O IMPERADOR - OS DEUSES DA GUERRA acompanha a trajetória de César logo após as vitórias na Gália e Bretanha, e sua travessia do rio Rubicão - um desafio às leis que proibiam governadores de levar suas legiões de soldados para além de suas províncias. Até mesmo o brilhante estrategista Pompeu é pego despreparado e obrigado a abandonar a cidade. Os exércitos de Roma enfrentam, então, outra guerra civil.
O IMPERADOR - OS DEUSES DA GUERRA marca o início do fim da trajetória de César. Um destino que será decidido não pelas legiões, mas por seu amigo Brutus e por Cleópatra, que lhe dará seu único filho. Para César, a campanha contra Pompeu testará seu gênio militar e o apetite pela glória, ao dividir a maior máquina de luta já conhecida pelo homem e jogar irmão contra irmão até a vitória ou morte. Mas será em outro reino, coberto de areia e mistério, que ele perderá para sempre a batalha pelo próprio coração...
Até tu, Brutus?
Quarto volume da série O Imperador, este narra os últimos feitos de Caio Júlio César. Depois de conquistar a Gália e a Bretanha, Júlio finalmente cruza o Rubicão e retorna a Roma, encontrando um cenário de abandono. Isso porque Pompeu, cônsul de Roma, como Júlio, foi forçado a isso. A tensão é palpável, e Roma está à beira de uma guerra civil.
Ao retornar, o primeiro ato de Júlio é se eleger novamente cônsul, mas agora sem dividir o poder. Só que Júlio não é homem de parar em um lugar só, e em pouco tempo, se entedia com as reuniões infindáveis do Senado, com os banquetes e mexericos da nobilitas. E com essa divisão de poder entre Júlio e Pompeu, Júlio acaba partindo atrás do último, para consagrar sua nomeação. Deixe-me explicar direito. Pompeu declara que a investida de Júlio na Gália e Bretanha é ilegal, e que ele não pode governar Roma de longe. Só que a popularidade de César só faz crescer, e assim, claro, ele se torna uma ameaça a Pompeu. E, temendo a fúria do exército de César, Pompeu parte para a Grécia.
Explicações dadas, paramos onde Júlio foi atrás de Pompeu, a fim de legitimar seu mandado, deixando Roma a cargo de Marco Antônio. Começa aí um jogo de intrigas e poder, ao mesmo tempo que César se estabelece como o maior governante que Roma já teve.
E enquanto o prestígio de César cresce junto com seu poderio militar, ele acaba favorecendo Marco Antônio e Otaviano, seu filho adotivo. E Brutus, com isso mostra um lado que até então estava escondido: inveja. Ele acha que por ser o amigo mais antigo e íntimo de César, ele deveria ter mais privilégios, e daí acaba se aliando a Pompeu e parte com este para a Grécia. Enquanto os trechos centrados em César são um deleite por podermos acompanhar o gênio militar e estrategista dele, os POVs de Brutus são marcados pelo ressentimento e amargura, e isso eu achei que ficou um pouco sacal, e até caricato demais. Mas isso de forma alguma diminui o livro.
E, depois de derrotar Pompeu, César ainda mostra um traço de genialidade ao perdoar Brutus a traição. Uma jogada ao mesmo tempo brilhante, mostrando misericórdia, e arriscada, pois pode atrair a ira dos soldados leais a César. E claro que isso acaba ocorrendo. Só não há mais guerra por causa da lealdade que César inspira em Otaviano, que é um líder nato.
Mas, como eu disse lá em cima, Júlio não é homem de se contentar em ficar muito tempo em um lugar só, e seus sonhos de grandeza para Roma estão ainda mais exacerbados neste livro. Depois de derrotar Pompeu, já no Egito, ele começa a formar o seu maior plano. Ao chegar no Egito, César se depara com um cenário de divisão: de um lado Ptolomeu, o rei menino, e do outro sua irmã, Cleópatra. Mais uma disputa de poder, e percebendo a vantagem de manter um posto em Alexandria, por motivos comerciais, César acaba se aliando a Cleópatra, e mais um pouco. Acho que nem preciso dizer como isso acabou, não? Todo mundo sabe (ou deveria saber) que César e Cleópatra tiveram um caso, para escândalo em Roma. Mas não é só isso. César, pelo poder que detém, sabe da importância de ter um herdeiro legítimo, e Cleópatra acaba pode lhe dar o filho que ele tanto queria.
E, com Cleópatra a seu lado, ele começa a delinear o que será sua derrocada: ele pretende se proclamar Imperador, o que pela lei de Roma era ilegal. E mais uma vez, a inveja de Brutus entra em cena, e começam as conspirações para seu assassinato (mais uma vez, isso não é spoiler! Se você acha o contrário, recomendo que estude melhor História). Com um agravante. Hell hath no fury like a woman scorned. E a fúria dessa vez vem de Servília, que não gostou nem um pouco de ter sido trocada por uma rainha jovem que ainda por cima deu um filho a César.
Intrigas e cenas de batalha detalhadas marcam este volume da série. O livro é dividido em 3 partes, e para mim a mais legal foi justamente a segunda, no Egito. Admito que me deu uma pontada no peito a descrição do incêndio da biblioteca de Alexandria, e me deu um pouco de raiva de César nessa hora. Mas a história num todo flui com facilidade, e os múltiplos POVs fazem a narrativa bem dinâmica. Personagens muito bem construídos e ambientação bem descrita também contribuem para deixar a leitura ainda melhor.
Trilha sonora
Now we are free e The Battle, de Hans Zimmer, por motivos de não dá para dissociar Maximus de Roma e Roma de Maximus . O tema de abertura de Roma, Viva la Vida, Coldplay e Stand my ground do Within Temptation.
Se você gostou de Os Deuses da Guerra, pode gostar também de:
- As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
- A Busca do Graal – Bernard Cornwell;
- As Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell;
- 1356 – Bernard Cornwell;
- As Aventuras de Sharpe – Bernard Cornwell;
- Ramsés – Christian Jacq;
- Os Pilares da Terra – Ken Follett;
- Mundo sem fim – Ken Follett;
- O Físico – Noah Gordon.
2 comentários:
Oi, Fê.
Preciso ler essa série! A lista só aumenta! Como faço para ler todos os livros do mundo? Quero dias de 100 horas e fins de semana de 10 dias! :)
Beijos.
Oi Na!
Eu também! HAHAHAHA
Beijo!
Fê
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