domingo, 31 de agosto de 2014

Campo de Espadas – O Imperador – livro 3 – Conn Iggulden


Imperador 3Os leitores apaixonados por romances como O Rei do Inverno e O Tigre de Sharpe, de Bernard Cornwell, vão concordar com este consagrado autor britânico: “ A série O Imperador é brilhante.”
Conn Iggulden, revelação da ficção histórica inglesa, segue os passos do mestre Cornwell e recria, à luz das mais recentes pesquisas históricas, a vida de um dos maiores monarcas de todos os tempos, Júlio César, senhor do poderoso Império Romano.
Após quatro prósperos anos na Espanha, onde conheceu a riqueza do ouro, Júlio César e o leal Brutus retornam a Roma. Na capital do Império, é alçado a cônsul, após a aliança com Pompeu e Crasso, políticos muito influentes. porém inescrupulosos.
Em seu novo cargo, Júlio César toma a decisão que mudará toda a história do Império: partir em direção aos Alpes. Equipado com um exército moldado à sua imagem, põe em marcha uma jornada através da Gália, que atravessa o que futuramente seria conhecido como o Canal da Mancha, até enfrentar os inimigos bárbaros da Britânia.
Em uma série de combates sangrentos, a lenda do grande Júlio César é forjada. Enquanto ele e Brutus se empenham contra hordas inimigas, em Roma, os adversários políticos tornam-se ainda mais fortes e destemidos.
Entre batalhas inesquecíveis e traições políticas, O Imperados – Campo de Espadas captura com detalhes impressionantes um mundo sendo moldado por uma civilização brilhante. Neste terceiro livro da série, o destino de Roma está em jogo, e somente uma pessoa pode assegurá-lo: Júlio César, um homem com inigualável vocação para o poder.
ATENÇÃO! SPOILERS DE MORTE DE REIS!
Nem sei porque eu coloco este aviso, afinal, livro baseado em fato histórico não deveria contar. Mas, melhor avisar, né? Sabe como é, sempre tem aquele troll que fica revoltado se eu revelar que Joana D´Arc morreu na fogueira (ops! Foi mal!). Enfim, depois da morte de Sila, Júlio pode finalmente voltar a Roma, e assim retomar a vida que deixou para trás. Ele agora tem uma filha que não conhece, a mulher que ficou praticamente abandonada o tempo todo que ele esteve fora, e uma casa cheia de dívidas para saldar, alianças a serem feitas e mais inimigos para combater.
E ao voltar, Roma está irreconhecível. Ainda mais violenta, os pobres sofrem ainda mais, e nem as pessoas ricas podem sair às ruas sem levar um bando de seguranças para protegê-las. E os esquemas políticos se intensificam com a proximidade da eleição para o senado.
Este é o cenário que espera Júlio ao retornar da Espanha com os baús transbordando de ouro e glórias. E como a ambição de Júlio só faz aumentar a cada dia, ele também precisa de alianças para se eleger no triunvirato. Isto porque na verdade ele quer mesmo é expandir as fronteiras do Império, como fez Alexandre, o Grande. E para isso, precisa de fundos. E com o ouro conquistado na Espanha, ele monta um exército, e o treina à perfeição, assegurando-se de que seus homens são fieis e seguirão com Júlio até o fim. E a popularidade dele com o exército é palpável. Outro motivo para Júlio deixar Roma, e também se candidatar ao senado são as dividas. Em sua ausência, a propriedade rural não produz como deveria, e ele faz mais dívidas ao retornar, para treinar seu exército. E depois, como cônsul, ele tem imunidade com os credores.
Júlio está, como eu disse, ainda mais ambicioso (ou ele mostra mais isso neste), e implacável. Está mais duro também, perdeu toda a serenidade e até mesmo com Servília, sua amante, bem como mãe de Brutus, ele não tem o mesmo tratamento. O que, óbvio, vai causar um belo problema para ele e Brutus. A relação com a filha também é distante, e por causa de seus planos, Júlio é obrigado a entrar no jogo político e forjar alianças com Pompeu e Crasso, que claro que são menos que amigos dele.
Estes dois na verdade seguem a filosofia de manter os amigos perto, e os inimigos mais ainda. Especialmente Pompeu, e o preço para esta aliança é a mão de Júlia em casamento, o que ele consegue, e eventualmente acontece. Mas eles não são os únicos. Brutus cada vez mais se ressente da popularidade de Júlio, não sem razão, e aos poucos a gente percebe que eles começam a se distanciar. O envolvimento de Júlio com Servília é somente a ponta do iceberg, há muito mais entre eles do que isso. E além disso, um novo jogador entra em cena, ocupando um pouco do lugar de Brutus: Marco Antônio. Mas, por enquanto, Brutus permanece fiel a Júlio e destaca-se cada vez mais no exército. mas Brutus também não é mais o mesmo, e a amargura está tomando mais espaço.
Este livro é o que apresenta mais baixas, vários personagens bacanas morrem, há mais maquinações políticas e revoltas, e também muito mais batalhas, com a conquista da Gália. Eu demorei mais para ler este, não sei porquê. O ritmo é bom, mas talvez o foco deste me canse um pouco mais (ou talvez ler 3 em sequência esteja cansando um pouco). Os personagens evoluem, e são muito bem construídos, a ambientação é sensacional, e as batalhas são descritas com pormenores, dignos de Bernard Cornwell. Uma verdadeira aula de história sobre Roma, e também bem atual. é incrível como algumas situações não mudam, especialmente na política.
Trilha sonora
Mais uma vez (e provavelmente até o final, porque não dá para pensar em Roma e não lembrar de Maximus), Now we are free e The Battle, do Hans Zimmer, o tema de abertura de Roma, Stand my Ground, do Within Temptation e Viva la Vida, do Coldplay.
Se você gostou de Campo de Espadas, pode gostar também de:
  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • A Busca do Graal – Bernard Cornwell;
  • As Aventuras de Sharpe – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell;
  • 1356 – Bernard Cornwell;
  • Ramsés – Christian Jacq;
  • Os Pilares da Terra – Ken Follett;
  • Mundo Sem Fim – Ken Follett;
  • O Físico – Noah Gordon.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Trilha do Mês - Titanium - Within Temptation


