Mais uma semana, mais um episódio, e aos poucos vamos nos aproximando do final. E para nossa total desolação, um fim de semana sem Game of Thrones, devido a aumentar a audiência e o $$$$ no episódio seguinte ao feriado de Memorial Day nos EUA. Para mim, pelo menos, acabou sendo bom, porque semana passada estive bem ocupada, e não deu para eu escrever a resenha desse episódio (eu escrevo enquanto assisto novamente, e preciso de tempo para isso).
ATENÇÃO! SPOILERS DOS LIVROS! Você foi avisad@.
O episódio começa logo após o resultado do julgamento de Tyrion em The Laws of Gods and Men. Sinceramente, essa foi uma das poucas coisas que foi muito boa neste episódio, que se caracterizou por ser pura encheção de linguiça.
Jaime vai visitar Tyrion em sua cela, e joga na cara de Tyrion tudo que arriscou para tentar salvar a vida do irmão. Tyrion provando que mais uma vez, pensou com a cabeça de baixo, e acabou se dando muito mal com isso. Na verdade, esta é uma conversa bem honesta entre os dois, sem mentiras, como a gente vê quando Tyrion fala diretamente que Jaime f*de Cersei. E toda a amargura de Tyrion, por todos os anos de abusos nas mãos do pai, acaba vindo à tona. E que dó, QUE DÓ! A cara de Tyrion quando Jaime diz que não pode ser seu campeão foi de partir o coração. E assim o anão pede que Bronn seja seu campeão no lugar de Jaime. Cena linda e muito comovente, Nikolaj Coster-Wardau e Peter Dinklage mandando muito bem na atuação, como sempre.
E corta para o campeão de Cersei. Caraca, não é que esse novo Montanha faz valer o apelido! Vocês viram o tamanho de Cersei perto dele? E Lena Headey não é baixinha como eu (ela tem 1,66, quase 10 centímetros a mais que eu, enquanto ele tem 2,06, segundo o IMDB. E eu me recuso a escrever o nome do cara, que é literalmente um palavrão. Veja aqui). Ainda bem que o papel dele se limita mesmo a lutas sanguinárias e grunhidos, porque se fosse depender da atuação, era outra Yara ou Daario. Mas para os propósitos dele na série, está de bom tamanho.
E da capital, partimos para o meio do nada, com Arya e o Cão. Mais uma vez, apesar de boas, as cenas deles parecem jogadas e sem sentido, só mesmo para preencher espaço. E aqui Arya aprende uma lição sobre misericórdia. Lembro bem dessa passagem no livro, “é ali que fica o coração”. Chama atenção nesta cena é a desolação, a devastação. Sinais do caos que se instalou no reino depois da Guerra dos Cinco Reis, a da morte de Joffrey. É quando aparece Rorge, a imediatamente ele entra para a lista de Arya. Gostei da cumplicidade do Cão e ela, quando Arya diz o que Rorge falou, que ia f*dê-la com um pau, o Cão imediatamente entra na dela, e pergunta o nome dele para que Arya possa matá-lo. Atenção também para a mordida de Rorge no Cão, e quem leu o livro já sabe o que isso vai significar. Vi gente reclamando, mais uma vez, que foi o Cão, e não Brienne, que foi mordida. Pela enésima vez: a série é cara, algumas coisas tem que ser modificadas. E se Brienne não for mordida, e daí? O que isso vai mudar na história? Nada, absolutamente nada. E ainda não vimos muita coisa no arco de Brienne para tirar alguma conclusão. Por isso, menos, gente, menos. Bom senso é altamente recomendado, viu. E mais um pouco do mesmo quando Arya tenta suturar (lembrei que quando estava na faculdade, sempre que alguém falava “costurar” os professores tinham um ataque histérico, isso é em escola de corte e costura – hahahaha!) o Cão, bons diálogos, mas soltos no meio do nada, sem ligação com o restante do episódio. Só valeu para saber mais da infância de Sandor Clegane.
Partimos para a Muralha, com a chegada de Jon e cia. depois do ataque à pocilga de Craster. E Ghost, enorme, lindo. Valeu só por isso. Juro que queria muito ver Ghost dilacerar a garganta de Alliser Thorne. E como esse bostinha e aquela outra praga do Janos Slynt vão se arrepender por não escutar Jon Snow, que, ao contrário do que Ygritte diz, sabe muito bem das coisas sim. Interessante que quando Thorne pergunta ao Primeiro Construtor se eles devem selar os portões como Jon sugere, o cara hesita. Claramente com medo de Alliser Thorne. Minha impressão foi que o cara concorda com Jon, mas foi intimidado por Thorne e não ousa desafiá-lo. Boa cena para mostrar a tensão que reina na Muralha depois da morte do Comandante Mormont, além de mostrar o estilo de liderança por medo de Thorne. mas nada além disso, na verdade. Só mesmo pra eu poder matar a saudade de Snowy Goodness.
