sábado, 5 de janeiro de 2013

Star Wars – Episódio II – Ataque dos clones

 

Star Wars ep. IIContinuando meu projeto de comentar Star Wars, vamos ao Episódio II. E um dos que eu mais gosto também (eu sei, mas sou meio do contra, gosto dos que quase ninguém gosta. Vocês vão ver). Ataque dos clones foi lançado em 2002.

Dez anos se passaram desde A ameaça fantasma, Padmé agora é senadora de Naboo, Obi-Wan é Jedi e tem Anakin como seu aprendiz, pronto para passar pelo teste final. Mas um atentado à  vida de Padmé pode atrasar as coisas. E colocar em movimento eventos que podem desencadear a queda da República.

Devido ao atentado, Obi-Wan e Anakin são designados para proteger Padmé, mas além disso os dois também começam uma investigação para descobrir quem está por trás desse ataque. E segue aí uma das melhores sequencias da saga: a perseguição de podas em Coruscant. E também entra em cena um personagem que vai ter muita importância no futuro: Jango Fett.

O responsável pelo ataque a Padmé é um, grupo separatista liderado por Conde Dooku (o brilhante Christopher Lee. Sério, só a voz dele já assusta). Como os Jedis não são em número suficiente para defender a República, o Chanceler Palpatine (Ian McDiarmid, excelente), pediu a ajuda de Jango Fett e seu exército de clones para a tarefa. Entenderam quem é a verdadeira “ameaça fantasma”? E quem é o mestre por trás de Darth Maul? E Palpatine não é só isso, mas não vou falar mais nada caso você ainda não tenha visto a saga.

Anakin ep IIEntão, enquanto Obi-Wan parte para investigar esses clones, Anakin tem a missão (sua primeira sozinho) de proteger Padmé. E se o romance dos dois, proibido, aliás, já estava começando no primeiro (eh precocidade), agora a tensão sexual entre os dois é palpável. Anakin é intenso, mas não deixa de ser carinhoso com Padmé, e ela cai direitinho, apesar de resitir bem. Mas também quem pode culpá-la? Se Anakin fez uma coisa muito bem foi crescer, até eu caía (e não resistiria tanto como ela). E essas cenas, apesar de serem um tanto meladas para o meu gosto, também proporcionam um verdadeiro show de interpretação de Hayden Christensen e Natalie Portman. Os dois tem uma química incrível. E tudo embalado pela belíssima Across the stars.

Hayden ainda se destaca por outro motivo. Como Jedi, não lhe é permitido emoção alguma, nem laços com quem quer que seja. Porém, ele é atormentado por visões de sua mãe, sofrendo, capturada e torturada. Mas é proibido de salvá-la. Assim, ele se encontra em constante conflito, lembrando bastante o Theon Greyjoy nesse ponto (se você duvida, leia aqui e aqui. São comentários dos episódios da série, mas também analiso Theon). E Hayden também transmite isso muito bem. Uma das melhores cenas (pelo menos uma das minhas preferidas) é quando Padmé encontra Anakin no terraço, depois de ele acordar de um pesadelo com sua mãe, e quando ela faz menção de ir embora, ele pede para ela ficar. Esta cena resume em poucos minutos tudo que se passa com Anakin.

Star Wars II Padmé e Anakin

Ao mesmo tempo, Anakin enfrenta a desconfiança de seus mestres. Nem tanto Obi-Wan, mas Mace Windu (sacou agora porque eu detesto o cara?) e Yoda (em menor grau). Obi-wan, na verdade, sabe que Anakin está pronto para se tornar Jedi, mas enfrenta a mesma desconfiança. E já vou adiantar que esse é um dos motivos da queda dos Jedis. Sua absoluta resistência ao novo e acomodação geral. Mesmo frente à ameaça imposta pelo exército separatista e a ascensão dos Sith, os jedis nada fazem, a não ser debater indefinidamente sobre o que fazer.

Aproveitando-se disso, Palpatine se aproxima perigosamente de Anakin, que mesmo sendo um dos Jedis mais poderosos, também ainda não passa de um garoto órfão e sozinho no mundo (ou no caso, em vários mundos). Novamente fazendo um paralelo com as Crônicas, Anakin padece do mesmo mal de Dany e Jon: está sozinho sem ter em quem confiar plenamente, e com conselhos conflitantes, sem saber o que seguir.

