tem tempo de namorar a mãe de Nora, para quem faz o papel de homem ideal. Ardiloso e escorregadio, o cara, ao invés de ser um vilão legal, na verdade é irritante. Mas seus planos vão tomar um rumo inesperado. Só que nesse meio tempo, os arcanjos também estão se movimentando para entrar na guerra.

O livro, depois que Nora recobra a memória, fica bem emocionante e com um ritmo bom, que faz com que a gente leia rápido. E o final é surpreendente. E leva a história para um rumo bem diferente. A autora preparou muito hem o terreno para Finale, a última parte da saga, prevista para sair nos EUA em outubro deste ano. Aqui, só Deus sabe, mas provavelmente no final do ano ou ano que vem. O jeito é ficar se remoendo para saber como a história de Patch e Nora vai acabar.

Trilha sonora

Everlasting love e If God will send his angels, do U2. Angels, do Robbie Williams é meio óbvia, mas é uma das minhas preferidas (as do U2 também), e fala sério, oh sortuda a do clipe! Pena que esse é comportadinho…Ele costuma fazer uns mais sexy…Aluminum, do Barenaked Ladies também cai muito bem para um certo personagem. Finalmente, Everybody's fool, do Evanescence.

Se você gostou de Silêncio, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Vampire Diaries – L. J. Smith;
  • série House of Night – P. C. e Kristin Cast;
  • série Fallen – Lauren Kate;
  • série Os Imortais – Alysson Noël.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Despertada – House of Night #8 – P. C. & Kristin Cast

 

Despertada Exonerada pelo Conselho Supremo dos Vampiros e retornando a sua posição de Grande Sacerdotisa da Morada da Noite de Tulsa, Neferet jurou vingança contra Zoey.
Seu domínio sobre Kalona é apenas uma das armas que ela pretende usar. Mas Zoey encontrou um santuário na Ilha de Skye e está sendo protegida pela Rainha Sgiach, que espera que ela possa assumir o reinado. Tornar-se a rainha seria legal, não seria? Por que ela deveria retornar à Tulsa?
Depois de perder Heath, seu consorte humano, Zoey nunca mais será a mesma – e seu relacionamento com o supersexy guerreiro Stark pode também nunca mais ser o mesmo. E Stevie Rae e Rephaim? O Raven Mocker se recusa a ser usado contra Stevie Rae, mas que chances ele tem quando ninguém no mundo, incluindo Zoey, estaria feliz com este relacionamento? Ele deve trair seu pai ou seu coração?
No emocionante oitavo livro da série House of Night até onde irão os vínculos da amizade e quão forte são as amarras que prendem o coração.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO A SÉRIE HOUSE OF NIGHT!

Como o nome mesmo indica, depois de voltar do Mundo do Além, Zoey fica um tempo na Ilha de Skye, curtindo o romance com Stark. E fala sério, quem pode culpá-la? Com um guerreiro que foi pro além atrás dela, lindo e ainda por cima que sabe manejar um arco e flecha?! E a relação dos dois está cada vez mais profunda, espiritual e fisicamente. Afinal, tanto Zoey como Stark passaram por muita coisa juntos. E essa experiência definitivamente vai mudar os dois. Ambos estão mais maduros, e sabem exatamente o que querem para o futuro.

Só que enquanto eles curtem esse pedaço de paraíso, Neferet se aproveita e volta para a Morada da Noite de Tulsa. Cada vez mais sedenta de poder, ela não mede as consequências de seus atos, e será capaz de tudo para se firmar como a soberana do mundo vamp. Claro que ela não deixa nada disso transparecer aos membros da Morda da Noite, onde aparece como um anjo personificado. Só que ela mantém seus segredos, entre eles Kalona, que deveria ser expulso de sua convivência por 100 anos. Isso foi o que ela falou para o Conselho Supremo, mas na verdade ela nunca deixou de confiar no imortal. Só que Kalona não a suporta mais, está como orgulho ferido (o que para um imortal é o pior dos castigos. Que o diga Percy Jackson…). Kalona,, por sua vez, começa a manter segredos só seus, que podem deixar a relação de Zoey e Stark bem complicada (não se esqueçam que Stark só sobreviveu no Além porque Nyx ordenou que Kalona soprasse uma fagulha de sua imortalidade no guerreiro).

