O filme começa exatamente como no livro, com Thomas, por enquanto sem saber quem é, chegando à Clareira no elevador. E se eu já não soubesse que Dylan O´Brien é um bom ator (baseando-me somente em Teen Wolf, que, sinceramente, não achei muita coisa, e nem terminei a primeira temporada), só essa cena seria suficiente para me convencer que a escalação dele foi mais que acertada. O desespero de acordar em um lugar pequeno, escuro, e não se lembrar de quem é foi transmitido muitíssimo bem.
E saindo do elevador ele já enfrenta a desconfiança dos Clareanos, liderados por Alby. Alm Ameen, aliás, passa para a tela a liderança fácil e tranquila de Alby. Os outros Clareanos também estão muito bem representados, principalmente Gally (Will Poulter, que já arrasou como Eustace em As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada, que eu vi esses dias, e caraca!, como esse garoto cresceu!) e
Aliás, falando em Teresa, no filme ela tem mais destaque, e não passa tanto tempo dormindo, e graças aos deuses por isso. Outras mudanças estão no fato de Teresa e Thomas não partilharem o dom de telepatia, mas isso foi muito bem compensado na forma de flashbacks e pesadelos de Thomas. E, sinceramente, isso nem afeta muito a história, e acho que ficou muito bacana como fizeram no filme. Ela também demora um pouco mais para chegar na Clareira, mas novamente, isso não é nada que afete a trama. Outra coisa diferente que eu achei até mais legal no filme foi que as seringas que os Clareanos tem, de antídoto contra a ferroada dos grievers (que descobri que em português ficou Verdugos) é trazida por Teresa no filme. E isso ficou mais legal porque adicionou o fator de desconhecido. Quando eles precisam, fica aquela dúvida, será que podemos confiar?
O labirinto em si merece um parágrafo só dele. Desde pequena sou fascinada por labirintos, desde o filme Labirinto, passando pela labirinto da terceira tarefa do Torneio Tribruxo e pelo Labirinto do Fauno. Eles me fascinam e amedrontam ao mesmo tempo. E o labirinto criado por James Dashner ganhou uma nova dimensão no filme. É ainda mais aterrorizador do que o do Fauno, e mais opressivo que o que Harry tem que enfrentar. As paredes são descomunais, e muitas vezes não se vê o céu, deixando o filme sombrio e aumentando a sensação de claustrofobia. As manchas de umidade e a hera subindo pelas paredes dão a impressão de algo secular, apesar de ser relativamente recente na realidade do mundo criado por Dashner. E o barulho dos portões se fechando e das paredes se movendo é assustador. O labirinto é imponente em todos os sentidos, e demanda respeito, seja dos corredores, seja de nós, espectadores.
Aliás, acho que terem optado por deixar o filme escuro foi um toque de brilhantismo do diretor e do diretor de fotografia. Deixou o filme ainda mais assustador. E os Verdugos também são assustadores, e achei bem bacana a construção deles. Isso era uma coisa que eu tinha muita dificuldade de visualizar ao ler, e o departamento de CG fez um ótimo trabalho ao mostrar essas criaturas. E falando em efeitos especiais, o filme tem, pelo que notei, posso estar enganada, bem poucos, mas muito bem executados. Gosto do fato de optarem por algo mais cru e deixando mais a cargo dos atores. Para mim, isso valoriza imensamente o filme.
A adaptação, como já comentei, é bem fiel ao livro, e passa o mesmo senso de urgência do livro, só que mais rápido, sem tanta enrolação. E isso é bem fácil de entender. Enquanto um filme é visual, temos tudo ali, pronto, no livro fica a cargo do autor descrever as situações e ambientes, e no caso de MR, isso demora um pouco. Também, pelo fato de já estar familiarizada com o linguajar peculiar dos Clareanos, isso fica mais fácil, e de novo temos o recurso de visualização para ajudar. O filme passa bem rápido, quando a gente vê duas horas já foram e os créditos estão subindo. Recomendo assistir, mesmo que você não tenha lido o livro. Aliás, acho até que se você assistir primeiro, pode ficar mais fácil ler depois.
Beijos e até o próximo post!
2 comentários:
Oi, Fê! Tudo bem? Acabei de ler "A Cura Mortal" e, quando venho no seu blog, me deparo com essa resenha do filme e o feeling pós fim de trilogia veio com força total :/
Mas enfim, sobre o filme, fiquei tão feliz com o fato de que a adaptação não me decepcionou! Concordo com você, o labirinto está imponente e o fato de que muita coisa é desenvolvida com base na atuação dos atores e não por efeitos especiais é o que deixou um diferencial. Achei ótimo que a produção conseguiu transpor para as telas todas aquelas sensações que se tem ao ler o livro também! Só acho que a Kaya poderia ter sido mais bem aproveitada, adoro a atriz, mas senti falta de uma participação marcante. De qualquer forma, estou super curiosa para ver como será feito o segundo filme, tenho certeza de que não sairemos decepcionados do cinema :D Bjs
Jess
Oi Jess!
Eu também. E já vi algumas artes conceituais de The Scorch Trials, e já vi que vai ser tão angustiante quanto o livro.
Beijo!
Fê
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