Voltamos à cela de Tyrion, e Bronn vai responder ao chamado do anão. é quando ele e vai casar com Lollys, e deixa claro que foi comprado por Cersei e Tywin. Como sempre, Tyrion confia na pessoa errada e se ferra. Primeiro Shae, que acabou sendo mesmo a prostituta que se esperava, e Bronn, uma vez mercenário, sempre mercenário (lição que eu acho que Dany vai aprender do modo mais duro).Mais uma cena comovente de Peter Dinklage, a despedida de Bronn, e aos poucos o chão vai ruindo debaixo dos pés do anão.
E falando em Dany, chegamos em Meereen e uma cena bem zzzZzzzZZzzZZzzzzzZZzzzz. Lá vem Daario mais uma vez com flores para Dany, invadindo o quarto dela. Cena péssima, e desnecessária. Emilia Clarke sem emoção e mecânica, de novo. Minha impressão é que ela se encheu da série, e que só está cumprindo contrato. Sério, cadê aquela menina que encantou todo mundo na primeira temporada? Será que o sucesso subiu à cabeça e ela se acha muito boa para a série agora? Ou será que os roteiristas não estão sabendo desenvolver a personagem? Acho que uma mistura dos dois. E essa valorização de Dany acaba prejudicando outros aspectos da série que poderiam ser melhor desenvolvidos. Falo mais sobre isso daqui a pouco.
Aqui, além dela estar entediada até a alma, Daario ainda péssimo. Sério mesmo que Dany que teve que tomar a iniciativa? Oi? Cadê a arrogância de Daario? E a ousadia dele de tomar Danaerys? Vejam bem que houve uma inversão de papéis: no livro, é ele quem manipula Dany, dizendo exatamente o que ela quer ouvir, e ganhando sua confiança. Aqui, é ela quem tem que dizer para ele tirar a roupa para que ela possa tirar o atraso. E preciso comentar que pela cara dela, o material não impressionou (OK, não me impressionou também, a bunda de Jaime é bem mais digna de nota). Será que também teve que dar instruções quanto ao que fazer, onde colocar, etc? Sepa, esse Daario ainda era virgem. E mais tarde, já de manhã, Dany já aliviada depois de tirar as teias de aranha, fala com Sor Jorah, e foi só mais do mesmo, Sor Jorah tentando enfiar bom senso à força na cabeça dura de Dany, e ela teimando em não ouvir seus conselhos. Rei da Friendzone forever. Esse arco dela está ainda mais chato na série que no livro (e isso é dizer alguma coisa), e boa parte disso vem das atuações entediadas de Emilia Clarke, e a falta de expressividade de Daario. Tédio define.
E dessa, mais uma cena ZzzZZzZzZZZZZ e desnecessária. Primeiro, era mesmo necessário que Melisandre estivesse no banho mostrando os peitos? E depois ela precisava mesmo andar pelo quarto nua diante da rainha? E que porcaria de rainha é essa que aceita ser colocada no lugar de serviçal em seu próprio castelo? OK, se foi para mostrar a submissão e o fanatismo de Selyse ao Senhor da Luz, funcionou, mas ainda assim foi só mais uma cena para encher linguiça. Chama atenção aqui somente o que Mel fala sobre Shireen. Me deu a impressão de que ela vai tomar o lugar do filho de Mance e ser sacrificada ao fogo. Lembrando: a série é cara, e às vezes um personagem deve incorporar outro. Simples assim. E depois, não acho que isso seja um desvio grande da trama original, porque acredito que Shireen vai morrer mesmo no livro. Outra coisa que chama atenção é como Melisandre manipula Selyse, falando o que a mulher deseja ouvir, e assim assegura sua posição na corte de Stannis.