E como segredos imperam em Tulsa, Stevie Rae ainda tem os seus. Ela ainda não contou a ninguém de seu imprint com Rephaim, o que complica bem as coisas para ela. Com Kalona de volta, Rephaim volta para o lado de seu pai. Mas a atração (citando Zoey: eca!) dos dois continua forte, e evoluiu para muito mais do que os laços firmados com o imprint. Stevie Rae está ficando cada vez mais poderosa, e mostra que ela realmente é a Grande Sacerdotisa vermelha. E não porque ela é a única do tipo, mas por mérito próprio. Sua ligação com o elemento terra está mais forte do que nunca. E Rephaim agora está ainda mais atormentado pela escolha entre Stevie Rae e seu pai. Agora é hora de escolher e isso pode mudar as vidas de muito mais gente do que ele pensa.

Aphrodite, infelizmente, aparece pouco neste livro. Mas aos poucos, e diante de circunstâncias nada agradáveis, ela começa a deixar de lado o jeito insolente e desagradável no trato com as pessoas. Principalmente com a horda nerd. Ela começa a se aproximar e ser realmente uma amiga para todos eles. Como eu disse, é pena que ela não tenha muito espaço.

De novo, o ritmo e mais leve. Não que isso signifique que a leitura se arrasta. Pelo contrário. Mas eu sinceramente achei este mais fraquinho que os anteriores. Só continuo achando que as autoras estão misturando muitas coisas, e como eu já disse, isso pode ser perigoso. E, pelo que andei vendo (e acredito que por isso – além de ganhar mais dinheiro), a série, que se encerraria no nono livro, vai até o décimo-segundo. Só quero ver como elas vão fazer para desenroscar o fio sem cair na idiotice. Não entendam errado. Eu recomendo o livro para quem, como eu, gosta do gênero. É uma leitura viciante e prende a gente até o final. Só posso esperar que o final seja bom também.

E só para encerrar, aqui vai um dos motivos para ler a série:

Se gatos entendessem de tecnologia e tivessem polegares opositores, governariam o mundo (Sgiach, p. 100)

E quem disse que eles já não dominam? E mais uma coisinha antes de terminar. Na tradução está “oponíveis” em vez de opositores. Nem sei se essa palavra existe! Muito feio isso. Há mais alguns deslizes de tradução, mas nada que prejudique a leitura.

Trilha sonora

De cara, 3 músicas da Adele que tem tudo a ver: I'll be waiting, He won't go e Set fire to the rain (esta última é do DVD dela, Live at Royal Albert Hall, que eu super recomendo pra todo mundo. É excelente e eu assisti de novo esse fim de semana). E Awake and dreaming, do Finger Eleven, que eu adoro. E lembrei depois de Vermillion pt 2, do Slipknot (eu normalmente coloco um post-it na primeira página do livro e escrevo as músicas conforme lembro ou escuto, mas essa escutei no iPod no ônibus e não tinha como eu anotar. Acabei esquecendo, mas pensei nela na hora que ouvi).

Se você gostou de Despertada, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Vampire Diaries – L. J. Smith;
  • As Crônicas de Sookie Stackhouse – Charlaine Harris;
  • Irmandade das Adagas Negras – J. R. Ward;
  • série Fallen – Lauren Kate;
  • coleção Sussurro – Becca Fitzpatrick.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Queimada – House of Night # 7 – P. C. & Kristin Cast

 

Queimada As coisas se tornaram negras na Morada da Noite. A alma de Zoey Redbird se despedaçou. Com o coração partido, vendo tudo ao seu redor desmoronar e com vontade de ficar para sempre no mundo dos mortos, Zoey está sumindo a olhos vistos. Parece cada vez mais difícil ela se recuperar a tempo de reencontrar seus amigos e recolocar as coisas em seus devidos lugares. Sendo a única pessoa viva que consegue alcançá-la, Stark, seu guerreiro, deve achar uma forma de ir até ela. Mas como? Segundo o Conselho Supremo dos Vampiros, ele teria de morrer para isso. E então Zoey desistirá, com certeza. Só restam mais 7 dias… Stevie Rae, melhor amiga de Zoey, quer ajudá-la, mas está enfrentando problemas seríssimos. Os Novatos Vermelhos do Mal estão pisando na bola e, dessa vez, nem Stevie Rae poderá protegê-los das consequências. O quase-namorado dela, Dallas, é um doce, mas muito enxerido pro seu próprio bem. A verdade é que Stevie Rae está escondendo um segredo que pode ser a chave para conseguir trazer Zoey de volta, mas também ameaça explodir seu mundo inteiro. No meio desta confusão está Aphrodite: ex-novata, patricinha podre de rica, bruxa do inferno convicta (e com muito orgulho), tendo visões que revelam o futuro e, para piorar, com Nyx resolvendo falar por meio dela, quer ela queira ou não. A lealdade de Aphrodite pode oscilar em várias direções, mas, no momento, é o destino de Zoey que está em jogo. Três garotas… Brincando com fogo… Se elas não se cuidarem, todos irão se queimar.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DA SÉRIE HOUSE OF NIGHT!