Uma banda que eu amo muito, mas ainda não falei dela, exceto para incluir várias músicas deles nas trilhas que descrevo, é Within Temptation. Uma amiga já tinha me falado deles, mas só fui conhecer mesmo com All I need, que tocou em Vampire Diaries.

O WT é uma banda metal gótica holandesa. e eu simplesmente AMO esse tipo de música. A formação atual conta (lá vem tortura para escrever os nomes certo) com Sharon den Adel nos vocais, Robert Westerholt na guitarra, Ruud Adrianus Jolie também na guitarra, Jeroen van Veen no baixo, Martjin Spierenburg no teclado e Mike Coolen na bateria. A banda foi formada em 1996, e para marcar os 15 anos de carreira, eles lançaram um álbum só de covers de hits do momento, The Q-music sessions, no ano passado.

Deixa eu esclarecer que não sou muito fã de covers. Para que eu goste de um cover, ele tem que ser tão bom quanto, ou melhor que a original. Mas o WT se supera, e todos os covers deles ficaram sensacionais (aguardem nova postagem, que vou comentar cada um deles), e fazendo parte dessa coletânea está esta versão de Titanium, de David Guetta e Sia. E, sim, ela é infinitamente melhor que a original, na minha opinião. E além disso, a letra é muito boa, e este mês de desgosto agosto eu passei por algumas coisas pessoais, e ela me ajudou muito. E sim, eu acredito piamente que a música tem o poder de curar qualquer aflição.

A versão do WT mantém a mesma base da original, mas tem uma batida mais voltada para o rock, que eu gosto mais. E também, a voz da Sharon é melhor e dá mais força à música do que Sia. Não me entenda mal, Sia também canta muito bem, e tem uma voz ótima, só acho que o timbre mais rouco não combina muito com a faixa. E eu também adoro Elastic Heart da Sia, que também tem me ajudado muito nesta fase. E antes que alguém aí se desespere, calma, eu estou bem! Foi só uma fase, mas já estou dando a volta por cima!

A versão do WT também é mais enérgica que a original, e mais constante também, não tem tantas variações. E eu gosto do fato de que preservaram a batida principal, mas deram a cara do WT para a faixa. E o resultado você confere abaixo:


E aí, qual das duas vocês preferem?

Beijos e até o próximo post!




