Cinco anos se passaram desde que Banguela chegou em Berk e conquistou até mesmo Stoick, o absolutamente estoico (trocadilho infeliz, eu sei, mas que já nasce pronto para ser usado). Agora Berk vive em paz, e o esporte local é a corrida de dragões, a vila passou por muitas modificações para acomodar nossos amigos incendiários, contando inclusive com um estábulo luxuoso e sistema de apagamento de fogo de emergência. Tudo projetado por Soluço.
Agora um jovem de vinte anos (O QUÊ? PÁRA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!), Soluço se prepara para assumir o posto de chefe da tribo depois de Stoick. Posto que, claro, Soluço não almeja, e de novo Soluço encontra um modo de fuga. E agora, com dragões, o mundo cresceu muito além dos penhascos de Berk. E numa dessas escapadas, ele acaba descobrindo um novo lugar. E ao investigar mais, conhece um bando de caçadores de dragões liderados por Eret, com a voz
Só que Eret não trabalha sozinho, mas serve Drago, com a voz grave de Djimon Houson (escolha perfeita, aliás), líder implacável de um bando de vikings do lado negro da Força, que ambiciona capturar todos os dragões existentes e desta forma, dominar o mundo (
Mas, para variar, Soluço tem outros planos, e decide que consegue persuadir Drago a não atacar Berk. E nessa, ele acaba tendo uma surpresa do destino: sua mãe, que se presumia morta por ter sido levada por um dragão quando Soluço era um bebê, aparece. E Soluço vai descobrir que tem muito em comum com Valka, com a voz da linda Cate Blanchet. E percebi que esqueci de mencionar as vozes de Jay Baruchel como Soluço e Gerard Butler (
Muita tensão, aventuras e surpresas esperam Soluço e Banguela neste filme. E uma coisa que eu achei muito bacana foi que os personagens cresceram. De adolescente desengonçado, Soluço virou um jovem confiante e plenamente consciente de suas responsabilidades. Astrid também se firma como uma personagem feminina forte, os outros amigos de Soluço também, e as cenas de Snotlout e Fishlegs (desculpa pessoal, mas não sei os nomes em português) tentando conquistar Ruffnut são hilárias (mas a menina só tem olhos para Eret - hehehe. O que rende também ótimas tiradas). E eles não só amadureceram como também estão fisicamente mais maduros, o que eu adorei, porque em animações isso normalmente não acontece. Ponto para os roteiristas e designers. E não só os personagens cresceram, tudo é maior neste filme. Eu diria que assim como a diva linda queen goddess Rowling fez com Harry e cia., o filme cresceu na mesma medida que seus espectadores, mas sem deixar de conquistar também os novos fãs.
Nem vou comentar nada sobre a animação em si, ou os backgrounds, pois dispensam. Simplesmente lindos, e a sequência final, dos créditos, traz desenhos ainda mais lindos. A Dreamworks definitivamente se firma como uma concorrente á altura da Pixar. A trilha sonora é mais ou menos a mesma do primeiro, e acaba com a gostosinha Where no one goes, do Jonsi (que também é responsável pela delicinha Sticks ans Stones, do primeiro. E curiosidade: Jonsi é parte do Sigur Rós, que nos presenteou com esta versão de The Rains of Castamere).
Dificilmente uma sequência consegue ser tão boa quanto o primeiro, especialmente em se tratando de animações. As exceções ficam por conta deste e Toy Story (eu até poderia citar Shrek, mas deste eu só gosto dos dois primeiros, os que vieram depois são infinitamente inferiores, caindo no que eu falei há pouco). Um filme que vai fazer você rir, chorar e se apaixonar ainda mais por Banguela.
"Uma vez que você ganha a lealdade de um dragão, não há nada que ele não faça por você."
E só mais uma coisa. Esse filme também mexe comigo de forma pessoal, porque a minha gata Kira é a cara do Banguela:
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