Com três profecias da deusa Durga solucionadas, agora resta apenas uma no caminho de Kelsey, Ren e Kishan para que a maldição seja quebrada. Mas o maior desafio do trio os aguarda: A busca pelo último presente de Durga – A corda de fogo – na Ilha Barren situadas na Baía de Bengala. Uma busca que ameaçará suas vidas. É uma corrida contra o tempo e o malvado feiticeiro Lokesh – neste ansiosamente aguardado quarto livro da série A Maldição do Tigre – colocará o bem contra o mal, testará laços de amor e lealdade, e , finalmente, revelará o verdadeiro destino do Tigre, de uma vez por todas.
ATENÇÃO! SPOILERS DOS ANTERIORES! Você foi avisad@.
Três profecias, e consequentemente três dos presentes de Durga, foram concretizadas, e agora só falta uma. E é muito importante que Kelsey e os tigres tenham sucesso nesta última, pois a derrota de Lokesh depende de reunir todos os presentes de Durga.
Este começa pouco depois do final de A Viagem do Tigre. Os dois tigres partem em busca de Kelsey, que foi sequestrada por Lokesh. E no cativeiro, Lokesh deixa bem claro que suas intenções não são apenas a reunião dos amuletos, mas também produzir um herdeiro, e na cabeça dele, a mulher ideal para isso é Kelsey (cara, sério, o que ela tem demais? Todos, repito, TODOS, os homens que aparecem no livro caem de quatro por ela! OK, ela é a protagonista, mas menos, né?). E Kelsey faz o jogo dele, para tentar ganhar tempo até que seus tigres cheguem.
Mas, Kelsey, ainda mais que nos outros, neste está muito irritante, pois está constantemente indecisa, por não saber qual irmão escolher. Vem cá, amiga, já não ficou provado em diversa ocasiões que seu coração bate mais forte por Ren? Então, por que tanto drama? E o pior é que a narrativa é em primeira pessoa pelo POV de Kells, então a gente fica o tempo todo preso na ladainha sem fim dela não conseguir escolher, que ama os dois, mimimi. Juro que chegou uma hora que eu achei que ela fosse acabar com os dois. Tipo bigamia mesmo, porque ela vivia reclamando que não podia viver sem qualquer um dos seus tigres. Mas, óbvio que não foi isso que aconteceu. E essa atitude dela, essa insegurança, é um tanto contraditória com outras decisões que ela precisa tomar no ato, que geralmente são acertadas. Como uma menina que parte para a luta tão corajosamente pode se mostrar tão insegura? Não entra na minha cabeça. A autora errou no desenvolvimento dela, especialmente porque em tantas outras ocasiões a coloca como realmente poderosa. Ficou contraditório.
E os irmãos na verdade mais ou menos permanecem na mesma do anterior. Certo, Ren, agora que tem consciência de que agiu como um completo asshole idiota no anterior, está mais resignado e paciente com Kelsey, e com sua decisão de ficar com Kishan. Ele sabe muito bem que é ele que tem que focar com Kelsey, mas aguenta toda a ladainha da menina para compensar as burradas que fez. E Kishan, de brincalhão e confiante, passou a ser o irmão corno manso resignado, aceitando que Kelsey na verdade sempre foi apaixonada por Ren. Oi? E a vontade de lutar por ela que ele tinha antes? Sumiu? Porém, ele ainda assim é o personagem mais bem trabalhado da saga, por motivos que não posso comentar para não dar spoilers.
Lokesh só aparece mesmo no começo e depois no fim, junto com outros personagens interessantes, mas não quero revelar a surpresa. A história também dá uma volta bacana, e que na verdade é o que mais vale o livro. Mas o final ficou meio forçado, porque a autora misturou muita coisa, em vez de focar somente na cultura indiana, e teve que forçar como encaixar tudo. As provas deste são mais pessoais e emocionais, exigindo muito mais psicologicamente dos personagens, mas como a narrativa é em primeira pessoa pelo POV de Kelsey, isso acaba se tornando maçante por causa da indecisão dela, que toma boa parte do livro. Seria muito bacana se a autora tivesse feito como outros e neste abrisse o POV de outros personagens. Há muita coisa que ela poderia ter explorado melhor. Também, ela acabou correndo com a narrativa no final, depois de muita enrolação. Mas a ação acaba compensando o detalhismo exagerado. O desfecho poderia ser melhor, mas no geral, a série não decepciona. Boa para relaxar.
Trilha sonora
Forever may not be long enough, do Live; Phoenix from the flames, do Robbie Williams; This is war, 30 seconds to Mars; Look after you, The Fray; Wherever you will go, The Calling.
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- As Crônicas dos Kane – Rick Riordan;
- Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
- Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
- Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
- Ciclo A Herança – Christopher Paolini;
- A Viagem de Theo – Catherine Clement.
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