Depois de testemunhar o assassinato de Heath por Kalona, Zoey não aguenta o choque e sua alma se despedaça. Ela se perde no Mundo do Além, e a princípio nem se lembra de quem é. E a tristeza é tanta que ela quer ficar lá, com Heath. Na verdade,ela quase não aparece nesse, por motivos óbvios. Mas o pouco que ela aparece, está irreconhecível. Zoey vai aos poucos se perdendo, tomada pela culpa e pelo desejo de ficar com Heath para sempre. Só que, claro, as coisas não são tão simples assim. E isso nem é spoiler, já que depois desse tem mais dois livros (Despertada e Destinada – este último com lançamento previsto para este mês \o/).

O foco deste está nos outros pontos de vista. Como em Tentada, a narrativa é dividida em diversos pontos de vista, sendo que os mais importantes (ou melhor, os que mais aparecem) são os de Stevie Rae, Stark (yay!) e Rephaim. Aphrodite também tem seu ponto de vista registrado, e, apesar de importante, não tantas vezes. Zoey é a única que continua contando sua própria história, os outros são contados em terceira pessoa, mas ainda assim muito legal ver a história por outras perspectivas.

Vamos começar com Stevie Rae. Para mim, a parte dela, junto com Rephaim, foi a mais chatinha. E os dois pontos de vista – dela e de Rephaim – podem até ser considerados como um só. Isso porque no anterior, após salvar Rephaim, um ser meio corvo, meio homem, filho de Kalona (na verdade, resultado dos estupros que o imortal cometeu contra as mulheres Cherokees no passado). Rephaim é, então, um ser das Trevas (assim mesmo, com M maiúsculo). Mas, quando Stevie Rae o viu no bosque perto do convento, se compadeceu com a humanidade em seus olhos e o salvou (lembra que eu disse que ela estava escondendo algo, além dos novatos vermelhos? Era isso). Assim, ele ficou em débito com ela, e, por sua vez, a salva também. Só que as consequências disso vão muito além do simples salvamento. Stevie Rae fica tão fragilizada que para salvar sua vida, Rephaim faz com que a garota beba seu sangue, quebrando assim o Imprint com Aphrodite. E essa ligação vai levar os dois a se questionarem muitas coisas. Ele, se pode trair seu papi; ela, agora no posto de Grande Sacerdotisa, se pergunta qual será a repercussão de seu novo Imprint para seus amigos e seu quase-namorado Dallas. Este é um novato vermelho superfofo, louco por Stevie Rae e que quer ser para ela o que Stark é para Zoey. E é bom se lembrar dele, porque acho que ele vai ser peça importante mais para frente.

Stark, depois de testemunhar a alma de Zoey se despedaçando, parte com ela, Aphrodite e Darius para a Ilha de Skye, na Escócia, onde espera poder chegar ao Mundo do Além para proteger sua Zoey. E ele parte um tanto desacreditado, pois nenhum Guerreiro jamais conseguiu voltar do Mundo do Além e viver. Ambos Sacerdotisa e Guerreiro sempre morrem. Mas, através de um conhecimento antigo e já esquecido, ele está disposto a tentar. O garoto não mede esforços para resgatar Zoey (pausa para own!). Na Escócia, ele tem que reconciliar sua antiga vida, de humano, com sua de vampiro, bem como enfrentar a si mesmo para que consiga. Seu desespero é tanto que ele enfrenta qualquer um que se interponha em seu caminho, não importa quem seja. Mas esse seu jeito intempestivo é uma das coisas que ele tem que enfrentar se quiser salvar Zoey. Ele precisa provar a si mesmo que e digno de ser o Guerreiro de Zoey, já que se culpa pelo que aconteceu com ela. A parte dele é a mais legal do livro, ser tanta lenga-lenga.

E ele não está sozinho. Aphrodite também, na qualidade de Profetisa de Nyx, consegue acesso à tal Ilha, que é o reino de uma mulher com o nome impronunciável, líder de uma Morada da Noite isolada e dedicada a um clã especial de Guerreiros. Aphrodite continua com seu jeito sarcástico e petulante, mas isso mais que nunca é fachada para o pânico que toma conta da menina diante do cargo que agora ocupa. Mais uma vez ela mostra seu lado vulnerável, mas, sendo como é, levanta o queixo e assume a responsabilidade.