E a fofura do episódio ficou por conta, mais uma vez, de Pod e Brienne. Quem aí deu um gritinho quando viu Hot Pie? o/. Adorei Hot Pie errando o nome de Winterfell de novo (Winterhell! ), e mais tarde quando ele vai dizer que ele conheceu Arya, e levando o pãozinho, em forma de lobo de novo! ! Gostei também de Pod botando um pouco de cautela na cabeça de Brienne, a parceira deles está muito bem representada. E Pod mostra que com todo o seu conhecimento sobre as casas nobres de Westeros, é um parceiro muito útil a Brienne. Sério, eu estou gostando ainda mais desse arco na série que no livro. E muito vem das atuações de Gwendoline Christie e Daniel Portman, ambos carismáticos e em perfeita sintonia.
Voltamos à cela de King´s Landing, onde vemos um Tyrion ainda mais para baixo que antes, quando Oberyn vai visitar. E se ele não aparece com putaria, tem que falar disso, né? OK, envolvendo Tyrion, seria até de se esperar. E Oberyn deixa bem claro que não caiu nem por um segundo na conversinha mole de Cersei em First of His Name. Achei muito digno Oberyn contar a história de como conheceu Tyrion, tantos anos atrás. De novo: ele não tem outra roupa, não? Nunca vi um príncipe que usa sempre a mesma roupa. E a cara do anão durante toda a narração, só mais um prego no caixão. E lá vem a declaração que Red Viper será o campeão de Tyrion, LINDO! Pedro Pascal mais perfeito a cada episódio.
E finalmente chegamos à melhor parte do episódio. Sansa maravilhada ao ver a neve cair, um lembrete de casa. Gente, que cena mais linda, a carinha dela, de absoluta fascinação, combinado com a música triste, um lamento. Perfeito. E que lugar mais lindo é esse, pelos deuses! Parece um cartão de Natal! Mas é claro que a tranquilidade de Sansa não dura muito. Logo chega Robin, que a princípio é doce, mas logo tem um de seus famosos chiliques, e destrói a Winterfell que Sansa construiu com tanto carinho. Lino Facioli (curiosidade: o menino é brasileiro, mas mora na Inglaterra desde bem pequeno. Mais exatamente ele é de Ribeirão Preto, veja mais aqui) é um excelente ator, apesar da pouca idade. Ele passa do menino fofo, que todos poderíamos adorar, para o pestinha mimado que queremos jogar pela Moon Door em segundos. E, falando em Moon Door, lá vem ele falando dela mais uma vez. E isso, neste episódio, tem um peso muito grande.
E chega Mindinho, falando o que deveria ser dito sempre aos pais de crianças mimadas: é responsabilidade sua criar seu filho. E vem aí mais uma lição de Mindinho para Sansa. A confissão do amor de Mindinho por Catelyn, e ao mesmo tempo, o olhar meio que de cobiça dele para Sansa. Adorei que ele é mais baixo que Sansa (ele tem 1,75, altura mediana, mesmo para nossos padrões. Já ela deve ter por volta de 1.80, não consta no IMBD, o que para uma mulher, é alta), porque o apelido de Mindinho não é à toa, né, pessoas? No livro, ele é descrito como um homem de baixa estatura mesmo, e na série, com os personagens um pouco mais velhos que no livro, e Sansa já quase mulher, é uma ótima caracterização. Confesso que n]ao achei que iriam colocar o beijo na série (oh, Fernanda, you sweet summer child! You know nothing! Estamos falando da HBO!). E Lysa vê.
E, óbvio, que não vai deixar por isso mesmo. Lysa descrevendo a queda, o prazer dela ao relatar isso, mostrando um sadismo que eu não imaginava que ela tinha. E que cena tensa, a loucura de Lysa totalemnte fora de controle. Mas admito que eu achava que seria mais legal, acho que no livro está mais legal. E chega Mindinho, salvando Sansa e…lá vai Lysa voando pela Moon Door. Não sem antes descobrir que Mindinho sempre só amou Catelyn. Toque de mestre de Mindinho. E de novo, o episódio acaba numa cena épica. Parabéns a Sophie Turner, Aidan Gillen e Kate Dickie, perfeitos em cena. E agora só resta saber quem é que vai levar a culpa pela morte de Lysa. Para encerrar, acho que esse núcleo poderia ser mais desenvolvido, poderiam mostrar mais a loucura de Lysa, em vez de ficar valorizando uma Emilia Clarke que até agora está deixando a desejar, só porque ela é a queridinha dos produtores. E o arco de Oberyn também poderia se estender, no lugar de Meereen, aproveitando mais de Pedro Pascal.
2 comentários:
AMO seus textos sobre o GoT... mesmo com spoilers (q nem sao tantos!)...
AMO, fe!
Obrigada, Lu!
Beijo!
Fê
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