sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Maze Runner - Correr ou Morrer - filme

Já tinha mencionado na resenha que eu queria muito ver o filme, e finalmente eu consegui. E valeu a espera, o filme é uma ótima adaptação, e mesmo que o livro demore um pouco para engatar, no filme isso não acontece, e logo de cara somos fisgados para a realidade dos Clareanos e os perigos do labirinto.

O filme começa exatamente como no livro, com Thomas, por enquanto sem saber quem é, chegando à Clareira no elevador. E se eu já não soubesse que Dylan O´Brien é um bom ator (baseando-me somente em Teen Wolf, que, sinceramente, não achei muita coisa, e nem terminei a primeira temporada), só essa cena seria suficiente para me convencer que a escalação dele foi mais que acertada. O desespero de acordar em um lugar pequeno, escuro, e não se lembrar de quem é foi transmitido muitíssimo bem.

E saindo do elevador ele já enfrenta a desconfiança dos Clareanos, liderados por Alby. Alm Ameen, aliás, passa para a tela a liderança fácil e tranquila de Alby. Os outros Clareanos também estão muito bem representados, principalmente Gally (Will Poulter, que já arrasou como Eustace em As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada, que eu vi esses dias, e caraca!, como esse garoto cresceu!) e Jojen Newt (Thomas Brodie-Sangster). Blake Cooper está superfofo como Chuck, me lembrando até o Chunk (Gordo) de Os Goonies, ainda que menos tagarela que no livro. Teresa também está muito bem representada por Kaya Scodelario.



Aliás, falando em Teresa, no filme ela tem mais destaque, e não passa tanto tempo dormindo, e graças aos deuses por isso. Outras mudanças estão no fato de Teresa e Thomas não partilharem o dom de telepatia, mas isso foi muito bem compensado na forma de flashbacks e pesadelos de Thomas. E, sinceramente, isso nem afeta muito a história, e acho que ficou muito bacana como fizeram no filme. Ela também demora um pouco mais para chegar na Clareira, mas novamente, isso não é nada que afete a trama. Outra coisa diferente que eu achei até mais legal no filme foi que as seringas que os Clareanos tem, de antídoto contra a ferroada dos grievers (que descobri que em português ficou Verdugos) é trazida por Teresa no filme. E isso ficou mais legal porque adicionou o fator de desconhecido. Quando eles precisam, fica aquela dúvida, será que podemos confiar?



O labirinto em si merece um parágrafo só dele. Desde pequena sou fascinada por labirintos, desde o filme Labirinto, passando pela labirinto da terceira tarefa do Torneio Tribruxo e pelo Labirinto do Fauno. Eles me fascinam e amedrontam ao mesmo tempo. E o labirinto criado por James Dashner ganhou uma nova dimensão no filme. É ainda mais aterrorizador do que o do Fauno, e mais opressivo que o que Harry tem que enfrentar. As paredes são descomunais, e muitas vezes não se vê o céu, deixando o filme sombrio e aumentando a sensação de claustrofobia. As manchas de umidade e a hera subindo pelas paredes dão a impressão de algo secular, apesar de ser relativamente recente na realidade do mundo criado por Dashner. E o barulho dos portões se fechando e das paredes se movendo é assustador. O labirinto é imponente em todos os sentidos, e demanda respeito, seja dos corredores, seja de nós, espectadores.

Aliás, acho que terem optado por deixar o filme escuro foi um toque de brilhantismo do diretor e do diretor de fotografia. Deixou o filme ainda mais assustador. E os Verdugos também são assustadores, e achei bem bacana a construção deles. Isso era uma coisa que eu tinha muita dificuldade de visualizar ao ler, e o departamento de CG fez um ótimo trabalho ao mostrar essas criaturas. E falando em efeitos especiais, o filme tem, pelo que notei, posso estar enganada, bem poucos, mas muito bem executados. Gosto do fato de optarem por algo mais cru e deixando mais a cargo dos atores. Para mim, isso valoriza imensamente o filme.



A adaptação, como já comentei, é bem fiel ao livro, e passa o mesmo senso de urgência do livro, só que mais rápido, sem tanta enrolação. E isso é bem fácil de entender. Enquanto um filme é visual, temos tudo ali, pronto, no livro fica a cargo do autor descrever as situações e ambientes, e no caso de MR, isso demora um pouco. Também, pelo fato de já estar familiarizada com o linguajar peculiar dos Clareanos, isso fica mais fácil, e de novo temos o recurso de visualização para ajudar. O filme passa bem rápido, quando a gente vê duas horas já foram e os créditos estão subindo. Recomendo assistir, mesmo que você não tenha lido o livro. Aliás, acho até que se você assistir primeiro, pode ficar mais fácil ler depois.


Beijos e até o próximo post!

2 comentários:

Jéssica Soares disse...

Oi, Fê! Tudo bem? Acabei de ler "A Cura Mortal" e, quando venho no seu blog, me deparo com essa resenha do filme e o feeling pós fim de trilogia veio com força total :/
Mas enfim, sobre o filme, fiquei tão feliz com o fato de que a adaptação não me decepcionou! Concordo com você, o labirinto está imponente e o fato de que muita coisa é desenvolvida com base na atuação dos atores e não por efeitos especiais é o que deixou um diferencial. Achei ótimo que a produção conseguiu transpor para as telas todas aquelas sensações que se tem ao ler o livro também! Só acho que a Kaya poderia ter sido mais bem aproveitada, adoro a atriz, mas senti falta de uma participação marcante. De qualquer forma, estou super curiosa para ver como será feito o segundo filme, tenho certeza de que não sairemos decepcionados do cinema :D Bjs
Jess

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Jess!

Eu também. E já vi algumas artes conceituais de The Scorch Trials, e já vi que vai ser tão angustiante quanto o livro.

Beijo!