Count Dooku

Obi-Wan, por sua vez, investiga os tais clones e sem querer acaba tropeçando em algo que remonta a pelo menos dez anos. Novamente, os jedis foram cegos por sua acomodação e por que não dizer?, sua arrogância. Certo, os clonadores são muito privados e localizam-se fora dos limites da República. Mas alguém entrou no próprio templo Jedi, e apagou arquivos lá. Como um conselho altamente graduado como esse não percebeu? A resposta está algumas frases atrás. E reforçada pelo fato de Dooku falar com todas as letras o que está acontecendo para Obi-Wan e ainda assim o Conselho Jedi duvida no final.

Obi-Wan   AnakinEwan MacGregor dispensa comentários como Obi-Wan. Perfeito, como sempre. Sensacional ao fingir estar a par do plano com os clones, e também trava um dos melhores duelos de sabre de luz, junto com Anakin, e Christopher Lee. Só perde, neste filme, para Yoda e Conde Dooku. O anãozinho verde, apesar da avançada idade, mostra porque é o maior Jedi de todos. Confesso que meu queixo caiu quando vi isso no cinema. E ponto para a equipe de animação, que deu vida maravilhosamente a Yoda neste embate.

Claro que não seria um filme de Star Wars se não houvesse uma batalha épica no final. E neste, na arena de Geonosis, é uma das melhores, envolvendo muitos duelos de sabre de luz. E, mais uma vez, Padmé mostra que é muito mais fodástica que qualquer Jedi. Enquanto Obi-Wan e Anakin discutem como vão sair da enrascada, após os três serem capturados, ela já se soltou e já está dando um jeito de tentar soltar os outros dois. Léia puxou a mãe (ops! Spoiler! Smiley de boca aberta), com certeza.

yoda ep. II

Esqueci de dizer lá em cima, quando estava falando de Anakin que já começamos a ver neste alguns indícios de Darth Vader em Anakin. Justamente por causa de sua mãe. Mas, de boa, eu entendo perfeitamente e no lugar dele, não sei se faria diferente. Talvez não chegasse aos extremos que ele chega, mas provavelmente não iria ficar sentada observando enquanto minha mãe sofre. Ia tentar salvá-la, com certeza.

Mais uma vez, os cenários são magníficos, gosto do visual árido de Geonosis, as máquinas construindo os dróides também são bem bacanas e rendem um comentário bem significativo de C3PO, que aparece mais vestidinho nesse, só sem a pintura dourada (mas quem ficou trabalhando nele enquanto Anakin estava fora? Foi seu irmão adotivo? Acho que fala no filme, mas não lembro).E o irritante Jar Jar Binks teve sua participação reduzida, graças aos Sete novos deuses e os deuses antigos. Mas, no universo do filme, a participação dele deixa Palpatine muito feliz, porque ele é mais fácil de manipular que Padmé.

O figurino está lindo, principalmente de Padmé. Gosto particularmente desse vestido dela aí embaixo:

Padmé e Anakin

O filme ainda tem um pouco de enrolação demais, mas a trama se torna mais intrincada e cheia de segredos e sutilezas. Por isso que gosto dele. E como sempre, aí vai o trailer:

Beijos e até o próximo post!

2 comentários:

Nadia Viana disse...

Oi, Fê. Que legal fazer posts sobre os filmes da trilogia! Eu amo! Meu preferido é o terceiro, mas esse é muito bom também. Só o primeiro é que foi mais chatinho.
Adoro a história do Anakin e o porquê de ele ter se voltado para o lado negro da força. E acho o romance dele e da Padmé tão lindinho rs. Muita química mesmo entre os dois.
O figurino é incrível mesmo. Adoro os vestidos dela, principalmente aquele com que ela se casa.

Beijos.

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Nádia!

Na verdade, eu vou comentar os seis :)Também adoro a história de Anakin e Padmé, e enquanto eu escrevia ia pensando: é muito amor, né? E me surpreendeu o porque ele se virou para o lado negro, nunca imaginei que foi por Padmé. Mas vou deixar pra falar disso quando comentar o terceiro, que também é um dos meus preferidos.

Beijos!