Quase me esqueço que Heath também tem o seu ponto de vista registrado. E ele vai ser peça chave para a salvação de Zoey. Ele sabe que está morto, e estranhamente, não se abala muito com isso. É ele quem faz companhia a Zoey no Mundo do Além e de certa forma a protege também, já que nem lá ela está a salvo. E de certa forma, ele também está mais maduro.

Kalona e Neferet também tem capítulos dedicados a eles. Não são muitos, e na verdade só estão aqui para mostrar que a vilãzona é mesmo Neferet. Ela manipula Kalona e o manda atrás de Zoey no Mundo do Além. Sua missão lá é justamente impedir que Zoey se recomponha e retorne à Terra.

Esse, apesar de se passar em uns dois dias, também tem o ritmo mais lento. Não que isso signifique que é uma leitura demorada. Pelo contrário. Mas acontece que, pelo menos é essa a sensação, as autoras estão preparando o terreno para o que está por vir. E ainda bem que o último da série está para sair, porque eu não ia aguentar esperar muito para ler o final.

Trilha sonora

Essa primeira música tem tudo a ver. E eu adoro: Samson, da Regina Spektor (eu ouvi essa música pela primeira vez em um episódio de CSI: NY, quando a Stella – Melina Kanakaredes aliás deu show de interpretação – apanha do namorado). Também Disarray, do Lifehouse, Show me how to live, do Audioslave (kids, don’t try this at home. Eu amo esse grupo. Pena que acabou. E esse Chris Cornell…), Bring me to life, do Evanescence (é óbvia), My sacrifice, do Creed (outra banda boa que acabou. Sniff) e finalmente Torn, a Natalie Imbruglia (também adoro essa música).

Se você gostou de Queimada, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • Irmandade das Adagas Negras – J. R. Ward;
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • coleção Sookie Stackhouse – Charlaine Harris;
  • série Fallen – Lauren Kate;
  • série Sussurro – Becca Fitzpatrick.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Tentada – House of Night # 6 – P. C. e Kristin Cast

 

Tentada Depois de tanta agitação, Zoey bem que merecia um descanso. Mas não há tréguas na Morada da Noite. Lidar com três caras ao mesmo tempo, novamente, não é um alívio para o estresse, especialmente quando um deles é um guerreiro tão sexy e tão dedicado em protegê-la, que é capaz de sentir suas próprias emoções. Aphrodite tem novas visões que alertam Zoey para ficar longe de Kalona e de seu obscuro fascínio, mas mostram também que ela será a única com poderes capazes de interromper um mal imortal. Logo se torna óbvio que Zoey não tem escolha: se ela não for ao encontro de Kalona, ele se vingará, e justamente nas pessoas que ela ama. Mas ela terá coragem para fazer o que deve ser feito, a ponto de sacrificar sua vida, seu coração e sua alma? Descubra neste sexto livro da Série House Of Night.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DA SÉRIE HOUSE OF NIGHT!

Depois de espantar Kalona, as coisas ficam meio caóticas para Zoey e seus amigos. O livro começa exatamente onde parou o anterior, e ainda no convento de Irmã Mary Angela. Zoey está esgotada e Stark seriamente ferido. E agora, Heath faz parte oficialmente da Horda Nerd. E, pelo menos uma coisa boa: Zoey deu o pé na bunda que Erik merecia (aleluia!). E, de novo, o cara mostra que é um babacão.

Mas Zoey sabe que tem que voltar à Morada da Noite. Só que as coisas por lá andam de cabeça para baixo. É, Neferet e Kalona fugiram, mas deixaram um rastro de coas na escola. Um dos professores está morto, e, por mais estranho que possa parecer, os alunos, e alguns membros da equipe, ainda estão sob o encanto do imortal. Mas, por outro lado, a Horda Nerd descobre que tem novos aliados, alguns surpreendentes na escola. Só que todos ainda estão bem machucados, se recuperando na enfermaria. Então, o que eles podem fazer, só conferindo os próximos.

De cara, o que chama a atenção neste é que pela primeira vez, a narrativa é fragmentada, mostrando diversos pontos de vista. Só o de Zoey é contado por ela mesma, os outros são narrados em terceira pessoa. Mas mesmo assim, é legal ter outras perspectivas.