Tag - Chatice Literária

Mais uma tag que eu respondi, depois de bastante tempo (eu já estava com saudade). Esta foi respondida pelas fofíssimas Carissa e Monique do canal Sopa Primordial. e como sou chata também, resolvi responder. Aí vai:



Livros citados:

1. Um livro que você achou que ia ser legal, mas é chato: O Inverno das Fadas;
2. Um livro que todos dizem que é fantástico, mas que você acha chato: O Morro dos Ventos Uivantes e Irmandade da Adaga Negra;
3. Um livro que tinha tudo para ser legal, mas é chato: Série Imortais;
4. Um livro com personagem principal insuportável: Saga Crepúsculo;
5. Um livro com final terrível: Under The Dome;
6. Um universo em que você não gostaria de morar: Divergent;
7. Um livro que você tem na estante, mas tem medo de ler porque todo mundo diz que é chato: Passion;
8. Um livro que tinha tudo para ser chato, mas não é: Os Miseráveis

E não se esqueçam de visitar o canal no YouTube!

Beijos e até o próximo post!

domingo, 24 de agosto de 2014

Citação do Mês

Essa não vem de livro, mas de um filme que eu amo. E como hoje assisti pela 2837402484029 vez, e não acredito que ainda não havia postado, aqui vai:

“Podem tirar nossas vidas, mas nunca irão tirar nossa liberdade.”
William Wallace




Só uma coisinha: ela não vem de livro, mas O Rebelde, primeiro de uma série de 4 volumes, chamada Corações Valentes, do Jack Whyte, é adivinha sobre quem? E vou ler esse livro após terminar a série O Imperador.

domingo, 10 de agosto de 2014

Dia dos Pais

Rapidinho só pra desejar a todos os papais por aí um feliz dia! Especialmente par ao meu pai, que me encorajou a começar o blog, e me apoia até hoje, após quatro anos. Foi ele quem me ensinou a usar o programa, e manter o blog funcionando. Meu muito obrigada! Te amo!


sábado, 9 de agosto de 2014

A Morte de Reis – O Imperador – livro 2 – Conn Iggulden

 

Imperador 2Conn Iggulden, grande revelação da ficção histórica britânica, é o guia de uma empolgante viagem pela Antiga Roma, um reino de tiranos e escravos, de sórdidas intrigas e paixões avassaladoras. Através da vida de Júlio César — um dos personagens mais importantes de todos os tempos, um homem tão forte e de personalidade tão marcante que seu nome tornou-se sinônimo de monarca em várias línguas —, Iggulden cria uma saga que está para Roma como a série Ramsés para o Antigo Egito. Segundo título da trilogia O Imperador, que o prestigiado Bernard Cornwell (autor das trilogias As Crônicas de Artur e Em busca do Graal) expressou o desejo de ter escrito, O IMPERADOR — A MORTE DOS REIS coloca César no palco central, acompanhando suas primeiras campanhas militares. Vemos o jovem valoroso amadurecer e transformar-se em líder natural do exército romano, após escapar do jugo de piratas — que capturaram o navio em que servia — para engajar-se em batalhas grandiosas. César cumpre sua promessa de acabar com a pirataria e, então, leva suas forças para a Grécia, onde, contra todas as previsões, derrota o rei Mithridates.O velho monarca é o líder de uma insurreição que ameaça o controle romano no Peloponeso. Júlio César retorna vitorioso e rico à Roma, apenas para descobrir que a corrupção da República está prestes a destruir tudo o que ama. Inclusive sua esposa e filha. O IMPERADOR — A MORTE DOS REIS recria o ambiente das ruas de Roma, as campanhas militares, as intrigas palacianas e o cotidiano de uma das civilizações mais marcantes de todos os tempos. Um romance inesquecível de uma das mais criativas vozes da ficção histórica contemporânea.

ATENÇÃO! SPOILERS DE OS PORTÕES DE ROMA!

Depois de apoiar Mário na revolta e da vitória de Sila, Júlio é obrigado a fugir de Roma, deixando para trás sua mulher ainda grávida, o que ele não sabe. E nesta fuga, ele acaba sendo capturado por piratas e fica à beira da morte. Mas acontece que Júlio acaba pegando esse evento e o veste como escudo (sim, apropriei-me das palavras de Tyrion) e acaba por firmar ainda mais a liderança que vinha estabelecendo antes de fugir. E é impressionante observar como ele rapidamente ganha a confiança dos homens e se torna um líder não somente político, mas também militar. Júlio está mais determinado, maduro e tem uma mente estratégica fantástica. Ao mesmo tempo, ele também está ficando cada vez mais implacável, e o tempo em cativeiro contribuiu muito para isso. O que havia de inocência e irreverência no adolescente ficou para trás. Para dar uma ideia: ele promete crucificar todos os piratas que o capturaram, e cumpre (fato real, documentado). Seria até difícil imaginar o garotinho doce do primeiro fazendo isso, se não soubéssemos que estamos falando de Caio Júlio César.

