quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O Poder do Súcubo – Georgina Kincaid #2 – Richelle Mead

 

O amor machuca, e ninguém sabe disso melhor que Georgina Kincaid, uma verdadeira deusa, ou melhor, demônio em forma de mulher. Seth Mortensen era tudo o que ela podia querer e tudo o que não podia ter. De que adiantou ter conquistado o namorado amoroso e estável que buscou durante séculos se o máximo que poderia fazer com ele era... ficar de mãos dadas?! Qualquer coisa menos inocente abreviaria a vida de seu amado. Afinal, Georgina é um súcubo! Como se não bastasse ter uma vida amorosa desastrosa, seus dias no trabalho estão, sem trocadilhos, infernais. Seu colega Doug passa a ter um comportamento no mínimo estranho, e Georgina desconfia que seja efeito de algo mais poderoso que uma overdose de café. Para complicar, seu melhor amigo imortal, um íncubo tão irresistível para as mulheres como ela é para os homens, precisa de sua ajuda numa missão politicamente... sedutora.

Comecei a ler este livro para dar uma relaxada mesmo, sem pretensão nenhuma. Adoro Richelle Mead, e gostei do primeiro dessa série. Mas este me decepcionou um pouco. Não reconheci a escrita de Richelle aqui.

A começar pela história. Achei meio fraquinha. A sinopse aí em cima já dá conta do recado, por isso nem vou elaborar mais. A única mexida é a chegada do amigo íncubo de Georgina, Bastien. Este é, claro, sedutor e auto-confiante. Até demais. Mas sinceramente acho o cara um saco. Autoritário e se achando a última Bono de chocolate do pacote, e com personalidade nada marcante. Ele chega a Seattle com a missão de acabar com a reputação de Dana, casada com um político importante de Seattle, e líder de um grupo com bases religiosas radicais, contra o homossexualismo. Mas, em primeiro lugar, não entendi porque é tão importante acabar com a tal Dana. OK, por sua postura preconceituosa ela até merece punição, mas achei este arco todo desnecessário. E achei que Bastien se comporta como diva, não no bom sentido, só porque essa missão é dele, e Georgina é a ajudante. E o desfecho dele foi muito previsível.

O mistério deste fica por conta do comportamento de Doug, e o sucesso meteórico de sua banda. Mas, diferente do que acontece com A Canção do Súcubo, neste ele não prende, é ainda mais previsível. E, de boa, entendo que Georgina queira ajudar um amigo, mas por que ela tem que ir? Só ela pode resolver a parada? Certo, ela é a protagonista, eu esqueci.

E quanto a Georgina e Seth, tudo continua na mesma. Eles estão juntos, mas nada pode acontecer sob pena de Seth ter sua vida reduzida em alguns anos. E não duvide, Seth ama de verdade Georgina. Mas está só no segundo livro, e já estou ficando cheia desse romance deles. Isso porque eu tenho quase certeza de que em algum ponto eles vão achar um loop-hole na condição de Georgina e vão conseguir…você sabe. E eu fico torcendo para que role logo, para acabar com a enrolação.

O que me incomodou mais no livro não foi a história mais fraca, acho até que o intuito de Richelle Mead é esse mesmo, uma trama mais leve, para relaxar mesmo. Mas faltou uma coisa que ela fez muito bem em Vampire Academy e Bloodlines: o desenvolvimento dos personagens. Em ambas as séries mencionadas, os personagens evoluem e crescem conforme os livros, mas neste não percebi que Georgina tenha mudado. Ela continua a mesma, na verdade. E a trama, que nos outros Richelle fez ficarem mais e mais intrincadas, neste deixou a desejar também. E faltou aquele cliff-hanger que nós estamos acostumados com cada volume das outras séries dela.

Recomendo o livro só para espairecer, leia sem pretensão. Não vou desistir da série ainda, porque tenho o terceiro no kobo, e porque se aguentei a Irmandade da Adaga Negra até o terceiro também, acho que a escrita de Richelle Mead, que mesmo assim é infinitamente melhor, pode me prender mais. Mas não fiquei com aquela necessidade de ir logo para o próximo.

Trilha Sonora

Sober e Whadya want from me?, da Pink.

Se você gostou de O Poder do Súcubo, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • Bloodlines – Richelle Mead;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Ahmnat – Julien de Lucca;
  • Beautiful Creatures – Margareth Stohl e Kami Garcia;
  • House of Night – P.C.  e Kristin Cast.

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