A primeira delas é Stevie Rae. Ela entra em cena logo após Zoey, com aquele círculo diferente, que incluía sua avó e a Irmã Mary Angela, botar o casal do mal pra correr. E não se deixe enganar pelo jeito meigo de Stevie Rae. Ela sabe ser mandona e é uma líder nata. Logo de cara já vai dando ordens para ninguém menos que o babaca do Erik (que a gente sabe que adora seguir ordens) e para Heath. E não é que ela consegue colocar os dois nos seus devidos lugares? Só que nessa tarefa, ela dá de cara com uma surpresa nada agradável. Não vou contar o que é para não estragar (acompanhe na resenha de Queimada, o próximo), mas basta dizer que essa surpresa implica em mais um segredo que ela tem que guardar de Zoey e cia. Além do fato de ela estar escondendo os outros novatos vermelhos que foram de vez pra o lado negro da Força. E a coitadinha sofre com isso. Assim como também luta com sua escolha todos os dias. Ela sabe que escolheu certo, mas ainda sente um conflito entre o que ela era quando desmorreu e o que ela é agora. Não bastasse isso, ainda tem que lidar com o Imprint com Aphrodite. Mas Stevie Rae se sai muito bem nesse rolo todo.

Outra que tem seu ponto de vista retratado é a própria Aphrodite. É só em um capítulo, mas é muito legal conhecer um pouco mais dela. E descobrir que ela é na verdade uma menina vulnerável (apesar de detestar se sentir assim). E isso não muda em nada o fato de ela ser uma personagem bem  melhor que a própria Zoey. É mais inteligente e pé no chão, e também tem as melhores sacadas. Seu relacionamento com Darius se aprofunda um pouco neste livro, e na verdade isso a assusta. Ela não está acostumada a ser bem tratada e amada. E isso a pega de surpresa.

E falando em Zoey, ela ainda tem  maior parte da narrativa. Mas nesse ela está mais confusa, porque lembranças de sua vida passada começam a voltar, e isso leva Zoey a questionar muitas coisas. E ela começa a entender que é Grande Sacerdotisa. O que a assusta também. Ela já cometeu erros demais, e morra de medo de cometer mais um, por isso tem tanta insegurança. Ela sabe que não está preparada ainda. Mas também sabe que não está sozinha.E tenho que admitir que ela subiu no meu conceito ao dar o pé em Erik. Já estava na hora.

Sua relação com Stark também começa a ficar mais forte e ele cada vez mais se mostra um guardião capaz. Ele se sente muito inseguro no cargo, mas muito dessa insegurança vem de Zoey. Isso porque ele pode sentir o que ela sente. E ele é maduro o suficiente para entender a ligação de Zoey com Heath. Pode não gostar, mas aceita. E apesar de sofrer, coloca as necessidades de Zoey em primeiro lugar. E Heath também amadureceu bastante. Aceita Stark também, apesar de não gostar (não de Stark, mas da situação) e também coloca Zoey em primeiro lugar. Nenhum dos dois tem problemas com ego ferido. E dessa forma, a situação fica menos irritante.

Há mais pontos de vista retratados, mas não vou falar deles ainda, para não dar mais spoilers do que o necessário. De novo, tudo se passa muito rápido, mas com essa alternância, dá uma desacelerada. E com essa mudança de foco, dá para conhecer melhor os personagens. O final é surpreendente e forte, o melhor até agora. A história está cada vez mais complexa também. O que na verdade eu acho que não é muito bom. Deixa eu explicar. As autoras fizeram uma verdadeira mistura de coisas: vampiros, anjos caídos, e lendas Cherokees. E isso pode levar a dois caminhos: ou o final é muito bom, e coerente, ou perde-se o foco e a história toda vai por água abaixo. Pra mim, isso foi o que aconteceu com Matrix. E com Lost. Os roteiristas misturaram tanta coisa que no final não souberam explicar nada, se perderam na bagunça. E essa série corre o mesmo risco. Mas ainda tem mais pelo menos 3 livros para elas explicarem tudo. É esperar para ver. Mas recomendo a leitura do mesmo jeito.

Trilha sonora

Para começar, We are, da Ana Johnson. Também Perfect memory, do Remy Zero (essa música é triste mas eu adoro!)

If it don’t hurt me it won’t hurt you

E para terminar uma velhinha, Love you more, do Sunscreen.

Se você gostou de Tentada, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith;
  • coleção Sookie Stackhouse – Charlene Harris;
  • Irmandade da Adagas Negras – J. R. Ward;
  • série Fallen – Lauren Kate;
  • coleção Sussurro – Becca Fitzpatrick.