Enquanto isso, Marco, que agora você já pode saber que é Brutus, foi designado para outra legião, e depois de se firmar como excelente soldado e também líder. E Brutus mostra que gosta da batalha. É um tanto arrogante (ou melhor, um pouco mais do que já era), e sabe muito bem de suas habilidades. Só que esse amadurecimento de Brutus e liderança vai acabar por abalar um pouco a amizade com Júlio. Brutus consegue votar para casa antes de Júlio, e acaba por defender também a família de Júlio e depois da morte de Sila, também faz seu caminho no exército e consegue restabelecer a Primogênita, legião comandada por Mário. Esse fato faz com que Brutus acabe se ressentindo um pouco de Júlio quando este finalmente consegue voltar para casa, mas a amizade acaba prevalecendo, e na verdade os dois acabam dividindo bem o comando. Neste livro ele também começa a se envolver mais com política, por causa de sua mãe, que ele finalmente conhece. E Servília é uma mulher extraordinária. Pena que aparece pouco ainda (ela vai aparecer mais, lembre-se das aulas de História no colégio que você vai saber porquê).

A outra mulher forte deste é Alexandria. Agora uma mulher livre, ela ganha a vida fazendo joias e broches para a realeza. Ela é independente. esforçada e perspicaz. Ela logo identifica como pode vender mais, e assim seus lucros vão crescendo. Ela acaba encontrando Átia (saudades da diva Polly Walker fazendo o papel na HBO) e seu filho, Otaviano, e descobre que eles são parentes distantes de Júlio. Alexandria aluga um quarto na casa de Átia, e acaba levando Otaviano para trabalhar com ela. Mas por causa das ameaças de outros garotos no mercado, ela leva Otaviano para ser educado por Tubruk na propriedade rural. E falando em Tubruk, neste ele vai a extremos para proteger a família de Júlio. Mas também descobrimos um lado mais gentil do ex-escravo, que ele dedica a Aurélia, a mãe de Júlio, doente, e Clódia, a criada de Cornélia, a mulher de Júlio. Esta é outra mulher forte, que não só aguenta a ausência do marido logo após o casamento, mas cria a filha sozinha por boa parte do tempo, mas também vai passar por maus bocados de cabeça erguida por causa do parentesco de Júlio com Mário.

Também neste mais personagens histórico aparecem, como Pompeu e Crasso, ambos aliados de Mário, e líderes no Senado. E também Cato, opositor radical deles, capaz das manobras mais ardilosas para conseguir o que quer. A política é mais explorada neste, o que não quer dizer que não tenha muita ação. Na verdade, este é muito mais recheado de lutas e batalhas, e o sangue escorre muito mais. E o clima esquenta em Roma, com o reinado de terror imposto por Sila.

O ritmo continua muito bom, os personagens evoluem muito e as intrigas vão ficando cada vez maiores. O livro é dividido em duas partes, antes de Júlio voltar a Roma e depois, e mostra muito bem como foi retornar à vida urbana depois do cativeiro e do longo período longe de casa, a reaproximação com a família, agora completamente estranha a ele. E também o livro é narrado em terceira pessoa, mas com o foco em diferentes personagens, mas com o principal ainda sendo Júlio César. Há ainda mais um personagem bem bacana e conhecido nosso na trama, mas não vou revelar, deixo como uma surpresa para vocês. Vale a leitura.

Trilha sonora

Mais uma vez, inevitavelmente Now we are free e The Battle, de Hans Zimmer (curiosidade que eu só descobri agora: a língua de Now we are free é inventada por Lisa Gerrard, a intérprete, e tem uma mistura de várias línguas, como alguns elementos de latim), o tema de abertura de Roma e Stand my ground, do Within Temptation.

Se você gostou de A Morte de Reis, pode gostar também de:

  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • A Busca do Graal – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell;
  • 1356 – Bernard Cornwell;
  • Ramsés – Christian Jacq;
  • Os Pilares da Terra – Ken Follett;
  • Mundo Sem Fim – Ken Follett;
  • O Incêndio de Tróia – Marion Zimmer Bradley;
  • O Físico – Noah Gordon.